...Comecei a falar:

– O que você está fazendo?!

– Não é óbvio? Ore-sama está prestes a provar sua refeição, então seja obedeinte e me deixe lambê-la.- disse com um tom autoritário e divertido ao mesmo tempo.

– Hã?! N-não... - gaguejei assustada e muito corada.

– Humph... Você não tem que concordar ou não. Eu irei fazer de qualquer jeito.- disse isso no pé do meu ouvido me arrepiando toda.

– Q-quem você pensa que é?!

– Já que pergunta, meu nome é Ayato. Mas se quiser pode colocar o -kun no final...- essa última parte ele disse bem devagar, quase sussurrando, e após ter dito isso enterrou o rosto na dobra do meu pescoço e começou a cheirá-lo.

– Você tem um cheiro delicioso... Espero que seu gosto seja tão bom quanto cheira... - disse ele e para eu não escapar segurou a minhas duas mãos acima da cabeça com uma e a outra na minha cintura... Nunca fiquei tão perto assim de uma garoto...

– Ayato...-kun...Por favor...Me solta...- a minha voz saiu...estranha... meio rouca e depois dele ter cheirado o meu pescoço me arrepiei e senti um fogo ardendo em mim...

– Não...- ele não deixou, e então mordeu seus lábios e deu uma breve lambida...me arrepiando. Mas antes de começar a tentar escapar e fugir, apareceu um garoto alto de óculos e cabelos roxos que advertiu Ayato:

– Ayato, quantas vezes eu devo repetir. Não faça esse tipo de coisa na sala. Se tiver que fazer algo faça no seu quarto.- assim que o garoto advertiu-o, Ayato saiu de cima de mim e quando saiu, fui correndo na direção do outro garoto.

– Onegai, me ajude!- disse desesperada.

– E você é?- questionou-me com um ar de superioridade que não gostei nem um pouco.

– Meu nome é Yui Komori. Meu pai disse que eu deveria passar uns tempos aqui.

– Não fui informado sobre nada disso. Ayato?

– Hã? Você não disse nada do tipo Chichinashi.

– Isso porque você... Espera, Chichinashi? Você está falando de mim?- já estava corada, mas não era só de vergonha era de raiva também.

– Quem mais poderia ser, Chichinashi?

– ..............- achei melhor ficar quieta para não discutir, vai que ele decide conferir ele mesmo.

– Bem, para descobrir o que está acontecendo vamos até a sala de jantar e perguntar a eles se sabem de alguma coisa. Vamos.- disse o garoto de óculos.

Fomos andando numa velocidade acelerada porque a sala de jantar era bem longe, ainda mais naquela casa, digo mansão. Enquanto o garoto de óculos que aparentemente se chamava Reiji ia na frente, eu e Ayato fomos atrás dele. Não foi a caminhada mais confortável que já fiz, mas consegui suportar. Quando chegamos na entrada, Reiji abriu a porta e antes de entrarmos consegui ver no total, além do Reiji e do Ayato, mais quatro belos garotos. Após termos entrado na sala e Reiji ter fechado a porta, perguntou:

– Alguém sabe alguma coisa sobre esta garota ter vindo morar com a gente?- fez-se um curto silêncio até Reiji perguntar de novo para cada um agora- Raito?

– Se eu soubesse que uma linda garota humana viesse morar com a gente, eu seria o primeiro a recebê-la, né Bitch-chan?- olhei para ele com uma cara do tipo "Hein?";a primeira impressão que tive desse garoto é que ele parece ser bem pervertido mas parece muito com Ayato, devem ser gêmeos...

– Kanato?

– Não, nada... E você Teddy? Não? Teddy também não sabe nada...-disse um garoto com cabelos roxos, com um olhar psicopata e o que mais me intrigava um ursinho de pelúcia com um tapa olho.

– Subaru?

– Se eu não respondi antes não tenho que responder agora. Humph... Vou pro meu quarto isso é perda de tempo...- respondeu um garoto com cabelos brancos/pratas de olhos vermelhos que parece ser do tipo anti-social.

– Acho que isso é um engano... Então acho que já vou indo.-disse já me dirigindo à porta antes que Reiji pudesse me advertir:

– Espere. Não acha meio indelicado sair agora sendo que ainda há mais uma pessoa para perguntar?-fiquei sem ter o que falar. Com medo do Reiji decidi voltar para o meu lugar e lá ficar até a conversa acabar.

– E você, Shuu?

– Hum... Um dia desses "aquele cara" me contatou e disse: "Vocês terão uma convidada vinda da igreja, então tratem-na com respeito e lembrem-se: não a matem."- me assustei com a parte que era para eles se lembrarem de não me matarem. O garoto que disse isso era louro com fones de ouvido que estava deitado num divã e de olhos azuis.'

– Bem, parece que não há engano algum.-disse Reiji se dirigindo à mim agora.

– Com licença, isso quer dizer que ela é a noiva?- questionou Raito à Reiji que fez um "sim" com a cabeça concordando.

– M-mas... isso tem que ser um engano... eu não posso morar aqui... A-além do mais v-vocês todos são meio e-estranhos...-estava completamente assustada com a situação, eu não podia ficar ali.

Totalmente tomada pelo pânico, sai correndo dali, porém tropecei e ralei o joelho. Começou a sair muito sangue e quando fui olhar, eles todos estavam olhando o meu joelho com uma cara estranha. Foi aí que precebi realmente o que eles eram:

– V-vampiros! Tomem isto!- peguei meu crucifixo e apontei para eles totalmente apavorada, entretanto Reiji falou:

– Você realmente acredita nas histórias inventadas por humanos dizendo que vampiros são sensíveis à alho e crucifixo? Isso só demonstra o quanto os humanos são tolos e presunçosos.- fiquei sem reação, a única coisa em que me passou pela cabeça foi correr.

Me levantei o mais rápido que pude e corri pela mansão até achar um quarto aberto e quando o achei já estava muito ofegante, apesar de não ter corrido muito meu preparo físico é bem lamentável. Enfim, entrei no quarto, era escuro e não tinha muita coisa. Tinha uma prateleira com alguns livros num canto do quarto e fui até lá pegar algo para ver se descobria alguma coisa. Peguei um pequeno caderno e nunca me passou pela cabeça que o que eu fosse achar seria um diário do meu pai dizendo que eu não era a filha dele. Fiquei pasma, agora entendia o porquê do meu pai nunca ter gostado de me ter perguntando sobre minha mãe, isso porque ele não tinha nem ideia de como ela era... Antes de eu ter terminado de ler o diário todos os irmãos entraram de repente no quarto e ficaram surpresos com o fato de eu ter conseguido entrar naquele quarto, só não sei o porquê e Reiji começou a falar:

– Uma mera humana como você não tem capacidade para fugir de nós. Agora, sei que você deve estar confusa, então eu irei fazer a gentileza de explicar o básico para você entender exatamente o porquê que você está nesta casa, certo?-disse Reiji sem emoção alguma estampada no seu rosto.

– C-certo.- assenti.

– Bem, de alguns em alguns anos nós recebemos "dele" jovens garotas da sua idade para se tornarem a noiva de algum de nós.

– Noiva?

– Sim, você deve escolher algum de nós para "tomar conta" de você até a hora chegar se casar com um de nós.

– E isso vai ser quando?

– Isso não vem ao caso agora e pare de me intormeter.

– Gomenasai...

– Enfim, você terá que escolher agora um de nós para ficar com você durante esse período de tempo.

– Agora?!- perguntei totalmente desorientada com a situação em que estava naquele momento.

– Você é surda por acaso?! Se ele disse que é agora, obviamente que é agora!- disse Subaru muito irritado e por conta disso socou a prateleira e fez cair alguns livros dela.

– G-gomenasai...-me desculpei amedrontada.

E agora?! O que eu devo fazer?! Primeiro eu devo ter calma... Pense Yui... pense em quem eu devo escolher... eu não faço a mínima ideia... eu não conheço nenhum deles, então vamos usar as primeiras impressões que eu tive deles. Reiji? Não, ele é muito sério, mandão e acho que eu não me daria bem com ele; Subaru? Também não, ele é muito esquentadinho, anti-social e aposto que qualquer coisa que eu fizer o estiver incomodando ele vai me machucar; Shuu? Acho que não, o fato de eu não ter nenhuma impressão dele é o que me assusta, porque se eu o escolher posso ter a possibilidade de me arrepender muito depois; Kanato? Nunca, ele me assustou demais, pricipalmente seu ursinho; Raito? Com certeza não, ele parece ser daquele tipo que pega todas, parece um pervertido e não fui muito com a cara dele. Agora o que me resta é o Ayato... Ele parece ser do tipo controlador e engraçadinho mas até agora ele foi o único que não me deu tanto medo assim e... algo nele me chamou a atenção e quero descobrir o que é. Já decidida de quem escolher falei:

– E-eu já me deicidi...

– Então fala logo Chichinashi! E espero que seja ore-sama, ouviu?-pelo menos ele quer que eu escolha ele...

– Certo. Ayato.. e-eu...Escolho...você...