A fera de Zarden - HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Olá, amoras. Sou a Zia,escritora da fic. Serei bem tímida nas notas desse cap, porque depois que eu me mostrar de verdade... Bom, vão achar que sou maluquinha kkk. Boa leitura :)
P.S: Esse cap ficou curto, porém é apenas a introdução.
A neve branca fazia com que pequenos flocos ficassem presos no casaco do homem cabisbaixo. Em seus braços, levava seu filho de apenas quatro anos de idade, na expectativa de protegê-lo do frio.
Nunca havia estado ali tão tarde da noite, e nem mesmo tão desesperado quanto naquele dia, mas como poderia manter a calma? Por sua culpa, seu filho, seu tão pequeno e inocente filho, recebera uma terrível maldição.
Atravessou a rua, indo em direção à pequena e solitária casa de madeira. Mesmo do lado de fora, podia ouvir o barulho de uma flauta.
Colocando o garoto no chão, deu três batidas rápidas e firmes. Após algum tempo, a porta se escancarou, revelando um senhor idoso.
— Desculpe-me, meu jovem, mas não dou esmolas. – Disse o pequenino homem.
— Realmente achas que preciso de esmolas? - O homem com a criança respondeu, tirando o capuz que cobria seu rosto. Curve-se perante seu rei.
O senhor se surpreendeu.
— Rei Edmund? O que fazes em minha singela moradia?
— Preciso de teus serviços, Tissot.
— Caso não se recordes, me proibiu de utilizar minha magia. Saibas que após isso eu perdi muito dinheiro, Majestade.
— Eu te pago em dobro por todo o seu prejuízo se fizer esse serviço.
— Jamais trairia Zarden, Majestade. Sabes que amo esse país.
— Nesse caso, cure meu filho. James, querido, dê um passo para frente.
O menino de cabelos loiros parou de se esconder atrás do pai e o obedeceu. Porém, no instante em que encarou o velho mago, causou espanto.
Aquela não poderia ser a doce criança herdeira ao trono, tinha algo terrivelmente errado por baixo de toda aquela infantilidade e doçura.
Havia uma fera.
Edmund encarava a lareira, na expectativa de que o tempo passasse mais rápido desse modo. Ele odiava ficar esperando, era o rei de Zarden, devia ter algo a fazer a respeito de seu filho.
— Majestade? – Chamou Tissot, o mago de cabeleira branca, ao atravessar a cortina de miçangas que separava a sala de estar do resto da casa.
— E então, obteve algum resultado? – Edmund disse, levantando-se da poltrona vermelha.
— Príncipe James está fraco demais para que eu possa continuar os meus serviços, e preciso de uma garantia de que não irá trapacear...
— Francamente, Tissot, acha mesmo que sou um caloteiro? Darei-lhe todo o ouro que quiser desde que cure meu filho.
O rei enfureceu-se.
— Se se zangar, não poderei fazer nada. – Tissot disse, sorrindo. Ele estava jogando, sabia que poderia domar o rei naquele momento de tanta tensão.
— Faça o que tiver de fazer, Tissot. Apenas cure meu filho.
— Tentarei, Majestade. Eu realmente irei tentar.
Naquela noite, a pacata vila foi atormentada por gritos infantis. Gritos cheios de dor, clamando o nome dos pais.
* * *
O sol estava presente,embora ainda estivesse nevando e não pudesse com algum camponês até que uma cura fosse encontrada.
Porém, não poderia fazer aquilo. Ele amava o filho, não o abandonaria por uma maldição que ele mesmo provocara.
E então, o rei que tinha tudo, apenas desejava poder voltar no tempo e evitar tal maldição.
— Edmund! – A rainha, sua esposa, gritou enquanto corria em direção ao marido.
James estava no cavalo, olhando para a mãe com seus delicados olhos verdes.
— E então, conseguiu uma cura? – Ela indagou, e o penteado em seus cabelos loiros sequer se moveu. A rainha sempre fora bela, e até com olheiras de uma noite em claro, continuava a exalar tal beleza. – Responda-me, Edmund.
O marido encarou-a no fundo de seus olhos verdes, da mesmo tom de seu bufante vestido. Apenas com o olhar, transmitiu toda a fraqueza que sentia.
— Ah, Edmund. – Ela lamentou-se. – Encontraremos uma cura, nem que isso nos custe a vida.
Abraçou-o, e o marido que sempre fora forte e referência de homem, afundou a cabeça em seus delicados ombros. Não se permitiu chorar, mas soltou ali todo o cansaço e impotência que sentia.
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E então, o que acharam? Obrigada por ler, bjus da Zia
Um obrigada bem grande ao pessoal do grupo do Nyah no face, que me ajudaram a melhorar a sinopse.
Um beijo, galera.