Instinto Materno escrita por Bia


Capítulo 35
Capítulo 35 : Porto seguro


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei mas cá estou espero que gostem e comentem bastante e eu vou deixar aqui o link da música que traduz muito deste cap. https://www.youtube.com/watch?v=KtHyXILtptk



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  Regina  estava  de  pé  perto  do  corpo  maltratado de  Mary, sem  dúvidas  havia  sido  gratificante  bater  naquela  mulher,  uma  adrenalina  havia  tomado  seu  corpo e  então  quando  deu  por  si  o  dano  já estava  feito,  ela  se  parabenizou  mentalmente  por não ter  deixado  marcas  visíveis  no  corpo  da  outra  afinal  ela  ainda   teria que  sair  da escola, e  aquela  pequena  lição  não  era  para  ser  algo  público  era  apenas  para  ensinar  a  morena  de  cabelos   curtos  que  ninguém  colocava  a  vida  da   filha  dela  em  risco.

   A prefeita  então  arrumou  um  pouco as  roupas  que estavam um tanto quanto desalinhadas  assim  como  os  cabelos,  andou majestosamente  até  sua  bolsa e  de  lá  tirou um  pequeno espelho e um  batom. Como se nada tivesse acontecido ali ela  passou  o  batom  de um  tom  forte  e vivo de  vermelho  nos  lábios  enquanto  olhava atentamente seu  reflexo  no pequeno espelho, quando  se  sentiu satisfeita com a maquiagem já  refeita  e com as  roupas  e  cabelos  impecavelmente  alinhados  tal  como  quando  havia entrado ali,  ela então  guardou a  maquiagem e depois  andou  quase  que  felinamente até a  professora, quando olhou  para o  rosto dela  viu  que  havia  sim  machucado  o  rosto  da  mulher,  o   conto  dos  lábios  de  onde  saia  um  filete  de  sangue  e o  lado  esquerdo do rosto dela estava  vermelho e  dava  sinais  de  que  mais  tarde  ficaria  roxo, a  morena  pouco se  importou se  limitou a advertir:

— Da próxima  vez  que  você sequer  sonhar se aproximar de  qualquer  uma  das  minhas  filhas  eu acabo  com  você  e pode  ter   certeza  que  vai  ser  de uma  maneira  tão  dolorosa  tão  cruel que vai me implorar  por  outra  surra  como  essas  entendeu?  Eu  acabo  com  você  nem  que  seja  a última  coisa  que eu  faça.- a  morena  fala  bem próximo  a  professora  a obrigando  a  olhá-la  nos olhos.- considere essa pequena  conversa  como  uma advertência  como  um presente  que  não receberá  duas  vezes.

   Dizendo essas  palavras Regina saiu  da  sua com  sua  pose  altiva e  andar  firme ,  ninguém se  atreveu a  questioná-la  do  porque estava  ali  ou  lhe  dirigir  uma palavra sequer, a morena  pode  sentir  o  medo  emanando  daqueles a  sua  volta  e por um  instante se sentiu sendo transportada  de  volta  para  a  floresta  encantada, se sentiu  novamente  como a   Rainha  má, e por um  milésimo de  segundo ela se sentiu  bem com aquilo  e um pequeno  sorriso  brotou em seus  lábios , mas  ela  sabia que  aquilo  não era  bom,  havia lhe  custado toda a sua  magia  e  o que  ela  mais  amava  para  deixar  seu passado  para  trás ,  algo que  ela  não  podia e  não  estava  disposta a  fazer  novamente  pois  diferente  daquela  época ela  tinha muito o que perder , e desta  vez  não  era  apenas um  recordo  de uma  história  de amor  linda  e inacabada , era  sua  família  seus  amigos, mas  pensar em sua  filha em perigo trazia de volta  o pior dela, estava  disposta a tudo  por eles ela estava sentindo  uma escuridão  tomar  conta de tal forma que chegava a doer, a morena abriu  sua  bolsa para  pegar as chaves e sentiu  um  papel colar em  sua  mão ela  então agarrou o papel e  olhou  para ele  e ali estava  uma  foto de  sua  família  todos  eles  tinham  uma  cópia  era da  noite que as meninas começaram a chamar Robin de  pai  em seu  noivado, ali  havia  começado aquela  família, um  sorriso  leve  brotou  nos lábios da  ex rainha que se permitiu sentir  aquela  sensação  boa  que afugentava  as  trevas  que  começavam a surgir em seu  coração , então  morena andou até onde  havia parado seu  carro e  deu partida  rumo  ao  único  lugar  que  ela  julgava que  traia   algum conforto a  sua  alma  naquele momento.

    Na  delegacia  as  coisas  não  iam as  mil maravilhas David  havia  voltado pois Robin exigiu  ele  disse  que  iria  a prefeitura  para  fazer  a petição  de  orçamento ,  no entanto antes de ir ele  teve que  fazer  um  relatório  formal  com  um  pedido , e  enquanto ele  redigia  um  texto  que  tinha  que  estar  padrão , David estava sentado em sua  mesa  com  cara de poucos  amigos  ele  não entendia porque  tinha que  estar  ali apenas  para  ver  Robin  redigir  uma porcaria de   documento,  quando  finalmente  terminou  o que estava  fazendo  ele  estendeu  para que David  Lesse  e assinasse, ali  haviam  dois  documentos ao  ler  o  primeiro que  era a petição  David  assinou  sem  pestanejar ou questionar, quando passou  para  o segundo  documento ele  olhou  assustado  para  Robin.

— Mas  que  porcaria  é  essa!!!!! como  assim  termo exoneração  você  não pode  fazer isso.- o homem estava  descontrolado , seu  rosto  branco  já  estava  vermelho denotando  ainda mais seu descontrole, e ele  jogou os  documentos  no rosto  Robin  gritando.

— O sub  xerife é o segundo em comando, é quem acompanha o xerife  nas  missões e eu  não me sinto seguro  colocando a minha  vida  nas  suas  mãos ,  você  não queria  menos  responsabilidades ? Não queria?   Não ter que  fazer  patões então   não  ficará sem emprego  eu   bem que  queria  mas não posso  lhe  demitir  me  contento  com apenas  rebaixá-lo será apenas assistente, assim  você apenas  vai  trabalhar  durante  o  dia   e  só  vai  em  operações  quando  for estritamente necessário,  desde  já  seu trabalho se  limita a serviço  interno  o que  quer  dizer  que  não  vai haver mais  campanas  ou   rondas para  você.

—Mas  eu…

— Mas  nada  vamos  assine  logo que eu ainda tenho que entregar  para que a prefeitura  aprove.- diz Robin sem muita paciência.

— Mas  é  claro que  vão aprovar essa  é uma das  vantagens  de  esquentar  a  cama  da  prefeita  ela faz  tudo que  você  quer…

    Robin  novamente  partiu  para   cima  de  David  mas desta   vez ele se  defendeu,  o  loiro de  olhos  claros  se  esquivou  do moreno  lhe  acertando  um  soco  no olho  logo  em seguida o que  fez  Robin  cambalear  para  trás   mas  não  sem  perder  seu  centro de equilibrou, ele  então  voltou a  investir  contra  o  loiro de maneira tão  rápida que este  não  teve  tempo de se  defender acabando  recebendo  um  golpe  em  cheio  no  queixo que o  fez  cair em  instantes, a mão  do   xerife estava machucada por causa do soco mas ele nada  disse apenas saiu  da delegacia  sem nem ao menos olhar  ou se importar com os papéis deixando  o homem que  já estava com o  nariz machucado e ligeiramente roxo do  soco que havia recebido mais cedo agora também com o  canto  da  boca  cortado e  sangrando  com o rosto visivelmente vermelho. Robin estava com raiva ele não se descontratava de tal  forma  há anos mas não permitiria que  falassem  mau de sua família, ele  foi até a garagem e viu  sua  moto ali,  ele  sempre a  usava como  válvula de escape, corria sem  rumo ou temor que  algo  fosse ocorrer ,  tomado e pelo  ódio ele  chegou a cogitar  subir na moto e  sair  sem  rumo  pela  floresta, mas  algo o deteve quando pôs as  mão  nos  bolsos  da  jaqueta ele sentiu seu  celular, ele pegou o aparelho e o destravou e  ficou encarando  a  foto  que  havia em seu  papel de  parede  há anos  eram  Regina e  suas  meninas  junto com ele  no dia de seu  noivado, uma paz o acometeu naquele momento e ele já não  precisava   mais de uma  válvula de  escape  no entanto precisava de segurança e  ele  sabia que  havia  apenas um  lugar onde ele seria capaz  de  obter esse  sentimento, e sem  pensar  duas  vezes ele entrou em seu  carro deixando  a velha  morto exatamente  onde estava  pois  já   não  era  aquele  homem  nem queria voltar ser.

    Regina  chegou  em  casa e ficou encarando a porta  por  algum tempo antes de entrar, estava tão perdida em seus  pensamentos que nem  notou a chegada  do marido. Robin chegou a  frente de sua casa e encontrou sua esposa na porta  ele parou ao lado dela  que  só  naquele momento se  deu conta da presença do  homem ali, eles  se olharam mas  nada  disseram,  ele  notou a mão  avermelhada dela , assim como ela  havia  notado  seu olho  que estava um pouco inchado, mas  naquele  momento  nenhum  dos  dois precisava de palavras  ou  questionamento,  precisavam, de  paz, carinho e colo. Robin  abraçou  sua  mulher de  lado e assim os  dois  caminharam em direção a entrada, assim que entraram ele  foram para a   sala e  lá  encontraram suas  filhas  Emma com Daniel, e Alice com  Peter, cada  um em seu próprio  mundo  com um sorriso  apaixonado  nos  lábios,  vendo aquilo  constaram que  sua meninas  já não  eram  tão meninas  quanto  na foto que  os  fez sentir a  necessidade de voltar para casa, olhando para  elas  cada  uma  feliz  em  seu  próprio universo  mais  unidas  em  um mesmo ambiente eles entenderam que  aquele não era  o  amor  que  eles  haviam  guardado  naquela foto mas  era  tão importante e especial quanto se  não mais, que não importava quanto tempo passasse , ou  o quanto  elas  crescessem  ainda  sim quando  juntos eles  eram a  força uns  dos  outros, e aquela  cena assim  como as diversas  outras que  compartilhavam ou  compartilhariam  sempre serviriam  para  guardar  aquele  amor aquele sentimento de que  não importava  nada, pois eles sempre teriam para  onde  voltar e quem os esperasse sempre teriam  um porto seguro. 


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Notas finais do capítulo

foi isso ai espero que gostem prometo não demorar muito se vcs comentarem bastante .
beijos Bia



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