Sobrevivendo com os Tokio Hotel escrita por A Esquecida


Capítulo 3
Lições em um dia de sorte


Notas iniciais do capítulo

Milhões de desculpas por ter postado o capítulo errado >
Espero que gostem desse capítulo, agora está certinho.
Boa leitura.



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A mídia gosta de destacar os talentos de Bill Kaulitz, dizem que ele é um promissor vocalista dono de um excêntrico gosto para moda e que se daria muito bem como modelo, mas existe um talento oculto de B. K. que a mídia desconhece: ele é um filho da mãe sortudo pra caramba.

– Urubu sem asa, compra um sorvete pra mim? – pedi com toda a educação que minha mãe me deu.

– ‘Tá sem dinheiro de novo? – ele revirou os olhos maquiados.

– Óbvio – quase revirei os olhos. Viver de favor na casa dos seus amigos não é um emprego muito rentável – Vai comprar meu sorvete?

– Eu compraria se tivesse trocado – ele deu um sorriso amarelo muito fofo, mas que não era sorvete e por isso não me mobilizou.

Tom se aproximou com Scotty na coleira, ele parecia cansado.

– Foi correr a maratona e não me avisou, irmão?

– O Scotty gostou de uma cadela – ele começou a dizer com a respiração ofegante – Mas ela não gostou dele e do nada eu estava no meio de um pega-pega canino.

O maldito vendedor de sorvete passou do nosso lado com aquele carrinho amarelo cheio de delicias geladas.

– Bil, me empresta dinheiro pra comprar sorvete?

– Eu não trouxe dinheiro – ele olhou para mim – Vocês dois são muito parecidos.

– HaHa – ri de forma sarcástica.

– Então segura o Scotty um minuto que eu vou ver se tem dinheiro aqui – ele entregou a coleira de Scotty para o Bill.

Uma cadela passou do nosso lado e assim que a viu o Scotty pirou e saiu correndo pelo parque, enquanto o Bill com sua magreza admirável foi levado pelo seu próprio cachorro.

– BILL! – Tom e eu gritamos juntos enquanto corríamos atrás do cachorro que levava seu dono para passear.

Corremos por alguns minutos até que Bill soltou a coleira do cachorro e caiu no chão. Scotty parou alguns metros depois e voltou para ver se seu “brinquedo” estava vivo.

– Você está bem? – perguntei enquanto o ajudava a se levantar.

– Estou ótimo – ele sorriu, havia um pouco de terra no dente dele.

– Tem terra no seu dente.

Ele fez um “eca” e começou a cuspir no chão.

– Caramba – ele gritou – Achei algo muito legal!

– O que você achou Bill? – perguntei.

– Achei dez dinheiros – ele respondeu com orgulho.

– São dez euros, não dez dinheiros – Tom corrigiu.

– Não, são dez dinheiros – Bill parecia emburrado, mostrou a nota de dez euros e a balançou no ar.

– Bill, seu imbecil – Tom estava sendo grosso – São DEZ EUROS, esse é o certo e não dez dinheiros.

– O dinheiro é meu e o chamo como eu quiser por isso eu digo que são dez dinheiros.

Já estava prevendo uma briga entre os gêmeos no meio do parque, então resolvi intervir. Coloquei minha mão sobre o ombro esquerdo do Kaulitz mais velho.

– Não adianta discutir com ele.

– Eu sei – ele olhou para o irmão que saltitava com a nota em mãos e um Scotty animado atrás.

Me aproximei do homem pulando como um flamingo.

– Bill, me empresta seus dez dinheiros para comprar sorvete?

– Não, eu vou juntar mais dinheiros para comprar uma maquiagem nova – seus olhos praticamente brilharam ao dizer isso.

– Mas você é rico, já tem esse dinheiro – tentei argumentar.

– Eu sei, mas gosto de juntar – ele sorriu

A lembrança dos milhares de cofrinhos que ele tinha na nossa infância me fez suspirar desanimada.

– Não vamos desistir, Soph.

Olhei para Tom e sorri.

– Não vamos desistir.

Primeiro Plano : A falsa bolsa

– Com licença, senhor – Tom roubou a bolsa de uma velha, deixando os pertences dela no lugar, e um véu para que eu marasse na cabeça como disfarce – O senhor poderia ajudar a Casa Das Crianças Desabrigadas Brasileiras Filhas De prostitutas Paraguaias? – perguntei sorrindo – O senhor só precisa comprar essa bolsa feita por nós com os nossos cobertores .

– Que bolsa mais linda! – Bill exclamou sorridente e depois fez uma careta– Esse pano florido é meio brega, mas vale a pena – ele suspirou – Quanto custa?

– São dez dinheiros.

– SOCORRO TEM UMA VÉIA LOCA ATRÁS DE MIM – Tom passou correndo.

– Devolve minha bolsa seu marginal vestido de Bob Marley ! – uma velha estava correndo atrás dele segurando a bengala de um jeito ameaçador.

– Aquele é meu irmão – Bill olhou assustado.

– Ér, já estou indo, senhor – sai correndo para salvar Tom da véia maluca.

Segundo Plano : O dinheiro fantasma

– Tom isso vai funcionar? – perguntei.

– Confia em mim.

Minha vasta experiência com os planos do Tommy me dizem para não confiar, mas me vejo sem escolha.

Bill estava sentado em um dos bancos do parque com suas pernas magras se mexendo, Tom e eu nos escondemos em um arbusto atrás desse banco.

– Bill – Tom imitava uma voz de fantasma– Biiiiiiiiiill…

Bill olhou para todos os lados buscando quem o chamava.

– Na sua mããão.

– Dez dinheiros, é você quem está falando?

– Sim ... Bill eu sou um dinheiro fantasma ...

– Como assim dez dinheiros? – pelo tom de voz surpreso do Kaulitz amis novo ele estava caindo direitinho.

– Meu dono morreu pouco antes de me gastar comprando dois sorvetes e eu não tenho paz desde então...

– Dez dinheiros eu vou te ajudar! – Bill se levantou decidido – Vou te gastar em dois sorvetes!

– Policial aquele é o Bob Marley que eu te falei!

Nos viramos ao mesmo tempo, a véia de quem roubamos a bolsa estava atrás de nós acompanhada por um policial.

– FUDEU FUDEU FUDEU – Tom saiu correndo em uma velocidade absurda.

A confusão atraiu a atenção do Bill que veio para trás do arbusto ver o que acontecia.

– Soph? O que você está fazendo?

– Eu ‘tô.. Hum.. Procurando minhas lentes de contato – sorri.

– Mas você não usa lente de contato – ele pareceu confuso.

– Isso explica porque eu não estava achando.

Terceiro plano : Descubra seu futuro

– Tom, de todos esse é o mais idiota – revirei os olhos.

– Você quer o sorvete ou não? – ele perguntou.

– Acho bom ser de morango – resmunguei.

Bill estava novamente sentado no banco, me aproximei dele com o véu roubado da velha e um poncho que pegamos de outra idosa como disfarce.

– Você gostaria de saber o seu futuro? – perguntei com a voz rouca.

– A senhora é uma vidente? – ele pareceu entusiasmado.

– Sim – respondi – E posso sentir que o seu futuro estará repleto de prêmios.

– Sério? – ele bateu palminhas – Quantos?

– Eu só posso falar isso se você me pagar dez dinheiros.

– Toma – ele remexeu em seu boldo tirando a preciosa nota e estendendo para mim.

Estava com a mão a caminho de pegar a nota quando ouvi um grito:

– ALI SUE GUARDA A MULHER QUE ROUBOU MEU PONCHO! – gritou a outra velha que roubamos.

– Ela deve ser integrante de uma quadrilha com o Bob Marley – a véia que perseguiu o Tom apontou para mim Aposto que eles têm uma aliança para assaltar senhoras indefesas!

– FUDEU! – Tom gritou saindo do seu esconderijo – CORRE ANTES QUE ELA PREPARE A BENGALA!

– Tchau cacatua ... digo garoto – me despedi antes de fugir atrás do Tom.

Demorou, mas conseguimos despistas as idosas e o policial que nos perseguia, sentamos no chão próximo a uma fonte para descansar.

– Quem disse que idosos não são perigosos não conhece essas senhoras!

– Concordo.

Scotty passou na nossa frente e latiu, ele estava acompanhando pela cadela que perseguiu mais cedo.

– Scotty, por favor, me diga que você usou proteção – Tom fez uma careta quando o cachorro fez cara de arrependido – Te criei para ser mais esperto.

– Finalmente te achei, Scotty! – Bill apareceu com um grande sorriso nos lábios – Conseguiram despistas as idosas furiosas?

– Como você sabe sobre isso? – perguntei.

– Vocês não conseguiram me enganar nem por um segundo – ele revirou os olhos – Levante-se, vou comprar o sorvete de vocês.

Tom e eu pulamos de alegria por todo o caminho até o sorveteiro com seu carrinho.

– Que sabores vocês querem? – o sorveteiro perguntou.

– Quero de morango – respondi sorridente.

– E eu quero o de tuti-fruti – o sorriso do Tom era quase tão grande quanto o meu.

– Sinto muito, mas esses sabores estão esgotados – o sorveteiro nos disse.

– Então pode ser…

Não consegui terminar a minha frase porque um grito me interrompeu.

– ALI, GUARDA! A QUADRILHA DO BOB MARLEY ‘TÁ TODA REUNIDA COMEMORANDO OS ROUBOS COM SORVETE!

– Mas hein? – Bill olhou confuso para as idosas.

– PERNAS PRA QUEM TE QUER! – Tom saiu correndo e eu logo o segui.

Lições do dia: A sorte do Bill consegue nos meter em cada situação que é difícil acreditar. Velhas com bengalas são EXTREMAMENTE perigosas, deviam ser presas. Mesmo se você for um cachorro, use camisinha. Estamos esperando ansiosamente o resultado do teste de DNA para saber quem é o pai dos filhotes que a cadela do parque espera.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?
Quem imaginaria que o Bill seria tão sortudo e o Tom tão... Tom? kkkkkkkkkk
Espero pelos coementários de vocês.
Beijos



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