Rin on

Recapitulando... Tori estava morta, Gekko tinha um pet prateado, Hikari é uma doida que agia como se nada disso fosse estranho, James é um cientista e Ted chamou a Gekko de silver wings. Aquilo tudo foi muito estranho.
Confuso, eu perguntei:
–Tá, por quê Silver Wings? E quem mais sabe como matar demônios daquele nível?
Gekko se sentou em cima do encosto do sofá, já que até agora, ela estava em pé em cima dele. Ela apoiou uma das mãos no encosto, cruzou as pernas e disse, como se o assunto tivesse mudado completamente:
–Silver Wings é um apelido baseado em um pequeno segredo que a gente guarda. E sobre quem mais sabe... Satã, com certeza, Astaroth, Lúcifer e Samael*, eu tenho quase certeza de que eles sabem, Iblis, Egin e Azazel*, talvez, Beelzebub e Amaimon... duvido muito.
Todos pareciam confusos, menos Yukio, que parecia mais preocupado do que o normal. Ele mecheu nos óculos daquele jeito típico dele e disse, quase que acusando a Gekko:
–Mas, sendo assim, você é a única humana que sabe esse segredo, ou tem alguma coisa que você não está nos contando?
Gekko segurou o riso por alguns segundos, mas depois começou a gargalhar, ameaçando cair para trás do sofá, como se aquilo tivesse sido a coisa mais engraçada que ela já tinha ouvido. Tori e Hikari se entreolharam e trocaram risinhos. Ted e James só sorriram como se dissessem "idiotas". Quando Gekko finalmente parou de rir, ela esfregou os olhos e disse, ofegante:
–Entendi, você acha que eu sou um demônio também! Hah! Se a Emono-sama estivesse aqui agora, ela diria que essa foi a coisa mais impossível que ela já ouviu! Não, eu não sou um demônio. Eu sou uma sacerdotiza da noite. Eu tenho um nível de magia tão alto por causa disso. Apesar de que alguns dos meus poderes eu copiei de demônios.
Yukio e Izumo estavam de queixo caído, por algum motivo. Izumo começou a gaguejar, dizendo:
–M-mas existem apenas duas sacerdotizas da noite vivas. E-e o nível de magia delas excede o de qualquer outro mortal!
A expressão no rosto da Gekko mudou completamente, mostrando um sorriso maligno. Uma voz ecoou na sala, uma voz que eu não conseguia dizer se era masculina ou feminina, mas parecia mais umas cinquenta vozes diferentes, dizendo a mesma coisa ao mesmo tempo: "exatamente"