— Você não vai a lugar nenhum! Eu não quero que ninguém saiba disso! (Ele disse grosso ainda segurando meu braço)

— Você não manda em mim idiota! E não se preocupe eu não vou falar nada pra ninguém! Mas não ache que eu vou continuar fingindo ser a esposa perfeita! (Eu disse puxando meu braço da mão dele e saí caminhando à frente)

Eu saí andando e passei pelos pais dele, dei um sorriso sem graça. Eu continuei andando até sair do parque achei melhor voltar pra casa dos pais dele. Por que ele não foi sincero o tempo todo?! Não importaria se em vez desse fingimento todo ele tivesse sido sincero e me dado algum sinal ou algo do tipo. Não pelo fato de eu estar gostando dele, mas pelo fato de eu achar que ele fosse ser meu amigo. E eu odeio que mintam pra mim. Que droga! Eu fiquei com muita raiva! A cada dia eu odeio mais esse pica-pau!

Castiel POV

Aquela nanica imbecil saiu andando pra fora do parque. Mas o que essa mulher está fazendo?! Eu fui atrás dela. Ela estava com raiva e mulher com raiva faz qualquer coisa sem pensar nas consequências. É! Eu aprendi isso do jeito difícil! Eu estava indo atrás da infeliz, mas quando passei pelos meus pais eles me pararam.

— O que houve filho? Nós vimos sua esposa passar por aqui! (Disse meu pai)

— Ela não está se sentindo muito bem. (Eu disse)

— Ela não parecia mal, parecia revoltada. (Disse minha mãe confusa)

— Ela não gosta de ficar mal e resolveu ir pra casa. Eu vou atrás dela, com licença. (Eu disse andando sem deixa-los responder)

P*rr@! Eu tenho quase trinta anos, será que eles não percebem que eu posso viver sozinho?! E essa mulher idiota! Não podia parar de infantilidade e agir como uma pessoa adulta?! Só por que eu a agarrei ela não precisava fugir! Parece até que nunca transou! Eu nunca vou entender as mulheres! Não importa quantas eu ainda vá ter!

Eu andei atrás dela e consegui alcança-la. F1lh@ d@ p#t@! Se meus pais descobrem, todos os sete meses que não pude viver na minha casa terão ido por água abaixo por que a criancinha deu ataque!

— Ficou maluca?! Sua idiota! Já parou pra pensar que se alguém desconfiar você e eu estamos f#d1d*s! Sem dinheiro pra mim e muito menos pra você!

— Cala a boca! A culpa foi sua! Primeiro me agarra e depois vem cheio de marra! Quem está pensando que é?! (Ela disse revoltada enquanto se virava pra mim)

— Seu marido! (Eu disse irônico e ainda com raiva)

— Argh! Eu te odeio pica-pau idiota e desprezível! (Ela disse grossa e saiu marchando na frente. Ela andou na frente e eu não fiz a menor questão de segui-la) Será que dá pra você abrir a porta?! (Ela disse cruzando os braços)

Morgan POV

Eu cheguei à porta da casa e ele a abriu. Eu subi bruscamente até o quarto onde estávamos. E peguei minha roupa e fui para o banheiro. Tomei um banho bem demorado e depois voltei para o quarto.

— Ainda está viva?! Podia ter se afogado! (Disse o idiota que se levantou da cama num pulo e foi para o banheiro)

Ele não me deu tempo de responder. Eu peguei os cobertores no armário e depois peguei o necessário para eu dormir e joguei na cama, depois eu peguei algumas colchas e um dos travesseiros da cama e coloquei no chão ao lado cama. Eu peguei um livro e li durante algum tempo. Eu já estava indo dormir quando ele chegou...

— Chega pra lá! (Ele disse jogando a roupa dele de maneira embolada em cima da mala) Anda anã! Eu estou com sono! (Ele disse um pouco mais grosso)

— Você vai dormir aí! (Eu apontei para o chão)

— Que piada engraçada! (Ele disse com um sorriso irônico)

— Eu até dormiria no chão, mas idiotas não merecem piedade! (Eu disse grossa) Boa Noite! (Eu dei um sorriso irônico e apaguei a luz do abajur)

Ele resmungou, mas se ajeitou no chão. Eu dormi. Pela manhã, eu acordei com uma luz no rosto. Eu tentei abrir os olhos e pisquei algumas vezes. Alguns segundos depois eu finalmente conseguir identificar que Wendy havia aberto a porta e estava lá com a porta aberta e olhando eu dormindo na cama e o idiota no chão.

— Por que vocês brigaram?! Eu não gosto de ver ninguém brigado! (Ela disse triste enquanto saía andando acho que para o seu quarto)

— Wendy! (Eu a chamei, mas ela não me ouviu)

Que legal! Agora eu teria mais um problema! Eu peguei meu robe de seda e coloquei depois saí e fui atrás dela. Eu cheguei ao quarto dela, era bem rosa! Acho que era especialmente pra ela já que tinha brinquedos por toda a parte. Ela estava deitada na cama com a cara afundada em seu travesseiro e chorando.

— Oi... Eu posso entrar? (Eu disse calma ainda da porta)

Ela levantou o rosto secou as lágrimas com a blusa e se sentou na cama.

— Pode... (Ela disse chorosa)

Eu entrei fechei a porta e me sentei na ponta da cama dela.

— Você está chorando por que eu e seu tio não estávamos dormindo juntos? (Eu perguntei de uma forma suave, mas confusa)

— Não... Quer dizer... Não só por isso... (Ela disse melosa)

—Então o que é? (Eu perguntei)

— É que... Bom, tem um garoto... O nome dele é Luke...

— Parece que você gosta dele, né?! (Eu sorri e ela assentiu com a cabeça. Ah o primeiro amor! Tão inocente e puro!) Me conta como ele é.

— Ele é moreno e tem o cabelo enrolado igual de anjo, tem os olhos marrons e ontem ele me emprestou a caixa de lápis de cor dele! Ele não é fofo?! (Ela disse sorrindo e cruzando as pernas em cima da cama)

— Parece que ele é mesmo! (Eu disse sorrindo e fazendo o mesmo) Mas por que você estava chorando? (Eu perguntei confusa)

— Porque ontem ele foi ao parque, mas ele estava de mão dada com a Sarah... E hoje quando eu fui falar com você eu vi você e o tio Tiel brigados. Se nem você que é adulta pode me ajudar eu não tenho chance nenhuma. (Ela disse meio chorosa)

— Por que você acha que estamos brigados? (Eu disse com um sorriso gentil)

— Tia Morgy, a mamãe já me falou sobre o amor, tá?! (Ela disse como se fosse óbvio) Eu sei que quando um homem e uma mulher se casam é por que se amam muito e querem ter um ao outro sempre perto pra poder cuidar, dormir juntinho, dar as mãos, agir com carinho e beijar na boca! (Eu ri gentil)

— Sua mãe te disse que só podemos beijar quando casamos?! (Eu perguntei)

— Não, tia Morgy! (Ela disse rindo) Mas o papai falou que eu só vou poder beijar um garoto quando eu tiver vinte anos. (Eu ri)

— Mas e o Luke?

— Eu não vejo a hora de poder andar de mão dada com ele! Eu vou dar uns bons tapas naquela Sarah. Quem ela pensa que é?! (Ela riu de uma maneira fofa)

— Eu e o seu tio não estamos brigados. Eu não estava me sentindo bem e ele resolveu deixar a cama pra mim. (Eu disse torcendo pra ela acreditar)

— Como o meu tio é fofo! (Ela sorriu, o idiota ainda saiu como o tio perfeito! 'despeito') Tia, você pode me ajudar com o Luke?

— É claro! Mas temos que falar com seus pais... Vamos fazer assim, você vai se trocar e eu também, depois nós podemos ir falar com eles o que acha?

— Eu adoreiiiii!!!!! Eu vou me trocar!!! (Ela pulou da cama e foi para o banheiro de sua suíte)

Eu ri e depois fui para minha suíte. Eu me troquei e quando eu saí o idiota não estava lá. Eu desci as escadas e ele estava na cozinha junto com seu irmão e sua mãe. Logo depois chegou o pai, a Viviane e a Wendy. Nós nos reunimos na mesa da sala de jantar para tomarmos café da manha.

— Vocês já têm planos para hoje à noite? (Eu perguntei)

— Não. Ainda não tínhamos pensado em nada. (Disse a mãe)

— Nós poderíamos sair pra jantar. E a Wendy podia levar um amiguinho pra ela não se sentir sozinha. O que acham?(Eu disse)

— É. Não seria nada mal! (Disse Viviane pensativa)

— Então qual restaurante? (Disse Matias se empolgando)

— Potremmo andare al ristorante Bella Notte! (Disse o pai rindo)

— É seria uma boa! (Disse a mãe e eu continuei com a cara de tacho de quem não está entendendo nada. O idiota estava do meu lado ele me olhou e começou a rir)

— Ele quis dizer que seria uma boa ideia irmos ao restaurante Bella Notte! (Ele sussurrou no meu ouvido rindo) Minha avó é italiana, graças a isso fomos obrigados a aprender a falar italiano já que meu pai nasceu na Itália, mas veio morar aqui ainda pequeno por isso não tem muito sotaque. (Ele disse baixo se afastando um pouco de mim. Eu olhei pra ele que ainda estava perto. Bom humor de manha?! Isso é sério?!)

— Obrigada. (Eu disse séria ainda raivosa com o idiota. E ele sorriu gentil. Sabe essa bipolaridade me estressa profundamente!)