Smile escrita por Hinazi


Capítulo 7
I'll protect my Bride.




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— Como assim? – A Princesa questionou, e mordeu um brigadeiro, sentindo o sabor na língua.

Meguri tomou o último gole de Vinho, e a taça ficou vazia. Teria de pegar mais depois.

— Você agiu... Diferente. – Olhou para o próprio prato, já vazio. – Não que isso seja ruim. É incomum.

Lucy segurou seu copo de suco e ficou em silêncio, como se estivesse formulando uma resposta em mente.

— Minha mãe diz que eu deveria mostrar mais interesse nas coisas ao redor. E mudar as expressões faciais também. — A Princesa respondeu, dessa vez, tomando o último gole do suco.

— ... – Apoiou um dos cotovelos na mesa. – Sabe, sei que somos ambos pressionados. Quer dizer... Aulas o dia todo, saber cumprimentar as pessoas, participar de festas, conviver com dezenas de empregados, nos faz ter uma vida parecida.

Lucy levantou o olhar.

— E onde quer chegar com isso?

Meguri desviou o olhar.

— Bem... Eu, ahn... sabe... – Coçou a bochecha com o dedo indicador.

— Sim? – Sua expressão continuava monótona.

— ...É só... As vezes eu me sinto cansado dessas coisas. – Suspirou.

Lucy olhou-o em silêncio, admirando seus olhos.

— Ah, Lucy... – Meguri voltou a olha-la, então, cruzaram olhares. – Sei que é um momento inoportuno pra dizer isso, mas eu vou te avisar antes que sua mãe fale com você e, você se surpreenda.

— Credo. Assim você até me preocupa. – Colocou as mãos na mesa. – Estou ouvindo, fale.

— ... Sua mãe, ela... – Suspirou novamente. – Vai te perguntar onde você vai querer ir nas noites núpcias.

Lucy sentiu-se como se a cadeira que estava sentada tivesse tombado para o lado naquele momento.

Seus olhos se arregalaram em choque e ela soltou devagar o copo, pousando-o na mesa com cuidado.

— Onde... Vou querer ir...? – Lucy bateu as mãos na mesa, nervosamente. – Eu achei que... Achei que...

— Achou que por ser um casamento arranjado não precisaríamos consuma-lo? – Meguri respondeu, irônico.

Lucy chacoalhou a cabeça, negando.

— Eu não havia nem pensado nisso...!

— Bem, deixe-me te acalmar. – Suspirou. – Não precisamos fazer isso que você está pensando. Mentimos depois, conhecemos o lugar para qual fomos visitar.

Lucy assentiu com a cabeça, um pouco aliviada, mas ainda assim, atordoada, o choque foi grande.

— ...Promete? – Olhou-o.

— Eu prometo, Lucy. – Segurou as mãos dela, fazendo círculos com os polegares, para acalmá-la. – Não precisamos de nenhuma aproximação enquanto você não estiver à vontade com a tal.

A morena dos olhos de esmeralda concordou.

— Em seu castelo... Depois de casados, teremos que dormir na mesma cama?

— Bem, sim. – Suspirou. – Somos um casal, não faria sentido nos darem dois quartos. Mas, tranquiliza-te, eu não sou espaçoso.

— Eu acho que também não sou... – Suspirou de leve.

Esse casamento parecia mais problemático para si a cada dia que passava.

— De certa forma, estou aliviada. – Suspirou. – Meu noivo é compreensivo. De repente, se fosse outra pessoa... Forçaria, aquilo.

— É seu corpo, suas particularidades, não vejo motivo para querer te forçar alguma coisa. – Segurou a taça vazia. – Odeio esse tipo de coisa.

— ...Imagino. Mas pensar que existem pessoas assim... Ah, que horrível. Sinto até medo.

— Sua mãe deve ter pensado bem em quem você iria casar. Não deixaria a preciosa filha se casar com qualquer um.

Lucy abaixou a cabeça, pensando.

— É... Eu me lembro dela dizendo que você era bom. – Lucy olhou para ele, num sorrisinho fraco, com um dos lados de seu lábio um pouco levantado. – Ela não estava errada.

Meguri sentiu o rosto um pouco quente.

— Obrigado, Princesa. – Sorriu, ainda estavam segurando as mãos, por cima da mesa. Quem visse a cena, a acharia extremamente fofa.

— Se eu fosse me casar com alguém abusivo... Se Sean fosse vivo... Ele já teria feito de tudo para o casamento não acontecer. – O sorriso fraco desapareceu. – Mas acho que ele gostaria de você.

Ah... Ela pensava no irmão a todo momento.

Meguri sorriu também.

— Espero estar sendo do agrado dele. – Riu um pouco, colocando uma das mãos na nuca, envergonhado.

Os burburinhos de gente por perto, ou até mesmo dentro do castelo parecia menor.

— Meguri... Faz tanto tempo assim que estamos a conversar? As pessoas estão indo embora já.

O rapaz virou-se para olhar.

— ...Não. Eu apostaria pelo menos vinte minutos. – Sua expressão era confusa. – Talvez esteja acontecendo algo?

— Quer ir ver? – Soltaram as mãos.

— Sim. – Se levantou prontamente, com Lucy no seu encalço.

Andaram mais rápido do que na vinda, voltando para dentro do castelo rapidamente.

Lucy acabou tropeçando no meio do caminho por causa de seu salto, que ficou enroscado em uma pequena falha no chão.

Meguri conseguiu segurá-la antes que caísse.

— Ei, por pouco, não? – A ajudou a ficar em pé novamente. – Venha.

— Obrigada. – Sentiu sua mão ser segurada.

Encarou Meguri de forma interrogativa. Olhando para ele e para as mãos.

— Para você não desequilibrar de novo, estamos andando rápido. – Explicou de forma apressada.

— Certo... – Continuou caminhando, e entraram no salão depois de alguns poucos segundos de caminhada.

Olhou para a grande concentração de pessoas dentro do castelo, naquele salão enorme.

— Algo terrível está acontecendo, olhe aquele bolo de gente ali. – Meguri apontou.

Lucy estava agarrada ao braço dele, não que estivesse com medo, mas Meguri tinha que manter uma postura de protetor, então a Princesa o ajudaria com isso.

Escutaram gritos vindos de alguém com raiva, xingamentos e coisas quebrando.

— ...Que horrível. – A de olhos verdes comentou.

— Precisamos ver de perto para entender o que está acontecendo.

— Sim. – Acenou a cabeça em resposta. Sendo guiada com pressa por Meguri, outra vez.

O rapaz dos olhos amarelos, um pouco dourados, caminhou ao lado de Lucy.

Ao chegarem cada vez mais perto, conseguiam decifrar o que estava sendo gritado.

— ...Aparentemente, estão bêbados. – Lucy estava um pouco escondida atrás de seu noivo, olhava as coisas com cuidado. – Onde estão os guardas do castelo?

— Bem, por aqui não estão. Já que deveriam ter feito algo quanto a isso. Eu vou tentar fazer algo para acalmá-los.

Lucy segurou a manga de Meguri quando ele tentou se afastar.

— Ei, não entre no meio da briga de qualquer jeito!

— ... – Ele olhou para a noiva e pensou no que falar. – Apenas escute o que os gritos deles dizem e entenda.

Uma expressão de dúvida se formou na face dela.

Se concentrou para ouvir o que diziam.

Era muito confuso, já que outra pessoas gritavam também, desesperadas para parar a briga e outras, sem motivos, gritando coisas ao ar, sem sentido.

E conseguiu ouvir o que diziam.

Gritos confusos com o nome da Princesa envolvido, palavrões, coisas obscenas sobre ela saindo da boca de ambos.

— ... – Ela olhou para Meguri, um pouco assustada. – ...O que?

— Agora que sabe do que estão falando, não tem motivos para me impedir de acabar com essa briga ridícula e ainda dar uns murros nesses idiotas bêbados que estão a falar mal da minha noiva. – Sua testa franziu em raiva ao ouvir algo sobre a Princesa novamente. Algo pior do que tudo que os homens gritaram. – Lucy, me desculpe, mas eu realmente vou ir até lá agora, e dar um soco tão grande no rosto desse desgraçado que ele não vai nem saber o que o acertou.

Hesitou em segurá-lo, mas não o fez, colocou as mãos entrelaçadas pelos dedos, encostadas no peito, de forma nervosa.

"N-Não se machuque por algo tão idiota...". – Observou seu noivo sumir entre as pessoas.


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