Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 58
Capitulo 58 - Confissão




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Castiel POV

— Mas do que eu gostaria. Mais do que uma vez eu pudesse pensar ser possível!

— Não sabia que ela é tão importante assim pra você! Mesmo que vendo seu estado já dá pra ter uma noção! (Sem querer as lágrimas caíram e então meu irmão me abraçou) Calma cara! Vai dar tudo certo!

— Eu estou assustado… Eu nunca me senti assim antes… Estou com medo de perdê-la… (Não foi porque eu quis as palavras simplesmente saíram da minha boca)

— Eu sei que está… De qualquer forma você não pode continuar vestido assim. Avise os pais dela e peça ao Lysandre para trazer uma roupa pra você, eu dou um jeito e você toma banho por aqui mesmo!

— Valeu cara... Valeu mesmo... (Eu disse após o abraço)

— Que isso?! É pra isso que serve os irmãos! Aliás, cadê o Nathaniel?!

— Eu não me importo com ele! (Eu disse me alterando) Ótimo namorado ele está se saindo! (Eu disse alterado. Matias saiu da sala me deixando sozinho)

Eu liguei pro Lysandre e pedi que ele passasse no meu apartamento e me trouxesse uma roupa e os telefones dos pais dela que provavelmente deveria ter no celular dela ou em algum lugar na agenda! Algum tempo depois ele chegou com a Sininho foi só então que me dei conta de que provavelmente eles deviam estar juntos.

— Foi mal... Nem passou pela minha cabeça que vocês pudessem estar juntos...

— Tudo bem, já estávamos dormindo! E como ela está?! (Disse a Sininho ainda sonolenta) E por sinal onde está o Nath?!

— Ela ainda está na cirurgia... (Eu ignorei a última pergunta) Vocês podem avisar aos pais dela? Eu vou procurar meu irmão e tomar um banho... (Eu disse pegando a roupa que o Lysandre havia trazido)

Eu tomei banho, troquei de roupa, mas não conseguia parar de pensar se ela já havia saído da cirurgia... Eu voltei pra sala de espera. E pude ver aquele loiro cretino lá... O médico que a estava operando apareceu finalmente para dar a noticia... Eu estava tão preocupado que podia sentir meu coração como se estivesse saltando do meu peito.

O médico disse que durante a cirurgia ela teve uma parada cardíaca e graças a isso ela está em coma. Mas eles acreditavam que era psicológico. Então ela podia acordar amanha ou talvez nunca mais. É claro que depois disso eu simplesmente não pude acreditar, meu coração doía tanto que parecia que alguém estava arrancando ele de lá a frio. Todos ficaram muito abalados, mas estavam satisfeitos por ela estar viva, era para eu estar assim também, certo?! Mas eu não estava! Graças ao efeito do calmante eu consegui me controlar, mas eu acho que foi bem visível pra todos que eu estava mal.

Como da outra vez, alguém precisava ficar para cuidar dela, então com exceção de mim que fiquei no hospital, ninguém mais pôde vê-la. Ao entrar no quarto senti meu corpo todo estremecer... Eu andei até ela com passos desconcertantes enquanto lágrimas infelizes persistiam em escorrer de meus olhos. Eu cheguei perto dela e sentei-me na poltrona que havia ao lado da cama… Olhei para o monitor e vi o batimento cardíaco… Depois levei uma de minhas mãos até o rosto dela…

— Quando eu poderia imaginar que você faria eu me sentir assim?! (Algumas lágrimas persistiam em escorrer) Você está vendo isso?! Eu não consigo controlar! Sabe por quê?! Porque estou com medo! Medo de nunca mais poder ouvir sua voz, de nunca mais poder ter a chance de ver seu sorriso! (Eu respirei fundo) Eu prometo que não importa o que aconteça eu vou cuidar de você… Eu não vou deixar que nada te aconteça… minha pequena… Mas por favor, volta pra mim! (Eu peguei a mão dela e então entrelacei meus dedos aos dela) Se lembra disso? Da primeira vez que ficamos assim? (Eu sorri) Eu realmente quero fazer isso de novo! Realmente! Então você precisa ficar bem, entendeu?! Eu estarei aqui te esperando!

Eu dei um beijo em sua testa e então passei o resto da noite ao lado dela e não consegui fechar os olhos por um minuto sequer. A manhã chegou e nada… Eles precisavam fazer alguns exames então meu irmão me obrigou a comer algo. Eu comi na lanchonete do hospital e então voltei para o quarto. Eu fui obrigado a sair por alguns minutos para que os familiares e amigos pudessem vê-la. E assim foi durante uma semana inteira… Eu não consigo me conformar! E mais uma noite se passou e óbvio que eu fiquei a noite toda ao lado dela. Pela manhã eu acordei torcendo para que tudo aquilo tivesse sido somente um pesadelo, mas não! Não era! Eu nunca havia me sentindo tão aflito antes!

Mais uma vez eu me sentei ao lado dela e entrelacei nossos dedos. Pouco depois o médico chegou para alguns exames e pediu-me para assinar uma autorização dizendo que a deixariam com algumas dores de forma que talvez estimulasse a volta dela, e caso ela acordasse eu deveria ligar para a enfermaria. Eu não tinha perdido as esperanças, mas meu coração doía. Cerca de duas horas depois eu estava vendo televisão… Sim! O adolescente aqui ainda estava de mãos dadas! (debochado) Então de repente senti um aperto na mão… Eu olhei rapidamente para a minha mão, mas então eu sorri irônico me achando o maior de todos os idiotas apaixonados! Mas então de novo e dessa vez não soltou, aos poucos ela começou a abrir os olhos. Sem conseguir controlar-me, algumas lágrimas infelizes começaram a escorrer. Ela ficou me olhando por alguns segundos…

— Não consegue me ver? (Eu perguntei preocupado)

— Sim, eu consigo… Só não consigo acreditar… (Ela disse devagar)

— Eu estou aqui… (Eu sorri)

— Você estava preocupado comigo? (Eu assenti) Você gosta de mim? (Eu sorri e abaixei minha cabeça selando meus lábios aos dela) Você está chorando…

— Preocupe-se apenas em melhorar, ok?! (Eu acariciei o rosto dela)

— Você me doou sangue de novo?

— Não foi nada… (Ela apertou o lugar da cirurgia e algumas lágrimas escorreram de seus olhos) É verdade você está com dor. Eu vou ligar pra enfermaria.

— Não! Por favor… Eu não quero que você vá embora…

— Eu não vou… (Eu beijei a testa dela e então liguei pra enfermaria)

— Posso te pedir um favor? (Eu assenti com a cabeça) Enquanto eu estiver aqui você pode vir me ver?! Eu quero te ver quando eu estiver acordada…

— Claro minha pequena… (Eu sorri)

Ok! Sem comentários sobre as reações acima! Tão patético… (desolado) Enfim… Minutos depois chegou o médico com alguns enfermeiros. Eles fizeram exames e depois aplicaram-na uma medicação a qual ela ficaria “paralisada”…

— Então, senhor, a medicação a deixará consciente, porém ela não conseguirá mover nenhuma parte do corpo ou falar. Apenas ouvir e ver... Pode ser um pouco agonizante então aconselhamos que o senhor converse com ela ou ligue a televisão. (Dizia uma das enfermeiras) Ela começará a voltar aos poucos de forma que falará pausadamente e terá dificuldade para movimentar-se, novamente pode ser agonizante, por isso seja paciente. O efeito deve começar a cessar em uma hora, depende de paciente para paciente podendo ser mais ou menos. Ah, sim. Daqui à uma hora ela já poderá comer então o senhor deve ligar para enfermaria para podermos trazer o café da manha.

Após as orientações os enfermeiros e o médico saíram, e mais uma vez eu fiquei sozinho com ela. Ainda de mãos dadas, eu comecei a falar com ela. Eu contei partes que considerava importante sobre minha vida e também coisas irrelevante como a minha primeira transa, não sei por que falei isso, eu simplesmente falei e depois fiquei sem graça por causa disso. Cerca de meia hora depois eu cansei de falar sozinho então coloquei um filme na TV. Um tempo depois ela começou a falar.

— Pica… pau… (Ela falou como se estivesse em câmera lenta eu a olhei)

— Está com fome? (Eu olhei meu celular) Ainda faltam dez minutos.

— Obrigada… (Novamente bem devagar pronunciando letra por letra)

— Não foi nada. Não prefere não se esforçar agora? (Eu perguntei gentil)

Ela assentiu. Dez minutos depois… Como me foi pedido, eu liguei para enfermaria e então levaram o café da manha dela. Como ela não conseguia se quer levantar a mão me foi pedido que a alimentasse. Eu ri disso. Era engraçado! Mas eu fiz né?! É o que fazemos quando gostamos de alguém!


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