Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 59
Capitulo 59 - Apaixonada




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Castiel POV

Eu estava a ajudando a comer. Sim, eu estava dando comida em sua boca, como se faz com as crianças. Eu não fiquei sem jeito ou com vergonha, era só estranho!

— Está com vergonha? (Eu ri)

— Sim… (Ela ainda falava devagar)

— Não precisa correr. Mastiga devagar. Você mal consegue falar, então vai com calma, eu não vou sair daqui. (Eu sorri novamente)

— Você… não… foi… trabalhar… hoje? (Ela tentava falar rápido só que era como se as palavras ficassem presas em sua garganta)

— Como eu poderia ir com minha esposa no hospital?

— Você… me… chamou… de… esposa?

— É o que você é certo?! Aqui, bebe. (Eu levei um copo de leite até sua boca)

— Por… quanto… tempo… eu… fiquei… dormindo?

— Cerca de uma semana.

—Você… ficou… comigo… todo… esse… tempo? Argh! (Dava pra ver que ela queria falar mais rápido, mas as palavras simplesmente não saiam então ela começou a ficar nervosa e começou a chorar)

— Calma! Não fica nervosa. É assim mesmo, vai demorar um pouco até você poder falar normalmente. Eu estou te ouvindo…

Ela tentou mais algumas vezes falar e acabou se sentindo mais agonizada, então eu simplesmente a pedi que ficasse quieta. Depois que eu a alimentei, nós vimos televisão e depois conversamos um pouco, quando ela voltou a falar normalmente.

Horas depois… Uma enfermeira apareceu no quarto para ajudar a Nanica a tomar banho e então dar a ela o almoço. Ela disse que geralmente pede aos acompanhantes que se retirem, mas como eu sou o “marido” eu podia escolher se ficava ou saía.

A enfermeira voltou para a enfermaria porque tinha se esquecido de algo, então eu me sentei na cama de frente pra Morgan que também estava sentada.

— Quer que eu saia? (Eu a perguntei)

— Quero… Se você ficar, eu ficarei com vergonha…

— Ok! Então, eu vou embora.

— Não! (Ela disse desolada o que me fez rir)

— Eu não estou te ameaçando, idiota. Eu realmente preciso ir. Tenho que ver o Lobo e também passar na empresa, não saí daqui durante uma semana.

— Verdade?! (Eu assenti) Vem passar a noite comigo hoje?! Por favor…

— Ok! Eu venho… (Eu sorri) Hum… Que tipo de flor você gosta?

— Por quê? (Ela perguntou confusa)

— Pra eu não errar quando vier te ver mais tarde.

— É sério?! (Ela sorriu desconfiada e eu assenti) Petúnias azuis e roxas…

— Ok, azul e roxo… Então já vou! (Eu me levantei da cama)

— Espera… (Eu olhei de novo pra ela) Será que quando eu sair do hospital nós podemos sair? Não precisa ser um encontro… Vamos só sair como amigos…

— Então fica melhor logo, para podermos ter um encontro. (Eu sorri e me abaixei selando meus lábios aos dela) Te vejo a noite. (Eu dei um beijo em sua testa)

Depois que eu saí do quarto eu sorri igual a um idiota. Eu realmente tentei controlar, mas era mais forte do que eu. Muito mais forte. Eu tentei o máximo controlar aquele riso idiota, mas não dava. Eu não conseguia. Sério! Eu estava parecendo um idiota! Um retardado rindo pelo hospital! Argh! É tão desnecessário está apaixonado! P*rr@! É pedir muito não ter que chorar como se o mundo tivesse acabado ou sorrir como um palhaço de circo?! Eu acho que o autor da minha vida já extrapolou no limite da viadagem! (revolta)

Morgan POV

Durante toda a semana que eu estava em coma, eu simplesmente não me recordo de nada. Não sei o que aconteceu comigo. Era só mais uma noite normal de sono.

Mas quando eu acordei, eu queria ter certeza de que não era sonho. Mas eu simplesmente não tinha coragem de tocá-lo até que ele me beijou e daí eu percebi que era real. Ele realmente estava lá, e me doou sangue, e chorou, e me beijou, e ficou uma semana cuidando de mim… Por mais forte que eu seja, foi tão fofo saber que ele se preocupou comigo que após ele ter saído, eu simplesmente comecei a rir como uma lunática. A enfermeira disse que ele era muito carinhoso e que cuidou de mim durante toda a semana. E ele me prometeu trazer flores! Eu me sinto tão patética!

Eu preciso confessar que fiquei a tarde toda torcendo pra chegar logo à noite. Meus pais, Tamy, Lys, Armin, Igor e meus amigos no geral me visitaram durante o dia. Eu precisaria que alguém ficasse comigo a noite e minha mãe não queria deixar o Pica-pau ficar, porque segundo ela, agora que eu já havia acordado ele só iria brincar comigo. Eu não quero concordar com ela, mas tenho minhas dúvidas… Enfim eu consegui convencê-la a deixá-lo ficar pelo menos hoje. Sim! Eu sou uma babaca!

A noite chegou, mas ele não… Eu esperei até quase onze horas e depois quando meus olhos começaram a fechar eu me senti uma verdadeira babaca. Não chorei. Só fiquei com raiva e triste, muito triste por ter acreditado nele. Eu acabei dormindo, mas pouco depois devia ser cerca de uma hora, eu abri meus olhos e ele estava lá me olhando. Eu cocei os olhos pra ter certeza de que não era sonho…

— Quem gosta de olhar pessoas dormindo é psicopata, sabia? (Eu disse grossa)

— E quem gosta de fingir estar dormindo para poder ser olhada não é psicopata?! (Ele disse irônico) Eu trouxe. (Ele pegou o buque da bancada e me deu, eu o peguei e sorri sentindo o cheiro das flores) Gostou? (Ele sorriu e eu assenti o devolvendo, então eu o olhei ainda chateada)

— Eu não estava fingindo, estava realmente dormindo. Achei que não fosse vir.

— Não é tão fácil encontrar flores bonitas no inverno, sabia?! (Eu não consegui controlar meu sorriso bobo) Sabia que é bem evidente que você gosta de mim?!

— Ah é?! (Eu ri irônica e ele assentiu com a cabeça sorrindo) Deita aqui comigo. (Eu sei! Eu sei! Eu sei que estou sendo oferecida, mas e daí?!)

— Eu vou levar uma bronca se deitar num leito hospitalar, ainda mais com uma paciente que acabou de acordar depois de uma semana em coma, você não acha?!

— Por favor… Só um pouquinho… (Ele riu)

— Só um pouquinho.

Eu cheguei mais para o lado e ele se deitou ao meu lado, como o leito era, de certa forma, pequeno tivemos que ficar de lado. Graças a isso ficamos tão próximos que quase nos beijamos, então ele acariciou meu rosto colocando um dos fios do meu cabelo para trás da minha orelha. Tomada por um impulso muito maior do que eu, eu simplesmente me aproximei alguns centímetros e beijei sua boca, ele me olhou espantado e eu sorri, e então beijei novamente sua boca sugando suavemente a parte inferior de seu lábio. Se eu estava ligando para o meu orgulho?! Não nesse momento! Nesse momento eu só estava tão feliz que ignorei completamente as batidas frenéticas do meu coração que graças ao monitor cardíaco estavam bem evidentes. Eu o soltei...

— Me beija… (Eu disse o olhando nos olhos)

Isso é apenas culpa dos remédios que estou tomando, certo?! Eu prefiro acreditar nisso. É melhor acreditar nisso do que achar que eu realmente sou oferecida e carente a este ponto. Ele me olhou e sorriu acariciando meu rosto novamente, ele se aproximou e eu realmente achei que ele fosse me beijar, mas então ele beijou minha testa.

— Não esse beijo que eu quis dizer. Eu quis dizer na…

— Eu sei o que você quis dizer. (Ele sorriu me interrompendo) Mas vamos apenas esperar, ok?! (Ele se levantou e se sentou na cadeira ao meu lado enquanto eu ainda estava perplexa por que acabei de ser rejeitada! Eu estou com raiva de mim por estar tomando medicamentos que me deixam assim! Eu virei meu rosto porque estou chateada e não estou acreditando em tudo que fiz. Eu ouvi a risada dele) Idiota… (Ele me virou suavemente pelo ombro e quando o olhei ele riu de novo levando sua mão até o canto dos meus olhos os secando. Eu estou chorando de raiva, que fique claro) Eu não estou te rejeitando. Disse apenas para esperar. Esta não é a hora e nem o lugar para termos nosso primeiro beijo de verdade. Nós já esperamos tanto tempo, já fomos interrompidos tantas vezes o que custa esperar alguns dias mais?! (Eu o olhei confusa e ele sorriu)

— O-o que você quer dizer com isso? Você se importa com coisas como esta?

— Depois que passamos por uma experiência como ver uma pessoa importante ficar em coma, qualquer simples coisa se torna relevante.

— Você trocou de corpo com o Lysandre?! (Eu sorri boba, mas confusa)

— Essa não era a pergunta que eu queria ouvir, mas não, eu só estou feliz.

— E por quê?! (Eu perguntei sorrindo, ele passou o polegar suavemente sobre os meus lábios os desenhando e sorriu)

— Porque posso ouvir as batidas do seu coração.

—… (Eu fiquei sem graça e abaixei meu rosto) Realmente é você?!

— Você prefere que eu volte a ser como antes?! (Ele riu)

— Eu não sei… (Eu sorri) Só não ache que só por que você pode ouvir as batidas do meu coração isso significa que eu goste de você. Toda essa minha atitude é apenas efeito dos remédios que estou tomando. (Eu bocejei)

— Que seja! (Ele disse convencido) Volta a dormir. (Ele beijou minha testa)

Depois disso, eu acabei dormindo e de manha quando eu acordei, ele não estava mais lá. Quando acordei quis morrer pela minha atitude de ontem, eu juro que foi por causa do remédio! Mas eu confesso que adorei ouvir o que ele disse ontem, e estava realmente ansiosa para vê-lo, só que dessa vez ele não voltou.

Eu fiquei mais uma semana no hospital e durante toda a semana ele não voltou, não ligou, não mandou mensagens, nem sequer veio me ver quando eu estava dormindo. Sim, eu me informei desta vez. Eu estou com tanto ódio por ter bancado a babaca! Estou confusa, mas ao mesmo tempo revoltada!

Eu voltei pra casa e minha mãe ficou cuidando de mim... Ela antecipou as férias e disse que se eu ficasse sozinha eu iria acabar me matando... E bem, é isso: já tem uma semana que eu não posso correr ou trabalhar e minha mãe está me enlouquecendo! Ela me fez despedir a empregada! Ela também contratou uma senhora bem velha, e disse que mesmo num casamento falso deveríamos preservar a reputação!

Falando em reputação eu não via o desgraçado desde aquela noite no hospital. Com a minha mãe aqui em casa ele e a Debrah quase não apareciam em horários normais... Mas quer saber eu estava tranquila com isso! Acho que já passei da idade de amor platônico além do mais eu tenho um namorado muito gato!

Hoje, a Tamy e o Alexy estavam na minha casa. E ela havia trazido às fotos de adolescência. E nós rimos muito... Estávamos vendo algumas quando ouvi o barulho da porta e quem era?! O idiota, desgraçado, infeliz e desnecessário! Eu estava com tanto ódio que o ignorei completamente. Pois é, diferente do que eu pensava, eu não estou nada tranquila!

— Galera eu trouxe umas cervejas e pra Morgan suco. (Sim minha mãe age como a Tamy! Ela passou por ele e fechou a cara) A Debrah ainda não chegou!

— Mãe, eu também quero cerveja! Eu não estou doente! (Eu disse negando o copo de suco que ela estendia pra mim)

— Tá querendo morrer?! (Disse a Tamy fazendo drama e fazendo todos rirem)

— Assim não vale! (Eu disse chateada)

— Não se sinta intimidado por mim! Não sou como essas bichas voadoras! Só não sinto atração por mulheres! (Disse Alexy fofo)

Ele entrou, não falou nada e se dirigiu ao quarto dele... Alexy ficou me olhando esperando a minha reação. Só então eu me liguei de que Alexy não sabia a verdade... Então eu me levantei muito revoltada e fui até à porta do quarto daquele idiota, respirei fundo e bati na porta já entrando...


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