Uma caçadora diferente escrita por Sour Wolf


Capítulo 7
O Colt


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Tudo bem com vocês?
Este capitulo é dedicado as três maravilindas que acompanham a fic; Ophelia, Son of Aphrodite e Miss Jackson.
xoxo



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Acordei no dia seguinte com muita dor de cabeça! Não estou exagerando, parecia que a minha cabeça ia explodir. Eu nunca bebi tanto na minha vida. Mas só depois percebi que eu não estava dormindo no chão como o combinado, Dean era quem estava no chão. Talvez ele tivesse ficado com pena de mim, vai saber, é o Dean.

Decidi tomar uma atitude e levantar da cama. Vi no relógio que era quase meio dia, nossa nunca mais vou beber na minha vida!

– Aonde vai? – Indagou Dean, só agora percebi que ele estava acordado.

– Esqueceu? Nós temos que achar o Colt. E por nossa sorte, viemos parar no Mississipi.

– Sorte... – Dean pareceu pensar – e se não tiver sido apenas sorte? E se isso tudo for uma armadilha? Os demônios na loja, a fuga do hospital, os hospedes do quarto nem se quer terem voltado... na verdade, tenho quase certeza que é uma armadilha.

– Nossa, eu nunca tinha pensado nisso. Mas, faz tanto sentido! Já que é uma armadilha, quer dizer que o tal demônio que matou a Mary está perto.

– Ele deve estar perto do Colt. Vamos lá, agora!

Nos vestimos rapidamente, entramos no carro e fomos em direção da suposta casa de quem o Colt pertencia. Era uma casa antiga, mas bonita. Havia um jardim na frente, sua fachada era azul e as janelas brancas. Nem parecia um cenário de luta com demônios. Bati da porta de madeira três vezes, até que um homem de meia idade a abriu.

– Quem são vocês? – Perguntou o homem de pijamas. Ele cheirava a cerveja e parecia que não saia de casa a duas semanas.

– Agente Smith, agente especial do FBI. Essa é a minha parceira, Agente Martin- disse Dean enquanto mostrávamos para o homem nossos distintivos falsos.

– Hahaha – riu o homem – vocês não são agentes. Não estão enganando ninguém com esses distintivos falsos. Agora saiam da minha casa!

O homem fechou a porta com força na nossa cara.

– E agora, Dean?

– Bom, agora a gente fala a verdade.

Dean bateu na porta novamente, mas desta vez não houve resposta.

– Senhor, só queremos conversar! – Gritou Dean para o lado de dentro da casa.

– Tem trinta segundos. – Disse o homem de pijamas que decidiu abrir a porta novamente.

– Eu sou Dean e essa é a Margot. Nós precisamos do Colt pa- Dean foi interrompido pelo homem.

– Dez segundos.

– Precisamos do Colt para matar o demônio que matou meus pais! – Dean gritou desta vez, no rosto do homem.

– Hm... Vingança familiar. Interessante. Pena que o Colt não existe, quem te contou isso? – E assim novamente o homem fechou a porta, dessa vez eu me irritei.

– Deixa comigo. – Eu respondi para Dean

Dei três passos para trás e chutei perto da maçaneta da porta com força. A porta abriu instantaneamente.

– O que é isso?! – Exclamou o homem chocado.

– É o seguinte: se você não nos der a porcaria do Colt, nós atiramos em você. O que vai querer?!

– Calma garota, nossa. Eu EMPRESTO o Colt. Mas me devolvam amanhã à noite.

– Ok. Vá busca-lo. – Eu realmente havia perdido a paciência com aquele homem, nunca agi de tal modo.

– Nossa, Margot. O que foi isso? – Perguntou Dean surpreso.

– Eu não aguentava mais ele.

O homem voltou segurando uma arma, o Colt.

– Pegue. Mas, quero ele de volta amanhã!

– Ok, eu te ligo avisando onde vai estar.

– Mas você não tem meu número!

Quando ele disse isso já era tarde demais, eu e Dean já havíamos entrado no carro e dado a partida.

– Onde agora? – Eu perguntei.

– Para comemorar que pegamos o bendito Colt, nós vamos jantar fora. Você não tem ideia de quanto tempo eu demorei para pegar isso em 2005.

– Ok, qual bar?

– Bar? De jeito nenhum, garota! Nós vamos em um restaurante.

Eu ri da expressão de Dean.

– Qual então? – Eu disse ainda rindo

– Sei lá, vamos ver na cidade.

Demos a volta na rua e achamos um desses restaurantes que você acha no centro de cidades pequenas. Não era chique, mas também não era um bar fedorento de estrada. Nós entramos e havia uma mesa vaga para duas pessoas. Nos sentamos na mesa e pedimos uma bebida.

– Então, Dean, me conte sobre o seu irmão.

– Você quer falar sobre o Sam? Tudo bem... – Dean pareceu pensar por uns instantes – ele tem cabelo nos ombros, não muito parecido comigo, é meio chato na maioria das vezes.

– Serio? Só isso que você quer falar sobre seu irmão?

– Ele não é bem uma pessoa interessante. Mas eu amo ele mais do que tudo. Faria qualquer coisa por ele.

– Que fofo! – Dean não disse nada. Fiz uma pausa de alguns segundos – Dean, como vai ser quando você voltar para 2008?

– Eu não sei. De acordo com as “leis da física” seria extremamente errado eu te levar, mas quem se importa? Quer vir junto?

– Sim! É o meu sonho ver o futuro.

– Tem certeza? Quer dizer, seu pai já vai estar provavelmente morto. E Mary também...

– Bom, eu não sei... – depois de pensar sobre meu pai e Mary não sabia se ainda queria, do que eu seria sem eles? – Mas Dean, alguma vez você já ouviu falar de mim no futuro?

– Sinceramente, não.

– Então pode ser que eu também tenha morrido. Não até lá, mas daqui a pouco.

– O que? Deixe de bobagem, você não morre! – Mesmo negando eu sabia que ele também sabia disso. Eu morri, ou melhor vou morrer daqui a pouco.

– Dean, você sabe que é verdade. Você sabe que eu vou morrer.

– Margot, eu já perdi muita gente na minha vida, mais do que você pode imaginar, eu não vou perder você também.

– Quer saber? Se eu morro ou não, não importa. Eu só vou fazer tudo que posso para salvar a minha amiga.

O resto do jantar foi silencioso, até que eu decidi “quebrar o gelo”

– Então, como é o futuro?

– O futuro... não é muito legal. Preferia que fosse mais com “De volta para o futuro”, mas fazer o que?

– De volta para o que?

– Deixa para lá... é um filme dos anos 80.

– Ok.

Depois dessa nossa conversa super animada, fomos embora. No carro também não dissemos nada.

Quando chegamos no hotel, decidi que seria mais justo se Dean dormisse na cama hoje.

– Você dorme na cama hoje, Dean.

– Pode ir, tudo bem para mim.

– Não é sério, eu insisto.

– Você é mais nova, pode dormir na cama.

– Tecnicamente, eu sou muito mais velha que você. Em 2008 eu teria 61 anos, sou velha, você é novo.

– Se insiste...

Acordei no dia seguinte com as minhas costas destruídas, da próxima vez eu pego a cama, me arrependi. Levantei e eram sete da manhã, Dean ainda estava dormindo, decidi não o acordar. Fui até o banheiro e troquei de roupa, sai pela porta para ir comprar um café da manhã.

Perto do motel havia uma padaria dessas bem ruins, mas era o que tinha. Entrei e ela estava quase deserta, exceto por uma mulher no caixa.

Peguei uns dois pães, uma torta (claro né!), uns chicletes de menta e doces. Me dirigi ao caixa onde estava a mulher. Ela parecia estranha, olhava para frente, sem mover um musculo, sem nem mesmo piscar.

– Err, oi. Eu queria comprar isso aqui – disse pondo as compras na mesa da mulher, mas ela nem me ouviu, continuou sem se mexer. – Licença, você está me ouvindo?

De repente, em apenas um movimento rápido, a mulher agarrou meu braço com uma das mãos. Mas eu nem consegui pegar a arma que guardava, ela estava segurando muito forte. Vi meu braço ficar vermelho, depois roxo. E ela sem se mexer.

– Ei! Quem é você?! O que está acontecendo? Me solte! – Gritava com ela mas ela nem me ouvia, continuou assim por mais uns cinco segundos, então ela começou a falar.

– Ele está chegando. Você deve impedi-lo. Nem que custe a sua própria vida.

– O que quem está chegando? O que diabos está acontecendo?!

A voz da mulher era calma e serena, mas no fundo era possível sentir terror em sua voz.

Na mesma rapidez em que me pegou, ela me soltou. Mas caiu direto no chão, imóvel. Cheguei mais perto para medir sua pulsação. Nada. Ela havia morrido. Chamei uma ambulância, mas antes que chegassem sai de cena, fui correndo para o meu quarto avisar Dean.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Gente eu vou ter um heart attack, Teen Wolf estreia hj porra!!!!!!!!!



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