Colégio Eton- Interativa escrita por JC Forbes


Capítulo 22
Capítulo 22- Sorry


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa
Sorry pelo 1 mês sem postar, porém muitas coisas aconteceram...
Sei que vocês não lê isso então...
Bjss



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SORRY!!!!!!!!

O baile terminou mais tarde do que o esperado, mas não foi problema. Os guardas tiveram que pegar os cães para achar as drogas, elas estavam dentro de uma caixa de metal atrás de um arbusto. Porém as bebidas não conseguiram encontrar, as mesmas estavam atrás de um arbusto do outro lado do colégio.

Era quase meio dia e muitos alunos ainda dormiam, os poucos que estavam acordados tomavam banho, já que menos de dez alunos tiveram a coragem de tomar antes de dormir.

Despois de algumas horas todos já terminavam de almoçar, já que era domingo os portões foram abertos para aqueles que iriam sair, até alguns pais apareceram no colégio.

Todos, sem exceção, ignoravam Renata, a mesma havia recebido o apelido de Plov, que tal significa: Piranha, lambisgoia, oferecida, vadia.

Na diretoria Eduardo tomava conta de cadeira de couro negro e a mesa de madeira fina. O mesmo mexia em alguns papeis quando um aluno, que certamente novo, entrou sem bater.

─Algum problema? ─ Ed perguntou ao ver o menino fechar a porta.

─Me chamo George de Gales ─ o garoto diz rude.

─Ah sim o diretor me falou sobre você...

─Senhor ─ o menino cortou a fala do professor

─Oi? ─ Ed rugou a testa confuso

─Me chame de senhor, não sou intimo seu.

─Ok, “senhor” Gales, quarto 34L, espero que esteja satisfeito, pois aqui os cômodos são aparentemente iguais para todos.

─Vou ficar satisfeito, quando te demitirem─ George falou com ignorância, Eduardo entrelaçou os dedos e pôs em cima da mesa

─Educação é algo ótimo e se a caso o senhorzinho não tiver, faço questão de te ensinar senhor Gales.

─Nunca irei aprender algo com um velho como você, além de tudo um pé rapado.

─Nunca é uma palavra muito forte, mas tanto faz, se você acha que é melhor que alguém aqui está muito enganado, pois não passa de um pirralho mimado.

─Professor ─ Charles entrou após bater fraco na porta, Ise estava atrás dele, ambos estavam pálidos, os olhos de Charles estavam roxos e ainda caia algumas lágrimas.

─Charles? ─ Eduardo ignorou o mimado e foi até o menino chorando ─ O que aconteceu? ─ ele perguntou para Ise.

─Ian... Morreu─ ela falou depois de engolir seco.

─O que? ─ para a surpresa quem fez a tal pergunta foi George.

─Como? Charles olha para mim─ Charles negou com a cabeça para Ed que estava preocupado ─ seus pais já sabem?

─Sim, eles vão levar o corpo para capital e provavelmente ira ser enterrado na quinta- feira ─Ise respondeu ─ Segundo o medico aconteceu um AVC Hemorrágico, um vazamento no cérebro, eles poderiam ter evitado caso ele não resolvesse sair do hospital sem fazer o exame.

─Ele sempre odiou hospital ─ George comentou

─Quero conversar com Charles, Iselly e George, será que poderiam nos deixar a sós? ─ o professor pediu e os dois saíram.

─Ed eu me sinto horrível, sabe tipo perdi meus dois irmãos e não pude fazer nada para evitar, se ao menos eu estivesse ficado no hospital para cuidar dele, ou... Sei lá, estou perdido. Ian e eu nunca se fomos tão próximos, mas depois da morte do Vitor ele foi o único que ficou do meu lado, até meus pais me abandonaram mesmo sabendo como eu estava. Até ontem eu era apenas um garoto que curtia a vida sem me preocupar e agora eu tenho tantas responsabilidades, tantas coisas na cabeça.

─Eu sei o que é isso, eu acho que dia 23 nunca foi um bom dia. Escuta, a vida é um ciclo, igual às fases da lua: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Não podemos simplesmente pular uma etapa, ou mudar a ordem, somos apenas miseras coisas que ganhamos uma vida temporariamente, mas não é nossa é algo que emprestamos e logo temos que devolver se não for por bem é por mal.

─Nunca vi uma morte boa ─ ele disse depois de alguns segundos de silencio.

─Como não? Uma pessoa que tem uma doença sem cura e que sofre? A morte só é algo ruim para quem está vivo, mas para quem morreu pode ser a melhor coisa da vida. Entende?

─Talvez. Mas é injusto isso, porque tinha que ser meu irmão? ─ Charles reclamou jogando a cabeça para trás.

─Talvez ele tenha cumprido a missão dele. Você acabou de contar que ele te ajudou quando todos de abandonaram─ Eduardo respondeu o que havia escutado quando fez a mesma pergunta para um amigo.

─E qual seria a missão da sua esposa e sua filha? ─ o garoto perguntou por perguntar.

─As duas me fez enxergar coisas que nunca havia imaginado: o amor. ─ Ed soltou um pequeno sorriso ao lembrar-se das duas.

─Obrigado.

─Sempre que precisar. Agora dá um abraço aqui garoto ─ os dois se abraçaram.

─Ed ─ chamou Char logo que se separaram

─Sim?

─Você vai né, acho que Ian iria gostar que você fosse.

─Claro que vou, alias quando você vai? Londres é um pouco longe daqui ─ perguntou

─Quarta- feira ás 18 horas, Davi vai levar eu e a Ise de helicóptero, se quiser ainda tem espaço.

~*~

Ao passar alguns dias já era dia 27,quarta-feira, os três já estavam ao caminho da capital. No colégio...

─EU- NÃO- VOU- USAR- ISSO!

─JÁ CHEGA! NÃO INTERESSA SE VOCÊS GOSTARAM OU NÃO, É O UNIFORME E VÃO TER QUE USAR. ─ o diretor discutia com uma rebelião de alunos.

Os uniformes haviam chegado, o dos meninos era uma calça social cinza escura, com uma blusa de botão branca acompanhada pelo um suéter cinza e uma gravata azul- acinzentada, o sapato era preto, e havia uma jaqueta preta que continha o símbolo do colégio. Já o das meninas era uma saia cinza um palmo abaixo do joelho, com um suéter igual o dos meninos, porém feminino, e uma jaqueta preta com o símbolo do colégio e o sapato era estilo de boneca. É claro que além de tudo ambos tinham meias para completar o uniforme.

Os alunos ficaram quietos por alguns minutos, mas ninguém concordava com aquele uniforme e recomeçaram a discutir.

“─Minha vó usava isso”.

“─Não sabia que estava em um asilo”.

“─Isso é pior que...”.

─Tudo bem, que tipo de uniformes vocês quer, hein? Isso é um colégio e não uma balada.

─Mas nem por isso quer dizer que somos obrigados a usar isso.

─É ─ concordaram os outros alunos.

─Vou rever isso, por enquanto podem continuar sem uniforme.

~*~

Já na cidade de Londres o tempo nublado só deixava tudo mais deprimente. Charles, Iselly e Eduardo havia chegado á algum tempo, o casal parou no primeiro quarto e Ed no segundo.

No dia seguinte pela manha o velório começou, havia muitas pessoas: amigos, família, parentes, conhecidos e etc... Porém poucas pessoas choravam e muito menos estava realmente triste. Muitos falsos estavam no meio, às roupas negras dominavam o local.

─Samantha ─ Jeremy a chamou colocando a palma da mão no ombro da mulher─ Está tudo bem? ─ perguntou tristonho, ele, portanto, não chorava.

─Dois─ ela deu uma pausa ─ Dois filhos... Mortos ─ a voz saia roca e fraca─ Dois filhos mortos por causa de um assistente.

O cheiro da chuva interditava o ambiente, algumas flores brancas espalhadas nos cantos, um caixão de mármore negro no meio do enorme salão, que por sinal estava cheio, porém não impedia que mais e mais pessoas chegassem. O cadáver pálido e imóvel estava com um mosquiteiro em cima, uma maquiagem ao redor dos olhos para tampar o roxeado, um terno preto e gravata azul escuro, era tenebroso olhar a cena.

─Charles, você está bem? ─ Ise perguntou.

─Eu tenho uma grande responsabilidade agora, não sei ainda não caio a ficha de que Ian está morto e nunca mais vou vê lo.

─Filho ─Samantha abraçou o filho chorando os soluços de dor eram altos.

─Mãe, calma ─ Charles retribuiu o abraço.

~*~

No colégio os alunos continuavam sem uniformes, o diretor fazia uma ligação atrás da outra para arrumar um novo uniforme.

─Como assim só masculinos? ─ Antônio falava no telefone com uma antiga loja que fazia os uniformes do colégio ─Eu sei que antigamente era um colégio somente para meninos, mas agora tem meninas. Qual é dificuldade que fabricar algumas saias? Não pode ser igual o antigo. Os alunos fizeram uma rebelião aqui. Sim o uniforme está “fora de moda”. Não, eu gosto do antigo uniforme. Sim eu também acho que é ótimo, mas não dá mais para ser aquele. Tudo bem irei mandar como eu quero novo uniforme, muito obrigado. Tá, tchau.

─Pai...

─Anna quantas vezes eu tenho que falar para bater antes de entrar? ─ ele a cortou irritado.

─Tá desculpa.

─O que aconteceu?

─Só vim perguntar se conseguiu os novos uniformes?

─Sim, sim até o mês que vem, todos vão ter uniformes.

~*~

─Eu não pago esse colégio para ter que usar aqueles uniformes, é sério eles são horríveis. Você viu aquele sapato que pesadelo, eu nunca vou colocar aquilo no meu pé. E aquela saia cinza até a canela? É sério, eu pensei que o diretor tinha bom gosto ─ Mylena reclamava, Selena apenas concordava, Ewerton já tinha desistido de ouvir a faladeira, Jason tinha ido ao “banheiro” faz meia hora e Geovanni lia o dicionário, o livro mais perto que tinha ─ Vocês estão me ouvindo?

─Sim ─ os dois responderam.

─Que mentira! Selena você está dormindo e Geo francamente quem lê o dicionário?─ A menina gritou indignada com a reação dos amigos ─ Eu aqui me abrindo e você nem ligando. Cadê o Ewer e o Jay?

─Ewer foi jogar futebol e Jay foi ao banheiro ─ Lena respondeu com os olhos fechados, a mesma estava com o braço apoiado no ombro de Geovanni e segurava a bochecha e insistia em deslizar pelo peso da cabeça caindo.

─Olha só que legal a palavra prosaico é um adjetivo que significa: relativo à prosa, trivial, vulgar, material, positivo, sem elevação ou sublimidade. E prosaísmo significa: qualidade do que é prosaico, a falta de poesia nos versos, vulgaridade e além de tudo é aplicado somente no masculino.

─Geovanni Anderson Fagundes, cala a boca! ─ Lena¹ falo irritada.

~*~

Dante e Viktoria caminhavam pelo jardim do fundo, os dois davam risadas e conversavam sobre competições de esgrima, músicas, passado...

─Ok, agora conta um segredo ─ Dante falou logo após desistir de que Lamborghini é melhor do que Camaro.

─Conta você primeiro ─ Vik retribuiu ao encara ló.

─Hum... Minha mãe me colocou em uma competição de dança e eu ganhei junto com minha parceira, confesso que eu odeie.

─Você é dançarino? Porque nunca contou?

─Você nunca perguntou.

─Mas, espera ai qual é o nome da menina?

─Não me lembro ─ ele respondeu sentando em um banco próximo.

─Não menti para mim ─ a garota cruzou os braços e bateu o pé no chão.

─Não estou mentindo ─ Dante puxou a menina em seu colo e beijou o pescoço da mesma ─Sua vez.

─Hum... Eu tenho uma tatuagem ─ ela respondeu depois de pensar um pouco.

─Tá fala algo que eu não sei ─ ele falou e recebeu um olhar estranho.

─Como assim? Como você já sabe que eu tenho uma tatuagem? ─ ela perguntou intrigada. Porém ele não disse nada, apenas deu de ombros.

Dada como vencida ela sussurrou algo no ouvido dele, o que o fez abrir um enorme sorriso e receber um tapa na cabeça.

─Não é para você rir ─ Vik fechou a cara.

─Desculpa, é que é diferente, não esperava isso, mas isso é bom pelo menos eu vou ser o primeiro ─ após a fala e ele não conteve o riso, com isso, vários tapas seguidos surgiram.

~*~

Algumas horas a chuva caia na cidade de Londres, o corpo estava sendo levado para o sepulcro, poucas pessoas estavam ao redor do buraco aberto, alguns guarda- chuvas abertos e outros simplesmente se molhando, um padre fazia um discurso, ninguém mais chorava.

Ao findar o discurso e logo após umas rosas jogadas e pousadas sobre o caixão, alguns discursos foram feitos entre eles o de Charles.

─Ian não foi o melhor irmão, amigo, parceiro ou uma pessoa que se podia contar para todas as horas, era bipolar, se achava o tal, mas acima de tudo, posso dizer que no meio dessas falhas ele era perfeito, era um perfeito idiota e irritante, porém também era perfeito em arrancar um sorriso de alguma pessoa. Era irresponsável, bagunceiro e nunca queria nada com nada, mas sempre dava o melhor para quem precisava, muitas vezes foi estupido, ignorante e visto como alguém sem coração, mas tudo isso era um mecanismo de defesa, defasa contra tudo de mal que poderia acontecer. Ter dois irmãos mortos não é legal, entre tanto, é bom saber que eu fui irmão deles. Ian sempre foi muito difícil, não demostrava seu sentimento, era impossível saber o que ele estava sentindo. Todas as pessoas tem um jeito, uma forma para demostrar o amor, todos querem sentir, saber o que é o amor, não apenas um amor físico, ou passageiro, e sim um amor verdadeiro, aquele que plantamos, passamos todos os dias colocando sob o sol, colocando agua e afastando de qualquer inseto que posso machucar ou matar, aquele que vemos crescer aos poucos, como uma criança que acaba de aprender a andar, que no começo tem alguns tombos, começa a ficar ralados, porém tudo sara um amor de mãe, de pai, ou qualquer outra pessoa passa por provas, dificuldades, porém tudo sara, a perda de próximo é difícil de sarar, passa anos e ainda machuca, porém tudo sara. E com isso podemos aprender. Aprender que nem tudo é mar de flores, nem tudo é fácil e nem tudo é do jeito que queremos, mas tudo sara tudo pode ser resolvido. Não é pelo fato do Ian não estar mais entre nós é o motivo para eu largar tudo, pelo contrario agora eu tenho que abraçar o que me resta e assumir as responsabilidades, mesmo que para isso tenho que me machucar novamente.

Mais algumas pessoas falaram ate que a ordem de fechar o tumulo foi dado, porém eles foram interrompidos por João, o medico.

─É... Desculpa é que, na hora da cirurgia tinha um papel no bolso da calça dele e era endereçado ao senhor e senhora Vasconcelos, então aqui está─ João entregou um papel dentro de um envelope, ambos amassados.

A senhora Vasconcelos pegou o papel e leu em voz baixa, frâncio a testa e olhou para o marido até que falou:

─Doar órgãos?! Ele que doar os órgãos ─ a mulher pasma estava sem reação.

─Estranho, mas teria que falar isso antes, agora já está no caixão e tudo─ Jeremy respondeu.

─Mas eu posso chamar uma equipe ─ João se meteu na conversa.

─Vamos conversar isso em particular, enquanto isso coloque o corpo do lado da capela.

Os três se retiraram muitos não sabiam o que fazer, o padre tomou como encerrado e assim todos foram embora.

~*~

No dia seguinte Ewerton e Geovanni tiveram treino do time. Ewerton ficou como atacante e Geovanni como jogador- reserva e assim o jogo durou o dia inteiro.

As meninas da torcida treinavam os passos e por ultimo a torre, a qual particularmente é mais difícil.

Os alunos do teatro estavam tento aulas com uma professora substitua, já que o professor atual, Eduardo, não estava no colégio.

Os alunos de musica estavam aprendendo a dominar o tom da voz.

Os de esgrima já estavam fazendo pequenas competições.

Os de artes estavam tanto um pouco de trabalho já que invés de jogar tinta no papel jogava no professor.

Alguns cursos foram “fechados” e o diretor tentava correr atrás de outros para substituir.

Mariana, filha do professor de canoagem, passava grande parte do tempo com os alunos de 18 anos, já que os mesmo não tinham aulas.

Os alunos do primeiro estavam todos tranquilos, os do segundo anos um poucos agitados e o do terceiro e ultimo anos estudavam muito para passar os vestibulares.

As panelinhas no colégio eram bem visíveis, porém ninguém era excluído já que os excluídos fizeram um grupo. Mas para tudo tem uma exceção, Renata foi recusada até mesmo pelos os excluídos, mas nem tudo estava perdido para a menina, pois George fazia companhia para a mesma.

~*~

─Então você conseguiu o que eu te pedi?

─Sim, aqui esta os documentos falsos e coloquei algumas coisas na mochila, o dinheiro já esta no seu nome.

─E a moto?

─Esta na quadra de trás. Acho que é isso, então até mais.

─Até, valeu de devo minha vida mano.


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Notas finais do capítulo

Bom gente eu acho que é isso, desculpa qualquer erro e tal...
Não é pelo fato de eu não pedir comentários é porque eu não gosto, ok?
Sorry mais uma vez pela demora e até...
Bjão