SanWar - Priére (Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 9
Capitulo 8 - Uma visita ao Quartel General.


Notas iniciais do capítulo

Então, esse provavelmente é o maior capitulo agora... sinto que me empolguei um pouco escrevendo-o, se ficar muito cansativo avisem que eu tentarei me controlar mais na proxima, boa leitura e até mais o.



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*Lucina

Havia se passado cerca de uma semana desde o confronto com o demônio na minha varanda e a incrível visita de Gabriel no pior momento possível. Meus pais haviam voltado de viagem e por incrível que pareça eles surtaram apenas com o fato de que havia um florete fincado no chão da sala o qual ninguém havia conseguido tirar, e eu não havia nem sequer tentado, afinal, sem respostas eu nem ao menos tentaria tocar naquilo.

Em contra ponto eles nem ao menos mostraram preocupação quando contei sobre o ataque à mansão ou quando eles viram os resquícios da batalha sendo arrumados, afinal era “impossível algo grave acontecer comigo” de acordo com minha mãe, e quando perguntei do que se tratava, ela achou melhor mais interessante se focar na espada e ignorar qualquer coisa que eu dizia completamente.

Felizmente as coisas pareciam ter voltado a um grau de normalidade, ia a escola normalmente, voltava, e fazia tudo o que costumava fazer, mas a curiosidade havia tomado conta de mim e recentemente havia pesquisado tudo o que era possível sobre anjos, demônios, bestas, a guerra e os híbridos, tentando aprender o máximo possível sobre eles e sobre mim mesma, ou seja, passava mais tempo na biblioteca do que em qualquer outro lugar.

Nesses dias aprendi um pouco sobre o domínio que eu tenho da agua, mesmo que em segredo, pois minha mãe não iria querer me envolver nisso tudo, ainda mais depois da preocupação dela ao ver a espada que Gabriel trouxe. Infelizmente meu treinamento não teve muito rendimento, limitando-se a conseguir mover pequenas quantidades de agua de um copo para outro com a distancia máxima de um metro.

– Naquele dia pareceu tão fácil, mas agora... – Dizia a mim mesmo até notar passos as minhas costas.

– Você definitivamente deveria despedir seus guardas e trocar seu sistema de segurança. São Obsoletos e inúteis. – Disse uma voz ao meu lado.

Por instinto tentei usar a agua para atacar a minha visita inesperada, e pode ter sido a adrenalina, mas a agua se moveu da forma que eu queria, e foi toda a agua do copo com velocidade em direção a ela, porem ao chegar perto da silhueta, a agua simplesmente parou abruptamente e caiu no chão.

– Um aviso, em uma batalha de controladores do mesmo elemento, o que possui o maior controle sobre ele, vence. Mas se serve de consolo, você conseguiu me molhar um pouco. – Disse a voz com leve surpresa e andando para onde a luz do abajur alcançava.

Era Ninally, a garota loira do vestido da policia, mas dessa vez ela parecia mais tranquila do que no outro dia, passando novamente a sensação da boneca que criou vida.

– Vejo que anda treinando não é mesmo? A sensação de poder tomou conta de você e agora não consegue resistir não é mesmo? Acho que sei como se sente. – Disse ela em um tom provocativo, porem ainda mantendo a sensação de que falava a serio. – Eu poderia te ajudar sabia? Afinal, também sou uma elemental da água, como você.

E ao falar isso, a agua que estava no chão começou a flutuar e dançar ao redor dela, seguindo o dedo dela e tomando diversas formas, como a de um cachorro, um carro, nuvens e varias outras coisas, alternando a cada volta que dava em torno dela.

– O segredo do controle, assim como o de tudo, é a confiança e a força de vontade... – Dizia, e ao ver minha cara de “Serio? Diga algo que eu não saiba” que eu fazia, ela pensou um pouco e completou. – Mas o real “segredo” é saber que o que quer fazer exatamente com a agua, o caminho o qual ela irá tomar, assim como a velocidade e força e principalmente saber onde é seu foco de poder, se é o cérebro ou o coração. – Disse ela apontando para a própria cabeça com a mão direita, e para o meu coração logo em seguida.

– OK, muito obrigada pelos conselhos e tudo mais. E não é querendo ser rude, mas, o que veio fazer aqui? – Eu estava agradecida, de verdade, porem estava cansada de pessoas invadindo minha casa como se fosse a coisa mais normal do mundo. – Por acaso minha mãe não a contratou para ser minha guarda costas né?

– Você acha que ela faria isso? Quem sabe eu não fique rica assim! Irei lá oferecer meus serviços. – Disse ela com os olhos brilhando enquanto se dirigia à porta.

Não sabia se ela estava falando serio ou não, então pulei até ela segurando seu braço no momento em que ela colocava a mão na maçaneta.

– Ah, qual é, você não achou que eu estava falando serio não é mesmo? – Ela falou revirando os olhos. E então foi até a escrivaninha no centro da biblioteca e sentou-se lá. – Para falar a verdade, vim apenas ver se você não tinha surtado e avisar que você está sendo convocada ao quartel general da Guarda, ou a “policia da cidade”. – disse ela fazendo as aspas com as mãos em descaso, já que eles eram reconhecidos assim, mas não eram exatamente a policia, já que resolviam apenas problemas relacionados com os híbridos.

– E por qual motivo eu deveria ir? – Respondi rispidamente me dirigindo às prateleiras procurando mais livros sobre as historias. – Não faço parte disso e não quero ter mais relação com essas coisas.

– Tarde demais Lucina, ou devo chama-la de senhorita, igual todos? – Falou ela em tom de completo tedio e descaso. – Desculpa, mas isso é comum e já estou cansada disso, não é como se você tivesse alguma escolha agora, afinal, você é uma hibrida, então... ou está conosco, ou contra nós...

Nesse momento, um vendaval abriu a janela e um mini tornado começou a se formar entre Ninally e eu, como se tentasse nos arremessar para longe uma da outra.

Ninally deu um salto da cadeira e por um momento pareceu flutuar no ar, e quando seus pés tocaram o chão, ela abriu os braços depois fez um rápido movimento com eles, tirando uma de suas luvas pretas que pareciam ser de couro, que só então havia notado que ela usava, e com isso uma fina linha vermelha percorreu toda a sala, até chegar num ponto do teto em que se expandiram duras como agulhas e voltaram tão rápido a origem quanto saíram, então ouviu-se um baque surdo caindo no chão.

Um corpo. Sim, agora havia um corpo sem vida no chão da biblioteca.

– Ainda acha que pode escapar do seu destino, Lucina? Agora que existem boatos de que a filha da representante dos Anjos é uma hibrida, muitos irão ataca-las, e esse é apenas um dos primeiros, que serão mais experientes e difíceis de parar conforme o tempo vai passado. – Disse ela andando em direção ao cadáver com a luz para enxerga-lo melhor.

Ele usava uma roupa toda preta com uma mascara. Parecia um ninja desses de livros e filmes, porem com um detalhe a mais, ele controlava o vento e parecia disposto a me matar.

– Quem é ele? – Perguntei surpresa me aproximando.

– Apenas um fugitivo. Aparentemente um hibrido mercenário que não quis se juntar à Guarda. – Falou, e mais parecia um aviso para mim do que uma analise do cadáver em si. – Como eu disse, ou está do nosso lado, ou contra nós. E agora que estamos conversadas, irei avisar para a sua mãe a situação e pedirei permissão para passar a noite aqui, caso outro desses venha a aparecer.

Assim que ela abriu a porta, Claus entrou na biblioteca e ao ver a cena, pareceu entender exatamente o que acontecia ali, então ele me puxou para fora do quarto, conversou com dois outros seguranças que logo em seguida entraram na biblioteca e a chegaram, e voltou até onde eu e Ninally estava.

– Senhorita Ninally, a senhora Isadora a espera no escritório. E Senhorita Lucina, por favor, me acompanhe, vamos até a sala. – Disse Claus aparentemente preocupado com toda a situação, não apenas com a minha segurança, mas parecia chateado com o fato de não ter percebido isso antes como ele vinha resmungando a um bom tempo desde que havíamos chegado à sala.

Não se passou muito tempo até minha mãe e Ninally entrarem pela porta, e quando ela me viu, veio correndo em minha direção e me abraçou.

– Filha, você está bem? Tem certeza? Não aconteceu nada demais? – E a cada pergunta, me abraçava com ainda mais força. – Filha, me desculpe esconder isso de você, eu só queria protege-la. Não era minha intenção esconder tudo assim...

Nessa hora eu comecei a encara-la como se perguntasse o que ela queria dizer, então ela começou a demonstrar que iria chorar e eu comecei a olhar ao redor da sala procurando algum apoio e vi Ninally com as mãos levantadas.

– Me desculpe, acabei contando pra ela desde o encontro com Gabriel até o fato de que você estava tentando desenvolver seus poderes sozinha... – “Traidora”, pensei. Ela chega, causa uma confusão e ainda conta tudo pra minha mãe. Ela não tinha esse direito. Ok, ela era da Guarda e tudo mais, mas era minha vida e ela era mais nova que eu. Não podia decidir ar coisas por mim dessa maneira. – Não adianta olhar pra mim dessa forma, estou apenas tentando evitar que morra precocemente, mas se quiser, a escolha é sua. Estou te dando a opção de treinar comigo na Guarda, e sugeri isso para sua mãe, agora se me dão licença, irei para o quarto de hospedes, enquanto decidem o que fazer.

– Ela tem razão filha... – Minha mãe estava limpando as lagrimas e se endireitando. Fez-me sentar num sofá e puxou uma cadeira para a minha frente. – Olha, não queria te envolver nisso tudo, eu sabia que isso poderia acontecer, mas Deus sabe o quanto rezei pra que você nascesse normal. Seu pai disse que a presença dele apenas aceleraria o processo e tentou conter seu poder, mas parece que não funcionou...

Ela parecia abalada, realmente abalada, mas se eu tinha alguma chance de ter respostas, essa hora era agora.

– Mãe... Quem é meu pai afinal? Meu verdadeiro pai... – Perguntei, e ela desviou os olhos. Mas respirou fundo e começou a falar.

– Filha... Sei que deveria ter te falado isso a muito tempo, Charles realmente não é seu verdadeiro pai, mas sobre o verdadeiro, não posso falar... O simples fato de que falar o nome dele, pode atrair o nome de pessoas perigosas filha e até que você consiga controlar seus poderes, é arriscado, desculpe... – Eu já sabia sobre aquilo, mas ao ouvir essas palavras de minha mãe, que o homem que eu tomei como pai até hoje, não era meu verdadeiro pai. Aquilo me deixou bastante deprimida, tanto que nem retruquei o fato de que ela não falaria quem realmente é meu pai, e apenas concordei com tudo.

– Então... Terei de ir amanhã para a Guarda mesmo? – Quando falei isso, notei que o Florete ainda estava fincado no chão, sua lamina era branca cristalina e seu punho era dourado com pequenos desenhos que lembravam uma asa, que parecia envolver toda a mão de quem a empunhava.

– Engraçado não? Ninguém conseguiu tira-la de lá, todos que tentaram nem ao menos a seguraram por tempo suficiente para puxa-la, simplesmente foram arremessados para fora do cômodo. – Disse ela esboçando um sorriso. – Parece que é sua afinal. Leve-a, lá não será fácil, isso talvez seja de ajuda, minha campeã.

Levantei e fui em direção ao florete e quando ia toca-lo, algo me fez recuar. Não parecia certo para mim aquilo tudo.

– Desculpa mãe, mas eu preciso descansar um pouco. – Com isso sai e fui para o meu quarto dormir.

A noite se passou sem mais nenhum problema, e se ocorreu foi enquanto eu dormia e Ninally cuidou de tudo, vai saber.

O dia amanheceu em silencio, sem muitos passos pela casa, e sem o menor barulho nos corredores, tomei banho e me vesti com roupas que até então nunca havia gostado, mas que enfim começava a fazer sentido.

Era um presente que ganhará ano passado de alguem que eu não sabia quem, uma calça jeans azul escura, tênis esportivos pretos, uma camisa prateada clara com um casaco branco que tinha duas asas grandes, como se fossem de anjos, desenhadas nas costas em prata e dourado como se estivessem fechadas. Não era bem meu estilo de roupa, mas aquela parecia a ocasião ideal para isso.

Quando cheguei na entrada, lá estavam Claus, meu pais Charles, minha mãe Isadora e Ninally, que ainda parecia estar com sono, tentando esconder se bocejo com a parte detrás da mão enquanto se esticava.

– Estou pronta, podemos ir? – Perguntei sem muito entusiasmo para Ninally que apenas consentiu e foi em direção a um carro que estava estacionado. Nisso virei para meus pais e me despedi brevemente, que pareciam estar se segurando para não chorarem. – Ah, qual é, assim parece até que nunca mais nos veremos, serão só por alguns dias certo? E não deve ser muito longe daqui, qualquer coisa volto para visita-los. Prometo.

– Filha, eu sei que isso tudo aconteceu muito rápido e se também que deveríamos tê-la contado essas coisas antes, mas entenda que foi para seu próprio bem. – Disse meu pai me dando um abraço. E então se afastando um pouco.

– Aqui, sei que não queria levar, mas, por favor, Lucina, não me desobedeça dessa vez e leve isso com você. São ordens da sua mãe. – E quando ela disse isso, notei que ela estava com o florete na mão entregando-o a mim. Mas a questão era “como? Como ela tirou o florete de lá?” achei que era impossível para qualquer outro que não fosse eu, deveria ser impossível. Ela não deveria ter conseguido tirar aquilo de lá... E mais uma vez uma velha voz na minha cabeça falou “o que será que ela ainda esconde de você?”. – Espero que suas aulas de Esgrima venham a calhar agora, não é mesmo?

Ela parecia bem mais calma do que na noite anterior, e parecia que estava disposta a me contar tudo quando eu voltasse. Algumas coisas ainda me intrigavam, entretanto tive que deixar por isso mesmo e aceitar a arma, pois assim que ela falou a palavra “ordem”, sabia que eu teria perdido qualquer discussão que viesse a acontecer, e olha que eu tentei ganhar diversas e diversas vezes, mas ela nunca perde, nunca.

– Tudo bem, irei levar isso comigo, mas não prometo que será tão útil. Parei com a esgrima a alguns anos, certo? Não sei dizer se ainda tenho toda aquela habilidade que a Senhora acha que tenho... – Era verdade, fiz na infância até entrar na adolescência, mas desisti quando cheguei aos 16 e passei a me focar nos estudos para ser uma pesquisadora.

– Será filha, sei que será. Você consegue, basta se lembrar de como. É igual bicicleta, fica gravado no corpo, e não na mente. – E então ela me abraçou e entregou a arma. – Não se machuque.

– Olha isso não posso prometer, ela vai para a Guarda afinal. Principalmente se eu a instruir. – E por um momento agradeci por não estar em guarda, ou juro que teria atacado Ninally por aparecer assim tão de repente. Ainda mais após ver o sorriso que ela tinha enquanto pronunciava aquele aviso de que eu não iria gostar de tê-la como instrutora.

Foi aproximadamente 3h de viagem dentro de um carro grande, no qual Ninally passou a maior parte do tempo dormindo. Levei apenas uma bolsa com algumas mudas de roupa e objetos de higiene pessoal. Sobre o florete, bom, ele era pratico. Quando me perguntei onde eu poderia guardar uma arma daquelas, automaticamente o florete se transformou em uma presilha e foi diretamente prender meu cabelo, ou seja, além de ganhar um penteado novo, e ainda ganhei uma presilha bonitinha dourada.

Quando chegamos, notei duas coisas. Primeiro, o lugar era enorme, maior até mesmo que a mansão de meus pais. Acho que dava aproximadamente umas 4 vezes a mansão dos meus pais, no qual uma parte do local havia um campo de treinamento, uma arena, dormitórios para os recrutas de um lado e do outro um castelo. Sim, um castelo de pedra gigantesco, com torres e tudo mais, construído em pedras negras que davam um ar de abandonado e de assombrado, mas ainda assim, havia vida lá dentro, o que era ainda mais assustador.

Ninally me guiou por todo o local, vimos alguns recrutas correndo e fazendo exercícios físicos, outros aprendendo manipulação elemental, e até mesmo passamos pela arena, onde vi uma cena... Peculiar, se é que pode ser dita assim.

Estávamos na arena onde aconteciam torneios e embates entre os membros do local, me lembrava fotos que eu havia visto em livros à respeito do coliseu. Um local com arquibancadas feitas de pedras cuidadosamente esculpidas, com a diferença que parecia de mármore, e ao centro uma arena com cerca de 10 metros de diâmetro com duas pessoas nela.

Não era surpresa de que Mike estaria lá, o guarda agressivo que tinha uma rixa estranha com um arcanjo e que quando fica agitado, tende a eletrizar tudo ao seu redor, e naquele momento não era diferente, mas dessa vez ele tinha um alvo, se é que pode ser chamado assim o outro cara.

Bom, começamos com o fato de que ele estava parado no mesmo lugar apenas recebendo os golpes elétricos de Mike, que estava pulando e se movendo muito rápido disparando raios de eletricidade no outro cara de diversas direções que parecia não se incomodar muito, ou melhor, ele não estava tomando os golpes de fato, demorou um pouco para eu perceber e meus olhos se acostumarem, mas antes dos golpes elétricos atingirem o alvo, eles pareciam se dissipar, dissolver e sumir, como em um passe de magica.

– E lá vamos nós novamente. – Disse Ninally suspirando. – Eles tão quentes não são? – Disse ela num sorriso e então notei o motivo. Ambos estavam sem camisa.

Mike era bem definido de fato, apesar de sua personalidade agressiva e direta, ele era bem bonitinho e aquela cicatriz o dava um ar selvagem, mas o outro, bom, ele parecia um Galã desses de livros.

Alto, cerca de 1,90 de altura, pele clara, magro, porem bem definido, cabelos lisos e volumosos tão negros quanto o uniforme deles, ou no caso a calça que eles estavam vestindo. Ele passava um ar de tranquilidade tão grande, mesmo sendo alvo de uma enxurrada de golpes desferidos por Mike que era surpreendente. E até acenou para nos por um momento e pediu tempo pra Mike que não pareceu nada feliz com isso, e muito menos ao notar que estávamos observando a luta entre eles.

– Não se preocupe, eles fazem isso sempre que se veem, sempre querendo decidir o que é mais efetivo, a tempestade de ataques de Mike, ou a defesa impenetrável de Aryia. Sim, pode parecer de menina, mas não diga que eu falei isso, ok? – Ninally disse isso mostrando a língua pra mim, como se esperasse um sorrisinho de compreensão meu, o que claro, aconteceu, principalmente quando ele chegou mais perto, em um salto, planando até chegar em nós.

– Olá meninas, como estão? Você é nova aqui não é mesmo? Me chamo Aryia, Aryia Lhart. – Apresentou-se o garoto, que parecia ter a idade próxima a minha, 18~19 anos. – Então Ninally, essa é a novata que vocês estavam comentando? Ela parece... Interessante. Alias, sou um elemental de Ar, e sim, posso dispersar qualquer poder, então se precisar de alguem pra treinar ofensivamente, estarei sempre as ordens.

Quando ele disse isso, meu coração deu uma pequena descompassada, ainda mais com o sorriso que ele tinha, parecendo cada vez mais um Galã de livros que eu lia.

– E então Lhart, vai continuar bancando o encantador cavalheiro para as donzelas em perigo ou vai voltar para o treino? – Gritou Mike inquieto no meio da arena.

– Desculpe ele está meio irritado esses dias. – Disse Aryia.

– O que foi, o diretor brigou com vocês de novo? – Perguntou Ninally. – Já sei, outro uniforme né?

– Claro que sim Nina, com quem o diretor nunca briga? – Respondeu ele em tom de brincadeira. – Por isso tivemos que tira-los dessa vez. Ele disse que estava cansado de nós dois destruindo uniformes em treinos e disse que da próxima vez teríamos que costurar todos e ainda patrulharmos nus... Não seria muito divertido sabe?

– Talvez não pra você, mas quem sabe não para nós, certo Lucina? – Disse Ninally esboçando um sorrisinho travesso, me fazendo corar ao pensar, mesmo que por um curto período na ideia.

– Er, então, quem é esse diretor? – Perguntei constrangida querendo mudar de assunto.

Nesse instante senti uma grande presença entrando no local e a silhueta de um homem sombreado na porta por onde havíamos entrado.

– Bem vindo, Lucina, filha dos Anjos. Eu sou o diretor desse local, Me chamo Tsadkiel, A vontade de Deus. – Disse o homem, fazendo todo o chão tremer com suas palavras e fazendo Arya, Ninally e até mesmo Mike reverencia-lo.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, desculpem pelo capitulo cansativo e tudo mais, mas espero que tenham gostado e estejam gostando.
Tentarei postar toda quarta e sabado, ou dois capitulos no sabado, então fiquem ligados e até a proxima u.u