A fera de Zarden - HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 10
Capítulo extra — Arabela


Notas iniciais do capítulo

ESTOU DE VOLTAAAAAAAA.
Gente do céu, quanta demora pra voltar. Primeiro,gostaria de pedir perdão por toda essa demora. Eu realmente queria escrever todos os dias e atualizar semanalmente,mas essa vida de ensino médio/vestibular ME MATA! A única coisa que ando escrevendo são redações no modelo do ENEM '-'. Resolvi postar esse capítulo pq hoje, depois de séculos sem entrar na conta do nyah, vi que tinha recebido algumas mensagens e comentários nas fics que deixei desatualizadas. Essas coisas aqueceram meu coração e eu fiquei com MUITA vontade de voltar a escrever, por isso eu fuçei no meu computador e achei um esboço de capítulo de A fera de Zarden. Terminei de escrevê-lo,dei uma editada e aqui está ♥
Obrigada a todos que vão ler esse capítulo e nos vemos nas notas finais (com uma enquete,inclusive)
Bjs da tia Zia ♥



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 A jovem mulher andava temerosa pela Floresta Negra. As estrelas e a lua eram as únicas iluminações presentes além da fraca chama de sua tocha, que fora gentilmente acesa por um aldeão. Enquanto seguia caminho para casa, a mulher não conseguia parar de pensar nas histórias d’A Fera e de sua tamanha crueldade, a lenda variava em alguns pontos dependendo de quem lhe contasse a história, alguns diziam que era um tipo de licantrope que durante o dia vivia como um ser humano e à noite caçava, outros afirmavam ser apenas um animal selvagem. Independente da versão, a fera causava arrepios em Arabela.

Ouviu atrás de si o farfalhar de folhas secas, o mesmo ruído de quando as pisoteava. Parou de andar e, estendendo a tocha, iluminou ao seu redor para tentar encontrar o autor do barulho. Em vão.

— Ora. — Disse a si mesma, a voz trêmula —Há de ter sido apenas uma raposa.

Ainda um pouco assustada, retomou seu caminho. Em sua aldeia, havia uma enferma esperando pelas ervas que ela fora buscar no coração da Floresta Negra. Se Arabela perdesse tempo se assustando com qualquer barulho que ouvisse, quando chegasse à vila já poderia ser tarde demais. De certa forma, seu medo teria matado a pobre enferma. A culpa era algo que ela jamais seria capaz de suportar.

Continuou a andar, com a cesta cheia de ervas pendendo em seu braço direito. Fazia frio, por isso ela ajeitou a capa de veludo junto ao corpo. Veludo não era um tecido para a plebe, era privilégio da nobreza, entretanto esta capa fora um presente de sua falecida avó, que há alguns anos fora misteriosamente chamada ao palácio. O motivo da visita da idosa plebeia não foi revelado, tudo o que a avó lhe contou fora que queriam seu conhecimento com os remédios para algo impossível de ser curado. Em recompensa pela pouca ajuda que concedeu, ganhara essa capa, com a qual presenteou a neta. 

Distraída por seus devaneios, a moça pisou em um amontoado de folhas, sendo instantaneamente puxada para cima. Estava agora presa em uma rede. Apavorada, tentou forçar sua visão para encontrar a tocha e a cesta com as ervas, não conseguindo enxergar coisa alguma. Ela gritou, embora não soubesse se isso fosse o certo a se fazer.

Ouviu alguns gritos masculinos, seguido por passos. Um homem, cujo rosto estava iluminado por uma tocha, aproximou-se.

— Ferdinand! Haimirich! — Gritou— Isso não é um monstro, é uma mulher.

Dois homens, que estavam atrás das árvores se aproximaram. Nesse momento, Arabela não sabia se ficava aliviada por estar cercada de humanos ou se sentia mais medo. Afinal, estava desarmada.

— Achei que finalmente tivéssemos encontrado algo!

Aproveitando-se que eles estavam perto, ela começou a analisá-los melhor. O primeiro homem era baixo e magro, calvo. O segundo tinha cabelos grisalhos, era alto e tinha um nariz um pouco mais avantajado. O terceiro homem era mais jovem, com traços parecidos com o do segundo. Arabela deduziu que eram pai e filho. Todos os três tinham um ponto em comum: Carregavam espadas, arco e flecha ou bestas. Aqueles eram caçadores, ela concluiu.

— Será que alguém pode me tirar daqui? — Ela indagou, apesar de soar como uma ordem. — Na minha vila, há uma enferma precisando de mim.

— Claro. — Respondeu o mais jovem, sacando do bolso uma pequena faca. Subiu na copa da árvore e, em um segundo, cortou a corda que segurava a rede no alto. A queda foi alta,mas não o suficiente para machucar.

— Desculpe pela queda. — Disse ele, passando a mão pelos cabelos. — E desculpe por prendê-la em uma armadilha. Estávamos à procura da Fera.

— Haimirich! — Repreendeu o homem parecido com o rapaz. — O que eu lhe disse sobre revelar informações?

— Desculpe,pai.

— E você, minha jovem, o que fazias tão tarde da noite na Floresta Negra? Não sabes que há uma fera à solta?

— Não tive opção, senhor. Precisavam de algo que somente a floresta pode oferecer, e eu sou a única que sabe exatamente quais ervas pegar.

— Admiro sua coragem. — Disse o homem com a tocha. — Mas não foi nada prudente. Uma dama não deve andar desacompanhada.

Cortando o assunto, ela disse:

— Então a lenda sobre os caçadores da Fera é real? Quero dizer, já havia ouvido rumores, mas jamais imaginei que realmente existissem.           

— Somos discretos, não queremos atenção. Ficaremos muito felizes em nos mostrar para todos quando matarmos a fera.

— Acho difícil, senhor. Sem ofensas, é que esse monstro está à solta há anos e todos que chegam perto, não conseguem voltar vivos para contar a história. — Disse ela, tirando algumas folhas de seus cachos castanhos.

—Então seremos pioneiros. — Disse o jovem rapaz. — Quero ser lembrado pelos séculos, todos conhecerão os caçadores da Fera.

Ela concentrou-se em apanhar sua cesta do chão, recolhendo as ervas que caíram ao redor.

— Foi bom encontrá-los. —Disse por fim.— mas agora preciso seguir meu caminho. Desejo-lhes boa sorte.

A mulher pediu a eles que acendessem sua tocha novamente e assim foi feito. Estavam partindo quando o rapaz mais novo,Haimirich,se aproximou e deu-lhe uma faca.

— Aceite o presente,senhorita. Caso algo apareça, não tema em usá-la.

Assentindo, ela guardou a faca no cinto de seu vestido, desejando que não tivesse que usá-la em nenhuma ocasião. Seguiu seu caminho o mais rápido que conseguia, com a imagem daqueles três homens fixada em sua cabeça. “Queria ser como eles”, ela concluiu. E embora soubesse que uma mulher jamais fosse ser aceita, não custava sonhar.


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Notas finais do capítulo

Oláaaa! E aí, o que acharam desse capítulo extra? Quais são as impressões sobre Arabela e os caçadores?
Enquete: Vcs preferem que eu escreva usando a segunda pessoa (tu) e conjunge os verbos com a 2 pessoa tbm OU preferem que eu use e conjugue usando "você" ?
Bjs da tia Zia ♥, vou tentar retomar as fics nas férias de julho.



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