— E eu achava que o Lysandre tinha o cabelo estranho! (Disse Castiel olhando para o cabelo da Tamansin e soltando uma gargalhada irônica)

— Para a sua informação, empresário bonitão, o meu cabelo não é estranho! Diferente! Não estranho! (Disse Tamy um pouco sentida)

— Eu acho que nenhum de vocês deveria tocar no assunto cabelo já que os três têm os cabelos num tom fora do comum! (Eu disse levemente irritada) Eu estou me sentindo como uma garota gótica que resolveu se enturmar com um grupo de nerds cosplay! (Eu disse rindo porque o que eu disse foi bem idiota)

— Hei?! (Disseram os três em uníssono o que fez eu e Debrah rirmos)

— Nossa, honey! Não sabia que você achava meu visual assim tão feio! (Disse Tamy fazendo drama)

— Eu nunca disse que era feio... Fora do comum... E nerd cosplay! (Eu soltei uma leve risada, mas em seguida parei por que pude ver os três cabeludos me fuzilarem)

— Podemos focar no enredo principal da história? (Perguntou Lysandre calmo)

— Sim, claro. Ahn... Imagino que o Pica-pau aí (Eu olhei para o Castiel que fez uma cara feia por eu o estar “xingando”) já tenha explicado pra vocês dois o que vai acontecer certo?

— Na verdade não! (Disse Debrah simpática)

— Além de tudo é idiota... (Eu falei baixo pra mim mesma) É o seguinte... (Eu disse tirando o contrato da bolsa)

Eu peguei o contrato na pasta, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa Tamy me interrompeu:

— Ahn... Que isso querida?! Você vai pra alguma reunião?! (Ela perguntou irônica olhando pra mim e foi só quando eu reparei que todos estavam me olhando)

— Eu sou uma mulher organizada.

— Paranoicaaa! (Ela disse cantarolando)

— Será que dá pra ir logo ao que interessa? (Castiel falou grosseiramente)

— Sim senhor! (Eu disse com um sorriso irônico) Então, eu e Castiel ontem combinamos como seria feito o acordo. Ele fica um ano casado comigo e eu financio a divida dele e também vou investir um quarto do meu lucro na empresa dele por dez meses... Vocês dois vão morar no meu apartamento (Eu dizia me referindo a ele e Debrah) e não precisam se preocupar eu tenho quarto de hóspedes.

— É uma pena porque não seria nada mal um jogo a três, não acha?! (Disse Castiel olhando pra mim com um tom malicioso)

— (Eu respirei fundo) Pense na herança Morgan... Na herança... (Eu dizia pra mim mesma em tom baixo)

— Se você o odeia tanto por que aceitou se casar com ele? Quer dizer, você não precisa tanto assim do dinheiro... Não queria deixar para os seus parentes? (Perguntou Lysandre confuso)

— Essa não é a questão... Não é só com o dinheiro que eu me importo. As mansões da vovó vão ficar comigo e é uma maneira de, por mais que tenhamos tido problemas, me sentir perto, sabe?! (Eu disse respirando fundo e chamando o garçom)

— Você só queria se casar comigo! Eu sempre soube que você me amava, mas não sabia que pagaria por isso! (Dizia o babaca sorrindo ironicamente)

— Eu te odeio! (Falei em tom baixo)

— O que os senhores vão querer? (Perguntou sorrindo o garçom)

— Eu quero um cappuccino canela sem açúcar. (Eu disse)

— Eu quero um chá verde frappuccino. (Disse Lysandre)

— Eu também! Não acredito! Você também gosta de chá! (Dizia Tamy empolgadinha e exagerada o que fez eu e Lysandre darmos uma risadinha)

— Um expresso. (Disse Castiel)

— Eu vou querer um macchiatto. (Disse Debrah)

O garçom saiu e eu mandei uma mensagem para o celular da Tamy: “Sem graça até no café.” Ela olhou pra mim e riu: “Prestando atenção até no café dele, né?!”

— Cala a boca. (Eu disse baixo e silabicamente para que só ela pudesse ouvir, mas acho que não deu certo)

— Perdemos algo? (Perguntou gentil Lysandre)

— Ahn... Não, claro que não... (Eu disse envergonhada) Vamos continuar... Tem mais uma coisa: vocês não devem demonstrar reações ou qualquer tipo de relação amorosa enquanto estiverem na rua. (Eu disse olhando para Castiel e Debrah) Assim como eu também... (Eu disse em tom baixo)

O garçom trouxe nossos pedidos e depois de eu tomar um gole do meu cappuccino eu disse:

— Durante esse tempo eu me organizei na seguinte agenda: saio as sete e volto à meia noite pra deixar a casa pra vocês... Evitem sair de casa juntos ou de mãos dadas... Eu acho que é isso... Ah sim! Motel?! Nem pensar! (Eu disse folheando o contrato)

— Ela tem razão você realmente é paranoica! Quer controlar até a hora que nós transamos! (Disse o idiota com aquele sorriso malicioso e sarcástico)

— Eu vou ignorar isso! (Eu disse com um sorriso forçado) Vamos precisar de alguém para organizar o casamento... Que será daqui a quinze dias.

— A Rosa com certeza vai adorar fazer isso! (Disse Tamy com um sorriso) Espera... quinze dias?! (Ela perguntou fazendo drama)

— Sim... Não dá pra adiar mais. O tempo começa a ser contado na semana que vem e eu sinceramente não quero que isso dure mais do que o necessário.

— Então eu vou precisar correr com o seu vestido... Aliás, aonde será a cerimônia?! (Tamy disse pensativa)

— Eu não sei. Ainda não tinha pensado nisso... (Eu disse também pensativa)

— No jardim do meu avô. (Disse Castiel)

— Nem pensar eu me caso no mesmo lugar onde eu tive o azar de te conhecer! Duas desgraças no mesmo lugar?! Não mesmo! (Eu disse com raiva)

— Eu escolho o lugar. Sem mudança. (Ele disse sério)

— Morgy, ele tá certo, querida, não temos muito tempo pra alugar um local já que eles são escolhidos no mínimo um ano antes. (Disse Tamy sorridente)

— Tá. (Eu disse tomando um gole do meu cappuccino)

— Vocês vão precisar de votos. (Disse Lysandre)

— Escuta: eu não conheço o idiota bem o suficiente, então eu acho que você e a Tamy poderiam escrever... Além do mais ela ta doida pra passar um tempo com você. (Eu disse para o Lysandre)

— Não sei se isso é correto... (Disse Lysandre)

— Qual foi Lysandre?! Eu não faço a menor questão de aturar essa nanica paranoica nem se quer um dia, então seja um bom amigo e faça o favor de aturar a Sininho cor de rosa aí. (Ele falou grosso enquanto apontava pra Tamy)

— Nanica paranoica?! (Eu disse alto e com raiva) Você tá querendo se divorciar antes do casamento querido?! (Fui sarcástica dizendo com muita raiva)

— Meu nome é Tamansin, idiota desinformado! (Disse Tamy também com raiva)

— Tudo bem pessoal eu e a Tamansin podemos fazer isso, não é?! (Perguntou Lysandre tentando acalmar as coisas)

— É claro... (Disse Tamy tomando um gole do seu chá)

— Que bom por que pra mim já chega! (Eu disse jogando aquele contrato dentro da bolsa, depois eu coloquei o dinheiro do meu cappuccino na mesa) Nos vemos no casamento! (Eu disse para o Castiel) E foi um prazer conhecer vocês dois... (Eu disse para o Lysandre e pra Debrah e depois saí andando)

— Você vai ficar bem? (Disse Tamy atrás de mim)

— Vou sim, obrigada... (Eu disse saindo e entrei no carro)

Quando eu entrei no carro eu tive que dar um grito de raiva. Depois retomei minha posição de "empresária certinha" e liguei o carro, mas não queria ir pra casa então resolvi ir ao Neons Pub. Quer saber?! Talvez minha mãe esteja certa, crises nervosas me dão vontade de beber.