POV Lucy

–Ela o que?

Minha cara de indignação era a mesma da de Natsu. Não conseguia acreditar naquilo. Como um ser que contrata dois brutamontes para espancar uma garota totalmente indefesa consegue sair ilesa disso?

–Parece que os dois caras disseram que ela não tinha nenhuma ligação com o que aconteceu, –Natsu serrava o punho de tanta raiva – disseram que te viram e que queriam bater em você.

–E não poderemos fazer nada sobre isso...

Chuto a parede e dou um grito abafado, afinal, seria estranho gritar no meio da escola com todo mundo em horário de aula.

–Está tudo bem? –Natsu coloca a mão em meu ombro.

Não sei o porque mas acabo gritando - de um jeito não muito escandaloso - com ele.

–Por que se preocupa tanto comigo? Uma hora você me odiava e agora fica fazendo confissões irracionais para mim!

Ele me olha, incrédulo.

Eu não podia negar que gostava dele, mas me sinto tão nova para assumir algo por alguém que acabei de conhecer, mas mesmo se conhecesse eu sinto que também não conseguiria.

–Não são confissões irracionais! Eu nunca diria algo se não tivesse certeza!

Eu iria abrir a boca para gritar mais algumas merdas para ele, mas o diretor Makarov aparece e estraga nossa briga.

–Natsu, você tem que entrar para a sala de aula. –ele vira os olhos para mim- E você vá pegar suas atividades.

Natsu e eu nos olhamos e logo depois e se vira para ir para a sala.

*

Pego minhas atividades, e agora só falta os cadernos e os livros. Haja coluna que aguente todo aquele peso!

Abro a porta do armário e tudo está como eu havia deixado, exceto pelo envelope branco que estava largado sobre alguns livros. Penso sobre o que pode ser e imagino todas as possibilidades.

Carta de algum admirador secreto? Não, estamos em pleno século 21!

Contas? Certamente não.

Ameaça de morte? Não duvido nada.

Penso em mais algumas coisas sem noção e resolvo abrir o envelope. Não tinha nada sobre quem mandou ou alguma informação no envelope, estava totalmente branco. O abro e tem um papel todo enfeitado de borboletas, pego ele e o leio atentamente.

“Achou que iria se livrar tão rápido de mim sua vadia???

Não são grades que vão me prender.

Se eu ver ou saber que você está com Natsu de novo, eu vou atrás de você eu mesma e a mato! Isto mesmo, estou te ameaçando, e caso conte sobre isso com alguém eu te mato!

Se duvida de mim, vá e conte a alguém para ver o que acontece com você ou com uma daquelas vadias que tu chamas de amigas.

Lembre-se : Bote os olhos em Natsu novamente que você irá sofrer, então quero que saia do time de basquete e saia da escola, e você tem 48 horas para fazer isso.

Ass: Se é tão esperta quanto diz, já sabe quem é “

–Ela está me enviando ameaças? –começo a rir- Se acha que ameaças vão me fazer cair, está muito enganada, sua vadia!

*

Escuto Erza chegar em casa e ela parece um tanto feliz, já que ela está cantarolando aquela música de As Branquelas.

Eu estou largada no sofá me empanturrando de pudim, embora eu não goste muito de pudim.

–O que aconteceu?

–Se rir de mim –ela passa o dedo no pescoço rapidamente- eu te mato!

Faço um sinal em meu peito, que significa um juramento.

–Prometo não rir, pela minha vida.

–Então... –ela começa a corar- Jellal me chamo para sair, e por acaso, eu aceitei.

Meu Deus! E ele nem precisou de uma ajudinha minha. Pareceu que Erza está caidinha por ele, espera, nem é mais caidinha, ela tem um penhasco por ele!

Não me aguento e solto um riso, torcendo para passar despercebido mas ela o vê.

–Você disse que não iria rir!

–Calma, estou rindo duma piada que Joseph Morgan me contou no dia 3 de Fevereiro de 2007 ás 8:47 da manhã!

Ela começa a rir e eu a acompanho. Minha vida está segura, muito obrigada Deus!