Where's Stiles? escrita por LabWriter


Capítulo 4
His Secrets - Lydia 1/2


Notas iniciais do capítulo

Oiie!!!
Voltei! Não tenho muito o que dizer aqui, só que o capítulo vai ser dividido em duas partes. Mas eu acho que isso já está meio óbvio.
MUITO OBRIGADA A LEITORA FANTASMA!!!! Ela deixou o comentário mais maravilindo que eu já vi na vida e ainda favoritou a fic!
A giovannacrc e a GabiStilinski também favoritaram, muito obrigada!

Aproveitem o capítulo!!!



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— Isso não é justo! — gritei, chamando a atenção de todos na delegacia.

— Eu sinto muito, Lydia. Mas não há nada que eu possa fazer. — Parrish respondeu, tentando me acalmar.

— Vocês não podem desistir, eu sei que ele está vivo…

Olhei para baixo, deixando que as lágrimas caíssem. Por um lado, eu sabia que eles estavam certos. Parrish havia acabado de me dizer que o caso do desaparecimento de Stiles foi considerado encerrado e sem solução. O Xerife estava acabado, provavelmente em depressão. Ouvi dizer que ele andava bebendo, mas preferi não acreditar.

— Já fazem quase cinco meses, nós não encontramos nem uma pista. Nem Scott conseguiu achá-lo. Talvez seja hora de vocês seguirem em frente.

Se eu não estivesse tão triste, provavelmente teria atacado ele ali mesmo. Seria impossível seguir em frente, Stiles não é o tipo de pessoa de quem você se esquece. Simplesmente assenti e saí andando. Em tinha de estar na escola em menos de vinte minutos, mas nem me importei, fui direto para casa.

Minha mãe não estava surpresa, e muito menos irritada, quando chegou em casa. Ela trabalhava onde eu estudava, é óbvio que já sabia que eu havia faltado. Eu estava largada no sofá, pois foi só o que fiz durante o dia inteiro: nada.

— Ouvi que eles encerraram o caso. — ela disse, se sentando ao meu lado.

— Não é justo… — sussurrei

— Eu sei, filha. Você realmente amava esse garoto, não é?

Não respondi. Apenas fiquei em silêncio, pensando no que tinha acabado de ouvir. Era verdade que eu gostava de Stiles, mas será que eu o amava? Achei que ela insistiria na pergunta, mas ela não fez.

— Parrish disse que eu tenho de seguir em frente.

— Ele está certo.

De um segundo para outro, passei de meu estado de repouso absoluto para um estado de completa agitação. Me levantei do sofá com uma velocidade relativamente incrível.

— Como assim? Você também acha isso? — perguntei, ou gritei.

— Filha, eu sei que você acha que esse menino está vivo, e talvez ele esteja, mas ele não é e nem nunca foi o centro da sua vida. — ela me consolou, pegando minhas mãos e me fazendo sentar de volta no sofá.

— Mas antes era diferente. Ele estava sempre lá, me seguindo pelos corredores, tentando chamar minha atenção...e agora ele se foi.

— Querida, eu sei que você está triste. Só que isso vai passar, e você tem outros amigos, escola, futuro. A dor certamente não vai desaparecer, mas com o tempo vai diminuir. Não deixe que isso te consuma.

Nunca havia chorado por Stiles. Até aquele dia.

— É tão injusto…

Abracei minha mãe, que ficou me escutando soluçar e repetir as mesmas palavras até adormecer.

Quando acordei, estava no sofá com um cobertor sobre o corpo. Ainda era de madrugada e a casa estava silenciosa e escura. Estava completamente sem sono, então levantei e fui lavar o rosto. Quando me olhei no espelho, percebi que algo estava diferente. Alguma coisa dentro de mim havia morrido. Se isso que era “seguir em frente” eu não estava gostando nem um pouco. Tudo o que eu sentia naquele momento era um grande vazio.

Sem saber direito o que fazer, peguei meu carro e saí dirigindo por aí. Diferente das outras vezes, não liguei o rádio, apenas fui em silêncio até sentir que tinha que parar. Adivinha onde parei? Isso mesmo, na casa dele. Não entrara lá desde a última vez em que o vi e uma súbita curiosidade me invadiu.

Lembro que uma vez ele havia me dito que havia uma chave reserva em algum lugar por ali, não me lembrava onde. Saí do carro e observei as janelas, aparentemente, todas as luzes estavam apagadas. O primeiro lugar em que procurei foi debaixo do tapete, mas não estava lá.

— É claro que não está aí, Lydia. Estamos falando do Stiles. — disse para mim mesma.

Levei longos cinco minutos para encontrar a chave enfiada em uma pequena falha no parapeito da janela. Com muito cuidado, adentrei sua casa. As coisas continuavam exatamente iguais, exceto pela grande quantidade de pó e o leve cheiro de mofo. Com certeza o Xerife já não cuidava mais da casa como antes. Ao chegar na cozinha percebi uma enorme pilha de louça na pia, várias caixas de pizza e embalagens e latas de tudo quanto era coisa. Por curiosidade, abri a geladeira e me arrependi no mesmo momento. Um cheiro quase tóxico invadiu o ambiente.

Andei pelo resto da casa e percebi que, na verdade, não havia ninguém lá dentro. Apenas eu. Ao chegar na porta de seu quarto fiquei receosa. Talvez não fosse uma boa ideia, afinal, eu precisava “seguir em frente”. Mas a saudade falou mais alto. Sua cama estava completamente bagunçada, assim como sua escrivaninha, cheia de papéis.

O grande quadro de vidro, usado para resolver alguns casos, estava perto da parede. Acho que estava sem uso quando Stiles desapareceu. Abri a gaveta de seu criado-mudo, encontrei apenas fios vermelhos, amarelos, verdes e azuis. Sorri me lembrando daquele dia. Já na sua escrivaninha as coisas era diferentes. Todas as gavetas estavam cheias de todo tipo de papel. Alguns eram trabalhos de escola, outros eram anotações sem sentido e a maioria era de casos de polícia. Porém, no meio de tudo aquilo, havia um caderno.

Provavelmente, aquele caderno era a coisa mais bem cuidada do quarto. Era simples, com uma capa preta e uma foto de Scott e Stiles no campo de lacrosse. Infelizmente, antes que eu pudesse ver o que tinha dentro, ouvi o barulho da porta da frente se abrindo. Rapidamente, me escondi debaixo da cama. Tinha certeza de que era seu pai chegando. Achei que ele entraria ali, mas acho que ele simplesmente passou reto. Depois de poucos minutos a casa estava silenciosa de novo. Achei que já era seguro sair e, lentamente, fui me movendo para fora. Porém, no caminho bati em algo.

Fez um pouco de barulho, mas o Xerife não pareceu se importar. Se é que ele estava acordado. Fui ver o que era. Uma caixa, tinha a forma de um notebook. Stiles escondia muitos segredos nesse quarto. Mais uma vez, fui vencida pela curiosidade e peguei a caixa. Só que eu já não estava mais sozinha, então simplesmente agarrei a caixa, o caderno e fui embora, deixando a chave onde encontrei.

Assim que entrei no carro quis abrir tudo e ver o que tinha dentro, mas preferi chegar em casa, afinal, estava escuro, era de madrugada e eu estava sozinha. Só fui ver o que era tudo aquilo quando estava no conforto da minha cama. E acho que posso dizer com certeza…

Que nunca vou esquecer o que vi.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Sei que vocês queriam saber a reação das pessoas ao que aconteceu no capítulo passado, mas os "flashbacks" são muito importantes.
Estou meio sem tempo ultimamente, então não consegui responde aos comentários. Porém, mesmo que não responda, eu leio e considero todos. Por favor, comentem. A opinião de vocês é muito importante pra mim.

Beijos e até o próximo capítulo!!!