Do Seu Jeito escrita por Anita


Capítulo 13
Antes e Agora




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Marine pressionou um lábio contra o outro quando a porta se abriu. Clef não lhe parecia nada surpreso em vê-lo ali ou mesmo vê-lo naquele estado.

– Não pode ao menos fingir um susto? — ela perguntou, incapaz de conter nem mesmo o acre de seu tom de voz. — Fica difícil não duvidar de você, Clef.

Mas tudo o que o chefe dos gurus fez foi desviar o olhar.

Priscilla se aproximou do recém-chegado e disse com tristeza:

– Desde o início, você estava protegendo aquela mulher. Não importava o que eu dissesse, você continuava do lado dela.

– Eu sinto muito. — Clef não disse mais nada além disso.

Um silêncio desconfortável se instaurou por alguns momentos, e de tantos cenários que Marine imaginava para sua quebra — não que ela realmente fosse ter coragem de dar um tapa no rosto de Guru Clef —, o que se seguiu não se incluía.

A porta se abriu novamente para permitir o retorno de Lantis, marchando em direção ao corpo adormecido do pai. Apesar de estar seguido por uma chorosa Liana, ele parecia ignorá-la. Enfim, o rapaz parou e Marine percebeu que segurava nas mãos a empunhadura de sua espada apenas porque ele ativou o brilho mágico que fazia a vez de lâmina.

– Não! — A voz histérica de Liana ecoou no ouvido de Marine, enquanto a mulher se abraçava ao marido, ou como fosse que casais eram chamados em Zefir.

– Traga Lucy de volta!

Lucy? Marine olhou para a sala apenas para constatar que a amiga não havia retornado com os dois. Contudo, não houve tempo de pedir detalhes. Com a voz embargada pelo choro, Liana respondeu prontamente:

– Eu não sei fazer isso, meu filho! Não sou uma feiticeira, não sei fazer isso...

– Mas sai por aí brincando com a vida dos outros! — Lantis apontou a lâmina feita de energia de forma que Marine sequer conseguia distinguir se o alvo principal seria Zubo ou Liana. — Agora entendo de onde meu irmão puxou, querendo destruir um planeta inteiro e se matar por nada!

Vários sons indiscerníveis saíram da boca de Liana entre seus choros até que ela conseguiu se controlar.

– Mesmo que eu fosse o feiticeiro mais poderoso, não há mais nada que eu possa fazer por Lucy... Por favor, não faça isso. Tudo menos isso...

A calma forçada na voz de Liana fez com que Marine recuperasse controle de seus pensamentos. Aproximando-se da mulher, ela se abaixou de forma a lhe chamar a atenção e lhe perguntou:

– O que fez com a Lucy? Onde ela está?

– Afaste-se, guerreira mágica.

Marine se virou para encontrar o olhar de Lantis. Ele não o direcionava para ela, mas era tão assustador que seu corpo cumpriu com a ordem antes que pudesse raciocinar melhor.

– Lantis! — ouviu Anne chamar por ele.

– O que está tentando fazer, Lantis? — Rafaga perguntou, sua voz parecia a de um policial negociando com um suicida.

– Graças a ela, Lucy foi levada por aquela esfera negra. Se ela não quer acabar com o feitiço e nada mais funciona, eu só tenho uma opção para salvar Lucy: destruir a finalidade do feitiço. — Ele pausou e tornou a acertar sua espada. Agora, quero que todos se afastem — repetia o espadachim mágico, ainda com os olhos fixos em Liana.

E a mãe foi a única que não o obedeceu dessa vez. Pelo contrário, ela afundou a cabeça sobre o peito de Zubo, retomando o choro sentido.

Marine não conseguiu ver mais nada, pois um clarão se sucedeu ao pranto e a cegou momentaneamente. Ela segurou o ar dentro de si e temeu olhar o resultado daquele ataque. Mas não houve nenhum. Quando sua visão se reestabeleceu, tudo parecia estar ainda no mesmo lugar.

– Clef! — Priscilla repreendeu o feiticeiro. — Você a protegeu! Está mesmo do lado dela?

Um escudo... Marine não conseguia dizer se estava incrédula com a postura de Clef ou se aquilo já era esperado. Priscilla, por outro lado, aparentava decidida em condená-lo pela intromissão.

– Não! — foi Liana quem gritou a resposta. Seu tom parecia além da sanidade. — Ele não tem nada comigo. Eu fiz sozinha. Foi apenas eu. Mesmo o sábio, ele não fez nada. Fui apenas eu! Não o olhem assim!

– Liana... — Clef deu um passo à frente, mas hesitou quanto a que fazer depois.

A mulher irrompeu em novo choro, mas logo se controlou.

– Eu... eu não sabia sobre Zagato. Ele tinha prometido me ajudar, que se algum dia eu conseguisse reunir o necessário para esse feitiço, se nada mais no universo pudesse recuperar meu marido, ele me ajudaria.

– Isso foi enquanto eu estava em retiro? — perguntou Clef. Até mesmo ele parecia estar usando o limite das energias para manter a aparência de calma.

– Foi uma missão. Eu falhei e ia retornar, mas Zubo e Zagato chegaram e prometeram completá-la. Eu decidi segui-los... e vi quando aquele monstro... — Liana parou no meio da frase e se quedou a olhar para o nada. De repente, ela prosseguiu: — O pilar estava muito fraco e era uma questão de tempo até morresse.

– Um pilar... morre? — Anne perguntou.

Ante o silêncio de Liana, foi Clef quem esclareceu:

– É o mais comum de acontecer. Cada pilar escolhe como prefere seu fim, mas boa parte escolhe por não convocar as guerreiras mágicas. Em teoria, é o certo a fazerem, de forma que o equilíbrio deste mundo não seja afetado por muito tempo, mas não creio que muitos aceitem a culpa por trazerem meninas de outro mundo para uma tarefa tão terrível.

Rafaga o interrompeu, como que tentando retornar à história:

– Se bem me lembro, vocês nem sequer voltaram da missão para ver o pilar. Zagato apareceu pouco depois dos seus soldados, segurando a pedra mágica e nos informou sobre como vocês haviam abandonado o posto.

– Quando eu achei que Zubo havia ido embora para onde eu nunca mais o veria, gritei tão alto que talvez o pilar haja me escutado. Ele nos transportou até outra dimensão e parou o tempo de Zubo. Segundo ele, da forma como já estava enfraquecido, não havia mais nada que pudesse fazer. Que o restante ficaria a meu cargo e do próximo pilar.

– O restante do feitiço?

– Sim, Rafaga. O restante deste feitiço. Eu... — Liana olhou para o corpo adormecido de Zubo e fungou discretamente, mas as lágrimas traíam seus esforços. — Eu não pensei em nada quando aceitei. Só queria meu Zubo de volta. Quando Zagato concordou com ser a fonte de energia do feitiço, tudo o que me restava era sair pelo universo para procurar os ingredientes.

Para a surpresa de todos, o sábio havia caminhado até a frente de Liana e pousou a mão trêmula sobre sua testa.

– As pessoas são capazes de tudo por amor, não é? — Então, olhou para Lantis.

Mas foi Ferio quem perguntou a mesma dúvida que inquietava Marine:

– E onde exatamente você entra nisso? Ou faz parte da tal promessa também?

O sábio gargalhou.

– Acho que a minha cliente já disse tudo o que eu não podia, meu caro. Mas bem, por que não conto a história de meu irmão?

– A pessoa dos meus sonhos?

Ele assentiu, seu sorriso agora era mais suave.

– A pessoa que ele amava também estava condenada à morte.

– Como que doente? — Marine perguntou, franzindo a testa.

– Não, não tínhamos doenças. Ela apenas... havia se cansado. Pode não ser uma doença, mas ela estava muito fraca, muito em razão de sua idade avançada. Ah, sim, ela também era o pilar de Zefir, então não era uma condição muito desejável. E ela viveu uma vida bem mais longa que o normal...

Liana era a única quem não parecia atenta ao senhor naquele momento.

– Em teoria, as guerreiras mágicas só vão embora uma vez que sua tarefa foi cumprida — continuava o sábio, apoiando-se melhor em sua bengala. — Mas meu irmão era muito inteligente, já deve ter lido todos os livros escritos e pesquisado tudo. Quando o pilar falou a ele, seu conselheiro, sobre seus desejos, meu irmão montou um plano para realizar o feitiço que ele próprio havia aperfeiçoado, não tínhamos muito uso para um feitiço tão complicado se podíamos usar uma magia de cura. Não que muitos saibam do que ocorre no palácio, né? A maioria nunca sabe sequer da presença das guerreiras mágicas ou para que elas servem. Então, quando as esferas negras apareceram, meu irmão, que era o principal feiticeiro, afirmou ser um fenômeno natural antes da morte do pilar. Quem o contrariaria?

Marine não foi a única a olhar para Clef naquele momento.

– Enquanto as guerreiras se equipavam para a missão, meu irmão se preparava para o feitiço. Invocações, encantamentos... Sem que o pilar suspeitasse, ele até a levou a uma última viagem para buscar ingredientes. Vigiando-a assim, ele estaria com ela até o momento do ataque final. Era necessário que ele estivesse bem ali, pois ele precisava interromper o tempo do corpo dela no momento certo. Com isso as guerreiras retornaram para casa tendo cumprido sua missão, mas o pilar não estava realmente morto. Ela ainda tinha uma parte viva, o necessário para o feitiço. Ele retorna o tempo da pessoa, então meu irmão traria a mulher que ele amava de volta e lhe recuperaria o vigor do corpo que a tristeza havia corroído. E foi o que aconteceu, apesar das imperfeições para um feitiço tão inusitado, meu irmão era bem forte e tudo correu conforme seus planos. O pilar retornou, e ela estava linda!

– Espera — interrompeu Marine. — A moral da história é tudo acabou bem? Ele brincou de Deus e conseguiu? Pra que tá nos contando, então!?

– Ah... — O sábio coçou sua cabeça. — O feitiço deu certo, bem como meu irmão queria.

– Entendi... — Marine não escondia a irritação. — Felizes para sempre!

– Bem, tão feliz quando se pode ficar. Não era como se o amor de meu irmão pudesse se tornar real.

– Oh — ela disse, envergonhada por haver se esquecido do mais importante sobre o pilar.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

– Princesa, está se sentindo bem? — perguntou o chefe dos gurus.

Queria comemorar sua vitória de uma semana antes, mas a felicidade não havia durado um só dia e o arrependimento parecia pronto a consumi-lo. Após toda o malabarismo que conseguira com aquele feitiço modificado, ele observava a pessoa que mais amava seguir pelo mesmo caminho dos últimos anos.

O feitiço praticamente a ressuscitara. Junto com suas tristezas.

– Eu estou sim, desculpe-me. — A princesa lhe sorriu, mas seus olhos escuros não brilhavam como deveriam. Aquele não era o sorriso que ele queria tanto a seu lado.

Ele tentou ignorar pelo próximo mês, dar tempo ao tempo. Se o pilar se sentia triste, ele a faria feliz. Pesquisou todos os livros sobre como melhorar o estado de espírito de uma pessoa, pesquisou até sobre doenças, precisava cobrir todo o terreno. Enfim, decidiu demonstrar seu amor. Por amor, as pessoas eram capazes de fazer tudo. Se a princesa entendesse o quão importante ela era para ele...

Ao final, não lhe restava mais qualquer orgulho, apenas o desespero de consertar o que havia feito.

– Por favor, irmão! — implorou a seu irmão mais novo, o mesmo que o havia auxiliado com poções para o feitiço.

– Mas você prometeu que não mexeria mais com Zefir. Não foi o trato que fizemos?

– Ela... Eu fiz tudo errado! — Ele que nunca havia chorado desde que se considerava adulto, agora soltava lágrimas quentes, ardidas. — Eu a aprisionei nesta vida e continuei a pôr cadeados pesados para que ela não fosse a lugar algum.

– Então, aguente as consequências do que fez! — brigou o mais novo, ameaçando adentrar mais a própria casa. — Eu te disse que meu pagamento seria ver você falhar, não é? — E sorriu.

O chefe dos gurus assentiu em silêncio, sabendo que havia ganhado o primeiro sermão de sua longa vida. Estava caminhando até a estante de livros de seu irmão caçula quando este retornou do interior da casa.

– Nem pense em tocar aí!

– Eu criarei a poção por mim mesmo.

– Desisto. Poção pra que que você quer agora? — O mais novo já esticava a mão para um livro. — Pra forçar as pessoas sorrirem na sua cara? Isso com certeza te deixaria satisfeito.

– Para convocar as guerreiras mágicas.

– Como?

– Não posso apagar o sofrimento extra que causei a ela, mas me certificarei de que tudo volte a seu lugar. E de que ninguém mais possa fazer este feitiço.

Obviamente fingindo não estar surpreso, seu irmão retrucou com escárnio:

– Vai mesmo esconder tudo? Por que não só põe nas suas anotações e assume sua burrada? As pessoas aprendem melhor com exemplos.

– Eu eliminarei todos os ingredientes que puder de Zefir. Nem toda a vontade do mundo poderá criar o que não existe.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

O sábio suspirou, pausando sua narração.

– As pessoas fazem loucuras por amor, né? — E olhou para Liana, àquela hora caída sobre o piso como se fosse uma marionete abandonada. — Não foi nada fácil conseguir os ingredientes que meu irmão extinguiu de Zefir. Ela ainda me procurou antes de deixar o planeta, havia descoberto sobre mim através do pilar daquela época. Eu não pude ajudar em nada, infelizmente. E sem o filho feiticeiro para conduzir o feitiço, ela só tinha o pilar como opção. Clef pode haver cooperado em silêncio, quando tomou a poção para trazer as guerreiras mágicas de volta...

Marine olhou surpresa para o atual chefe dos gurus.

– Essa poção também precisa de uma fonte gigante de energia do pensamento — explicou o sábio. — Mas acho difícil que ele não haja achado o líquido suspeito. E muito menos que não haja feito as contas quando vocês apareceram pouco depois.

– Clef, então foi você que nos trouxe?

– Eu não tinha como saber o que estava tomando — declarou o acusado, escondendo o rosto.

O sábio deu uma pequena gargalhada.

– Não tinha. Mas garanto, minha jovem. — O sábio observava para Marine. — Zefir ainda é a terra da vontade. Não duvide disso por causa de uma carranca.

– Sua história já terminou? — A voz de Lantis cortou a ameaça do sábio de dar uma nova gargalhada. O espadachim mágico ainda tinha a espada em punho e ameaçava usá-la novamente.

– Basicamente. Vocês podem imaginar o que as guerreiras mágicas fizeram depois. Meu irmão adulterou as anotações dele para posterioridade e eliminou registros para se chegar ao feitiço. Então, após a morte do pilar, ele também sucumbiu à culpa e faleceu muito pouco depois.

– Que história triste... — comentou Ferio.

– Mas não trouxe Lucy de volta. — Lantis se aproximou do sábio e o encarou.

Ao menos, agora a espada não estava mais apontada para o pai dele, pensou Marine ao notar que ele estava de lado para Liana e Zubo.

– Ah, não — respondeu o sábio, voltando a se apoiar na bengala. — Não posso trazê-la. Eu nem mesmo estava com meu irmão quando ele executou o feitiço. De todo modo, acho que minha história o ajudou, Lantis.

– Como assim?

O sábio apontou para a cama de Zubo. Um grito breve escapou da boca de Marine ao reparar que o homem estava se mexendo discretamente.

– Sua Lucy deve estar exausta e bem triste por acordar sozinha naquela sala. Mas ela está bem. Posso dizer isso porque não havia peça mais forte para esse feitiço que o próprio pilar.

Enquanto Lantis observava emudecido o pai se mexer, Marine e Anne exclamaram ao mesmo tempo:

– Lucy!

E saíram correndo antes mesmo de perceberem que não sabiam de que sala o sábio havia falado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Todos já haviam deixado o quarto que ela havia preparado para Zubo. Como havia sido difícil encontrar o lugar que ninguém iria descobrir, um longe de Clef o bastante que ele não sentiria sua presença ali, a menos que procurasse.

Liana havia, por todos aqueles anos incontáveis, sonhado milhares de vezes com poder conversar mais uma vez com seu companheiro. Ouvir sua voz, sentir seu calor... Noutras, acordava simplesmente feliz com tê-lo ali, quando já poderia tê-lo perdido tanto tempo antes.

Agora que o abraçava, sentindo seu coração bater contra ela, tudo lhe parecia um sonho. Havia poucas horas e ela estava disposta a nunca mais vê-lo, a trocar de lugar com ele e lhe dar a vida que ela não mais merecia. Zubo não parecia mais ser uma presença que lhe era permitida. Por isso, abraçá-lo parecia um crime.

Só não conseguia deixá-lo. Ele ainda nem havia acordado realmente — o sábio já havia alertado que após tantos anos o retorno envolveria um longo processo de reabilitação —, mas aquela sensação de seu companheiro vivo em seus braços já era a melhor em muitos anos.

Por isso, havia lhe custado algum tempo para perceber que Clef permanecia na sala.

– Não vai me prender? — perguntou ela.

– Ainda não sei... Não acho que essa decisão deva caber a mim, Liana.

– Ah, lindinho... — Liana suspirou, voltando o rosto manchado de lágrimas para o melhor amigo. — Por que tinha que me encobrir? Por que não me impediu?

Clef soltou um suspiro idêntico e balançou a cabeça.

– Eu não conseguia decidir o que fazer.

– Aquela menina podia ter morrido.

– Sim... Eu calculei que você havia trazido as guerreiras mágicas para usar os poderes delas ou do pilar. Confesso que eu havia ouvido boatos sobre o irmão daquele sábio, sobre esse feitiço. Mas as informações eram muito poucas para eu saber exatamente o que era que você estava planejando para trazer Zubo de volta.

Sorrindo amargo, Liana assentiu.

– Até disso você sabia?

– Ele também era um amigo querido para mim, Liana. Não ache que não esteja feliz por ele. — Clef se aproximou e esticou o braço até bem próximo da testa de Zubo. Uma energia dourada saiu de sua mão.

– O sábio já o examinou antes de ir ver a Lucy.

– É, eu tava aqui. — E sorriu debochado.

Liana se encolheu e vez de também fingir descontração. Ela não merecia aquela leniência.

– Liana — Clef a chamou assim que terminou de examinar o outro homem. — Quer saber realmente quando você me deixou bravo?

Mesmo sem ter certeza se ela realmente o queria, assentiu.

– Quando você entrou na frente da espada de Lantis. Você viu que ele não estava blefando, Lantis realmente poderia ter matado os dois se eu não os tivesse protegido.

Ela enfim sorriu e olhou para o companheiro, consertando as mechas de cabelo que saíram do lugar com o exame mágico de Clef.

– Ele estava blefando sim. Eu vi como os olhos dele mudaram de foco enquanto nos ameaçava. Mas acho que ele seria capaz de matar Zubo. Lantis não achava possível que o feitiço pudesse funcionar sem destruir toda Zefir. Como foi que um filho meu saiu tão certinho, hein?

Clef riu do comentário.

– Sim, acho que Lantis me superou nesse quesito — brincou o feiticeiro. De repente, contudo, sua expressão mudou. — Veja, Liana!

Ele nem precisava haver dito isso. O coração dela já a havia alertado. Que Zubo estava enfim acordando.

Após todos aqueles anos, Liana pôde rever os olhos azuis que ela mais amava no mundo.

– Bom dia, meu querido — sussurrou no ouvido do companheiro, vagamente percebendo que Clef deixava o quarto.

Continuará...

Anita


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Notas finais do capítulo

Este foi o penúltimo capítulo então é óbvio dizer isso mas só falta o próximo. O que acharam da história até agora?? Tanta coisa aconteceu entre o início e o fim que não sei mais como cheguei aqui, mas foi uma fic muito gostosa de escrever. é tão prazeroso quando as coisas andam o rumo certo, rs. Digo, claro que também gosto de me surpreender com rumos novos, mas dar tudo certo como planejado também é excelente, certo?

Enfim, mil agradecimentos a todas as almas pacientes que aqui chegaram. Falta só um!! Um agradecimento especial à Adriana Macedo pelos lindos comentários através de tantos meios diferentes. Fiquei super feliz com o reconhecimento! *_*

Até o derradeiro capítulo!



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