Do Seu Jeito escrita por Anita


Capítulo 4
Proteção


Notas iniciais do capítulo

Rayearth não é criação minha e sim da Clamp e de quem mais for. Não ganho dinheiro com isto. Nenhum dinheiro... Há, por ora, uma personagem original chamada Liana criada por mim para outras histórias de Rayearth. Não se preocupem: o que precisam saber dela para esta história estará aqui, só espero manter a essência da personagem! Em outras palavras, esta não é uma continuação de qualquer outra fic em que ela participe de alguma forma. Mas se realmente gostaram da Lianinha, são encorajados a lerem, não tem nenhum spoiler lá xD Agora, hora da continuação!



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Marine estava cansada de todas aquelas crianças que a cercaram durante a aula que Caldina e Askot haviam inventado. Ela louvava a boa intenção da dupla, mas seus nervos não estavam com humor para sopesar pontos positivos e negativos.

Com a mão na cabeça, andou pesado na direção de onde havia deixado Lucy, momentos antes daquela hora inteira de tortura. Não imaginava que sua amiga houvesse permanecido lá, mas as chances eram de a ruiva ainda estar por perto.

Todavia, antes mesmo de alcançar seu destino, Mokona pulou no seu rosto gritando estridente. Um dia, ela ainda iria dissecar aquele alienígena histérico, ah se ia! Pegou sua pele fofa cuidadosamente para fincar suas unhas ao máximo e jogou-o contra o chão.

– Está querendo me matar sufocada!? – gritou, resistindo ao impulso de pular ela mesma sobre ele.

Nesse momento, Mokona começou a pular, como que apontando alguma direção. Deveria encontrar Lucy logo, só ela conseguia decifrar aquela coisa... Pelo menos, aquele sinal era fácil, queria que o seguisse, e seu tom era de urgência.

Marine já vira aquele bichinho branco fazer coisas incríveis, não conseguia entender por que ele não tirava um dicionário “Pu - Língua de pessoas normais” daquela joia em sua testa. Definitivamente, evitaria diversos problemas.

Correu. Teria achado que não passava de brincadeira, não fosse por os “pu”s se tornarem cada vez mais urgentes e ser com toda certeza a do salão de Guru Clef a direção a que estava sendo guiada. Confirmou-o sem qualquer surpresa quando viu as enormes portas, que Mokona abriu com os poderes de sua jóia.

– O que está havendo? – perguntou Marine ao encarar uma estranha cena no interior da sala.

Clef, Lantis, Lucy e Liana se encontravam em uma roda como que no meio de uma reunião secreta. Em situações assim, havendo Marine invadido daquela forma, alguém estaria no meio de seu discurso ou coisa parecida, mas todos pareciam inertes na verdade. Quanto tempo já haviade silêncio até sua intromissão o quebrar?

Mokona, por sua vez, saltitou dando pu’s muito mais felizes que os anteriores e pousou nos braços de Lucy. Os dois estariam abanando o rabo caso a natureza os houvesse proporcionado algum.

– Acho que a guerreira mágica seria um ótimo início. – Lantis cruzou os braços, como se aquela festa mútua não estivesse acontecendo bem do seu lado.

Marine observou haver um pequeno livro na sua mão direita, e o tom do homem era sombrio demais, assim como a própria reunião recém invadida por ela.

– Eu ainda não sei o que dizer... – respondeu Liana, criando com o pensamento um banco para se sentar, e apoiou a cabeça nas mãos.

– Você a chamou aqui? – perguntou Clef de modo acusatório, voltando-se para Lantis e caminhando em direção a Marine.

O rapaz mais alto balançou a cabeça, gesto repetido por todos os demais, exceto por Mokona, que pulou para o chão e depois foi até o colo da recém-chegada.

– Por que estão todos aqui? – perguntou Marine, apertando um pouco o bicho.

Gesto contínuo, Lucy virou o rosto para outro lado.

– Não se preocupe, Marine. – Clef lhe sorriu, caminhando até a sua frente e lhe pondo uma mão firme no ombro. - Não passa de um fenômeno. Como eu estava dizendo aos demais, não conseguimos explicá-lo, mas não houve feridos até agora, certo? Quanto menos pessoas se envolverem, melhor. Por isso, prefiro limitar o número de pessoas cientes.

– Um fenômeno de quatrocentos anos! – interrompeu Lantis. Em seguida, abriu o livro que segurava e o exibiu. – Ele já atacou o pilar e o feriu. Está relatado aqui.

– Eu te disse da primeira vez, Lantis... Sinceramente, não sei o que é. Mas leia esse texto todo, não diz que o fenômeno sumiu depois algumas outras poucas aparições?

Marine sentia-se atordoada. Fenômeno?

– Alguém está atacando Zefir? – perguntou franzindo o sobrecenho.

– Não, querida. Não exatamente. Aparentemente, uma bola negra surge de tempos em tempos e avança contra o pilar.

Os olhos azuis da guerreira mágica pousaram diretamente sobre sua amiga.

– Eu estou bem! – Lucy mostrou as palmas das mãos e sorriu. Pelo menos, ela parecia sincera.

– Mas foi atacada, né?

– Sim... – A ruiva baixou a cabeça.

– Por isso estava tão calada?

Lucy assentiu reticente.

– Ai! – Marine largou Mokona e foi abraçar a amiga. – Quantas vezes temos que te dizer que chegamos aqui juntas e, por isso, precisamos estar sempre juntas?

– Foi Clef quem pediu que ela não dissesse nada - interrompeu Liana e exibiu um sorriso nada tranquilo. Sua sobrancelha estava abaixada como se houvesse um peso invisível ali. – Nem a mim o Lantis disse nada. Eu é que acabei presenciando o segundo ataque e aí Lucy saiu correndo atrás do meu filho para ver se ele estava bem. Foi quando eu soube de tudo. A pobrezinha achou que talvez a bola negra também houvesse ido atrás dele.

– Uma bola negra? – Marine levou o indicador ao queixo. Logo em seguida, virou-se para a amiga: - Não está ferida mesmo, né?

Ao ver Lucy balançar a cabeça negativamente, alívio invadiu outra guerreira mágica.

– Então, pra que essa reunião toda? – perguntou em seguida.

– Talvez seja melhor alertar o palácio – respondeu-lhe a amiga. – Quem pode garantir que apenas eu serei atacada? Faz quatrocentos anos disso que o Lantis encontrou, e não há certeza de que sequer seja a mesma coisa.

– Ela tem razão, Clef. – Marine virou-se para o mago. – Tudo isso soa bem perigoso.

– Então, façam como quiser. – Clef deu as costas e andou até sua cadeira.

A reunião estava encerrada.

Marine só gostaria que não lhe houvesse restado a sensação de que o magoara com suas palavras. Ela sempre fora firme em suas opiniões e não entortava sua boca para agradar ninguém. Então, havia feito o certo dizendo o que pensava, né?

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Lantis voltou à biblioteca para devolver o livro que dali pegara. Com certeza, era único e fazia parte de uma coleção com acesso reservado apenas ao pilar, ao Feiticeiro-chefe e ao conselheiro, Clef. No entanto, fazia anos que aquela biblioteca fora esquecida e as proteções de Zagato provavelmente haviam se desfeito junto com o mesmo.

Entortou o nariz para resistir à irritação trazida pela poeira daquela estante. Ali ficavam relatos de todos os conselheiros até cem anos antes ou um pouco mais, quando provavelmente o costume fora abandonado. Enquanto procurava algum registro daquele fenômeno, ele havia percebido existirem lapsos de tempo entre um relato e outro. Algumas vezes, o conselheiro havia deixado de relatar alguns anos, noutras o conselheiro nunca realmente escrevera nada durante seu tempo no posto.

Lantis passou o dedo até o próximo foco concentrado de poeira. Desde a noite em que Lucy lhe ajudara a limpar o ferimento das costas até então, vinha lendo cada página daqueles livros e ainda não progredira muito. Pegou o livro anterior ao que acabara de guardar e instintivamente virou-se em sobressalto.

Para sua surpresa, Lucy estava bem ali acompanhada da outra guerreira mágica, Marine.

– A gente te seguiu – disse a segunda, arrumando os longos cabelos.

– Eu... É que... Suas costas. – A ruiva estendeu o braço, apontando para o ombro ferido dias antes.

– Está melhor, não se preocupe – respondeu e caminhou até a mesa mais próxima e abrindo o livro na primeira página.

De acordo com o manuscrito, ainda eram anotações do mesmo conselheiro do anterior. Não faria sentido lê-lo se no livro já estava esgotado o assunto sobre a esfera negra, mas ainda assim o folheou até confirmar não haver menções ao fenômeno.

Lantis retornou à estante para pegar o volume encadernado temporalmente anterior.

– Você está andando um pouco curvado. – falou Lucy, após permanecer por todo aquele tempo em silêncio.

Ele não havia se esquecido de sua presença ali, mas não esperava que a menina insistisse no assunto.

– E se te levarmos à Anne? – sugeriu ela. – Você soube? Ela acordou nesta madrugada graças à planta que sua mãe receitou!

– Planta? – Era verdade; contaram-lhe algo sobre Liana indicar alguma planta de que ele mesmo nunca havia ouvido falar. – Não imaginava que fosse dar certo – confessou, pondo o livro de volta à mesa.

– Ei, grandão – interrompeu a guerreira mágica mais alta. – Não muda o assunto que a Lucy tem razão. Você tá mesmo andando estranho. Parece doloroso...

– Não preocupem, estou acostumado à dor. – Olhou de novo para Lucy e pôde ver que estava se culpando por tudo aquilo. Pensou algumas vezes e tomou a decisão com um suspiro resignado: – Tudo bem... Contanto que sua amiga me pareça saudável o bastante para usar a magia.

As duas assentiram com um sorriso e o guiaram entusiasmadas enquanto ele ainda carregava nas mãos o livro empoeirado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Anne olhou espantada quando a porta de seu quarto se escancarou para revelar não apenas Lucy e Marine, como também um rapaz alto de cabelos negros e olhos violeta, tais quais os da moça com quem estava conversando no instante anterior.

– Anne, você está se sentindo melhor, né? – perguntou Marine, ignorando qualquer regra de etiqueta.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou a guerreira mágica, que estava saboreando à pequena mesa do quarto alguns doces que acabaram de lhes ser dados.

– Lantis está ferido. – Lucy puxou o rapaz pelo braço, como que o empurrando para frente. Então, parou no meio do caminho, olhando espantada para a pessoa junto à amiga. – Liana...

– Olá, Lucy. Marine. – A mulher sorriu, mas logo seu semblante assumiu aspecto severo. – Então, minhas desconfianças tiveram cabimento, né, filho?

Lantis virou o rosto em penitência.

Anne continuou a olhar confusa para todos, incerta se perguntar o que estava acontecendo seria o mais adequado.

Antes que a loira pudesse tomar qualquer decisão, Liana levantou-se e caminhou até o filho. Então, pôs os longos dedos em um dos ombros do rapaz, gesto que o fez se encolher um pouco.

– Em pensar que você conseguiu ficar imóvel quando fiz a mesma coisa há pouco no salão de Clef. – A mais velha levou a mesma mão ao queixo, mas Anne não conseguia ver bem que expressão fazia em seu rosto devido ao ângulo.

– Não se preocupe, mãe. Foi apenas uma ideia das guerreiras mágicas, mas eu estou bem.

– Mas quer dizer que alguém se feriu! – insistiu Liana. – Por que não contaram ao Clef?

– Não foi tão grave, apenas arranhou meu ombro.

– Foi minha culpa... Lantis só quis me proteger – interrompeu Lucy.

– Só quero dizer que Clef poderia ter uma noção melhor da gravidade desta situação se dissessem a ele! – Liana manteve a posição do rosto de forma a encarar o filho.

Lantis levou a mão do outro braço até o ombro que devia estar ferido e, encarando o chão, prosseguiu:

– Tenho certeza de que Clef percebeu que meu braço estava sangrando quando fomos contar a ele do ataque.

– Mas de que estão falando, afinal? – Anne conseguiu, por fim, interromper.

Após Marine fornecer uma explicação rápida, Anne aceitou a ideia e pediu que Lantis se sentasse na cadeira mais próxima para que pudesse usar sua magia.

Não havia necessidade de que ele tirasse a camisa, e não pôde deixar de ficar ruborizada quando ouviu Liana ordenando ao filho que o fizesse. Anne suspirou após dizer a Lantis que não precisava e pediu a todos na sala que se acalmasse antes de invocar sua magia.

Era bom sentir de novo o vento lhe sussurrar nos ouvidos. Não sentia falta das batalhas e só em ouvir sobre o fenômeno da esfera negra sentiu calafrios por imaginar que uma nova guerra pudesse estar próxima, mas, com certeza, sentia falta do vento passando por corpo e purificando seu coração.

Fechou os olhos e sussurrou: “Sopro da cura”. Sentiu a brisa sair de sua mão, rebolando até o ombro de Lantis. Caminhou um pouco por ali. E mais. A brisa começou a aumentar a ponto de a saia de seu uniforme dançar levemente. O vento murmurava tão alto que parecia pronto a virar um grito.

Então, o moço levantou-se.

Anne abriu os olhos ainda um pouco tonta por haver usado seu poder de forma tão intensa, mais do que previra ser preciso pela descrição de Lucy de como o machucado parecia.

– Como eu imaginava... – Liana abaixou a cabeça.

– O que houve? – Marine olhava ora para o paciente ora para a amiga e, por algum motivo, ora para Lucy.

– Esse ferimento tem alguma propriedade que impede magias normais de curarem-no – explicou a mais velha com um suspiro.

– Quer dizer que a Anne não pode fazer nada? – indagou Lucy hesitante enquanto observava Lantis com a sobrancelha arqueada.

Anne suspirou frustrada.

– Não custa tentar de novo, né? – E ergueu as mãos em direção às costas do rapaz.

– Já é o bastante, guerreira mágica. – Lantis abaixou-as com as próprias mãos. – O que minha mãe diz deve ser verdade. E você não deveria se esforçar tanto já que ainda está em recuperação.

– Mas, se a Liana sabe de coisas assim, deve saber onde encontramos a tal cura específica, né? – Marine não parecia pronta a se dar por vencida.

– É mesmo! – Os olhos de Lucy também se reacenderam, enquanto a pequena pulava em direção à morena. – Qual é a cura? É alguma planta como a da Anne? É? Podemos ir lá procurar!

Liana voltou os olhos para o filho com alguma tristeza.

– Querido, pode tirar sua blusa para eu ver isso?

Lantis aquiesceu, cumprindo imediatamente com o pedido de sua mãe.

– Foi impressão minha ou você ficou sem ar, Lucy? – Marine riu nervosa ao perceber que seu sussurro à amiga saíra alto o bastante para toda a sala ouvir. – Foi só brincadeira, gente!

– Marine! – bronqueou Anne. – Não é hora para piadas...

– Mas é claro que me assustei! – Lucy deu passos à frente até estar próxima o bastante das costas de Lantis para espanto das amigas. – Esse buraco... Não estava assim antes!

O rapaz virou a cabeça, evitando o olhar da ruiva o qual parecia demandar explicações.

– Pelo menos, ela não entendeu a piada – Marine suspirou, apenas para levar uma cotovelada de Anne.

– Lantis... está doendo muito, né? – continuou Lucy, alheia à conversa das amigas.

– Não tem a ver com a dor – interrompeu Liana. - Isto só vai piorar se for deixado assim.

– E como encontro essa cura? – perguntou a guerreira mágica.

– Minha mãe não é uma feiticeira, Lucy. Há mais chances de Clef saber, - disse Lantis, voltando a pôr sua camisa.

– Então, perguntarei a ele!

A guerreira mágica já estava à porta quando Liana pediu que esperasse.

– Eu conheço uma pessoa... Talvez ele possa nos ajudar mais que Clef.

– E por que não disse antes?! – Marine deu um passo em direção à mulher.

– Antes eu nem sabia que meu filho havia se machucado, Marine.

Anne tinha certeza de que a amiga estava pronta para dizer algo quando Lucy entrou na sua frente, interrompendo-a:

– Apenas diga onde eu o encontro!

– Se realmente desejar ir conosco... Mas antes disso, meu filho deve aceitar esta solução. Lantis vai precisar ir pessoalmente até lá.

– Está certo. Não gosto de vê-las tão preocupadas, - disse Lantis.

– Ótimo! Irei juntar provisões e partimos ao amanhecer! – Liana seguiu até a porta, mas voltou-se a todos antes de sair: - Infelizmente, ele é uma pessoa bastante reclusa, então, apenas uma de vocês poderá ir. Acho que será Lucy, né?

Anne assentiu, pois não havia dúvidas de quem seria a acompanhante de mãe e filho. Por essa razão, optou por guardar para si a curiosidade de poder aprender mais com aquela pessoa sobre técnicas específicas de cura. Quando percebeu que Marine demorava a concordar com as condições de Liana, deu-lhe nova cotovelada.

– Ai! – reclamou a guerreira mágica. – Eu não sei se gosto da ideia da Lucy junto com essa aí. Ainda não declarei trégua total, tá?

– Marine! – brigou Anne.

– Também não creio que sair do palácio seja o melhor para você, Lucy, - interrompeu Lantis para espanto de todas.

– Pensei que essa esfera só atacasse aqui dentro... – comentou Anne.

– Não, mesmo Clef havendo afirmado isso, não temos como garantir. Os relatos que li são da época de outro palácio, uma construção diferente desta.

– Mas você a protege de novo, né? Mais segura contigo que sem você, não, Lantis? – a guerreira mágica da água deu um tapa no braço de Lantis, causando risos em Liana.

– MARINE! – Anne gritou.

– Mas ela tem razão, - disse a mais velha, - Talvez Lucy esteja mais segura se ficar o tempo todo conosco e fora daqui, certo? Então, está decidido por maioria que Lucy irá! A gente se encontra amanhã na saída principal do palácio. Não se atrasem! – E Liana desapareceu deixando todos sem palavras.

– Ela é bastante decidida, né? – comentou Anne, ajustando seus óculos.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Liana continuou a andar decidida pelos corredores do palácio após se assegurar de que todos já estavam dormindo. Fora um dia longo demais. Ver aquela ferida horrível no ombro de seu filho fechara com chave-de-ouro o que começara com o estranho ataque ao pilar do qual apenas presenciara o fim.

Parou um pouco e levou a mão à cabeça. Não conseguia afastar as imagens. O aspecto de queimado e a profundidade da ferida em seu centro, como se um animal invisível com boca de fogo o estivesse mordendo. Devia ser imaginação sua, mas parecia que a ferida crescia à sua frente.

Sempre fora uma guerreira e já vira coisas piores, mas desesperava-se só em imaginar que talvez aquele sábio que conhecia não lhe pudesse ajudar. Fora assim com Zubo, não era? Chegara até ele apenas para ouvir que não havia cura.

Não, daria tudo certo com Lantis. Tinha certeza. Não seria nada tão grave. Não seria nada incurável, pelo menos.

E, enfim, chegou a seu destino. Na parede bem branca da sala usou sua magia para projetar aquele que tanto gostaria de ter a seu lado para lhe dar apoio.

Continuará...

Anita


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Notas finais do capítulo

Oooh, O que acharam!? Que diabos a Liana está aprontando, heeein? Mas ela é inocente, eu juro! Ela é fofa demais pra ser culpada de alguma coisa, certo?

Sem muitos comentários desta vez, as notas do capítulo 3 já foram exageradas o bastante...

Mas meus agradecimentos vão para Akane Fuu, Felipe, Nemui-senpai e Vane, por estarem lendo esta fic!! Eu fico tão feliz quando leio cada comentário que não tem como não vibrar! E claro, muuuuitos agradecimentos aos leitores anônimos que pelo menos lêem! Acreditem, isso já significa o bastante pra mim, mas vamos, não tenham medo. Comentem! Comentem! Comeeenteeeeem!

E capítulo que vem temos dois casais se assumindo, hi hi hi!



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