Lost and found escrita por Capitã Flame


Capítulo 2
II - Em busca de: Um dono


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou menor que o outro por que se eu continuasse o encontro deles ia rolar nesse mesmo, e isso não pode acontecer em nenhuma hipótese por que o melhor fica pro final



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O gato passou o tempo todo encarando Mika com os olhos atentos, por algum motivo ele não conseguiu simplesmente deixar o bicho para trás quando percebeu que ele estava perdido. Levou-o para seu quarto de hotel escondido dentro de sua jaqueta, sabendo que animais eram proibidos lá.

Era bem possível que estivesse perdendo o juízo levando um gato desconhecido para casa, mas quem se importa?

Deixou o felino brincando com a fronha da cama e começou a decorar o script do filme, notando que tinha a mesma profundidade de uma colher de chá.

“Estou virando um velho rabugento” Não pode deixar de concluir.

Acabou pensando em Yuu e lembrando que ainda tinha um exemplar do último livro lançado da saga dele no meio de suas coisas, ainda com os agradecimentos autografados pelo ex, as vezes gostava de segura-lo entre as mãos simplesmente por se sentir um pouco mais próximo dele assim. Evitou pensar no quanto estava ansioso para saber que fim teria a obra, Yuu sempre se recusava a lhe dar spoilers, por isso se surpreenderia tanto quanto qualquer outro fã.

Provavelmente ele acabaria dando um fim sangrento ao protagonista como forma de vingança por tudo que Mika havia o feito passar. E não o culparia por isso.

O gato estava miando e coçando a coleira com as patas. Suspirou largando o roteiro de lado e indo até a criaturinha de pelos alaranjados olhando o objeto a procura de alguma coisa relevante.

Mas achou apenas um nome gravado “Pocchi”.

“Que nome mais esquisito para um gato” Pensou.

...

Shinoa estava parecendo um touro bufando como louca no telefone e Yuu deu graças aos deuses por ela estar tão longe ou levaria alguns cascudos da editora.

Ele continuava andando pelas ruas da cidade espalhando cartazes por mais que houvessem o suficiente para todo mundo ver, só estava bancando o maníaco por que queria fugir de suas palavras apagadas, folhas em brancos e personagens que já deveriam ter tido suas histórias finalizadas.

– Juro que se você não terminar esse livro, eu mesma vou me encarregar de acabar com a sua vida – Ela ameaçava – Convenhamos, essa saga não é nenhum primor filosófico, então não deve ser tão difícil de terminar.

“É tanto apoio que dá até uma emoção” Pensou irônico.

– Então escreva você mesma – E desligou sentindo o rosto ficando vermelho de irritação.

Voltou para casa de mãos vazias, todos os cartazes colados por todos os lugares, até mesmo na arvores da praça e em algumas lojas.

Se ele tivesse anotado o telefone na coleira de Pocchi, nada disso teria sido necessário. Infelizmente, isso era o número vinte e três da listinha de preocupações e ele nem mesmo tive chegado ao dois.

Yuu era um procrastinador nato. Até mesmo em suas consultas com Dr. Lacus ele conseguia chegar uma hora atrasado e por vezes, o psiquiatra não o deixava entrar.

Mas ele não fazia questão, então tudo bem. Pagar para ouvir sobre o quanto você é desajustado não era um dos passatempos preferidos do escritor.

Ele passou o dia ao lado do telefone, sentado na poltrona e encarando o teto. Alguns trechos ou outros que poderiam ser encaixados no capítulo passavam por sua mente. Uma música clássica estava tocando, tinha ativado a playlist aleatória no notebook.

Até que finalmente, o telefone tocou. Ficou tão atrapalhado que caiu no chão algumas vezes, tropeçando no vento para desligar a música e atender.

– Alô?! – Disse sobressaltado.

– Yuu? – A voz rouca de Mika soou do outro lado da linha.

...

– Você tem certeza de que está bem? Devia estar no hotel descansando – Ferid falava ao seu lado enquanto caminhando pelo parque, algumas folhas estavam voando por ali, o gato pocchi andava se enrolando por entre suas pernas. Mika não teve coragem de deixa-lo sozinho no hotel – A filmagem mais importante é amanhã, e não há espaço para erros. Voltamos para os estados unidos ainda essa semana.

– Eu estou ótimo, acredite – Sua cara de cadáver ambulante desmentia, mas Ferid não disse nada.

– Aquele não é esse gato estranho? – Exclamou de repente de modo entediado, o cartaz na arvore contava com o telefone logo abaixo do nome do gato e sua foto. Era obvio que era o felino que estava se esfregando em seu jeans naquele exato momento.

– Eu acho que sim... – Tinha certeza, mas não deixou transparecer. Uma sensação estranha tinha tomado conta de si naquele momento, ao olhar o número de telefone. Reconhecia a letra de algum lugar, mas sua mente não entrou uma resposta plausível para isso.

Tirou o celular do bolso e colocou o número nos contatos sem dar muita atenção a tela. O gato bateu com a pata em sua calça, cravando as unhas.

– Ai – chiou – Calma, eu vou ligar.

– Acho que você estar falando com um gato denuncia o estado da sua sanidade mental – Ferid resmungou.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro, eu acabei de fodendo e virando fã de banda coreana e agora tem certas pessoas me cobrando para escrever fanfic jikook (né, marvis?) ou seja, menos tempo para analisar tudo calmamente. Espero que tenham gostado mesmo assim, até o ultimo capitulo :(



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