De Repente, Noiva! escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 12
Declaração?!




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De um segundo para o outro, de supetão, juntos como se estivéssemos sincronizados, Louis e eu nos beijamos. Não foi avassalador, mas foi ainda mais intenso que o anterior. Lentamente nos movíamos em direção a parede, até que minhas costas se colaram nela, e eu vi entre ela e o corpo de Louis. Quando mais o tempo passada, mais intenso o beijo ficava. Deixava de ser um beijo lento e intenso, para se tornar intenso e avassalador.

As mãos de Louis desceram da minha cintura para o meu quadril, e ele me prensou ainda mais contra a parede. Senti-me louca.

Não percebi como andamos do ponto em que estávamos parados até a porta do meu quarto, mas só me dei conta quando já passava o cartão na porta para que esta fosse destrancada. Entramos no meu quarto e fechamos a porta sem nos importar com o barulho que fazia. Sem desgrudar os lábios, nos guiamos até o lado direito da minha cama, aonde interrompemos o beijo para que Louis pudesse tirar minha blusa. Em seguida, mais um beijo se seguiu. Suas mãos passeavam por minha barriga, por meus seios, por minhas costas. Naquele momento eu já esquecera totalmente de quem era e do que fazia ali. Ali eu digo, naquele hotel, naquelas férias, com aqueles amigos; ali, ali com Louis eu sabia muito bem e queria aproveitar cada segundo daquele momento.

Outra vez nosso beijo foi interrompido, mas desta vez para que eu tirasse sua blusa. Enquanto o beijo se seguia, com que folego, eu não sei, dirigi minhas mãos a parte central de sua calça. Por cima dela, acariciei-o, percebendo o desejo que ele sentia, e percebendo que era tão grande quanto o meu. Tirei sua calça, ele a minha. Já estávamos deitados na cama; ele por cima de mim. Acariciando todo o meu corpo, enquanto eu fazia o mesmo com o dele. Aproveitava cada momento, cada acaricia que eu dava e que recebia. Sua barba, que estava por fazer, roçava no meu rosto, enquanto eu sentia todo aquele corpo em contato com o meu. Juntos, realizamos o ato que, levaria ao cume nosso prazer, saciando todo esse desejo avassalador, que se instalara em nossos corpos.

*****

Cada um rolou para um lado da cama. Estávamos ofegantes, nos olhamos e sorrimos. Derreti-me toda com aquele sorriso que ele me lançou, foi diferente de todos os outros, mas muito parecido com aquele do que em que ele viera no meu quarto.

Eu não sentira atração por Louis até aquele dia. Quando ele me beijou algo em mim mudou, se transformou, mesmo eu não sabendo o que era.

Louis se sentou na cama, olhando para mim, que estava deitada sob o lençol branco. Ele apoiou-se com uma das mãos na cama e se curvou para cima de mim. Beijou-me lentamente e suavemente. Afastou-se de olhos fechados. “Devo ir.” Ele disse com pesar na voz. Ficamos em silêncio. Eu não queria que ele fosse embora, mas ele estava certo. Ele não poderia dormir ali comigo, meus pais poderiam nos ver no dia seguinte.

“Até amanhã” disse também com pesar na voz.

Ele abriu os olhos, sorriu para mim, levantou-se, vestiu-se e foi embora. Tudo isso em menos de um minuto.

*****

No dia seguinte, acordei me sentindo estranhamente bem. Somente quando me percebi nua sob os lençóis que me dei conta que a noite anterior não havia sido um sonho. Levantei-me e me banhei. Vesti minha roupa e sai do quarto em direção ao quarto de Louis. Bati na porta duas vezes antes dele atender.

“Ei” disse quando a porta se abriu. Meu coração pulava do meu peito de tanta ansiedade.

“Oi” ele abriu um sorriso. Entrei no quarto, Louis estava apenas com o mesmo moletom da noite anterior, sem camisa. Olhei para ele, perdendo a respiração.

“Dormiu bem?” Perguntei.

“Dormi” Ele olhava para mim. “E você?”

“Também” Sorri. “Er... Eu queria dizer...” comecei para quebrar o silêncio que se instalara por alguns segundos, mas, na verdade, eu não tinha a mínima noção do que eu queria dizer.

“Eu tenho que te dizer uma coisa” Ele falou, me interrompendo, para a minha alegria.

“Claro.”

“Cristal, tem uma semana que nos conhecemos.” Ele parecia nervoso. “E eu gostei muito de você. Eu sei que o que sinto está mais para uma atração,” ele disse, enquanto eu tentava esconder a vermelhidão do meu rosto “mas acho que são assim que as coisas começam.” Ele parou por um instante, engoliu em seco, umedeceu os lábios e continuou: “eu sei que você não sente nada disso por mim, nem por nenhum de nós, como você mesmo já me disse, mas eu tenho que ser sincero com você. Eu morria de ciúmes e inveja quando te via com o Harry ou com o Niall” levantei uma sobrancelha de surpresa “e por isso eu fazia as brincadeiras, para que eu não ficasse com aquele peso no peito, para que eu pudesse externalizar meus ciúmes de alguma forma.”

Eu não sabia o que dizer. Um nó se instalara na minha garganta. Louis estava se declarando para mim? Eu tinha entendido bem? Eu suspirei. Se ele foi sincero comigo, também serei com ele.

“Louis, eu não sei o que estou sentindo. Como te disse,” eu respirei fundo “eu não tinha interesse romântico em ninguém. Eu estava aproveitando as minhas férias ao lado de vocês.” Fiz uma pausa. “Mas ontem... O acontecimento de ontem transformou algo em mim. Eu não sei o que é, não sei que sentimento é esse. Quando nos beijamos eu senti algo diferente, algo que eu continuo sentindo.” Eu olhava em seus olhos. “Eu só não sei nomear, nem descrever. Só sei que é algo.”

Terminei de falar e ficamos em silêncio. Ele sorriu para mim e eu devolvi o sorriso.

“Eu também não sei bem o que é que eu sinto.” Ele disse, depois de um longo silêncio.

“Estamos quites, então.” Comentei, sorrindo, insegura.

“Que tal descobrirmos juntos o que sentimos?” Ele me propôs. Eu sorri, concordando com a proposta, e ele sorriu de volta.


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