Pestinhas a Bordo escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 1
A Calmaria Antes da Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Oba!! Se você está lendo isso, é porque resolveu dar uma chance a minha fic! Obrigada ^-^
Bem, essa história seria um projeto para as minhas férias, mas como já tenho três capítulos prontos, não consegui me aguentar! Mas mesmo com três caps já concluídos, vai ser um novo por semana, assim tenho mais tempo para escrever.


Enfim, acho que já enchi vocês demais, não é? Sem mais delongas, vamos à fic! Aproveitem é boa leitura ^^



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Toda a tripulação do Thousand Sunny estava reunida ali, naquele estreito corredor, em frente à enfermaria do navio. Aquela noite poderia estar com o mar calmo e o céu límpido, além do clima agradavelmente fresco.

Mas essas condições não pareciam fazer a mínima diferença para nenhum dos ali presentes.

Usopp suava frio, mais que o de costume; Sanji roía as unhas de nervoso; Franky estava inquieto em seu canto; Brook até desistira de tentar acalmar os ânimos com uma música; e até mesmo Zoro estava mais sério que o normal. Porém, nenhum deles superava Luffy. O capitão parecia completamente agoniado, tremendo, roendo as unhas e tendo de ser segurado pelos outros toda a vez que um grito de Nami, vindo da enfermaria, soava mais alto que os outros.

Em meio a toda aquela bagunça, a pequena Ohana apenas olhava curiosa para os adultos, sentada em um banquinho que nem lhe permitia tocar o chão com os pés. A menininha era uma mistura inegavelmente perfeita dos pais. Os cabelos eram de um verde-escuro; o azul de seus olhos continha um tom meio esverdeado; a pele era levemente morena; e se fossemos definir os traços do rosto, passaríamos horas separando o que é do pai e o que é da mãe.

Assim que Zoro sentou ao seu lado, depois de acalmar Luffy mais uma vez, ela virou-se para ele, sem medo algum da cara de bravo do Roronoa. E com toda a sua inocência de dois aninhos há pouco completados, perguntou:

— Papa, a tia Nami tá bem?

Zoro olhou para a menina e sorriu. Não um sorriso de mostrar os dentes, mas um sorriso que poucos já presenciaram; um sorriso que o espadachim guardava apenas para as duas garotas de sua vida.

— Ela vai ficar bem, Ohana. Chopper e sua mãe estão lá com ela, não estão?

A garotinha assentiu, porém continuou com seu receio. 

— Mas... e se aconteceu um pobema? A barriga da tia Nami tava crescendo muito. E se ela acabou expodindo?

Zoro só não gargalhou do comentário da filha porque outro grito de Nami (o mais alto até agora) soou antes que o fizesse. Ele e os outros já estavam para segurar Luffy novamente quando ouviram em seguida a exclamação de Chopper: Nasceu!!

O capitão do Sunny não se aguentou mais, correu para dentro da enfermaria. Ninguém o impediria desta vez, de qualquer modo. Ele merecia aquele momento.

Após alguns minutos, esperando algo que Ohana realmente não sabia o que era, Chopper e Robin saíram da enfermaria. A rena de nariz azul parecia cansada, mas sorria de orelha a orelha, mostrando todos os dentes, enquanto a arqueóloga apenas fez um sinal de silêncio e pediu para que todos entrassem.

Ohana desceu de seu banco e seguiu o grupo, que já se aglomerava em volta da cama da enfermaria, tornando assim impossível a visão da pequena menina. Elogios como “Ela é linda!”, “SUUUUPER perfeita!”, e “Graças aos céus ela puxou a Nami”, deixavam a Roronoa cada vez mais curiosa. O que estava acontecendo afinal?

— Ohana, filha – Robin chamou a garotinha, que prontamente se virou para ela. – Vem aqui conhecer alguém. – Movida pela curiosidade, Ohana foi até a mãe.

Robin a pegou no colo e um alívio instantâneo tomou a pequena Roronoa ao ver que sua tia Nami estava bem. Parecendo exausta, mas bem. Mas espere, o que era aquilo que a navegadora segurava?

— O que é isso, tia Nami? – Apontou para o bolo de coberta que Nami tinha em mãos, fazendo com que todas as atenções se voltassem para ela.

Mesmo ainda sorrindo em plena alegria, a navegadora acabou rindo de leve da inocência da menina, mas logo respondeu:

 — Não é isso, Ohana, é ela. – E mostrou o pequeno ser enrolado na coberta.

O rostinho de Ohana floresceu em surpresa, para não dizer em encanto, com o que via. Era um bebê, um pequenino bebê, totalmente frágil e apertável, ainda com os olhos fechados e com apenas leves tufos de cabelo alaranjado para cobrir a miniatura de cabeça.

— O nome dela é Luna – Nami continuou a contar, enquanto via um sorriso nascer na face da Roronoa. – Ela será sua amiguinha de agora em diante. Espero que se deem bem.

— Você vai ser como uma irmã mais velha para ela, Ohana – explicou Robin, que só podia sorrir perante a alegria da filha. – Vai cuidar bem dela, não vai?

— Hai! – Ohana respondeu, sem tirar os olhos da pequena Luna por um segundo. Finalmente tinha deixado de ser a única criança a bordo do Sunny!

Eles ficaram mais um tempo ali, elogiando a mais nova integrante na família dos Chapéus de Palha, até que Chopper mandou todos se retirarem, pois tanto Nami quanto Luna precisavam descansar.

Enquanto se dirigia para seu quarto (que dividia com os pais), Ohana era só sorrisos. Em sua cabecinha, se passavam mil e uma coisas para fazer, brincar ou conversar com sua nova “irmãzinha”. Até que, repentinamente, uma dúvida surgiu em sua mente. Pela segunda vez no dia, ela se virou para o pai e perguntou com toda a sua inocência:

— Papa, de onde vem os bebês?

Zoro estancou no lugar. Olhou aflito para a filha, que apenas o mirava esperado uma resposta. Não podia ser que iria encarar essa pergunta tão cedo! Sabia que sua menina havia puxado a inteligência da mãe, mas ela tinha que ser tão esperta assim?! O Roronoa se embaralhou todo para tentar, ao menos, das uma explicação coerente e própria para menores. Robin tentou ajuda-lo, mas estava difícil dar uma resposta inteligível com a confusão que Zoro fazia.

Para o casal de pais, aquela questão foi uma dor de cabeça, mas o que ninguém ali sabia era que esse seria apenas o começo. Era bom que toda a tripulação do Thousand Sunny se preparasse, pois desse dia em diante o navio seria tomado pelas traquinagens de duas pestinhas.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?? *---* Antes que alguém fale, sim, eu sei que a idade da Ohana está meio desproporcional com as frases dela nesse capítulo, mas, gente, eu precisava colocar isso! E não podia aumentar mais a idade dela ou desfocaria muito do que estou planejando.
Espero que me perdoem por isso ^^'' E espero também os review!


Até semana que vem, povo!