School Days escrita por Isa


Capítulo 100
Capítulo 100: Explanation


Notas iniciais do capítulo

Então, eu sei que demorei para postar, mas tenho uma justificativa válida: meu computador bugou completamente e tive que formatar, por isso acabei perdendo tudo que já tinha escrito. Sinceramente, acho que o que o capítulo que estava pronto anteriormente estava melhor, mas espero que gostem mesmo assim.



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Josh e Matt iam para casa, o “mais velho” – apenas alguns poucos meses – estando totalmente concentrado em seu celular, enviando mensagens para a namorada, que ainda se recusava a responder. Sinceramente, não entendia o porquê dela estar tão brava... Aquela situação não tinha absolutamente nada a ver com ela. E também, estava certo de que tinha razão sobre não ser correto acusar alguém sem provas. Tudo bem que às vezes Sebastian conseguia ser o cara mais imbecil do planeta, mas ainda assim, não achava que ele fosse capaz de fazer algo que magoasse Gwen. Afinal, o amigo gostava dela. Se bem que Liz a traindo também lhe parecia algo bastante surreal... Bem, talvez fosse mesmo um mal-entendido, mas continuaria duvidando do envolvimento de McKean, até que fosse provado o contrário.

(...)

Frannie chegou em casa, pensativa. Por mais que estivesse decidida a ajudar Liz, não tinha a menor ideia de como fazer isso. Certo, às vezes algumas possibilidades apareciam em sua mente, só que boa parte delas envolvia pedir para Noah bater em Sebastian. É, não era mesmo um pensamento muito legal, mas qual é, aquele demente merecia. De todo modo, aquilo exclusivamente não era um bom plano. Precisava pensar em uma maneira de desmascará-lo, antes da fase da vingança. Porque, oh sim, haveria essa fase. Depois de tudo, Seb merecia uma boa lição. Uma que o fizesse entender de uma vez por todas que Gwen nunca sentiria por ele algo além de amizade. Isso se a baixinha fosse suficientemente paciente para perdoá-lo mais uma vez, o que honestamente duvidava.

– Hey, Fran... – A voz de Isaac a tirou de seus devaneios.

Embora ele estivesse doente, não foi nem um pouco surpreendente encontrá-lo ali, no sofá da sala, jogando videogame. Menos ainda, ao ver que o jogo em questão era Star Wars – Battlefront. Sem dúvida, o irmão andava bastante focado em completar todas as missões antes da estréia de O Despertar da Força.

Ela não gostava muito de Star Wars. Em parte por causa dos efeitos ultrapassados e também por causa da cronologia maluca e as diversas ordens recomendadas por Gwen para se assistir aos filmes. Claro, entendia que eram bons filmes, mas realmente não conseguia gostar. Pelo menos não tanto quanto os amigos e nem mesmo tanto quanto o próprio Isaac, que nem era assim tão obcecado.

– Oi, irmãozinho... – Cumprimentou-o, sentando-se ao lado dele. Usou o “apelido” propositalmente, pois sabia que ele o odiava. Sorriu consigo mesma ao ouvi-lo bufar. – O papai sabe que passou a manhã toda jogando, em vez de descansar?

– Não vai contar, vai? – Olhou rapidamente para ela, com uma expressão de “por favor, não diga nada”.

– Claro que não. – Riu do início de “surto silencioso” dele. – Mas bem que você podia parar um pouco e tirar um cochilo. Foi o que ele te disse para fazer, lembra?

– Ah, não acho que seja necessário... Nem estou mais com febre...

– Tem certeza? – Perguntou, chegando o pescoço e depois a testa dele, que se esquivou, incomodado.

– Tenho sim, mãe... – Revirou os olhos azuis. – Merda... – Resmungou ao ser atingido pelo tiro de um stormtrooper. – Viu o que você fez? Agora que vou ter que começar essa fase toda de novo! – Reclamou.

Ela apenas deu de ombros, para então rir novamente. Fazia de propósito, na verdade. Sabia que atrapalhá-lo enquanto jogava e tratá-lo como criança eram duas das coisas que mais o irritavam. E bem, era seu trabalho como irmã irritá-lo vez ou outra, assim como ele mesmo também fazia.

(...)

Sentada em sua cama, Gwen assistia pela milésima vez Star Wars Episódio I – A Ameaça Fantasma. Sinceramente? Considerava aquele o pior dos seis filmes até então lançados, mas tinha um carinho especial por ele pelo simples fato de tê-lo visto pela primeira vez quando criança. Infelizmente, o sentimento de nostalgia não era o suficiente para animá-la naquele momento. Não conseguia nem mesmo prestar atenção na batalha de sabres de luz de Qui-Gon Jinn e Obi-Wan Kenobi contra o “perverso” – que devia ter no máximo meia dúzia de falas – Darth Maul, pois sua mente insistia em direcionar seus pensamentos para certa líder de torcida e sua estúpida decisão de recusar-se a ouvi-la. Por mais que soubesse – lê-se achava que sabia – que não havia mais nenhuma explicação plausível para o que tinha visto, a possibilidade de estar errada a corroía por dentro. E se Liz realmente não a tivesse traído e tudo e fosse mesmo um mal-entendido? Estaria estragando tudo se recusando a dar-lhe atenção por alguns míseros minutos? Não. Precisava tirá-la da cabeça. Sebastian mesmo as tinha visto juntas dias antes da festa... Por que então insistia em dar a si mesma falsas esperanças? Como podia ser possível que quisesse estar errada? Isso por si só já era espetacularmente bizarro!

Suspirou frustrada, pegando o celular. Ia mesmo se dar ao trabalho de ler aquelas mensagens?

Começou pelas da noite anterior:

“Oi. Escuta, eu sei que deve estar desejando a minha morte agora, mas você entendeu tudo errado. Podemos, por favor, conversar?” – L

“Gwen, pelo amor de Deus, não faz isso. Eu não a beijei, foi um mal-entendido. Você precisa acreditar em mim!” – L

“Droga, por que não me responde? Eu só estou pedindo para que converse comigo, nada além disso. Só quero uma chance para te explicar o que aconteceu...” – L

“Amor, é sério... Fala comigo! Eu juro que não é o que você está pensando.” – L

“Droga...” Irritou-se consigo mesma. “Será que eu entendi mesmo tudo errado?”

Frustrada, continuou:

“Bom dia.” – L

“Você ainda não me respondeu e eu meio que estou começando a entrar em pânico, mas tudo bem. A questão é, você precisa me ouvir. Então, quando puder, me liga ou manda uma mensagem, sei lá.” – L

Riu levemente e revirou os olhos diante da contradição. Como é que poderia estar tudo bem, se ela estava começando a entrar em pânico?

“Estou indo para o colégio agora, espero que eu consiga falar com você, porque é realmente importante que entenda o que aconteceu.” – L

“Okay... Acabo de chegar em casa e você não quis falar comigo o dia todo. Acho que isso é por enquanto, então. Ainda estou esperando que mude de ideia e pensando em uma forma de te fazer acreditar em mim, mas até lá vou te deixar em paz.” – L

“Eu te amo.” – L

Fechou os olhos com força e respirou fundo, soltando o ar lentamente, contando até dez antes de abri-los novamente. Idiota, era como se sentia. E em relação às duas possibilidades. Se estivesse certa, seria idiota por estar cogitando a possibilidade de voltar correndo para os braços da ex. Mas principalmente, se estivesse errada. Porque aí teria atingido o limite da sua idiotice. Confiança. Era uma das bases para um relacionamento, certo? Então por que era tão difícil confiar completamente em Liz? Sério que a influência que Allison tinha sobre ela continuava sendo assim tão relevante?

Mas... E o que Sebastian havia dito? Será que ele teria mentido? Se fosse isso, estava ali mais um motivo para se sentir uma completa idiota! Como podia confiar mais nele do que na garota que amava?

“Não acredito que vou mesmo fazer isso...” O pensamento simplesmente surgiu, enquanto entrava em seus contatos e buscava por “Sunshine ♥”.

Hey, Collins! – Foi Becky quem atendeu. – Até que você demorou bastante, hein?

– Por que você atendeu? – Perguntou, um tanto quanto enciumada.

Ouviu uma risada do outro lado da linha.

A Lizzie foi ao banheiro.

– Isso não responde a minha pergunta. – Resmungou.

Uou, calma! – Mais uma risada. – Sou a melhor amiga, lembra? Estou aqui a consolando, já que você se recusou a ouvi-la o dia todo...

– Consolando como? – Se viu perguntando.

Pela terceira vez, Becky riu. Ou melhor, gargalhou.

E eu achando que sabia quem era a ciumenta da relação... – O comentário a fez revirar os olhos. – Relaxa... Ah,ela saiu. Lizzie! Seu Hobbit está no telefone!

Conseguiu ouvir um “é sério?” seguido por um “se for alguma brincadeira, eu juro que mato você”.

– Oi... – Murmurou, sem saber ao certo o que dizer.

Hã... Oi. – Sorriu consigo mesma ao ouvir Liz murmurar de volta. – Eu...

– Pode vir aqui? Acho que precisamos mesmo conversar.

Claro! Com certeza! Quando você quer que eu vá? – Sorriu diante da repentina animação da loira.

– Quando você puder. – Respondeu.

Ótimo! Já estou indo...

Conseguiu identificar a voz de Becky dizer “patético”, antes da ligação ser finalizada. Jogou-se então na cama, suspirando. Olhou então para a TV e assistiu Obi-Wan prometer ao seu mestre que treinaria o jovem Anakin Skywalker. Nem lembrara de apertar o botão “pause” antes de iniciar sua “profunda reflexão sobre a situação atual”. Não fazia diferença. Já tinha assistido aquele filme várias vezes mesmo... Agora bastava esperar a namorada – resolveu que tiraria o “ex” até que tudo fosse realmente decidido – chegar, sem a menor ideia de em que resultaria a conversa.

(...)

Cerca de vinte minutos após sair de casa, Brittney estava em frente ao apartamento de Claire, tocando a campainha. A namorada não demorou para atender. Estava linda, como sempre. Os cabelos ruivos estavam presos, coisa rara de se ver.

– Oi... – Claire cumprimentou com um olhar meio triste, dando espaço para que ela passar.

– Oi... – Disse Britt, relativamente mais animada, entrando no enorme apartamento. Foi direto para a sala, sentando-se no sofá.

Claire fez o mesmo e começou a falar:

– Bem, acho que o melhor a fazer é ir direto ao ponto. – Britt arqueou uma sobrancelha. – Minha mãe arrumou um emprego em outra cidade e quer que eu vá com ela. – Nesse momento, a loira sentiu um enorme desconforto aparecer, mas permitiu que Claire prosseguisse: – Não é algo definitivo e não vou estar muito longe, é aqui no estado mesmo. E com certeza eu não quero terminar por isso, então... O que me diz? Quer continuar sendo a minha namorada? – Ao ouvir a pergunta, Britt percebeu certa insegurança por parte da outra. Antes que pudesse responder, foi interrompida: – Só lembrando que se disser que sim, vou vir te visitar sempre que puder, fazer o maior esforço do mundo para compensar a distância e...

Brittney a calou com um selinho.

– É claro que quero continuar sendo sua namorada. – Sorriu. – Eu te amo, você sabe disso...

Então, foi “puxada” para um abraço carinhoso, que retribuiu sem pensar duas vezes. De fato, a ideia de um relacionamento à distância a perturbava um pouco, mas tinha certeza absoluta de que conseguiria passar por isso, se fosse para continuar com Claire.

(...)

Liz mal tocou a campainha e a porta foi rapidamente aberta. A loira tinha um sorriso minimamente esperançoso nos lábios e isso não passou despercebido pela baixinha, que se permitiu sorrir também. Seguiram então até o quarto da baixinha e sentaram na cama, lado a lado. Ficaram em silêncio por um tempo considerável, até que Gwen decidiu pronunciar-se:

– Okay, seja sincera... Você ficou com a Allison?

– Não. – Liz respondeu, encarando-a com toda a seriedade do mundo. – Quando você saiu com o Sebastian para ver a tal coleção, ela veio falar comigo. Eu até achei que fosse brincadeira quando percebi que ela estava dando em cima de mim, porque foi realmente ridículo. Mas não era. E, do nada, ela me beijou. Eu não retribuí. Só que você chegou e... Daí para frente já sabe o que aconteceu.

– É, eu sei. – Concordou, embora não fosse necessário. – Liz... Eu quero acreditar em você, de verdade...

– Mas...?

– Traição continua sendo um assunto complicado, ainda mais se tratando daquela... – Respirou fundo. – Da Allison. – Corrigiu-se. – E o Sebastian me disse uma coisa que...

– O que aquele filho da puta disse? – Liz interrompeu, irritando-se. Estava mais do que cansada dele e todos os planos imbecis que ele armava.

– Que outro dia, em Roosevelt, viu vocês duas conversando.

– É mentira. – Olhou-a nos olhos. – Eu nunca tinha sequer falado com ela antes da festa. E tudo que eu falei se resume a vários foras. – Entrelaçou seus dedos aos dela. – Eu te amo, por favor não duvide disso.

– Seu pulso...

– O quê? – Franziu o cenho, sem entender. Só então se deu conta que ela referia-se às marcas avermelhadas ali presentes, que embora ainda causassem certo desconforto, já não doíam tanto quanto mais cedo. – Ah, isso... Não é nada.

– Tem certeza?

– Absoluta. – Sorriu, diante da preocupação da morena. – Depois eu te explico direito o que aconteceu. No momento, o mais importante é que resolvamos a nossa situação. Okay?

Gwen assentiu.

– Eu entendo que isso seja complicado para você, porque já passou por algo assim antes... Mas eu não te traí. E... Não agora, agora... Mas posso te provar.

– N-Não precisa...

Uma expressão confusa tomou conta do semblante de Liz.

– Eu quero confiar em você, sem precisar disso. – A afirmação foi o suficiente para fazer com que um sorriso gigante tomasse conta da expressão da mais alta, que imediatamente a puxou para um beijo, que durou muito pouco tempo. – Sei que não confiei no começo, mas é porque eu estava insegura. Eu ainda estou um pouco, na verdade. Só que... Não quero precisar de nenhuma prova. Acho que te conheço bem o suficiente para saber quando está mentindo...

– Vou te beijar de novo. – Avisou. – E dessa vez, nem ouse se afastar.


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