Hy Brasil - Interativa escrita por Selene Sumner


Capítulo 12
Momento 8


Notas iniciais do capítulo

Chaos o/

Voltei people o/ Halleluia

Então eu acho que expliquei a quase todos o que aconteceu, mas se me esqueci de alguém, vou voltar a explicar novamente.

O que aconteceu foi, O meu computador (já velhinho) quebrou, então a minha irmã me emprestou o dela, felizmente consegui salvar a maior parte das coisas para o dela. Estive trabalhando com o dela até à pouco tempo atrás, até um evento muito desafortunado acontecer, ou seja sem querer voltei a matar outro membro do mundo dos computadores. Como ela ficou fula da vida comigo, não tenho computador o todo o meu trabalho evaporou T-T

MAS, consegui me infiltrar, e roubar, quer dizer pegar emprestado o pc do meu pai para escrever este capitulo para vocês O/

Agora quero agradecer a todos os que comentaram. e aos que não desistiram da fic. Afinal podiam ter pensado que a tinha abandonado ou coisa assim. Vocês são um lindos *w*

Finalmente estamos quase chegando no ponto em que o enredo principal da historia está para começar ^^

Espero que tenham paciência porque com tudo isto os capítulos vão ser bem irregulares T-T

Ah, quase me esquecia. Eu estou tirando a carta XD Mais um perigo na estrada. Isto não tem nada a ver mas queria que soubessem XP



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Brasil

One More Night -Maroon 5

 

" O homem que não chora é porque, nunca amou realmente."

POV Dimitri Brown

O doce cheiro da comida. O grelhar da carne, o suculento som das verduras, a serem cortadas, cria uma estranha mistura de bem-estar. Ou pelo menos era ao que esperava sentir quando estivesse à espera do meu almoço. A verdade é que a única coisa que ouvia e sentia era o meu estomago a pedir comida enquanto fazia um leve vibrar que se parecia ao ronronar de um gato. Ontem por diversão preenchi uma pequena ficha para um sorteio de comida gourmet. Não pensei que fosse ganhar, no entanto passado um tempo uma empregada do barco fez o favor de me entregar o bilhete premiado que me daria entrada à parte VIP da cantina. Depois de horas de sofrimento e de altas espectativas pelo almoço que me haveriam de servir, tudo isso foi destruído numa questão de segundos.

A moça que se dirigia na minha direção trazia em mãos um menu bem infantil. Ainda pensei que passasse por mim e fosse entregar a outra pessoa, porém isso não aconteceu, e como resultado final, acabei com um panda de arroz e algas com algumas ervilhas ao lado. A mulher foi buscar outros pratos. Achei por bem, não chamar a mesma garota, afinal para ela me entregar este prato só podia ser mesmo muito distraída. Quando outra garota passou por mim, levantei a mão de forma a chamar, e ao se aperceber aproximou-se rapidamente com um grande sorriso no rosto. Pessoalmente era aquele tipo de sorriso falso que os comerciantes sempre têm na cara, mas isso não é importante. Expliquei a situação e notei que por umas décimas de segundo lançou um olhar mortal à garota anterior. Levou o meu prato para a mesa certa e instantes depois trazia o meu prato.

As poucas expectativas que tinha foram destroçadas e o som da minha barriga ficou bem maior. No fim, resultou que no meu enorme prato apenas havia uma pequena porção de risotto, mini cinco camarões e em volta estava decorado com um molho laranja no qual não nem deu para provar. Resumindo devorei a comida de uma colherada só. Vendo que isto era apenas a entrada, (o que pessoalmente achei bem estranho, mas quem sou eu para criticar, né?) não podia esperar muito do que haveria de vir. Finalmente acabei o almoço com fome e ainda um pouco stressado, então decidi ir para a sala de convívio. Ouvi dizer que lá era bem sossegado e ainda havia uma área exterior onde podíamos sentar e apreciar o mar.

Fui ao meu dormitório buscar o meu celular que estava a carregar e vejo várias mensagens de Ivan e César, os meus dois amigos desde sempre. Basicamente se resumiam a perguntar se estava tudo bem e a elogiar a sorte que tinha por poder viajar e ao mesmo tempo receber o meu ordenado. Respondi às mensagens e me dirigi finalmente à tão esperada sala de convívio. Tal como me disseram a vista para o mar era surpreendente. Um tanto magica até. Fiquei a apreciar a bela paisagem até um ruido despertar a minha atenção. Aproximei-me do som que provinha de um dos cantos da sala. Uma multidão de pessoas se juntara perto de local então não consegui perceber o que se estava realmente a passar, apenas consegui ver uma pequena garota deitada no chão com Gustavo, o meu colega de quarto olhando tudo à sua volta sem saber que fazer. Olhei à minha volta para ver se alguém se resolvia a ajudar, não tardou muito a ver uma garota, de cabelos ruivos se aproximar do local a dizer que sabia fazer os primeiros socorros.

Pensei em voltar para o meu cantinho e apreciar a paisagem quando uma cena um tanto peculiar despertou a minha atenção. Sim, a palavra peculiar era a escolha certa. Desta vez uma garota parecia atrair um homem que pelas minhas deduções deveria ter o dobro da sua idade para fora das vistas das pessoas ali presentes. Como achei estranho e até muito suspeito decidi segui-los às escondidas. Depois de me arrepiar ao ver os sorrisos que ele lhe lançava ao ver que se aproximava de um quarto, decidi agir. O que não esperava é que quando eles estivessem a abrir a porta do quarto aparecesse outra garota do nada e fizesse o homem desmaiar colocando um pano embebido no que penso ser clorofórmio. Foi ai que percebi tudo, aquelas duas garotas eram ladras. Desta vez tinha que ser cuidadoso, não sabia o que esperar quando abrisse aquela porta, mas ficar a ver a cena e não fazer nada não era opção. Antes de fazer o que quer que seja tentei escutar o que se passava lá dentro.

Nada, nem um único som. Eu sabia que era uma coisa estupida e precipitada de se fazer mas mesmo assim decidi abrir a porta. O que se passou a seguir nem eu mesmo percebi como aconteceu, apenas sei que as duas garotas se assustaram ao me ver e esse tal homem aproveitando a deixa agarrou uma cadeira com intenção de acertar em uma delas e assim escapar. Felizmente o meu tempo se reação é curto o suficiente para puxar as duas garotas para longe o suficiente do lunático à minha frente. Sentindo-se encurralado decidiu começar a abanara a cadeira para todo o lado. Sinceramente toda aquela situação já me começava a irritar então decidi enfrentar o “touro pelos cornos” . Para diminuir o impacto avancei na frente do homem e da sua cadeira e quando a cadeira se dirigia num golpe certeiro á minha cabeça segurei as pernas da mesma a puxando para mim e assim deixando a pessoa à minha frente desarmada. Rapidamente segurei o braço dele e o deixei numa posição em que não se pudesse mexer, para que as duas garotas o pudessem prender.

Uma vez que a situação se estabilizou, um silêncio estranho instalou-se na sala. A pessoa a quebrá-lo foi uma das garotas.

— Camarada! — Começou colocando uma das suas pequenas mãos no meu ombro. ­— A situação aqui é….

Antes que pudesse continuar, foi interrompida por três pessoas que abriram a porta. Uma em particular me chamou a atenção.

— Gustavo? — Uma expressão surpresa apareceu na sua cara.

— Professor?

— Muito bem! Eu quero uma explicação para isto tudo isto. — Toda esta situação já era estranha, então ter os meus estudantes envolvidos não era uma boa notícia.

— Porque não lhe pergunta a ele? – A garota que antes me chamara camarada apontou para o homem agora preso.

Olhei para ele, que revelou uma expressão cínica, mas ao contrário do que estava à espera ele falou tudo o que estava a acontecer, quando uma das garotas lhe deu um chute nas suas partes baixas. Para ser sincero, aquele chute até a mim me doeu, mas isso não vem ao caso. No fim, tudo se resumia a que ele pertencia a uma organização muito maior e que se não levassem o dinheiro ao chefe quando chegássemos a terra seriam banidos da gangue. Logo a seguir os garotos também me contaram como se meteram em toda esta confusão. Depois de tudo revelado chamamos a polícia que se encarregou se cuidar dele. E claro depois a turma recebeu um belo sermão da minha parte. Claro que estava orgulhoso deles, mas foi muito perigoso e as coisas podiam ter corrido muito mal. Enfim, acredito que depois de tudo isto a viagem foi calma para todos. E depois de alguns dias chegamos a terra firme.

Irlanda

Fix You – Coldplay

 

" O "se" na vida não existe, existe destino e fatalidade.”

POV Ravenna Breathneach

Lá fora, reinava o silêncio. Nem o ladrar de um cão ou o motor de um carro. Era simplesmente o som apressado da minha caneta a riscar as folhas de papel empilhadas à minha frente, o único e pequeno som que conseguia captar. Um delicioso som, um refúgio de toda a confusão sonora que começaria em poucas horas. Respirou fundo e concentrou-se na grande parede branca à sua frente. Precisava de se distrair um pouco de todo o trabalho que parecia gritar em cima da sua escrivaninha, apenas iluminada pela ténue luz de um cadeeiro. Voltou a inspirar. Precisava voltar ao trabalho, não podia admitir que todo aquele trabalho fosse deixado para trás. Não se podia dar a esse luxo.

Voltou a pegar a caneta vermelha, a tinta pobremente iluminada sobre o papel branco fazia lembrar as estreitas veias no pulso humano. Olhou uma última vez para a janela do seu lado esquerdo para que assim pudesse voltar a ganhar a coragem para voltar a direcionar os seus pensamentos às folhas à sua frente. No entanto, enquanto esse pequeno intervalo de tempo, o som estridente do seu celular ocou por toda o quarto. Apressou-se a encontra-lo mas não foi a tempo de evitar com que os vizinhos de cima batessem com as vassouras no chão como uma forma de reclamarem com ela.

Irritada, por terem interrompido o seu momento de trabalho, atendeu o celular, para saber o que seria tão importante ao ponto de lhe ligarem a esta hora. Se resultasse em algo banal, ela faria a pessoa do outro lado da linha desejar nunca ter nascido. Ao meter o telefone no ouvido, apenas se ouvia o som de várias vozes a falar, enquanto o tilintar dos talheres batiam no prato. Não demorou a se aperceber que aquela chamada, era evidentemente um engano. Provavelmente essa pessoa tinha o celular no bolso e ligou para ela por equívoco. Ainda pensou em praguejar um pouco, mas isso seria contra produtivo, e ninguém ouviria, então acabou simplesmente por o desligar.

Ao ver que toda a concentração que lhe custou adquirir, tinha ido por, água abaixo, decidiu ir à cozinha fazer um pequeno lanche, que claro tinha o acompanhamento de um licor, para depois voltar ao trabalho, porém novamente o celular voltou a tocar. Irritada por pensar que provavelmente seria a mesma pessoa outra vez, colocou o celular no modo silencioso e voltou a sua atenção para o lanchinho da madrugada à sua frente.

Ao contrário do que estava à espera, o vibrar continuou por longos minutos, e quando finalmente pensou que tinha acabado, meio minuto depois voltou a vibrar distribuindo as vibrações pela madeira. Assim ela conseguia senti-las mesmo estando do outro lado da mesa. Cansada daquele som, voltou a atender, preparada para ouvir novamente o som de uma alegre família a jantar. Por seus pensamentos rondou que era estranho ouvir alguém a jantar a esta hora, mas foram afastados quando a voz de um homem disse o seu nome.

— Ravenna? — A voz parecia agitada e stressada. Não demorou a reconhecer que ela pertencia a Leo. Um dos seus colegas de trabalho.

— Sim, eu mesma. — Por alguma razão ela sentia que ele lhe ia pedir um favor, e que consequentemente ela não iria gostar nada disso. Era a única explicação para lhe ligar à aquela hora. Leonard era um homem perto dos seus cinquenta anos, tinha um aspeto carrancudo e não gostava muito de socializar com os seus colegas. Foi uma surpresa para ela que ele lhe ligasse.

— Será que me podes fazer um favor? — Ela teve que se segurar para não dizer “ E u sabia”. Mas o tom sério e preocupado da sua voz, fez com que ela pensasse que algo realmente grave tivesse acontecido.

— Claro! Mas o que aconteceu? — Ravenna sentiu que a voz de Leo hesitava. Algo de realmente grave tinha acontecido.

— Dois incidentes. Dois incidentes muito graves aconteceram. Um deles foi que um dos seus alunos foi preso e precisam que você vá busca-lo.

— Outra vez? — Desta vez ela não se conseguiu conter.— Mas já é a terceira vez este mês. O que é que os pais desse moleque andam a fazer? — A voz de descontentamento do outro lado fez com que ela se calasse, mas como som de fundo ouvia-se o som do seu salto alto a bater no chão.

— O outro incidente é que os alunos que foram para viajem, estão no hotel que foi invadido por uma gangue muito perigosa. Se você não tivesse tido um contratempo e tivesse ido com eles no início da semana então estaria tão apavorada com eles devem estar. Além disso, como eles deveriam estar sobre os seus cuidados, se as coisas correrem mal será você a responsável.

— Mas eu não posso faze nada quanto a isso. Além disso, como é que vocês sabem que o hotel onde eles estão, está a ser atacado?

— Porque um polícia estava lá a passar ferias com a namorada. Felizmente foi rápido o suficiente a dar o alerta.

Ela suspirou derrotada.

— Eu vou buscar o garoto. E entretanto aproveito e pergunto o que posso fazer para a ajudar.

Desligou e foi até a esquadra. Ela aparentava estar calma mas não conseguia disfarçar o seu nervosismo que se mostrava enquanto mordia o canto do lábio e a sua urgente necessidade de bater com o calcanhar no chão. Nem o som do radio a acalmava. Os seus pensamentos estavam centrados n que o seu aluno se teria metido, e o que poderia ter acontecido se não tivesse tudo aquele contratempo que a impediu de ir com os seus estudantes. Quando chegou na esquadra, correu o mais depressa que os seus sapatos de salto vermelho permitiam. Ao entrar foi confrontada com o cheiro tipo de escritório, no entanto a aparência não era a mais acolhedora e do lado direito do homem que estava sentado estava a sela com o aluno. Ele estava sentado e tinha um ar abatido.

— Olá, senhor agente. — Ela disse, e o homem estreitou os olhos na sua direção. — Eu vi pegar o garoto daquela sela……Novamente. — Um sorriso apareceu na cara dele

— Parece que aquele ali, gosta de me vir fazer companhia. Tem certeza que o quer levar embora, professora? — Ela retribuiu com um sorriso de lado. Se ela não soubesse que os pais do garoto o tinham abandonado com a sua irmã de vinte anos que estava desempregada, não estaria a fazer isto. — Já sabia que você apareceria, então tomei a liberdade de me adiantar. Em cima do escritório está uns papéis que você precisa de assinar.

Ela foi na direção da grande mesa onde rapidamente tratou de toda a papelada, que foi muito mais fácil de preencher do que a primeira vez. Quando estava a ponto de terminar, reparou num longo papel pendurado por um pin no quadro de cortiça. Ele estava no canto, longe do amontoado de papéis que se formara nos outros lados. Nele estavam a cara de várias pessoas. Ela rapidamente assumiu que se tratava de uma gangue, e então lembrou-se dos seus outros alunos.

— Hey, senhor agente? — Ele aproximou-se dela. — Ouvi dizer que uma gangue está atacando um dos hotéis perto do mar….

— Oh isso…sim, um dos nossos colegas deu o alerta enquanto estava lá a passar ferias. Acho que se trata da gangue Black Cocumber. — O garoto na sela deixou cair a garrafa de agua que tinha na mão.

— Black Cucumber? Pepino preto? Bem… eu sempre fui horrível para dar nomes, mas agora…..agora sinto-me feliz que há alguém pior que eu. — Ela aproximou-se enquanto olhava para o seu estudante. — Mas me diga, porque é que sinto que este nome não lhe é estranho?

O rapaz tremeu.

— O agente que o capturou disse que ele estava com o grupo deles tentando assaltar uma loja aqui perto.

Ela olhou para o garoto à sua frente. As suas mãos tremiam.

— Então? — Ravenna perguntou. — Não me vai dizer o que se está passando? — Os olhos do rapaz estavam hesitantes, e no fim acabou por não dizer uma única palavra. — Você certamente não quer que a sua irmã fique sabendo do que você está fazendo, certo? — Ela não gostava de usar este tipo de método, mas já o conhecia um pouco devido a todas as vezes que o tinha vindo buscar. Ele não era uma má pessoa. Apenas fazia tudo aquilo para ajudar a sua irmã. Não que ele não tivesse outras opções, mas ela compreendia que aquilo era o único que a sua pequena cabecinha inexperiente conseguia pensar em fazer. Como resultado usar a sua irmã para obter informações deu resultado.

Mesmo assustado e com os olhos frios por ter usado um golpe baixo nele, acabou por dizer tudo o que sabia. Disse que a tal gangue era uma organização muito maior do que pensávamos e que quem estava atacando o hotel era o chefe de toda a organização. No fim, pediu que não contassem nada à sua irmã. Ravenna mostrou um sorriso confortante. Ela nunca tencionou dizer nada, mas ele não precisava saber isso.

— Tudo bem, garoto. Você não precisa se preocupar. Mas para se redimir de tudo isto vamos precisar que você colabore com a gente, tudo bem? — Ele parecia desconfiado. — Não se preocupe, nada de mal vaia acontecer, você apenas precisa seguir o plano.


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Notas finais do capítulo

Dimitri - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/30/54/a6/3054a673b1badc49301abf56043af027.jpg

Ravenna - http://30.media.tumblr.com/tumblr_m1d6dv0yr81rq98y8o1_500.jpg


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Até à próxima ^w^