Nadia acordou suando frio. Teve o sonho de que uma figura alta e muito magra, assim como um esqueleto, a perseguia. Suas vestes eram todas pretas e falava sobre levar a jovem consigo.

Ela foi para o inferno diário que era sua escola, mas quando foi pegar seu material que estava no armário escolar, começou a ouvir batidas. Primeiro pareceu ser seu coração que batia desenfreado, mas depois percebeu que vinham de dentro da porta de metal azul. As pancadas tinham um ritmo que formava uma música asquerosa.

O vento que entrava pela abertura logo acima do armário assobiava pelas frestas. No entanto, a garota achou que estava ficando louca já que ela acreditava estar ouvindo as palavras “a morte está vindo” sussurradas pelo vento no ritmo das fortes batidas.

Assustada, Nadia abriu o seu armário, mas nada de diferente estava lá, apenas suas coisas.

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Ao olhar pela janela em algumas aulas, a garota percebeu a escuridão do céu diferente do normal para aquela época do ano. A jovem ouvia pelas costas as pessoas comentando sobre ela, mas ao virar o rosto para encará-las ninguém estava olhando em sua direção. Em alguns momentos, a pobre menina achava estar sendo observada e em outros apenas via rostos nas sombras.

Nadia voltou para casa e, assim como em todos os outros dias, almoçou com sua mãe para em seguida ir fazer suas tarefas de casa e estudar. Mas esse dia não era igual a qualquer outro dia.

Após o almoço, a mãe de Nadia pediu para ela colocar o lixo para fora e deixá-lo na grande escadaria que liga todos os andares de seu prédio, onde o zelador do condomínio os recolhe. O hall do elevador dava acesso às escadas, então, depois de colocar o lixo no primeiro degrau da escadaria, começou a ouvir um estranho ruído. O som de metal raspando em metal.

Procurando pelo som bizarro, o localizou como proveniente do fosso do elevador. O ascensor estava subindo um andar de cada vez, como se estivesse parando e procurando por algo, ou alguém, em cada um deles. O elevador estava três andares abaixo do da garota... Dois andares... Um andar... E finalmente chegou. Nadia olhou pela pequena janela na porta, ela se abriu e alguém barbudo saiu de lá carregando algo. No entanto, era simplesmente o porteiro entregando as cartas. Deu algumas a garota e logo se foi.

A jovem começou a ouvir algo que vinha da escada, algo a chamava, a seduzindo para aquele caminho. Deixou as cartas no chão e desceu as escadas.

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Depois de um tempo encontraram o corpo da garota em um rio sinuoso. As autoridades acreditam que ela se matou, pois enlouqueceu, mas será mesmo que Nadia se suicidou? Ou a morte a procurava? E se sim, por que ela?

Essas perguntas talvez nunca sejam esclarecidas.