A Filha de Roma e Grécia escrita por Wondy


Capítulo 5
Percy - Monstros explosivos


Notas iniciais do capítulo

Paçoca?
Paçoca.
Hello divosas! EU NÃO ABANDONEI VOCÊS!!! Sim divosas, eu irei enfrentar a dor na minha mão e escrever o cap com teclado virtual. Pq eu amo vcs
Cara, eu com certeza vou pro céu.
Enjoy!



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Antes que Leo e Hazel saíssem para buscar o bronze celestial e cal, eu e Hayley puxamos Leo para um canto e contamos a história de Hazel. Hayley também aproveitou para lhe dar um aviso subliminar: Se mexer com a minha amiga, eu mesma vou servi-lo de almoço para um grande tubarão branco.

Eu precisava admitir que às vezes tenha medo dela.

Às vezes? Questionou minha consciência.

Cale a boca. Respondi.

Ao invés de Frank se transformar em um dragão motherfucker, ele decidiu que uma coruja gigante chamaria menos atenção. Porque é muito normal ver uma coruja gigantesca carregando dois adolescentes, não é?

Assim que chegaram a Salt Lake City, Annabeth pegou um folheto onde havia pontos turísticos, lojas, etc. A loja de materiais de construção mais próxima se chamava “Sunroc Building Materials” * e ficava a alguns quarteirões de onde pousamos.

A cidade seria um ótimo lugar para um aniversário de namoro e um péssimo ao mesmo tempo. As árvores tapavam o sol, deixando a cidade meio sombria, mas ao mesmo tempo bonita. A cidade era um exemplo de meio-termo.

Quando passaram pelo Salt Lake Mormon Temple, cheguei a pensar que Annabeth teria um ataque cardíaco. Eu e Frank tivemos que puxá-la para tirá-la da frente do templo.

Assim que chegamos a Sunroc Building Materials, fomos pegar o bendito piche e ir pagar (com dinheiro mortal é claro). Adivinhem? Tinha uma fila do tamanho do olimpo! Claro, só porque não tínhamos pressa.

Na fila, tivemos que ficar atrás de duas senhoras que tinham um cheiro estranho. Na verdade o mais estranho era o fato de elas não terem nada dentro do cesto. Bom, quem poderia julgar não é?

Annabeth se ocupava lendo sobre o Salt Lake Mormon Temple no folheto que tinha pegado antes e Frank parecia distante (provavelmente pensando em Hazel), e, por isso, tive que tentar me ocupar com outra coisa que não fosse conversar com meus amigos.

Olhando ao redor, notei que em uma das prateleiras da loja tinha uma estátua de um grifo. Automaticamente me lembrei de quando conheci Hayley no Alasca.

w w w

Eu, Hazel e Frank estávamos mortos de cansados quando entramos naquele trem.

Assim que nos dirigimos para os bancos vagos, notei uma garota de cabelos loiros olhando para a janela nos bancos de trás. Ela seria o tipo de pessoa que eu ficaria em dúvida entre pedir informação ou esconder meus pertences. Usava uma blusa escrito “We’re all mad here” por baixo da jaqueta de couro preta, calça jeans rasgada e coturnos pretos. Não era uma roupa normal para quem estava no Alasca. Ela girava um anel de prata no dedo que eu não consegui ver a forma.

A garota então olhou para mime e eu me assustei quando vi a cor dos olhos dela. Eram verde-mar. Uma cor que eu via toda vez que me olhava no espelho.

Hazel, Frank e eu nos sentamos nos bancos e não demorou muito tempo para alguns turistas começarem a exclamar sobre corujas gigantes sobrevoando o trem. A garota ficou nervosa e agarrou algo na lateral de sua cintura. Era uma espada. Uma espada de ouro imperial. Ela era uma semideusa.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, o trem tombou para o lado. Os turistas começaram a gritar e eu fui ejetado para fora da janela. Hazel gritou meu nome quando um grifo me pegou pelos ombros.

Uma flecha passou zunindo pelo meu ouvido. A flecha de Frank não acertou o grifo, mas foi o suficiente para fazê-lo me soltar, fazendo com que eu caísse na neve. Frank e Hazel me ajudaram a levantar e juntos partimos para o ataque.

Investi contra um dos grifos enquanto Frank e Hazel cuidavam dos outros dois. Tentei golpeá-lo com contracorrente, mas o grifo era rápido e desviou da lâmina me derrubando na neve, fazendo com que minha espada fosse jogada para longe do meu alcance.

O grifo estava pronto para dar o bote quando, de repente, se reduziu a pó, revelando a garota loira atrás dele. Ela tinha salvado a minha vida.

– Essa foi por pouco- disse ela, estendendo a mão para me ajudar a levantar. Aceitei e finalmente consegui ver o formato do anel que ela usava. Era um tridente.

w w w

Fui tirado de meus pensamentos quando chegou nossa vez na fila. Pagamos pelo piche e nos dirigimos para a saída. Estávamos quase chegando num beco deserto para que Frank pudesse se transformar, quando ouvi uma risada esquisita. Virei-me dando de cara com as duas senhoras que estavam na nossa frente na fila do caixa. Porém elas não eram mais senhoras. Eram monstros de Alcatrão. E agora elas estavam com a companhia de mais cinco amigas feiosas. Um liquido preto espesso escorria de suas bocas e se espalhava por seus braços verdes escamosos, me dando náuseas.

– Onde pensam que vão? – Uma delas perguntou. Sua voz era tão fina que fez minha cabeça doer.

Destampei contracorrente e me postei na frente de Annabeth. Ouvi um rosnado e olhei para trás, Frank tinha se transformado no maior lobo que eu já vira. Estávamos prontos para o ataque.

– Isso vai ser tão divertido – O monstro sorria abertamente, mostrando os dentes afiados manchados de preto. Tive que segurar a vontade de vomitar que a visão me proporcionou.

Então elas atacaram, as garras de fora que mais pareciam lâminas. Desviei do ataque de uma e golpeei outra com contracorrente. A espada cortou sua pele como se fosse manteiga, e um jato do liquido espesso não identificado saiu do corte, sujando minha camiseta. O cheiro era terrível. Parecia chorume misturado com cocô de pégaso, horrível. O cheiro me deixou atordoado por alguns segundos, dando brecha para o monstro de alcatrão me atacar com suas garras, cortando meu braço.

A dor fez com que eu ficasse alerta novamente, e golpeei o monstro no peito. Não foi uma decisão muito boa, pois ele explodiu liquido preto para todos os lados. Ugh, quase vomitei. Virei-me e dei de cara com Annabeth. Ela estava toda suja e xingando em grego, golpeando o monstro. Isso o distraiu, dando tempo para que ela cortasse sua cabeça fora. Eu deveria ter feito o mesmo, pois o monstro só se transformou em pó, sem explodir líquidos nojentos.

Frank estava arrancando cabeças de monstro de alcatrão alheias. Seu pelo, antes branco, agora estava preto e ele parecia querer vomitar todas as vezes que fincava seus dentes na pele escamosa dos monstrinhos explosivos.

Logo não tinha mais nenhum monstro, Frank tinha matado a maioria. Quando virou humano, ele caiu de joelhos e vomitou o liquido preto que havia engolido sem querer.

– Tudo bem, cara? – perguntei, preocupado.

– Sim – respondeu ele, limpando a boca. – O gosto é mil vezes pior que o cheiro.

Fiz uma careta. Coitado do Frank, que acabou engolindo aquela coisa. Annabeth o ajudou a levantar.

– Acho que é uma boa hora para irmos embora.


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Notas finais do capítulo

ai ai ai... brincadeira, eu não sinto minha mão desde o quinto parágrafo.
O cap não está tão longo e vocês sabem muito bem por que, então não vem me xingar nos reviews. Brincadeira! me xinguem à vontade.
A loja Sunroc Building Materials realmente existe e vocês podem confirmar isso no Dr. Google se vocês quiserem.
A frase "We're all mad here" pertence ao filme Alice in Wonderland



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