Pretty Face escrita por Devoradora de sonhos


Capítulo 3
"Joelhos sangrando não fazem bem o meu tipo."


Notas iniciais do capítulo

Hey, sentiram minha falta?
Capítulo pequeno, mas é apenas um complemento do anterior.
Espero que gostem!
>>Narrado apenas pela Lily



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–Pai, você me disse que acharia alguém pra me ajudar!

–Eu sei, Lily. Mas não é assim. Preciso de alguém competente...

–Você nem procurou alguém, né?

–Eu... – o som de seu celular tocando o interrompe – Preciso ir. Estou esperando essa ligação a manhã toda.

Vejo papai descer as escadas, então me jogo em minha cama. Se as coisas continuarem nesse ritmo, nunca vou aprender a dirigir. Sei que insistir no assunto com meu pai não vai me ajudar, então me levanto novamente e desço as escadas, me dirigindo até a porta dos fundos, onde calço meus patins e saio para a rua.

Ando de patins desde que me conheço por gente. Sentir suas rodas deslizando pelas ruas, o vento batendo no cabelo e a visão borrada com a velocidade são as melhores sensações que já tive.

Sigo até o parque, que quase sempre está deserto, e escolho uma lista de reprodução para tocar em meu celular. Deixo meu corpo seguir o ritmo da música. O lado bom de estar num parque deserto é: Não preciso me preocupar em parecer uma patinadora louca que dança no parque.

Infelizmente, minha sorte não durou muito. Um cachorro extremamente grande e peludo passa correndo por mim, fazendo-me cair e me esfolar no chão. Minha primeira reação foi ficar parada ali no chão, esperando que a dor passasse, mas logo me levantei, ao perceber dois lindos olhos castanhos que me encaravam.

Amus Digory, meu professor de inglês me olhava com um misto de diversão e culpa.

–Desculpe, Dobby fica meio... elétrico quando vem ao parque – Demorei um pouco para entender o que ele dizia. É difícil se concentrar quando seu professor extremamente lindo está parado na sua frente, te olhando com uma expressão fofa dessas.

–Ham... Dobby? – Finalmente recupero a razão.

–É, me cão. O que te atropelou. Você está bem? – Ele aponta para o filete de sangue que escorria de meu joelho.

–Oh, estou. Acho que me cortei numa pedra, ou algo do tipo, mas não vou morrer nem nada do tipo.

–Lily, acho melhor darmos uma olhada nisso, não? O que acha de passarmos numa farmácia e....

–Farmácia? – Digo um “pouco” mais alto do que pretendia. Morro de medo dessas coisas relacionadas a remédios e hospitais. –N..não, eu posso cuidar disso em casa, obrigada...

–Então deixe eu levar você, está bem? É o mínimo que posso fazer.

–Tudo bem, então vamos?

–Claro, só me deixe pegar Dobby – ele assobia e o cão logo volta para o dono.

No caminho para casa, descubro que além de lindo, fofo, inteligente e divertido, Amus não é apenas professor. Ele pinta sempre que tem um tempo livre e também toca alguns instrumentos, como violão, teclado e bateria. Traduzindo: Amus Digory é perfeito.

Quando finalmente chegamos em casa, vejo papai conversando com alguém na porta, então Amus se despede de mim COM UM BEIJO NA BOCHECHA e parte na mesma direção em que viemos.

Com u sorriso bobo estampado nos lábios, sigo até a porta, sem saber que logo me arrependeria de tê-lo feito. James Potter conversava animadamente com meu pai.

–O que você faz aqui, Potter?

–Pergunto o mesmo a você, Lily.

–Ham, venho que já se conhecem – vejo o olhar constrangido de meu pai –Lily, James vai te dar aulas de direção. James, Lily é sua mais nova aluna. Bom, eu já vou indo. Boas aulas, hehe.

Papai acena para nós e entra no carro, que logo partiu para o trabalho. Não acredito que isso está acontecendo.

–Vocês estavam brincando né? Não acredito que meu pai ache que você é uma pessoa qualificada para ensinar qualquer coisa.

–Bom, eu tenho uma carteira de motorista, não é? - Oh, de novo aquele sorriso idiota.

–Olha aqui, Potter. Eu me recuso a aceitar qualquer tipo de contato direto ou não com você.

–Qual é, Lily. Quando as pessoas souberem que estou falando com você, vão começar a te aceitar melhor. Você vai poder ir à festas, como a de ontem.

–Para a sua informação, eu fui na festa de ontem. E não me chame de Lily. Apenas de Evans.

–Ah, então você foi na festa? Aconteceu realmente uma guerra na piscina ou foi invenção do Sirius?

–Não sei. Não me lembro de muita coisa, mas acho que vi Lene convidando Brooke para algum tipo de jogo ou sei lá...

–Impossível. Eu me lembro de ter ficado com a Brooke!

O que? Ele bebeu ou algo do tipo? Tento me segurar, mas quando me dou conta, já estou rindo. E, ao ver sua expressão confusa, percebo que ele realmente acredita que ficou com ela.

–Potter, pare de se iludir. Brooke nunca ficaria com você.

–Claro que ficaria, ontem... no jogo...

–Idiota, Brooke é lésbica! Nem você pode conseguir uma proeza dessas – Pela expressão dele, parece que não o convenci, então continuo –É mais fácil EU conseguir algo com ela do que você.

–Acho que alguém aqui é um pouco convencida não acha? E por falar nisso, ele é muito velho para você.

–Quem?

–Não se faça de idiota, Lily. Amus.

–Eu não tenho nada com ele... E ele nem é tão velho assim!

–Okay, continue se iludindo – ele pisca, fazendo-me corar –Volto aqui terça-feira, depois do colégio. Esteja arrumada, por favor. Joelhos sangrando não fazem bem o meu tipo.

–Você é um idiota, sabia?

–Um idiota que sabe dirigir – James sorri uma última vez, antes de ir embora, deixando-me num ódio infernal.

Não acredito que direi isso, mas preciso da ajuda dele. Preciso dirigir.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Me deixem saber quais suas críticas, dúvidas, elogios e motivações :3
Beijos pra vocês e Marotos pra mim, hehe :3