26 de Agosto de 2006

Fim de mais um verão no Half-Bloond Camp. Tudo tranquilo, e, aliás, um ótimo desfecho: Thalia está de volta a vida. E era nisso que eu pensava, quando uma voz adentrou em minha mente: "Venha para Kandrakar agora."

Ok, talvez eu não deva começar o diário assim, né? Afinal sempre esperam algumas explicações pra início de conversa. Então lá vai: Eu sou Destiny Hope (não, meus pais não escolheram o meu nome, mas explico isso depois) Hundoph-Black, sou filha de uma ninfa (que é filha de uma ninfa com Zeus- o Senhor do Olimpo) e de um bruxo puro sangue (eu não vou explicar tudo, se você não sabe, pesquise). Tenho 13 anos e moro no Half-Bloond Camp, o acampamento para filhos de Deuses Gregos que fica na costa de Leste dos Estados Unidos.

Bem você que está lendo isso é alguma coisa mágica, pois este livro é enfeitiçado e só sangue mágico pode ler. E muito provavelmente você é um Guardião do Universo, mas se por um acaso não for, eu explico mais um pouco: Guardiões do Universo é uma Ordem comandada por Kandrakar (cidade-planeta que fica no Centro do Universo) para estabelecer a ordem e a paz no Universo. O Oráculo é o comandante de Kandrakar e nosso chefão. Os Guardiões são cinco jovens, de idades próximas e que são da mesma espécie mágica, nesse caso ninfos. Eu sou a líder (quer dizer que tenho mais responsabilidades) e controlo o poder da energia. Um dos -muitos- poderes de Oráculo sobre os Guardiões é entrar na mente deles. Em geral é assim que ele se comunica.

Então voltando para o meu dia: Oráculo me pediu para ir até Kandrakar, e isso é raro. Então me levantei (estava em cima de uma pedra, perto da praia no acampamento) e fiz um portal (Um buraco de minhoca: Uma 'porta' que liga dois locais. Algumas pessoas mágicas -ninfos e magos principalmente- aprendem a fazer. Os guardiões são obrigados a aprender) para Kandrakar.

Talvez você nunca tenha estado em Kandrakar (viu? eu sou uma escritora preocupada!) então vou descrever lá pra você: A Cidade-planeta,é feita de nuvens e toda em tons pastéis, apenas verde e violeta mais escuros. Grandes sábios de vários mundos, antigos guardiões e até deuses moram nela. É muito linda.

Então, chego lá, e acho Oráculo quase imediatamente. Oráculo (que na verdade deve ter outro nome- que eu desconheço) é um homem alto e careca, com tatuagens na cabeça, que aparenta ter 50 anos (mas é imortal, então tem muito mais). Ele me encara e me convida a sentar. Assim que me sento ele começa;

— A hora se aproxima- Diz sério, com seus olhos fitando os meus.

A "hora" que ele se refere é a Voldemort. Não sabe quem a Voldemort? Ok, vamos lá: Voldemort é um bruxo da Terra (meu planeta natal, aliás) que durante 11 anos fez o terror na Grã Bretanha. Ele vai contra trouxas e nascidos trouxas (trouxas é como os bruxos chama as pessoas não mágicas) e acha que outros seres mágicos (centauros, gigantes, ninfos...) são inferiores. Há 12 anos ele estava no ápice de seu poder. Os antigos guardiões do Universo (também ninfos, alguns são pais de meus colegas) entraram na briga, mas com a morte da líder Bill assumiu a chefia. Só que Bill não é um guerreiro, ele e os outros haviam virado Guardiões por emergência, eles não tinham um treinamento. Então ele fez muita besteira, juntando com o pouco que a Ordem da Fênix (uma sociedade Bruxa da GB, que lutava contra Voldemort- meus pais eram integrantes) podia fazer, gerou um fracasso total. Voldemort acabou enviando Comensais da Morte (nome de seus seguidores) para os Estados Unidos (país Natal dos guardiões) e começou a maior caçada a ninfos já vistas. Foram mais de 200 ninfos torturados e mortos. Minha mãe e eu éramos as últimas ninfas da GB e Voldemort nos caçou. Acabamos raptadas, separadas e fizeram muita coisa com nós. Mas sobrevivemos. Voldemort foi "derrotado" há 12 anos, por Harry Potter (afilhado dos meus pais e que na época tinha apenas um ano de idade).

Desde então Voldemort tenta voltar. No meu primeiro ano em Hogwarts ele quase conseguiu, tentando roubar a Pedra Filosofal, mas Harry e eu o impedimos. Voltando para narração do meu dia:

— Será agora, senhor?- Perguntei. "Destiny o que adianta perguntar do futuro? Ele não tem como saber!" Você deve ter pensado, mas sabe ele não tem o titulo de O Oráculo por nada. Ele pode ver sim certas coisas do futuro, assim como tem um dom (que em minha opinião é bem mais legal que isso) de ver futuros alternativos (sabe aqueles 'e se... '? Então ele pode ver eles).

— Não, imediatamente, mas coisas acontecerão nesse ano letivo em Hogwarts, farão ficar claro como ele voltará. - Ele falou sério. Assenti.

— Você não me chamou até aqui só por isso, né?- adivinhei. Ele poderia ter tido essa conversa comigo por telepatia. Ele deu um meio sorriso.

— Não. Tem outra coisa que eu devo lhe contar- Ele se endireitou e fitou bem no fundo dos meus olhos. Isso me deixou nervosa.

— Seu pai, ele fugiu de Azkaban- Ele falou e deu uma pausa para eu poder assimilar as palavras.

Ok, eu devo estar contando muita coisa de uma vez só vez, mas é que esse diário já pegou minha vida andando, sabe? Eu prometo a você, pessoa do futuro, que eu explicarei depois mais detalhadamente sobre tudo. Agora mais uma onda de informações.

Como eu escrevi a pouco, eu e minha mãe fomos raptadas. Uns 11 meses depois Harry Potter derrotou Voldemort. Como eu também já havia falado, meus pais são os padrinhos dele e os pais dele eram os meus. Quando Voldemort foi matar Potter ele assassinou seus pais Lily e James, que eram os melhores amigos e a família dos meus pais. Os Potter sabiam que Voldemort queria matar Harry (explico isso melhor depois) e se esconderam, meu pai sabia onde eles estavam e as pessoas (todo o povo bruxo da GB) acha que ele contou a Voldemort. Depois dos Potters terem morrido, logo no dia seguinte, meu pai foi preso por ter matado 12 trouxas e 1 bruxo, Peter, que também eram amigo do meu pai e dos Potters. Minha mãe sabe que ele é inocente, ela sempre soube. Eu não tinha certeza, mas ano passado tive coragem de perguntar a Oráculo. E ele me confirmou que meu pai era totalmente inocente. Ele (meu pai) esta preso em Azkaban (a prisão dos bruxos na GB) desde então e ninguém nunca havia fugido de lá.

— Ok,- falei (sim voltei a narrar). Ele me encarou

— Destiny, como eu mesmo falei, seu pai é sim, inocente. Mas pelo bem da missão tenho que mandar você fazer algumas coisas- Ele tornou sua voz mais grossa e séria

— Primeiro: Você não vai poder ajuda-lo diretamente até a segunda ordem. Segundo: Se você se encontrar com ele você não pode revelar a sua verdadeira identidade. Terceiro: Não vou proibir você de contar para sua mãe, mas ela não deve fazer nada a respeito, isso quer dizer sem contato nenhum com ele por enquanto. - Ele falou. Senti um pouco de raiva, era muito injusto, principalmente a parte da minha mãe.

— Ok, mais alguma coisa?- Perguntei.

— Não, pode ir- ele falou. Eu assenti e sair dali o mais rápido que eu pude.

Fui direto pro chalé 1 (de Zeus) no acampamento. Depois eu faço uma descrição de como ele é. Mas no final eu estava na minha cama (graças aos Deuses não havia mais ninguém lá) tentando colocar os pensamentos em ordem. Quando fui raptada, eu tinha 1 ano apenas, eu não tenho nenhuma lembrança do meu pai. Tudo que sei (e sei de muuuuuita coisa) sobre ele veio dos relatos da minha mãe, que ela conta pra mim desde que cheguei ao acampamento. Eu não sabia como contar a ela, e eu não sabia como reagir. Até hoje ninguém citou o nome de meu pai em Hogwarts (Hogwarts é a Escola de Magia e Bruxaria da GB, aliás) e agora só falariam disso, eu tenho certeza. Eu não sei como vou me portar diante disso. Sem falar que eu sou a 'mistura perfeita', tipo eu lembro muito a minha mãe a o meu pai ao mesmo tempo. Sei que tem pessoas lá que desconfiam que eu possa ser a filha de Sirius e Hillian (como já disse o meu nome nem sempre foi Destiny Hope e lá em Hogwarts eles acham que Hope é o meu sobrenome) como a minha professora de Transfiguração (que foi professora deles) e o diretor Dumbledore. Então tenho medo que com a foto, outras pessoas façam a associação.

E ainda tem a minha mãe e o meu irmão. Minha mãe depois de fugir dos Comensais descobriu sobre os Potters e sobre meu pai e veio pros EUA para criar o meu irmão em segurança. Ela nunca mais voltou a GB desde então. Ela morre de saudades de tudo, e agora com o meu pai está solto e eu e meu irmão já crescidos, e ela poderia voltar e até ajudar o meu pai a fazer as coisas de uma forma certa. Mas não, o Oráculo tinha que manda-la ficar longe. Quanto a Danthos, ele é meu irmão 1 ano e 9 meses mais novo que eu. Ele nasceu em pleno cárcere dos Comensais e muitos ninfos usaram seus poderes para ocultar ele, o salvando. Esses ninfos fizeram isso tão bem, que o nascimento dele não foi registrado, então ele não existe para os bruxos, isso fez que ele não recebesse a carta de Hogwarts, coisa que o deixou muito chateado. Mas é melhor assim por enquanto, até porque ele é uma versão mais nova do meu pai, é claro que agora o reconheceriam. Ah, e tem mais isso: meu pai nem desconfia que tem um filho, ou que eu e minha mãe estamos vivas.

Com todos esses pensamentos, só percebi que havia alguém lá, quando essa pessoa se sentou ao meu lado.

— D, você está bem?- Era a minha mãe. Ela me olhava preocupada. Minha mãe é uma mulher linda de 32 anos, alta, magra com a pele clara, cabelos loiros e os olhos muito azuis, que parecem ser elétricos.

— Bem, mais ou menos- Admiti.

— O que houve?- Ela me perguntou, preocupada.

— É complicado- Enrolei, eu ainda não sabia como contar.

— Fale do começo- Ela disse, tentando me transmitir calma.

— Ok. É o meu pai- eu falei. Ela congelou.

— O que tem ele?- Ela me perguntou, com medo.

— Ele fugiu de Azkaban- Confessei. Ela ficou pálida e petrificada.

— Como? Quando?- Ela me perguntou com a voz afetada um tempo depois.

— Eu não sei, Oráculo que me contou- Falei

— D, eu tenho que acha-lo! Eu tenho que ajuda-lo, ele vai acabar fazendo besteira!- Ela falou, parecendo mais preocupada e desesperada que nunca.

— M-mãe, eu sinto muito, mas você não pode, por ordem do Oráculo- Eu falei, sentindo a raiva de novo. Ela me encarou, e então ficou em silêncio.

— Tudo bem.- ela falou, com a voz firme tempo depois, parecendo mais calma.

— Suponho que essa ordem se aplique pra você também- ela falou. Assenti

— Certo. Fique de olho nele, se puder. E me informe de tudo, ok?- Ela falou. Assenti outra vez, concordando.

— E o Dan?- Perguntei.

— Eu conto pra ele- Ela falou.

E é isso. Nesse exato momento ela deve estar contando pra ele sobre isso, e eu estou terminando o relato de hoje. Até a próxima página.