Never Again escrita por CathPereira, letstrabach


Capítulo 5
Capítulo 5 - O que mais me poderá acontecer?


Notas iniciais do capítulo

obrigada àqueles que comentaram a fic!!



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Capítulo 5 – o que mais me poderá acontecer?

- Irmão! Há quanto tempo?! O pai avisou-me que tu virias cá e eu pedi-lhe para vir ter contigo quando tu chegasses. – exclamou o meu meio-irmão Tyson enquanto me apertava.

Ele tinha-me pregado um enorme susto e, se ele não tivesse falado, eu teria-o atacado com Anaklusmus.

Desde a última vez que o vira, este tinha crescido mais uns centímetros. Tyson é um ciclope, mas ironicamente já tinha feito algumas missões com Grover e nunca o tinha comido.

Continuamos a dirigir-nos ao palácio, após ele ter-me soltado do seu aperto de ferro. Este chegava a ser maior que ao antigo, que fora deitado abaixo na batalha contra Cronos e os outros Titãs. Os jardins de corais eram maravilhosos, as suas cores e os seus formatos eram espantosos. À volta do palácio havia uma enorme quantidade e variedade de peixes, de todas as cores. Ao longe pude observar as sereias e as nereidas, os velhos espíritos do mar, com as suas armas reluzentes prontas para atacar qualquer um que fosse inimigo ao reino. O que mais me intrigou foi que elas estavam cobertas pelas suas armaduras verdes em todo o corpo, o que só acontecia em tempos de guerra, mas felizmente neste momento não havia nenhuma guerra marítima, apenas uma rixa entre os Três Grandes, outra vez, por causa do raio.

Mais uma vez a estranha sensação de que algo de muito errado se passava invadiu-me, o que era acentuado pelo facto do meu pai me ter chamado ao seu reino com urgência, o que só aconteceu uma única vez, em que o meu pai estava em guerra contra Oceanus e sua esposa Tétis. Sentia que todo o ambiente marítimo, sendo uma parte de mim, estava tenso como se aguardasse ansiosamente algo. Porque será que está assim? Espero descobrir com a minha visita.

Entrei pelo portão. No hall avistei meu pai, Poseidon, sua esposa, Amphitrite, e o meu meio-irmão, Triton, herdeiro do reino de meu pai. Estes dois últimos olhavam irados para mim, enquanto que meu pai tinha no seu rosto uma expressão de preocupação, preocupado com o quê, não sei.

Ajoelhei-me à sua frente e saudei-o:

- Pai, o que me desejais?

- Levanta-te meu filho, não precisas de te ajoelhar perante mim.

Se possível, ao som daquelas palavras, os olhares que Triton me lançava ficaram ainda mais furiosos e a expressão “se o olhar matasse” atravessou-me o espírito, fazendo-me concluir que se assim fosse eu já teria sido feito em pó.

- Tenho uma missão muito importante para te dar. – começou Poseidon.

Estava nos meus devaneios, graças ao deficit de atenção, mas mal ele pronunciou a palavra “missão” os meus sentidos aguçaram-se logo.

- Meu filho, deves ter reparado que a segurança do castelo está muito mais apertada.

- Sim, reparei pai, mas a que se deve tudo isto? – inquiri-o indo directo ao assunto.

Ele suspirou e vi, com assombro, umas rugas a formarem-se por cima das suas têmporas o que quereria dizer que ele estava a reflectir o estado do oceano. Parecia que alguns anos tinham sido acrescentados ao seu rosto.

- No dia em que o raio de Zeus foi roubado, houve uma reunião de emergência entre os deuses e foi aí que eu reparei que me faltava algo muito importante. Não disse nada aos outros deuses, porque não cria que houvesse nenhuma guerra, mas tu tens de mo achar filho. Tenho fé em ti, apesar de ninguém o ter conseguido achar a meu mando. És o mais poderoso de todos os meus filhos humanos, até agora criados. Ninguém conseguiria enfrentar Cronos e banhar-se no Styx e sobreviver para contar a história, mas tu superaste-te. Só tu podes sentir onde está o que me foi roubado e mo devolver.

Eu irradiava alegria por cada poro. O meu pai tinha acabado de dizer que se orgulhava de mim. Mas algo me incomodava.

- Mas … pai, o que te foi roubado?

- O meu tridente, um dos instrumentos mais poderosos, que nas mãos erradas pode destruir o mundo e se eu não me engano, ele estará com a pessoa que roubou o raio de meu irmão.

Absorvia as informações lentamente, mas quando percebi o que meu pai tinha dito fiquei chocado, porque dois dos maiores símbolos de poder dos deuses tinham sido roubados. Só faltava agora o elmo das trevas de Hades também ser roubado, aí sim o caos seria instalado e a pessoa que os possuísse tornar-se-ia altamente perigosa.

Por causa do meu DDA, reparei pelo canto do olho que Triton tinha uma expressão demasiado pensativa, mas deixei passar, porque não estava para ligar para uma coisa sem importância nenhuma.

- Aceito a missão. Acharei o tridente o mais rápido possível e trá-lo-ei em segurança.

- Eu sabia que não me desapontarias. – disse-me dando um sorriso fraco que fez com que as rugas que lhe tinham aparecido momentos antes se dissolvessem. – Tyson, como tu és Capitão dos Ciclopes precisarei de ti nas forjas, por isso não será possível acompanhares o Percy, tal como era o teu desejo. Sinto que uma guerra se aproxima e preciso de toda a mão-de-obra disponível.

- Sim pai. Adeus Percy! – disse-me ele virando-se para o lado e dando um abraço bem apertado.

Virei-me para o meu pai e sorri-lhe, saindo de seguida.

“- Orgulho-me que sejas meu filho. Serás sempre o meu filho predilecto.” Disse uma voz dentro da minha cabeça.

Saí do meu reino com o pressentimento de que tinha deixado um detalhe precioso escapar e que me iria arrepender mais tarde por me ter esquecido dele.

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Bem, digamos que quando cheguei à superfície não soube dizer quantas horas se tinham passado, mas era meio-dia. Possivelmente tinha passado um dia no mar.

Tinha de saber como andavam as coisas no acampamento, por isso dirigi-me a uma parte vazia do cais onde tinha saído e criei uma fonte com a água do mar fazendo a luz incidir nela. Atirei um dracma, que entretanto havia pegado da minha mochila, e disse:

- Ò deusa mensageira da Íris, aceitai a minha oferta.

O dracma que havia atirado desapareceu no ar.

- Mostrai-me Quíron no Acampamento Meio-Sangue. – pedi.

Pude observar a imagem de um centauro através da mensagem. Envolvia-o uma nuvem esverdeada que reconheci logo como sendo uma das profecias do espírito de Delphos que era transportado no corpo de Rachel. Esta estava a dizer mais uma das suas profecias.

 

 


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Notas finais do capítulo

reviews?! e façam uma autora feliz!!