Hy Brasil - Interativa escrita por Selene Sumner


Capítulo 8
Momento 6


Notas iniciais do capítulo

Halo halo halo *w*

Aqui está outro capítulo prontinho ^^ E também tenho uma novidade. Nas notas finais do capitulo está o audio do capitulo O/ Legal né???

Primeiro queria agradecer à Zia Jackson e a Queen Anne por favoritarem a historia. São umas lindas. Quero agradecer também à Nathalia Rissia que se disponibilizou para ser a cobaia dessa nova experiência, que é criar o audio do capitulo.. ^^ Por ultimo mas não menos importante a todos que comentaram. Vocês têm um lugar no céu.

Perguntas da semana no final do capítulo. *w*



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Irlanda

I Wont Give Up Jason Mraz

Você pode me jogar comida e bebida que eu vou rir, mas se machucar meus amigos, eu não vou te perdoar

POV Beatrice McHeart

As paredes do hotel pareciam muralhas que nos protegiam no vento que percorria vários quilómetros em poucos minutos. Lá fora o céu tinha um tom cinza escuro proveniente das densas nuvens que cobriam todo o céu. Por vezes estas iluminavam-se e segundos depois um barulho ensurdecedor fazia-se notar, momentos mais tarde raios enormes caiam no mar, adicionando um ar eletrizante ao ambiente já sinistro e medonho. Esta sequência de luzes, sons e eletricidade já durava há uns dias.

Visto da janela onde estava, era ainda mais aterrador, não que eu tivesse medo, mas parecia um cenário saído de um filme de terror, já para não falar nas correntes geladas de ar que percorriam vagarosamente os corredores do navio. No dia em que meti os pés no edifício fui informada que, devido a um erro do sistema teria que dividir o dormitório, não apenas com uma pessoa, mas sim com duas. No início não lhe dei tanta importância, afinal erros acontecem, o problema foi descobrir com quem teria que dividir o quarto.

Vaguei mais um pouco, até me deparar com uma mulher de uniforme dizendo para eu voltar para o quarto pois não era seguro estar ali com violento vento que estava lá fora. Ainda pensei em me opor, pois o que é que uma coisa tinha a ver coma outra? Mas ao ver uma das velhas janelas de madeira que abrem para dentro, ganhar vida e uma parte bater em cheio na cara de uma garota, que rapidamente começou a sangrar do nariz, me fez mudar de ideias.

Refiz lentamente todo o percurso contrario ao que fizera, até ficar de frente com uma estreita porta de madeira. Respirei fundo e deslizei a porta. Se nos corredores passava uma corrente gélida, então aquele quarto estava a ferver, chamas ilusórias apareciam por todo o quarto.

A causa dessas chamas não era nada mais, nada menos que as pessoas com quem dividia o quarto. Esses indivíduos, que mais precisamente são duas garotas. Angel e Afton, ambas de cabelos castanhos chocolate e olhos azuis, as minhas interessantes companheiras que conheci dias atrás e com quem divido o quarto. Um fato curioso sobre elas é que quando os seus olhares se cruzam, faíscas saltam ameaçando tornar o clima mais tenso, do que já é. Afton é uma garota bonita, dona de um ameaçador e tenebroso olhar, pelo que presenciei até agora não é uma pessoa que socializa muito. Angel é também bonita, parece uma pessoa simpática, mas digamos que tudo nela é estranho.

Elas podiam ser grandes amigas, mas suponho que não estava destinado. Aliás o primeiro encontro foi a prova disso, suponho que enquanto uma não foi coma cara da outra, a outra divertiu-se com isso, e faz questão de alimentar a fogueira, sempre que estão juntas. Algo que me chamou a atenção foi as repentinas mudanças de humor de Angel, mas ainda sinto que não tenho muita confiança com ela para lhe perguntar o porquê disso.

Olhei à minha volta, uma parte do quarto estava limpa e completamente arrumada, já a outra parece que aconteceu a segunda guerra mundial do reino das roupas. Analisei as duas, não era preciso ser uma grande detetive para deduzir, que esse tinha sido o motivo daquele conflito. Agora Afton estava sentada na sua cama, lançando um olhar assustador para Angel que apenas sorria com a situação. Brigavam apenas com o olhar, e algo que me impressionou foi como elas conseguiam isso, quando apenas se conhecem há pouco tempo.

Ao ver que estas duas eram dois casos perdidos, decidi não interferir. Arrependi-me segundos depois, pois o que restou foi apenas um silêncio incomodo e constrangedor, e não me sentia muito confortável em situações assim. Sentia a corda da minha paciência queimar a cada segundo que passa, este ambiente estava a começar a irritar. Quando, finamente, decidi quebrar o gelo fui interrompida por uma voz que soou por todo o hotel.

— Queridos hospedes, venho vos alertar, que devido a circunstâncias imprevistas — A voz masculina era um tanto arrastada e dava a sensação que o seu dono estava bem assustado. Ouve-se um som irritante do microfone que possivelmente caiu, mas parou instantes depois quando uma voz desta vez feminina o pegou. Mas que raio está acontecendo? Foi o único que consegui pensar

— Clientes queridos, estou aqui para vos dizer que, este hotel está sobre o nosso poder a gangue Four Pistols. Por favor metam todos os seus pertences dentro de um saco e façam uma fila até ao quarto 409 onde os iremos recolher. — Não se ouviu mais nada. Nem no altifalante, nem nos corredores. O som de uma bala a atingir a parede mudou isso, agora estava toda a gente a sair dos seus devidos quartos com um saco.

Olho para as minhas colegas, para observar o que elas iriam fazer. Continuavam sentadas com um ar pensativo, até que vejo um novo tipo de sorriso aparecer no rosto e Angel. A morena agarrou no pulso de cada uma de nós na tentativa de nos puxar, mas Afton não apreciou muito o gesto e a puxou de volta. Na luta de força que se desenvolveu a seguir Angel foi a vencedora, e devo dizer que foi um resultado que não estava à espera, pois ela não aparentava ter muita força.

— O que você está pensando em fazer? — Pergunto, na tentativa de decifrar o que se passa cabeça da garota. Ela parecia ter algum tipo de plano ou ideia.

— Nos arranjando algo interessante para fazer. Ou prefere ficar naquele quarto sem fazer nada? — Não era o melhor dos motivos, mas ficar naquele quarto também não era opção logo optei pela opção B Ver no que isto tudo vai dar, a A era Voltar para o quarto e dormir um pouco. Bom, não posso negar que a minha curiosidade influenciou bastante a minha escolha.

— Claro! Porque se meter com ladrões armados, é super interessante! ­— Suspirou. — Ah, quem eu quero enganar? Tudo é melhor que ficar olhando para essa sua cara de sonsa. — Desistiu da ideia de tentar se debater, com um movimento rápido libertou-se da mão da morena.

— Que má! ­— Riu a Angel. ­— Eu até que gosto de você, sabe? Personalidades fortes cativam-me.— Afton revirou os olhos e Angel riu mais um pouco, depois olhou para mim. Os seus olhos me analisavam, ela apenas me olhava para o exterior, mas parecia que me via a alma. Não pude evitar um arrepio. — Também gosto de você. ­— Sorriu

Quando dei por mim estávamos em frente a uma porta dos dormitórios masculinos. Bateu à porta e dois garotos altos não tardaram a aparecer.

— Kyle, preciso que me ajude no meu plano. — Ele pareceu surpreso, e até um pouco apreensivo, o que considerei normal, afinal não é qualquer um que decide participar num plano sem nem conhecer primeiro os detalhes.

— Hum, entrem! — Convidou Kyle nos dando espaço para entrar. Momentos depois já estávamos acomodadas no quarto deles.

­— O seu amigo também pode ajudar. ­— Continuou a morena. — Er

— Aideen, o meu irmão. — Constatou Afton, entrando também na conversa.

— Dá para ver as semelhanças. — Kyle saltitava do rosto de um para o outro um pouco surpreso. — Os vossos olhos são idênticos. — Analisou de perto os olhos azuis de Afton e depois voltou novamente o olhar para Aideen.

— Muito bem agora que estamos todos apresentados, vou vos contar o meu plano.

Itália

Human - Christina Perri

" Seus problemas devem ser esquecidos, só então poderá dizer que sabe viver "

POV Giulia Isabella Vicenza

Estava sentada em uma mesa branca no exterior do barco. Uma leve brisa esvoaçava os meus cabelos, olhei para os papéis à minha frente. Todas as vezes que vinha perto do mar fazia questão de escrever uma carta para o meu irmão desaparecido. Era a minha maneira de me comunicar com ele.

Um ano após o divorcio dos meus pais, Pietro, o meu pai nos levou a passar ferias numa cabana à beira do rio. Foi em uma noite, onde as estrelas pareciam dominar o céu, e a lua estava maior que o normal, o grito estridente de uma criança acordou todos na casa, não demoramos muito a perceber que o meu irmão tinha desaparecido.

Durante toda a noite o procuramos pelos arredores da casa, mas em vão pois não encontramos nenhuma pista. Lembro-me de chorar imenso e o meu pai me abraçar, numa tentativa fracassada de me acalmar. Apreciei o gesto, mas notei que ele estava no mesmo estado que eu, os seus braços tremiam e algumas lágrimas ameaçavam cair pelo rosto.

Foi perto de um rio que vimos um pedaço da sua roupa. O meu pai pensando no pior chamou a polícia, e nos dias seguintes houve buscas intensivas tanto pelos arredores da cabana, como pelo rio. Acabou sendo tudo em vão, eles disseram que o mais provável era ter morrido afogado, e depois levado pela corrente. Ainda hoje Pietro se sente responsável pelo desaparecimento do filho. Eu pelo contrário tenho esperança de o voltar a ver, não acredito que realmente esteja morto. O meu sexto sentido me diz isso.

Coloquei uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha e voltei a olhar para os papéis, que não eram nada mais, nada menos que uma carta para Lorenzo, o meu irmão desaparecido. Enrolo o papel e coloco dentro de uma garrafa de água que comprei. Aproximo-me da beira do navio e com um pouco de força a jogo para longe.

Olho para o lado e vejo um garoto alto de pele clara, ele era bonito a meu ver.

— Oi, tudo bem? — Pergunto tentando quebrar o gelo e tentando formar amizade. Ele sorriu como resposta, e se aproximou.

— Não devia estar poluindo o mar sabia? ­— Ri com o seu comentário, e vi que ele corou ligeiramente.

— Não estou. Esta é a maneira que tenho de falar com o meu irmão. — O garoto calou-se entendendo a situação.

— Me desculpe, acho que acabei falando mais do que devia. O meu nome é Fillipo. — Estendeu a mão na minha direção e eu a agarrei gentilmente. Ele parecia ser bem gentil. Ele ia para falar algo mas foi interrompido por outro garoto que o chamou no fundo do corredor. Pensei que ele iria embora e me deixava sozinha, mas para a minha surpresa ele agarrou na minha mão e me puxou junto. — Vou-lhe mostrar uma coisa legal.

Continuamos a nossa corrida até chegarmos a uma porta. Ele a abriu e revelou um espetáculo, bom, só me apetecia vomitar. Estão imaginando aquelas festas de funk, onde parece que todos andaram a comer cogumelos mágicos, e de repente começaram a se esfregar uns nos outros? Era exatamente isso que parecia.

— Desculpe por isso! Não era isto que eu lhe queria mostrar.— Fechou a porta e andamos mais um pouco até outra porta, desta vez maior. Deparei-me com uma sala enorme. Várias pessoas estavam em pé esperando alguém atuar. Ele me puxou para trás do palco onde fiquei sem saber que fazer.

— Olhe para mim, tudo bem? — Assenti com a cabeça, ele agarrou no baixo e foi ter com os outros garotos no palco que já estavam posicionados. Ouvi o som de duas baquetas baterem entre si quatro vezes e uma música começou a tocar. O público vibrava com cada nota que eles tocavam, e quando entrou a voz, ficaram histéricos.

Eles eram muito bons, parecia tudo muito bem treinado e organizado. Até os efeitos no palco estavam bem planeados. A meio da apresentação, uma cortina de fumo serpenteou pelos pés dos componentes da banda, dando-lhes um aspeto bem profissional, na minha opinião. Ao fim de algum tempo terminaram, e o garoto veio ter comigo sorridente.

— Então? O que achou? — Perguntou ansioso.

— Muito legal! Vocês tocam todos muito bem. — Respondo sincera. Realmente tinha achado a apresentação deles impressionante. Nota-se que trabalharam bastante para atingir este nível. Ele pareceu bem feliz com a resposta.

— Então deveria ouvir a banda original. Improvisamos esta banda há alguns dias atrás. — Ele aparecia orgulhoso do resultado.

— Giulia! — Me apresentei sorrindo. Ele fez uma cara estranha, que não consegui decifrar. Ficou uns segundos olhando para o vácuo, e depois voltou a si.— Você— Ele ia dizer algo, mas foi oura vez interrompido pelo mesmo garoto de há pouco.

— Fillipo! Então era aqui que você estava! — O garoto se aproxima. Ele tinha muitos cachinhos no cabelo que pareciam bem rebeldes. Era magrelo tanto de rosto como de corpo, mas continuava a ser bonito. Quando chegou perto de ele parou, ao reparar que estava a falar comigo.

— Este é o Gabriel, meu companheiro de quarto, e a pessoa que me ajudou com os detalhes da nossa apresentação. — Introduziu Fillipo ao ver que nenhum de nos falava. — Gabriel, esta é a Giulia. — Ele sorriu.

— Então Giu, posso a chamar assim? Você é uma das garotas que pertence à excursão escolar?

— Huhum! — Confirmo sorrindo sentindo-me feliz por já ter conhecido duas pessoas que participam na mesma viagem que eu. Olhei para o relógio e vi que já estava tarde, então despedi-me dos rapazes e fui para o meu quarto.

A minha companheira ainda devia estar perdida em alguma parte do barco, logo decidi com continuar a ler o meu livro de fantasia Como sobreviver a uma guerra de dragões. Foi o livro que eu comprei antes de entrar no barco, um dos poucos que me chamou a atenção. Pelo pouco que li, já me interessou bastante. Além de estar bem escrito, tem uma história viciante, algo que eu aprecio bastante num livro.


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Notas finais do capítulo

Audio - http://vocaroo.com/i/s0Jx28kv6bEV

Beatrice - https://circuloesquecido.files.wordpress.com/2015/03/tumblr_lc3zqazpfg1qdutjeo1_500.jpg

Giulia - http://mimimidemais.com/wp-content/uploads/2015/03/malevola3.jpg

Fillipo - http://spinoff.comicbookresources.com/wp-content/uploads/2012/02/Jamie-Blackley.jpg

Gabriel - http://i0.wp.com/piranot.com/wp-content/uploads/Fabio-AUdi-ator-hoje-eu-quero-voltar-sozinho1.jpg?resize=336%2C224

Perguntas da semana:
Como os vossos personagem agiriam caso tivessem um amigo gay? O que acharam do audio? Devo continuar a fazer??

Gostaram?? Odiaram?? Sugestões?? Se encontrarem erros me digam ^^

Digam tudo nos comentários ^^

Próximo capitulo: Plano fantabulástico! Que as tretas comecem