Corações Represados escrita por Glenda Brum de Oliveira


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pelo sumiço. Fiquei sem tempo, depois sem inspiração e sem tempo de novo. Mas prometo lhes dar a sequência e o final dentro dos próximos dias. Emoções finais começando...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625645/chapter/23

Na delegacia, uma força tarefa se movimentava para  fazer o reconhecimento do local em que acreditavam que Beatriz estava. E um segundo grupo se preparava para entrar quando a informação fosse confirmada como positiva. William queria ir junto com o primeiro ou o segundo grupo, mas foi freado pelo delegado do caso. Ele ficaria para traz com um terceiro grupo. Um quarto grupo foi enviado para ficar de prontidão no prédio em que Evelyn se encontrava. Não queriam ter a surpresa desagradável dela fugir. Ainda precisavam de provas para responsabilizá-la pelo sequestro. Já sabiam que um mesmo homem havia alugado o prédio onde ela estava e o prédio onde criam que Beatriz estava. Era uma questão de tempo. Imagens desse homem foi pedido para a polícia nos EUA. Precisavam delas para identifica-lo.

William andava de um lado para o outro. Se o piso fosse terra, já haveria uma valeta. Não conseguia  nem tomar o café que se derramava nas suas mãos e no chão durante o seu vai e vem. Por fim jogou tudo no lixo. O tempo se escoava e ele observava a sala do delegado e o entra e sai dos policiais. Por fim o celular do delgado tocou e ele pediu silêncio a todos com a mão. Trocou algumas frases com a pessoa do outro lado com a cara fechada. Depois que desligou chamou todos e começou o relato do que fora informado. O barracão havia sido achado. Um homem estava lá dentro, mas não conseguiram ver ninguém mais. Mas ao que tudo indicava havia mais um cômodo que não aparecia e só havia umas janelinhas bem no alto. Tentariam subir no telhado e descer de rapel para olhar o interior do prédio naquele ponto. Precisavam ter cuidado para não chamar a atenção. A equipe que se encontrava na delegacia foi saindo e o delegado fez sinal para que William o acompanhasse.

Já haviam se passado trinta e duas horas desde que Beatriz havia sido sequestrada. Os policias corriam contra o tempo pois temiam pela sua  segurança em função da baixa temperatura. A hipotermia aliada a fome não era nada bom. Nesse instante era o maior inimigo. Mas também não podiam ir entrando sem cuidado, pois o sequestrador podia fazer mal pra ela caso algo não desse certo.

William e o delegado estavam próximos do local quando o celular tocou novamente. Confirmaram que havia uma pessoa deitada no chão. Não sabiam dizer como estava, pois permanecia quieta e sem se mexer. Enquanto combinavam como entrar, um outro policial chamou pelo rádio. O homem, no barracão, estava falando ao telefone e parecia ser com Evelyn.

O delegado lhe pediu que passasse o áudio. Ouviu-se claramente uma voz feminina dando ordens. Ela ordenou que não abrisse a porta em hipótese alguma. Nem levasse nada para comer, diante da insistência do homem de que a mulher devia estar faminta. Uma chuva de palavrões e frases intercortadas foram ditas por uma Evelyn sem controle. Por fim ordenou que no final da tarde seguinte ele trancasse tudo e fosse embora, pois estaria casada e nada mais poderia ser feito. O homem meio sem jeito perguntou o que devia fazer com  a mulher. A resposta foi que devia ser deixada onde estava para morrer seca. Depois desligou.

Essa era a confirmação que precisavam. O delegado ordenou que invadissem o prédio e prendessem Evelyn e avisassem assim que tudo estivesse terminado. Depois pediu que a equipe que estava  esperando para livrar Beatriz aguardasse. Só agiriam depois que Evelyn estivesse presa.

Os minutos se arrastavam. Para William parecia até que o relógio estava parado. Em uma situação normal o tempo que Beatriz passara no poder dos sequestradores podia não ser muito longo, mas poderia ser fatal dependendo das condições em que se encontrava. O frio estivera muito intenso nos últimos cinco dias. E a temperatura desabara depois do fim da tarde. Provavelmente estivesse em zero ou abaixo disso. Seus pensamentos transcorriam de forma frenética. E seu coração pareceu parar quando ouviu o pedido do delegado pelo rádio do carro. Ele pediu uma ambulância e paramédicos prontos para uma vítima de hipotermia que talvez estivesse desacordada. O que o delegado sabia e ele não? Ele queria respostas.

— Delegado o que está havendo?

— Quero estar preparado pra qualquer emergência. Está gelado e a temperatura caindo cada vez mais. Não sabemos as condições em que Beatriz se encontra. Seja como for poderemos atendê-la de forma mais adequada. Fique tranquilo. Vai dar tudo certo.

— Não consigo ficar calmo. Como você disse está ficando muito frio. Creio que esse é o maior perigo, agora.

— Invadirão o apartamento da Evelyn nos próximos minutos e a ambulância deve chegar mais ou menos no mesmo tempo. Sei da sua pressa, mas precisamos esperar só mais um pouquinho. São minutos agora.

— Que Deus nos ajude!

A ambulância chegou em minutos mesmo. Ao mesmo tempo que pelo rádio avisaram que Evelyn já estava presa. O delegado deu uma ordem pelo rádio e as equipes entraram pela porta da frente do barracão ao mesmo tempo que se ouviam vidros quebrando. Era a outra equipe entrando onde Beatriz estava. Tudo aconteceu muito rápido. Os paramédicos entraram com a maca e o tecido térmico para retirar Beatriz. Ela estava desacordada e a cor de seu rosto parecia um cinza. Estava com hipotermia. Os médicos corriam contra o tempo. William pediu que a levassem para o mesmo hospital em que sua mãe estava.

O delegado o chamou e o colocou na viatura.

— Sei de sua angústia, mas você agora não pode ajudar. Venha. Levo você até o hospital. Chegaremos junto com a ambulância. – E realmente a viatura pareceu voar pelas ruas até chegar ao hospital. Pelo rádio alguém avisou que Evelyn já se encontrava na delegacia. O delegado mandou colocá-la na sala de interrogatórios, mas que o esperassem antes de começar a interrogá-la.

No hospital tudo estava pronto quando a ambulância chegou. Tinham sido avisados pelo rádio. A espera por notícias demorou muito tempo, mas por fim um médico apareceu no corredor para dar um posicionamento para William.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que emoções ainda aguardam nossos personagens. Não percam o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Corações Represados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.