When Friends Fall in Love escrita por Johnlocked


Capítulo 2
Capitulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Bom, capitulo novo para vocês. Explicando que eu não vou esperar uma semana para postar os capítulos. Vou postar a cada 3,4 dias. Bom, fiquem com o capitulo



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Acordei cedo no dia seguinte e como era de se esperar, Bucky ainda estava dormindo e não acordaria tão cedo. Desci as escadas até a cozinha para tomar café, o relógio marcava 8:00, o que indicava que minha mãe já não estava mais em casa. Minha mãe trabalhava como enfermeira num grande hospital aqui de New York a mais de 5 anos, o que deu uma estabilidade financeira para nós. Minha mãe passou um bom tempo desempregada logo depois que nasci, por ser mãe solteira. Passamos dificuldades durante minha infância, ela teve vários empregos depois que completei 3 anos, mas sempre que descobriam que ela era mãe solteira, a demitiam. Com 6 anos, a família Barnes se mudou para o Brooklyn, minha mãe se tornou amiga dos pais de Bucky, o que resultou em nossa amizade.

A mãe de Bucky, Melissa, ajudava a mim e minha mãe no que nós precisávamos. Pouco antes de eu completar 11 anos, o pai de Bucky, Andrew, conseguiu um emprego para minha mãe nesse hospital, o que fez minha mãe ser grata aos Barnes e tomar a atitude de cuidar de Bucky quando eles morrem em um acidente de avião alguns meses depois. Bucky sempre considerou minha mãe como uma mãe para ele, e essa consideração só aumentou quando ele passou a morar com nós. Minha mãe o ajudou a vender a casa que era dos pais dele logo que ele completou 16 anos. Ele sempre quis usar esse dinheiro para ajudar nas despesas da casa e no que mais fosse preciso, mas minha mãe sempre recusou dizendo que aquele dinheiro era dele, e que devia ser usado apenas para investimento dele próprio.

Minhã mãe sempre deixava o café da manhã pronto antes de sair para trabalhar e naquele dia não foi diferente. A mesa estava toda arrumada com café, leite, suco de laranja, pães, bolos, bolinhos recheados com chocolates que eram os preferidos por mim e Bucky. Me sentei, peguei uma fatia de bolo, suco de laranja e comecei a comer. Fiquei tão distraído que nem percebi quando Bucky entrou aos tropeços na cozinha, com o cabelo todo bagunçado e os olhos semicerrados por causa da claridade. E também por causa da recassa.

–Hey baby, deixa um pouco de comida para mim também!

–Bucky! Acordou cedo hoje, o que foi, caiu da cama, dickhead?

Asshole, acordei para ir ao banheiro e por causa da dor de cabeça perdi o sono.

–Vai beber demais, jerk!

–Cala essa boca, punk!

Eu não consegui não rir da cara de desgosto que Bucky fez quando colocou o remédio para ressaca goela abaixo. Isso era rotina, pois ele sempre saia, acabava bebendo demais, ficava de ressaca no dia seguinte e eu tinha que aguentar o seu mau humor. Mas eu não reclamava, pois eu sempre conseguia melhorar o humor dele. Ele se sentou do meu lado e pegou um dos bolinhos que minha mãe tinha feito.

–Steve, quando suas aulas voltam?

–Daqui uma semana, Bucky. Por que?

–Você sabe que esse é seu último ano né. Já sabe o que vai fazer depois?

–Eu não sei, talvez eu vá mesmo para o exército.

–Ainda não desistiu dessa ideia de exército?

–Não Bucky, eu realmente tenho vontade de me alistar, fazer algo para ajudar as pessoas.

–Eu sei, mas você não tem medo de ir e acabar não voltando algum dia?

–Até tenho, mas como provavelmente eu ajudarei muito antes morrer, vai valer a pena.

–Steve, eu realmente admiro isso em você, essa coisa de ajudar os outros, esse seu altruísmo. Acho que o mundo devia ter mais pessoas como você.

–Você fala como se você não fosse assim.

–Bom como você? Jamais Steve, você tem mil vezes mais bom coração que eu. Eu gosto de ajudar, mas não todo mundo, acho que tem pessoas que não merecem. Já você não, você ajuda todo mundo, independente da pessoa, você tem o dom de encontrar o lado bom de todo mundo.

Fiquei observando meu amigo por um tempo. Ele tinha essa mania irritante de desmerecer a si mesmo, falar como se ele fosse uma pessoa má, o que não era verdade. Tudo bem que ele tinha lá seus defeitos, até porque, quem não tem defeitos? Mas ninguém podia dizer que James Buchanan Barnes era uma má pessoa. Ele sempre procurava dar o melhor de si no que fazia, era determinado e justo. Lembro-me das inúmeras vezes que Bucky me salvou das brigas que os garotos mais velho arrumavam comigo. Lembro do dia que ele me salvou de uma briga de uns garotos da sala dele, quando eu estava na 6ª série e ele na 7ª.

Flashback on

''Julho de 1930 e o dia estava ensolarado. Os alunos da 6ª e 7ª série da Brooklyn Elementary & High School estavam voltando de um passeio no Prospect Park Zoo acompanhados pela professora de ciência Meg Collins. A visita fazia parte de um trabalho que os alunos teriam que realizar sobre os animais do zoológico. Steve estava conversando com Annie, a garota na qual ela faria dupla no trabalho, o dois estavam falando sobre quais animais eles colocariam no trabalho deles, quando três garotos da 7ª série chamam a atenção de Steve.

–Hey prick, essa é sua namorada? Ah não, você nunca beijo ninguém não é.

–Alex, deixa o Steve em paz.

–Cala essa boca slut, não vem proteger esse esquisito não.

–Annie, tudo bem, eu me resolvo com eles, pode ir lá com suas amigas, depois a gente fala sobre o trabalho.

–Mas Steve...

–Annie, vai.

Annie saiu correndo para perto do restante dos colegas de sala e deixou Steve com Alex e seus colegas perto de um beco. Eles começaram a se aproximar de Steve que foi se afastando até bater as costas em umas das paredes do beco.

–Ouvi dizer, Steve, que você não beija ninguém porque é viado, é verdade Steve?

Steve não disse nada. Sabia que alguns meninos diziam isso dele desde que descobriam que ele nunca havia ficado com ninguém. Bucky havia dito para ele não se preocupar com nada disso, porque eles eram idiotas.

–Não vai dizer nada, viadinho? Bom, então eu vou ter que ensinar a você a ser homem.

Então os três garotos partiram para cima de Steve. Ele até que conseguiu se esquivar dos socos de Alex, mas não conseguiu o mesmo feito com os outros dois meninos. Eles então jogaram Steve no chão e começaram a bater nele. Eles chutavam as pernas de Steve enquanto Alex dava socos em seu rosto. Steve mesmo no chão ainda tentou revidar dando um soco em Alex, mas isso só fez os meninos baterem ainda mais nele. Até que Bucky apareceu.

–Hey Alex, deixa o Steve em paz. Três contra um é injustiça sabia?!

–Ora quem vemos aqui, veio salvar a damsel?

–Vim ajudar o meu amigo.

Bucky então foi na direção dos três garotos. Eles tentaram acertar Bucky, mas em vão, pois Bucky sabia lutar por causa do pai. Ele acertou em cheio o rosto de Alex, o fazendo cair no chão. Os outros dois garotos ficaram vendo Alex resmungar de dor no chão, segurando o nariz que havia começado a sangrar.

–Você vão ficar ai olhando ou querem um igual ao dele?

Os meninos ajudaram Alex a se levantar e saíram correndo beco afora. Bucky andou em direção a Steve que estava sentado no chão tentando estancar o sangramento do nariz.

–Steven, sabia que correr faz bem as vezes.

–Você sabe que não sou covarde, Bucky.

–Eu sei, mas fugir de uma briga injusta não te faz covarde.

Bucky estendeu a mão para o amigo, o ajudando a se levantar do chão. Viu Steve limpar as sujeiras da roupa e pegou o rosto do amigo para ver como estava seu nariz. Pegou um lenço que tinha no bolso e entregou a Steve, que usou para limpar o pouco de sangue que ainda saia do nariz. Os dois então seguiram caminho pra fora do beco, com Bucky estudando todos os movimentos de Steve. Mesmo achando estúpido essa insistência de Steve em enfrentar todos os garotos que arrumavam briga com ele, ele admirava isso, essa coragem do Steve. Isso fazia ele gostar ainda mais do amigo.

–Como você soube que eu estava no beco com os garotos?

–A Annie me avisou que você estava em apuros.

–Eu sabia que ela ia atrás de você.

–Ela fez bem em me chamar.

–Não, eu podia me virar.

–Claro que podia, com três caras em cima de você, te dando uma bela de uma surra. Steve, você pode ficar bravo o quanto você quiser, mas eu sempre vou te proteger. Sempre.

Steve ficou olhando Bucky por um tempo e abriu um pequeno sorriso em retribuição ao que o amigo tinha dito e Bucky sorriu também, passou o braço envolta do pescoço do amigo, o abraçando. Os dois saíram então do beco e se juntaram ao restante dos colegas para poderem voltar a escola.''

Flashback off

Aquela foi uma das várias vezes que Bucky me tirou de apuros com aquele babacas da sala dele. Mesmo que as vezes eu me sinta incomodado com essa superproteção que Bucky tem por mim até os dias de hoje, eu fico grato. Eu sempre fui sozinho, quase ninguém da minha rua queria ser amigo do filho da mulher que não tinha marido. Todos tiravam com minha cara por isso, xingavam minha mãe de coisas horríveis, e eu nunca pode fazer nada. Bucky foi o único diferente. Mesmo minha mãe já sendo amiga dos pais dele, nós só fomos virar amigos alguns dias depois quando nós vimos na escola, e diferente do restante dos outros garotos, que me caçoavam de mim, Bucky veio falar comigo, perguntou por que não estava brincando com os outros e eu disse que eles não gostavam de mim, ele então disse que ele ficaria ali brincando comigo.

Foi ai que tudo começo, desde então nunca mais nós desgrudamos. Acho que eu não poderia ter melhor amigo do que ele. Mas tem um problema. Eu já não vejo ele tanto assim como amigo. Eu acho que gosto do meu amigo como eu deveria gostar de uma garota, e eu sei muito bem que isso é errado, garotos não devem gostar de outros garotos dessa forma, mas o que eu posso fazer? Bucky sempre foi a pessoa mais próxima que eu tive, nunca tive amigos ou amigas, só o Bucky. Eu sei que isso não justifica nada, mas isso de pouco importa, eu já estou sendo bastante errado em gostar do meu amigo, outro garoto. Nunca tive coragem de falar disso com ele, ou qualquer outra pessoa, acho que talvez por medo. Vejo os garotos da minha sala falarem de uma forma tão repulsiva de garotos que ficam com outros garotos que tenho medo dessa repulsa ser direcionada a mim, e seria ainda pior se fosse Bucky direcionando toda essa repulsa sobre mim.

Eu já tentei ficar, me relacionar com outras garotas, mas nunca dá certo, uma que não sou tão bonito quanto os outros garotos, e outra que não vejo mais tanta graça assim em garotas por gostar do meu amigo. Apesar disso, minha convivência com Bucky sempre foi boa, até uns dias depois do dia que havíamos saindo, quando ele veio me contar que estava pensando em namorar aquela tal de Mary.

–O que você acha dela Steve? Será que daria certo eu namorar com ela?

–Bucky, quem tem que achar alguma coisa aqui é você! É você quem vai namorar a garota, não eu.

–Jesus Steve, estou apenas perguntando o que você acha, não custa responder. Porra, você é meu melhor amigo, punk.

–Desculpa Bucky, mas é que eu não tenho o que achar dela, eu mal a conheço, eu sei apenas que ela é da sala ao lado da minha e sempre quis ficar com você. Se você gosta dela pal, vai em frente.

–Mesmo sendo um asshole de vez em quando, você é um bom amigo Steve.

–O melhor que você poderia ter, dickhead.

Depois daquele dia, Bucky voltou para casa dizendo que tinha pedido a Mary em namoro e que ela tinha aceitado. Mesmo eu desejando que Bucky fosse feliz com quem quer que fosse, foi difícil ter que conviver com aquela garota. Minha mãe não havia gostado nem um pouco do jeito atirado dela, mas ela não disse nada ao Bucky, que parecia gostar da garota. Eu acabei fazendo amizade com a Jess, a garota que o Bucky tentou fazer eu ficar, de tantas as vezes que saímos juntos com o casal.

Numa dessas vezes ela acabou confessando ser apaixonada pela amiga e não por Bucky como ela tinha me dito naquela noite. Ela acabou caindo no choro quando me contou, o que me fez consolá-la naquele dia. Eu queria dizer que entendia ela, pois eu também gostava do meu melhor amigo, mas acabei não dizendo nada. Assim acabamos virando amigos. Bucky algumas vezes me perguntou se eu estava tendo alguma coisa com a Jess, mas eu disse que não pois ela gostava de outra pessoa. Ele não acreditou nas primeiras vezes, mas depois que eu conversei com ele, sem dizer que a pessoa era a própria namorada dele, ele entendeu.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar. Beijos e até a próxima.



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