Smile escrita por Hinazi


Capítulo 18
Impossible?




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Na manhã seguinte, Meguri foi quem acordou primeiro.

Suas mãos já não estavam mais nos cabelos dela, porque durante a noite, ela virou para o outro lado.

Sentia-se bem descansado, e diferente dos dias comuns, não via a hora de acordar de vez, se levantar e sair do quarto.

Era como férias do trabalho, e não, lua de mel.

Estava tentando se decidir se acordava Lucy, ou continuava deitado na cama.

Decidiu deixá-la dormir e se levantou até a varanda do quarto.

Sentindo a brisa fraca, fria.

Sentou-se no chão e olhou para o mar, entre as grades de segurança.

Hoje, com certeza estava mais quente que no dia anterior, talvez por ainda estar de manhã.

Olhou para a mão, especificamente para a aliança.

Aquele pequeno anel lhe passava uma sensação tão... Estranha.

Aliança para si era algo como uma linha que o mantinha ligado a quem usava a outra parte.

Escutou alguns barulhos vindos de dentro do quarto, Lucy estava sentada na cama, bocejando.

— Bom dia! – Meguri se levantou da varanda e entrou no quarto outra vez.

— Bom dia... – Bocejou novamente. – Acordou há muito tempo?

— Não... Mas para não acordar você, fui ali fora olhar a vista.

— Que horas são...? – Levantou-se, espreguiçando-se.

— Ainda está meio cedo, são por volta das oito horas. Leve o tempo que precisar para se arrumar e descemos.

— Tudo bem, obrigada. – Estalou os dedos. – Não vou demorar muito.

E assim, dentro do banheiro, Lucy estava novamente.

Saiu depois de algum tempo, e desceram para o café da manhã. Meguri suspirou, estava com um pouco de dor nas pernas.

— O que vai querer comer? – Lucy sorriu para ele.

— Torradas e beber café. E você? – Retribuiu o sorriso dela.

— Hum... Algum suco e uma maçã, talvez. – Estava segurando sua mão.

Se serviram da mesa onde todas as comidas estavam colocadas.

Sentaram-se a mesa particular, para comerem.

— Onde nós vamos hoje?

Meguri bebeu um pouco de seu café.

— Depois de caminharmos um pouco pela praia... Vamos andar de barco. Visitar algumas ilhas... Cachoeiras... Vai ser legal. – Sorriu.

— Estou... Ansiosa por isso. – Lucy sorriu e bebericou o suco de laranja.

— Isso é ótimo. – Acariciou sua bochecha, afastando a mão logo em seguida.

Lucy acabou escolhendo um sanduíche a uma fruta.

— A comida daqui é muito boa... – Murmurou, mordendo mais um pedaço do sanduíche.

— Uhum. E também é agradável comer sem estar... Hum... Sendo vigiado por nossos pais e tal. – Batucou os dedos na mesa.

— É quase como não ter sequer preocupações, mesmo estando há apenas algumas horas.

Depois de algum tempo, saíram do Hotel, indo para a praia, Lucy estava tão animada que caminhava até mais rápido.

— Qual seu plano para hoje mesmo, Meguri? Por onde vamos começar? – Questionou, curiosa quando chegaram perto do mar.

— Antes de tudo... – Olhou para sua esposa de relance. – Você sabe nadar?

— Um pouco... O suficiente, na verdade. – Os olhos dela estreitaram. – Nós vamos nadar?

— Mais ou menos. – Passou as mãos pelos cabelos, jogando a franja para trás, por causa do vento, ela estava incomodando, mas, logo voltou para o lugar. – Vamos passear de barco. Podemos parar nadar, mas é bem fundo e você...

Olhou-a, contendo o riso.

— É bem pequenina...

— Ei! – Bufou as bochechas levemente, rindo um pouco. – Altura não interfere em nada em questão de habilidade.

Meguri riu da resposta afiada de Lucy. Segurou na mão da esposa e a puxou.

— Vamos, então. Aluguei o barco antes de vir pra cá, ele está a nossa espera.

Sentiu a aliança em seu dedo, e sorriu.

Quando saíram, assim que chegaram a praia, Lucy tirou os sapatos, pisando na areia fofa.

— Megu! Onde está o barco? Nós vamos ficar no meio do mar?

Ela o tinha chamado por um apelido. Isso o fez sorrir mais ainda, de imediato.

Lucy nem ao menos percebeu a diferença quando o chamou.

— O barco está amarrado no cais, é mais alguns minutos de caminhada daqui.

— Já disse pra você o quanto esse lugar me faz sentir bem? Ah, muitas vezes né? É tão bom. – Fechou os olhos, sorrindo, enquanto respirava o ar mais salgado que aquele lugar tinha.

Caminharam os metros que faltavam para o cais. Todo feito de madeira, como Lucy esperava. Tinha visto quadros tão bonitos que mostravam o pôr do sol e o início da noite com o cais daquele mesmo lugar.

E, mesmo de dia, só com a luz do sol e o céu azul, aquele lugar era tão bonito quanto nos quadros, senão, melhor.

— Não sei se é porque estou feliz, mas todo esse lugar, até no mínimos detalhes, parece tão bem escolhido e encaixado que fica lindo.

— Dizem que enxergamos o mundo de forma diferente quando estamos apaixonados. Tudo fica mais bonito e brilhante .– Respondeu. – Quem sabe você não esteja apaixonada por mim, Princesa?

Sorriu em deboche, entrando no barco e estendendo a mão para Lucy.

— Acho que não sou do tipo fácil. – Riu, aceitando a mão dele e entrando no barco.

Meguri retribuiu a risada.

Obvio que ela não era do tipo fácil.

Se fosse, talvez Meguri não gostasse dela tanto quanto gosta.

— Veremos então, se a Princesa-eu-não-sou-do-tipo-fácil não irá se apaixonar por mim.

Lucy revirou os olhos.

— Eu disse que não sou fácil, mas não disse que sou impossível.

— Me prove que não é possível, estou perdendo as esperanças... – Riu.

Lucy colocou as mãos em suas bochechas e aproximou seu rosto do dele.

— Não. – Sorriu.

— Que Princesa mais cruel! – Riu em ironia.

O barco era a remo, então o passeio ia-se de forma lenta, passando devagarzinho por cada pedaço de oceano.

Lucy estava alegre com isso.

Não se afastavam tanto das costas das ilhas, mas também não ficavam próximos.

Não era Meguri quem estava remando o barco, e Lucy não pareceu muito interessada na conversa entre ele e o navegador.

Eles dirigiram a palavra a si alguma vezes, mas nada que fosse suficiente para uma longa conversa animada.

Olhava com curiosidade para o azul em baixo de si. E as águas calmas, de repente, apresentaram algo novo para si.

Viu uma cauda se movendo perto do barco.

Não sentiu medo algum de que pudesse ser um animal grande e perigoso.

— Megu! Eu vi algo ali! – Apontou. – Tenho certeza que era um animal.

Ele colocou a mão carinhosamente em seus ombros.

— Não se balance tanto. Pode acabar caindo. – Passou a olhar para a água. – É um peixinho. Não sei o tipo. Ele foi para o fundo.

Lucy pareceu não se importar com o toque em seus ombros.


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