Amor De Verão Nunca Foi Clichê escrita por Dorothy Bass


Capítulo 5
Uma ideia genial.


Notas iniciais do capítulo

OIIIIII PESSOAL!
Desculpem a demora! e eu queria agradecer e dizer que estou muuuito feliz com o número de acompanhamentos...
porém, queria ver mais reviews :( venham conversar comigo!



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Capítulo quatro.

POV Anthony Hoffman

– É... Isso não ta muito bonito. – Leena falou enquanto espremia os olhos em uma expressão preocupada. Cada vez que ela cutucava meu pé eu soltava um gemido. Meu pai devia mesmo era expulsar aquela novata desnaturada por agressão física.

– Mas vai ficar tudo bem, certo? – perguntei severo para a enfermeira enquanto encarava a morena, que estava no canto da sala, encostada na parede com cara de tédio, ignorando o fato de eu estar a metralhando com o olhar.

– Vai, é claro. Sempre fica. Não acho que seja o caso de te levar para o hospital, mas vou colocar uma faixa e observar o que acontece nos próximos dias. – esse comentário de Leena me fez desviar o olhar para ela, com uma expressão assustada.

– Faixa? Não! – falei, e ouvi a tal da Sophie segurando um riso ao longe – É o primeiro dia, não posso ficar com uma faixa! – eu já estava quase gritando, mas me segurei porque sabia que Leena não merecia me ouvir gritar com ela quando ela não tinha culpa nenhuma do que estava acontecendo. Sim, de vez em quando eu sou sensato. Com as pessoas que eu gosto. E Leena era uma dessas pessoas.

– É isso ou o hospital em alguns dias. Aí você pode estragar sua viagem inteira. – ela disse, mordendo o lábio, e eu suspirei. Se eu estivesse em um desenho animado, minha cabeça estaria vermelha e eu estaria soltando fumaça pelos ouvidos.

Leena passou uma pomada no meu tornozelo e o enfaixou. Meu pobre pé, Deus do futebol, o cara que me leva pra todos os lugares, estava enfaixado.

"Não mereço uma coisa dessas...", pensei. Talvez eu tenha falado isso alto, porque logo depois a morena desnaturada bufou. Olhei para ela com raiva, e ela deu um sorrisinho e levantou os ombros.

– Sophie Holt, né? Lembro de você... – Leena falou para a morena, lançando aquele sorriso maternal dela.

– É... Hum... Talvez você esteja me confundindo com outra pessoa – Sophie falou. Sua voz estava trêmula e ela começou a estalar os dedos.

– Oh... Ah... É. Talvez eu esteja mesmo. Você pode ajudar o Anthony a ir até o refeitório? As muletas que ele vai usar estão lá... – ela pediu, e eu a olhei confuso – Nem me pergunte... Eu também não sei como elas foram parar lá.

Olhei pro projeto de jogadora de futebol na minha frente e aproveitei a vista de sua cara de irritada. Acho que ela não conseguia enfrentar a Leena. Com aquele corpinho pequeno, olhos grandes e voz suave, não dava mesmo... Então Sophie desencostou da parede e se pôs ao meu lado. Eu rezei para estar muito suado quando passei o braço sobre seu ombro, e ela passou o dela pela minha cintura. Cara, como eu queria ter acabado de sair de uma sauna naquele momento. A mão dela fez minha camisa molhada de suor encostar gelada na minha pele. Eu sorri satisfeito, agradeci Leena e saí pulando dali. Fomos em silêncio até o refeitório, e quando chegamos lá vi meu pai sentado na ponta de uma das longas mesas comendo alguma coisa. Sophie me soltou e foi procurar as muletas, e eu fui pulando até meu pai.

– O que aconteceu? – meu pai perguntou, franzindo as sobrancelhas, quando me viu pular até ele.

– Eu realmente não sabia que você estava permitindo a vinda de jovens pacientes de manicômios aqui pro acampamento. – falei, revirando os olhos. Ele me olhou confuso, e eu ia explicar, mas a morena desnaturada chegou com minhas muletas, com uma cara bem desagradável. – Pai, assassina. Assassina, pai. Que bom que vocês tiveram a oportunidade de se conhecer. – falei, sorrindo. Ela revirou os olhos, e já ia se distanciar quando uma ideia apareceu na minha cabeça. – Opa, não tão rápido... Não. Pai... Eu queria pedir pra ela me acompanhar esses dias que eu estiver com o pé enfaixado. Sabe como é, né. Me ajudar a me servir, a participar de todas as atividades... Quer dizer, nada mais justo, certo? Ela fez isso, e agora tem que me ajudar. – falei, mais que satisfeito com a minha ideia genial. Ela ia pagar junto comigo.

– O quê? Não! Consiga outra escrava pra você! – ela disse, indignada, enquanto gesticulava com as mãos. Parecia estar desesperada, e eu estava aproveitando cada segundo daquilo.

– Pai... Nada mais justo. – falei enquanto olhava para ele. Papai estava com uma feição de confusão, e mordia o lábio. Ele estava pensando, e virou-se para Sophie comprimindo os lábio e falou:

– É... Desculpe, mas nada mais justo mesmo. E já esteja avisada: violência não é tolerada por aqui. Vou solicitar que vocês fiquem no mesmo grupo, certo? Agora voltem pra atividade de vocês. – ele falou e eu lancei um sorriso para a morena. Ela estava extremamente irritada, e saiu comigo do refeitório batendo os pés. Ela já ia começar a andar na minha frente em direção ao campo, mas eu resolvi brincar com ela um pouco.

– Opa... Pera aí. A piscina é do outro lado. – falei, sorrindo.

– Você não pode molhar sua faixa. – Ela disse sorrindo também, porém era um sorriso irônico que fazia a cara dela ficar esquisita. Parecia mais o Coringa do Batman.

– E quem disse que eu vou entrar na piscina?! Lá tem meninas de biquíni, é o suficiente pra mim. Vou só precisar de uma ajudinha pra levar as coisas, qual é! Aí você pode voltar a tentar jogar futebol. – pedi.

Ela bufou e saiu andando comigo. Tive que correr pra acompanhá-la, o que era difícil com as muletas, mas em um minuto já estávamos no meu dormitório. Peguei tudo o que eu precisava pra ficar na piscina e falei para ela segurar. Normalmente, eu iria só com a roupa do corpo, mas agora eu tinha uma mochila humana, então por que não levar meu celular, protetor solar, toalha, óculos de sol e minha HQ de The Walking Dead? Quer dizer, eu tinha certeza que não ia usar nada daquilo, mas por que não, né?!

E assim fomos eu e a morena pra piscina. Eu mancando e ela com os braços cheios de coisas que eu nem precisava.

"Isso vai ser divertido", pensei.

***

A boa notícia: o horário de atividades livres acabou assim que chegamos na piscina, assim a morena não podia jogar mais nada.

A má notícia: o horário de atividades livres acabou assim que chegamos na piscina, assim a morena não podia jogar mais nada.

E a conclusão: ela me empurrando na piscina e saindo andando sem prestar socorro depois de eu zombar o fato de que... Bom... O horário de atividades livres acabou e ela não podia jogar mais nada.

Eu não estava conseguindo sair da piscina com meu pé doendo, então tive que me arrastar pra fora como um animal encalhado, e tive que fazer alguns malabarismos pra conseguir pegar minhas coisas e andar de muleta ao mesmo tempo. O protetor solar acabou dentro da minha cueca, por exemplo.

Aquela garota tinha algum problema com violência. Ela não conseguia passar uma horinha sem tentar me matar? Duas vezes? Sem contar que ela era uma novata, não devia estar com essa bola toda. Eu fui pro dormitório irritado, bufando e xingando Sophie Holt de todos os nomes mais feios que eu conseguia me lembrar, e já estavam todos terminando de almoçar quando consegui chegar no refeitório. Eu tive que passar no dormitório pra me trocar e voltar na Leena para enfaixar tudo de novo, já que a faixa estava encharcada. Fui recepcionado por Daniel, que correu pra segurar a porta pra mim quando me viu pela janela chegando com cara de irritado.

– O que aconteceu com você, cara?

– Sofri tentativa de assassinato. Duas vezes. E você ainda defendeu a assassina do seu melhor amigo. – falei enquanto "muletava" até a mesa.

Cheguei ofegante até lá, e Daniel encostou ao meu lado, quase sentando na mesa. Todos os caras do meu quarto estavam sentados na mesma mesa, já que era assim que se dividiam os lugares no acampamento, e todos olhavam pra mim. Hans chegou com um prato cheio de comida e o colocou na minha frente. Eu agradeci e comecei a comer ferozmente.

– Ela é legal, Tony.

– Não, Daniel.

– Eu vou chamá-la pra ir hoje à noite. – ele disse, e eu parei de comer.

– Novatos não podem ir. – lembrei-o, e voltei a comer.

– Eu sei disso, mas eu falei com a Helena e ela queria chamar a Sophie pra ir também. Todo mundo já concordou.

Como eu ia competir com "todo mundo"? Desisti de tentar convencer Daniel a não chamá-la pra ir hoje, e apenas aceitei que não tinha o que fazer. Enquanto isso, a morena estava lá na mesa do quarto dela, rindo do lado da Helena e de mais algumas meninas. Ela ainda não tinha problemas como eu já tinha - meu pé ainda estava doendo - mas eu ia tratar de arrumar alguns pra ela durante o evento da madrugada daquele dia.


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Notas finais do capítulo

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