Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 31
Capitulo 31 - Jantar em família




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Ele saiu do carro e bateu a porta. Eu cruzei meus braços e esperei. Ele me olhou pelo vidro da frente e perguntou grosso, eu não ouvi direito só vi a boca dele se mexendo.

— Pretende ficar muito tempo aí?! (Ele parecia revoltado)

— To esperando você abrir a porta pra mim! (Eu disse cínica)

— O que?! (Ele perguntou grosso)

Eu descruzei um dos braços e apontei pra porta com uma cara cínica. Ele foi até a porta, abriu e fez uma cara de despeito e raiva. Eu saí e ele fechou a porta.

— Não vai pegar a minha mão, querido?! (Eu disse irônica e cínica)

— É claro, meu amor! (Ele disse também irônico e pegou a minha mão)

Eu não sei qual de nós dois apertava mais a mão do outro. Ele com certeza é forte, mas isso não significa que eu também não seja. Os dedos compridos dele estavam massacrando a minha mão e eu estava arranhando a mão nojenta dele. Não estávamos de dedos cruzados apenas de mãos dadas, o que tornava muito mais fácil a tortura.

Nós chegamos logo atrás da família. Eles pediram uma mesa e nós fomos nos sentar. Quando chegamos à mesa as duas crianças se sentaram, em seguida Matias e o pai puxaram as cadeiras para as suas respectivas esposas se sentarem. Eu fiquei espantada! A este momento eu já havia soltado a mão do cretino.

— Querida?! Não vai se sentar?! (Eu olhei para o lado e vi o idiota fazendo o mesmo. Ele estava interpretando o bom marido até falou educadamente)

— Obrigada, meu anjo! (Tentando agir naturalmente, mas com vontade de estrangular o imbecil)

Eu me sentei e em seguida ele se sentou ao meu lado. Isso é totalmente desnecessário! Tamy e eu nunca gostamos de romances! Eu duvido muito que esses dois sejam assim vinte e quatro horas por dia. Acredito até que se amem e sejam unidos, mas abrir a porta do carro, puxar a cadeira... Eles por acaso saíram de um livro de contos de fadas?!

O garçom veio e deu os cardápios para os homens! Esse machismo todo já está me estressando! Cavalheirismo é só uma desculpa para machismo! Eu tentei não dar muita confiança pra isso...

— O que você vai querer?! (Castiel perguntou grosso e baixo para que só eu pudesse ouvir o mau humor dele)

— Escolhe o que você quiser. (Eu disse séria não dando muita confiança)

Ele escolheu um prato e enquanto esperávamos a comida chegar todos nós conversamos. Eu não dei muito papo para o que eles estavam falando, eu estava ocupada demais babando pela maneira como a Wendy e o Luke eram fofos. E Matias não estava muito satisfeito em ver a filha tão empolgada com um menino.

— Matias! (Disse Viviane chamando a atenção do marido e nós rimos)

— O que? (Ele disse ainda não prestando atenção em nós adultos)

— Deixe-os em paz! Eles não estão fazendo nada demais! (Disse a esposa rindo sutilmente)

— Ainda não! Se continuar assim daqui a cinco anos ela vai estar grávida! E eu não vou aceitar filho de ninguém na minha casa! (Após esse comentário, óbvio toda a mesa riu. E Wendy se manifestou)

— Papai, você não acha que está exagerando? Assim você vai assustar o Luke!

— Eu concordo com a Wendy, amor! (Disse Viviane)

— O seu pai pode estar exagerando, mas vamos com calma, viu pirralha?! (Disse o pica-pau alertando a sobrinha)

— É claro, tio! Com muita calma, até porque eu mal conheço o Luke, né?!

— É verdade. Fora que eu ainda sou muito novo para me prender a alguém! (Disse Luke arrancando mais risadas da mesa devido à maturidade de ambos)

— É sim! E precisamos pensar em nossa vida profissional também!

— Aham! Não vamos nos tornar bons profissionais de uma hora pra outra!

— Além do mais, eu ainda não engoli essa história de cegonha! Precisamos ter uma conversa muito séria sobre isso, papai e mamãe. (Nós rimos mais ainda)

— Preferia que jamais soubesse… (Suspirou Matias)

— Vocês dois continuem pensando assim! Até pelo menos uns quinze anos!

— Não se preocupe vovó! (Disse Wendy)

— Quinze não! Trinta! (Disse Matias o que nos fez rir)

— Isso já é um pouco exagerado não acha?! Nós nos casamos aos vinte anos.

— Hei! A Wendy não precisava saber disso! (Nós rimos da cena)

— Papai! É sério! Você está me envergonhando! Eu te amo! Agora por favor, deixe-nos conversar! (Wendy deu um beijo na bochecha do pai)

— Ok… (Ele disse depressivo. Viviane sorriu e deu um selinho nele)

— Melhora assim? (Ela sorriu e ele assentiu sem graça)

— Tão ciumento esse homem! (Disse Castiel)

— Falou o nada ciumento da família! (Disse Matias irônico nos fazendo rir)

Depois de algum tempo conversando, o pai resolveu não sei por que raios motivos dizer a quanto tempo ele estava junto da esposa e de como se conheceram. No fim de toda a ladainha de como eles se conheceram seguido de um selinho na esposa e o mesmo ter ocorrido com o outro casal da mesa, quem estava faltando?! É pois é! Eu e o idiota! Nós nos olhamos tentando nos entender pelo olhar pra dizer algo que não fosse idiota… Simplesmente não saiu nada! E então o Matias começou a rir como se soubesse de algo! E os pais dele insistiram ficando bem confusos…

— Como vocês podem não se lembrar? Não tem nem dois anos! (Disse Matias implicante)

— É claro que eu me lembro! (Eu disse começando a história) Foi assim… Nós nos encontramos numa festa de empresários e reconhecemos um ao outro do casamento de nossos avós. E daí ele chegou perto de mim e começou a conversar comigo dizendo que havia se apaixonado a primeira vista. (Eu disse implicando)

— Sim. E no dia seguinte quando eu acordei, ela já tinha ido, mas o sutiã tinha ficado com um bilhete e um número. (Ele disse também implicando)

— É… (Eu olhei pra ele achando desnecessário o fato de termos supostamente dormido juntos e eu ter deixado o sutiã como se fosse uma v@d1@!) E a primeira coisa que ele fez foi me ligar e perguntar se eu já havia tomado café. Eu disse que já, mas ele ficou insistindo tanto me ligando todos os dias que eu tive que ir jantar com ele.

— É. Depois dessa noite ela se apaixonou perdidamente por mim! (Sim, estávamos provocando um ao outro e tentando ferir o orgulho alheio) E foi isso!

— Que fofos! (Disse Viviane) Mas e o beijo?

— Que beijo?! (Eu disse espantada)

— Ué o beijo! Todos aqui após contarem suas histórias se beijaram! Agora é a vez de vocês! (Disse a mãe. Que legal! Que legal! Não! Isso não é nada legal!)

— Claro. (Eu sorri falsa e me virei para o pica-pau que me olhou maliciosamente, eu o ignorei e puxei o queixo dele selando nossos lábios e o soltando rapidamente)

— Que beijo fraquinho! (Disse Matias rindo) Esse é o grande amor que fez vocês se casarem tão rápido?!

— Todos deram apenas um selinho, por que temos que nos beijar de verdade?

— Ué, por que vocês são jovens, Morgan. (Disse Matias rindo) Além do mais, vocês são o casal mais novo e apaixonado da mesa, precisam nos mostrar como se faz.

— Mas… (Eu estava indignada. Não queria beijá-lo de verdade!)

— Qual o problema? Estamos entre família. (Disse a mãe gentil)

— Vocês tem certeza que se amam? Não está parecendo! (Disse Matias ainda rindo) Quando eu tinha menos de um ano de casamento eu era muito apaixonado.

— É verdade, filho, vocês parecem tão distante um do outro. (Disse o pai)

— Tá. Vamos logo. (Disse Castiel irritado)

Eu não quero beijá-lo! Alguém me ajuda! Que ódio! Não é justo!


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