Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 24
Tudo foi questão daquela calça


Notas iniciais do capítulo

Vocês acreditam que tudo o que eu escrevi aqui não está indo?!
Então, sigam o link se quiserem ver aqui>>> http://writergirl0-2.tumblr.com/post/145828139146/voc%C3%AAs-num-acreditam-eu-sou-uma-p%C3%A9ssima

lkkk, desculpem gente!
Boa leitura! =^,^=



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Você já ficou em um lugar e se perguntou: O que é que estou fazendo aqui?  Mas, foi você mesmo que pensou o porquê estava naquele lugar, ou foi alguém? Claro, ninguém perguntara isso diretamente para você, mas você já sentiu isso não é? Bom, algumas pessoas não saberiam a resposta, algumas pessoas apenas ficariam, e certas coisas nunca iriam mudar. Pra quê mudar não é mesmo? Se você pode continuar com sua vida certinha, programada, ver todas as pessoas que você ver todos os dias, a mesma rotina de sempre, os mesmos problemas, e tudo isso você já está acostumado, certo. Quer dizer, você nunca cometerá os mesmos erros, e nunca irá sentir medo de ver pessoas diferentes, pois estás vendo as mesmas pessoas todos os dias. E não se engane, mudar é bom, mas uma mudança radical muda não só você, mas toda sua vida, todo o seu rumo, e então todos os seus velhos hábitos não esquecidos, você ver novas pessoas, novos ares, são novos costumes, novos hábitos, tudo vira “novo” para você, até você mesmo. Mas quando isso começa a ficar velho, quando esse “novo eu” começa a virar o “velho eu”, quando tudo se repete novamente, você estará disposto a mudar de novo? Acho que não... Quer dizer, você já mudou radicalmente uma vez antes, e irá mudar de novo. Pra quê? Por acaso queres fugir? Pois bem, fuja. Mas fuja para longe, bem longe dos seus antigos “eus”, até que um dia irás esquecer completamente do seu “eu” verdadeiro e tornarás outra pessoa. Completamente diferente. Não era isso o que você queria?

Briga interna, confusão e só uma questão: Esquecer tudo e recomeçar?
Mas quantas vezes você terá que fazer isso até sentir-se em casa? Ele pode não te amar como você queria... A questão é sobre ele, não é? É claro, sempre foi. Todas as suas decisões irracionais foram sobre ele. Porque ele... Por que não você? Por que não mudar por você? Ao invés de encarar seus problemas consigo mesma, Stella resolveu partir, e isso foi o pior erro da sua vida. Como ela descobriu? Quando voltara para o único lugar que lhe pertencia: Para Mac. Ela descobrira que ele era a sua casa, sua razão para ficar e continuar a ser ela mesma. O problema era que, depois de ter partido ela nunca mais fora a mesma.

Depois de Mac vê-la fraca... Ver sua fraqueza, ela descobriu que não poderia mentir para ele. Ao sair do quarto ela estava fugindo, e ela não queria fugir mais, não dele, não dessa vez. Foi um problema que ela teria que enfrentar, e a questão era: agora ou nunca? Nunca seria “nunca”, mas também não precisaria ser “agora”, não agora, não quando... Ele estava preocupado e se ela simplesmente fugisse seria motivo para ele insistir mais para descobrir o que se passava por ela, de início até pensou em mentir, mas sinceramente, ela não conseguiria. Pelo menos não para ele. Esperava estar tomando a decisão certa.

Com o seu enjoo maldito passando, e estando até mais calma, Stella apertou os passos até o corredor do hospital, olhou de relance seu reflexo na janela, pelo menos estava voltando a sua cor normal, quando se deu por si, já estava em frente a porta do quarto de Mac, levou sua mão lentamente (quase em câmera-lenta) até a maçaneta da porta e a abriu devagar, primeiramente colocou sua cabeça para dentro para ver se o “território” estava tranquilo [a/i:exagero?] e estava, Mac pediu para que ela entrasse e assim ela fez. Colocou seus pés dentro do quarto dele e fechou a porta atrás de si, demorou um tempinho parada em frente a porta e só saiu quando a enfermeira que ainda continuava lá terminara o seu trabalho e deu alguns passos para chegar até a porta, e claro Stella deu espaço para que a mulher pudesse sair, então ela mesma deu mais uns passos à frente para enfrentar Mac.

Era agora ou nunca? Talvez o agora pudesse ser no dia seguinte? Pensava assim Stella. Mas pela cara de Mac, ele não iria deixar ela passar, ou ela contava ou ele a obrigava. Talvez ela podia fazer um de seus teatrinhos (que ela não costumava fazer) para ele, fingir que estava chateada e reclamar de seus quadris ‘enlarguecendo’, ou até mesmo a mudança que ela percebeu em seus seios... Seus hormônios também, ela poderia reclamar de tudo isso, menos falar sobre o real assunto.

— Você vai me dizer o que está acontecendo, ou eu terei que fazer uma investigação?-Questionou ele, realmente na ironia, mas Stella levou um pouco a sério e ele percebeu. Mac fez uma careta engraçada quando viu a cara séria de Stella, foi tipo “então é sério?”. Na verdade, ele só estava preocupado com o que Stella estava a esconder dele, seja lá o que fosse, ele não iria julga-la... Que não fosse para pedir o término de seu relacionamento...

Uma das coisas que Stella tinha que aprender enquanto ainda estivesse sentindo esses enjoos: não respirar fundo puxando todo o, que para ela era odor, de um ambiente. Como ela fez agora. Já não bastasse ter passado mal uma vez na frente dele, ela teria que passar mal pela segunda vez? Por sorte foi só um mal entendido, nada saiu pela sua garganta pelo menos.

— Eu estou com um problema!-Declarou era com lágrimas dos olhos.

Ao ver as lágrimas nos olhos da amada, Mac enlouqueceu por dentro para não demonstrar por fora como estava.

— A minha calça, que até semana passada estava entrando em mim...-Apertou os lábios contra o outro tentando parar de chorar. Ela realmente gostava daquela calça. – Você não percebe o que está acontecendo?-Questionou indignada. Não com Mac, mas para o que estava acontecendo com ela. Mac tinha um olhar confuso agora, sua preocupação foi substituída por confusão... E ela realmente gostava daquela calça. – É minha calça preferida. Eu estou ficando larga, daqui à pouco não vai ter espaço para me sentar em um lugar.-Percebendo qual era a questão que Stella estava querendo dizer, sua confusão foi substituída por diversão. Mas ele sabia que ela ainda escondia alguma coisa dele.

— Eu vou te amar mesmo você estando do tamanho dessa sala.-Mac sendo Mac. Por que ele tinha que dizer isso para uma grávida cujo os hormônios mudam a cada instante, e ela estava mesmo bipolar... tripolar... Ela queria bater nele.

A questão era: Aquela foi sua calça favorita!

— Eu amo aquela calça mais que você, Taylor!-Gritou ela, nervosa com o que ele dissera. Se ela fosse do tamanho daquele quarto, como sua calça preferida iria entrar nela? Porque tudo foi questão do seu amor por aquela calça... Ou era o seu quadril?

Não importava, ela queria usar aquela calça, pelo menos uma última vez. Ela realmente amou aquela calça. Esqueça a calça, pelo o amor de Deus!

— Que merda, merda, merda, 100 vezes merda!-Xingou Stella repetidamente.

Mac se espantou pela a atitude dela. Será que era tudo realmente questão sobre a calça? Surpresa tomada em seu rosto, o homem não foi capaz de sorrir, pelo menos não com uma Stella prestes a explodir no quarto... Seus olhos raivosos estavam dando medo ao CSI como nenhum psicopata o fez antes. Será que ele fez xixi na cama? Se não, com certeza faria. Stella o olhava assim como encarava um assassino em um interrogatório. Agora ele entendia o porquê ela foi tão eficiente em seus interrogatórios, e tinha um pouco de pena por cada um que ela prendera... Será que ela estava fazendo um interrogatório com Mac? Pois se não estava, ela com certeza iria mata-lo.

Chame as enfermeira! Chame as enfermeiras! Seu subcociente gritava em sua cabeça. E era uma ótima ideia.

— Amor, eu acho que eu vou chamar uma enfermeira...-Avisou ele, fingindo uma falsa dor no local onde foi baleado.

Stella o olhou incrédula. – Ah, então é assim agora? O quê, eu estou tão gorda que você prefere uma enfermeira com um corpo escultural? Quer brincar de médico com elas agora? Você foi muito baixo!-A morena cruzou os braços, ela já derramava lágrimas dos olhos.

— Querida...-Até que Mac tentou argumentar. Juro que ele tentou.

Ao invés de estar em um interrogatório, Mac estava agora lidando com sua assassina. Cadê as agulhas? Escondam as agulhas? Pensava Mac. Ele realmente estava com medo de morrer nas mãos de Stella. Suplicava em sua mente para não ter nada cortante em sua volta, ele não estava pronto para morrer agora. Pelo menos não nesse momento que acabara de acordar.

— Não me chame de querida! Chame suas enfermeiras.-Agrediu ela. – Pelo menos as calças delas entram...-Sussurrou soluçando. Tudo foi questão de sua calça.

Foi um ato perigoso, que Mac estava disposto a correr por ela. Levou sua mão até o antebraço da morena e esfregou de um lado para o outro, fechou os olhos e...
Felizmente ele continuava vivo. Mas ainda não sabia o porquê dela ter explodido daquela forma... Quer dizer ele sabia: foi tudo questão daquela calça. E Stella estava exagerando além de tudo, ela estava ótima. Podia ter ocorrido algumas mudanças nesse segundo semestre de sua gravidez, mas que não foram notadas por ninguém de fora (apenas ela), além do mais acabara de entrar para a 8ª semana, os únicos sinais de que seu corpo estava mudando foi seus hormônios super alterados e seus enjoos, que, realmente não foi uma “mudança no corpo”.

— Mac, eu estou tão enjoada, eu só quero ir para casa sabe?!-Choramingou Stella se aproximando mais dele e tomando suas mãos para ela. – Estou sentindo cólica, e...-Respirou fundo, novamente lembrou-se que era um erro, mas foi necessário. – Eu sinto tanta falta da Clarisse.-Completou ela.

Mac riu com isso. Apesar de Stella estar muito estranha, ela estava agindo de forma engraçada também. Isso de fato não incomodou Mac, o que o incomodou foi saber que ela não está em seu período menstrual. Pois sim, ele sabia do período menstrual dela. Aliás, que tipo de homem seria se não soubesse quando sua mulher estivesse com TPM? Ele tinha que se preparar para coisas tipo isso o que aconteceu a poucos instantes.

— Você me promete que, assim que ficar bem, me contará o que realmente está acontecendo com você?-Pediu ele, esperando que ela confirmasse.

— Não, Mac, eu tenho que te dizer!-Afirmou convencida de fato de que era isso que ela queria. E foi realmente o que ela queria. Mas também foi uma decisão ousada para o momento.

*****

[a/i:gritos de ameaças: corte-lhe a cabeça 510x! sou o tipo de pessoa legal que interrompe um momento que todo mundo espera, e ainda interrompe o capítulo... sorry?]

Depois de longas 5 partidas de “Detetive”, da vitória de Clarisse em todas partidas e da derrota dos demais, todos os 4 ficaram entediados com o jogo. Então Adam tirou uma brincadeira que ninguém sabia de onde vinha. O nome da brincadeira que o loiro propôs que eles brincassem se chamava “E se”, e foi um pouco sem graça quando ele contou, mas depois que elas estavam ciente da brincadeira concordaram em brincar. Parecia divertido, mais do que a primeira em que estavam a quase meia hora brincando.

Os quatro se juntaram no chão da sala ficando em frente um para o outro, Clarisse tinha um sorriso maroto no rosto e olhava diretamente para sua tia. E claro, cada um dos três (com exceção de Clarisse) não tinham nenhuma expressão no rosto. Lucy só estava ali porque não tinha trazido seus brinquedos, senão ela não estava jogando um jogo que nem sabia como começar. Lindsay agia normalmente, sem nenhum plano de vencer ou perder, sem nenhuma pergunta em mente, apenas curtindo o momento. Adam estava preparo para o jogo, assim como Clarisse, mas não mostrou ansiedade.

Clarisse só imaginava as coisas que perguntaria se sua mãe estivesse ali. Pois sim, ela tinha muita coisa em mente para sua mãe, e como ela não estava lá entre eles, seu primeiro “alvo” para atacar foi Lindsay, que estava desprevenida para rebater ou até mesmo para jogar.

 – Ok, comecem!-Anunciou Adam. E claro, quem começou foi Clarisse.

—  E se a tia Lindsay nunca conhecesse o tio Danny?-Disse a menina, já entrando na brincadeira.

Não foi uma brincadeira de perguntas e respostas, cada um tinha que continuar na conclusão um do outro, quem não conseguisse saia... E quem ganhava levava um pretzel. Clarisse estava disposta a ganhar, não por causa do pretzel, mas por quê ela era uma competidora assumida.

— Não existia Lucy.-Concluiu Adam, fazendo uma carinha triste e inclinado-se para bater levemente sua cabeça com a da pequena Messer. A menina sorriu genuína.

— E se não existisse Lucy?-A própria menina perguntou, querendo saber qual seria a resposta mais inteligente que sairia ali.

— Nós nunca seriamos felizes...-Concluiu Lindsay, fazendo um beicinho e abraçando a filha de lado.

— E se nunca fossemos felizes?-Continuou a brincadeira, Clarisse. Essa questão surpreendentemente a pegou, ficou imaginando se perdesse o seu pai. Ela nunca mais seria feliz se isso acontecesse. Nunca. Mesmo conhecendo Stella, ou com sua avó, ela nunca se sentiria feliz sem o seu pai.

— O mundo não existiria.-A voz de Adam veio tirando Clarisse de seu devaneio.

— E se o mundo não existisse?-Quem continuou foi Lindsay.

— A brincadeira acaba.-Bufou Lucy, pensando seriamente que a brincadeira iria acabar porque ela não tinha nada a altura para responder/continuar sua mãe.

Com um sorriso maroto, Clarisse olhou para cada um com um olhar desafiador, ela tinha uma resposta na ponta da língua. – E se a brincadeira acabar?-Pronunciou a menina fazendo os demais rirem.

— Não teríamos divertimento.-Veio a resposta majestosa de Adam. Em um certo ponto, ele estava certo, mesmo que o que falou fizesse apenas parte da brincadeira, houve uma pontada de verdade.

— E se não tivéssemos divertimento?-A voz meiga e doce de Lucy encheu a sala.

— Não seríamos felizes.-Concluiu Lindsay e todos olharam para ela com um sorriso. – O quê?-Pediu sem entender.

— Você está fora, mamãe!-Anunciou a menininha para a mãe.

Lindsay ficou horrorizada. Como assim ela estava fora?

— De acordo com as regras, não se pode repetir a mesma resposta duas vezes.-Explicou Adam. Ainda assim, Lindsay não estava entendendo. – “Não seríamos felizes”, você disse pela segunda vez no jogo.-Foi mais especifico.

Lindsay cruzou os braços feito uma criança birrenta e levantou-se para sentar no sofá e olha-los jogarem... Sem ela!

— Vamos começar!-Deu as ordens Clarisse, e os dois que ficaram no jogo junto com ela concordaram.

— E se chocolate não existisse?-Começou Lucy. Sem querer e sem saber, a menina fez uma pergunta muito inteligente, porque com certeza que, um dos dois poderiam cometer o mesmo erro que Lindsay.

— Não haveria alegria.-Adam resolveu se arriscar, e as meninas não ligaram já que “felicidade” e “alegria” foram duas palavras distantes uma da outra.

— E se não houvesse alegria?-Clarisse continuou a sentença de Lucy.

— Não haveria tristeza.-Disse Adam.

— E se não houvesse tristeza?-Retrucou Clarisse.

— Seriamos felizes!-Exclamou a pequena Lucy, levantando os braços para cima de alegria. Os adultos e Clarisse riram da resposta da menina.

E assim foi passando o resto da tarde para eles, brincando de “E se” e ganhando pretzels. Era nessas horas de divertimento que Clarisse mais sentia falta de seu pai ali, ele adorava jogar com ela, não importava qual fosse o jogo, bobo ou não, ele sempre jogava com ela.

*****

Inadequado? Talvez. Mas foi preciso!

Mas realmente não foi “o momento”. O momento propicio que ela iria dizer com todas as palavras enchendo o seu peito de orgulho o que realmente estava acontecendo com ela. Mas então, parecendo que a resposta de suas orações tinha caído ali no quarto... Ou melhor, chegado ali no quarto, a impediu de dizer quaisquer palavra naquele momento que estava ficando constrangedor para ela.

Assim que Stella abrira a boca para dizer aquelas palavrinhas que iriam mudar por completo sua vida, Millie abrira a porta anunciando sua chegado e atrapalhando o momento que a grega teria com o amor de sua vida. Stella acreditava se Millie chegou interrompendo então era porque ela não teria que contar agora.

— Hey, Millie!-Saudou Stella com um sorriso no rosto, apenas Mac ficou com uma carranca. Não era hora melhor de atrapalhar? Stella estava pronta para conta-lo sobre o que estava acontecendo com ela, então sua mãe interrompe. Será que elas combinaram? Impossível... Certo? Certo!

Mas, por vim das dúvidas, ele iria abrir a questão. Ainda estava preocupado com Stella, pois ela ainda escondia algo dele. Algo que ela iria contar, mas se não fosse sua mãe... Ele ainda não se conformava com o interrompimento da mãe. Também, qualquer um ficaria inconformado se alguém interrompesse algo muito importante. Mas como era sua mãe ele iria deixar passar.

— Olá, vocês!-Saudou Millie, abraçando primeiramente Stella e depois se deslocando para beijar o topo da cabeça do filho. Mac sorriu tirando sua carranca do rosto.

Era sua mãe, ele não conseguia ficar com raiva dela. E a propósito, Stella pareceu aliviada quando ela entrou no quarto, depois de tanto enrola-lo para contar, ela foi salva por sua mãe.

— Oi, mãe!-Respondeu Mac, não muito entusiasmado.

— Stella, o horário de visita acabou faz tempo, vá para casa!-Ordenou Millie.

Stella riu, um pouco contragosto. Mas como sempre, Millie tinha razão, o horário de visita tinha acabado e ela tinha que voltar para casa... casa de Mac. Ainda tentou convencer Millie em deixa-la mais um tempinho com Mac quando fez um beicinho infantil (muito infantil [a/i:até eu deixaria ela ficar]), mas a mulher mais velha não se levou pela brincadeira de Stella e apenas sorriu para o filho a ignorando descaradamente.

— Já entendi!-Bufou juntando suas coisas. Eram muitos livros que Stella carregava nas bolsas, e quando Millie vira levantou uma de suas sobrancelhas. – Você quer levar a metade amanhã?-Perguntou Stella, sentindo agora o peso que carregara tranquilamente mais cedo naquele dia. Millie fez que sim com a cabeça e estava rindo. – Amor, amanhã eu venho te ver.-Avisou ela se aproximando dele.

Os dois ficaram bem próximos, até Stella resolver fechar o espaço entre eles e juntar seus lábios um no outro começando um beijo calmo e apaixonado, cada um explorando a boca um do outro com as línguas, saboreando enquanto podiam. Mac foi o que cessou o beijo quando o ar lhe foi necessário, Stella inclinou sua cabeça para trás para poder ver o rosto do amado. Ele sorriu lindamente para ela, com seus olhos brilhantes, sua aparência ainda cansada, e sua barba que crescera em seu rosto, ainda assim ele olhava lindamente. – Eu te amo!-Falou um pouco alto, Millie pôde ouvir e quando ouviu sorriu. Novamente seus lábios se encontraram, mas agora para um selinho rápido. – Eu também te amo!-Mac respondeu no mesmo tom de Stella. Ele tirara sua mão que estava na cintura dela quando ela se afastou dele com um sorriso triste.

— Tchau, Millie, cuida bem do...-Pensando na besteira que ela iria dizer, Stella travou completamente.

Millie riu. – Esqueceu a voz, Stella?-Brincou a mulher mais velha tirando Stella do transe.

A grega riu. – Acho que sim...-Falou Stella com uma cara divertida. Mac riu e disse tchau para a morena quando ela se virou para ir embora já com suas coisas na mão.

— Mãe, você sabe o que a Stella tem?-Perguntou Mac, sabendo que tinha uma chance de sua mãe saber o que estava acontecendo com Stella. Millie ficou calada piscando os olhos, sem dizer uma palavra... Ela não precisou dizer nada para Mac confirmar suas suspeitas. Sua mãe sabia de alguma coisa e não iria lhe contar.

E agora ele não podia dizer mais nada já que no local do seu ferimento começou a arder. Primeiramente foi uma pontada leve, então começou a doer mesmo. Para ajuda-lo, Millie se aproximou e apertou o botãozinho aplicando mais morfina pelo cateter de Mac, o homem não reclamara de dor, mas sua mãe podia ver em seus olhos que ele estava com dor. Lentamente, a cabeça de Mac começou a cair, seus olhos pesaram e ele não viu mais nada. Dormiu serenamente.

— Amanhã você descobre, filho!-Disse Millie com um sorriso depois que seu filho dormira. Com isso, a mulher aproveitou para arrumar o lugar que iria passar a noite e pegou um livro da sacola de Stella. Ela não pôde deixar de sorrir, Stella já estava se preparando para ser mãe, claro que estava.

*****

Sabe quando você percebe que ficou tão dependente de alguém que todos os jogos, todas as brincadeiras começam a ficarem chatas quando esse certo alguém não está? Bom, foi assim que Clarisse se sentiu quando se deu conta que Stella não estava ali ainda, sentiu-se como se dependesse realmente da morena. Não era um sentimento ruim, mas ela tinha medo de ser uma “sufocadora”, não queria afastar Stella. Mas quando a mulher não estava lá, era como se sempre faltasse algo. Talvez ela esteja assim por medo de perder Stella, porque agora que a viu como mãe, ela não queria nunca mais deixa-la.
Sua atenção foi desviada para a porta que se abria, na verdade, todos que estavam na sala levantara-se para verem quem estava abrindo a porta do apartamento. Os adultos tinham mais atenção na porta pensando que poderia ser alguém perigoso (Christine [não que ela seja perigosa]), mas logo as preocupações passaram quando viram que quem estava entrando era apenas Stella.

Clarisse sorriu em direção a grega que entrava na casa e quando percebeu que todos na sala olhavam para ela, de imediato parou com uma expressão confusa no rosto, mas acabou sorrindo para Clarisse que estava de pé esperando por ela. Lindsay levou suas preocupações embora assim como Adam, e deixou sua guarda cair, foi até Stella abraça-la, a grega correspondeu o abraço da amiga e sorriu para ela quando tinham se separado.

— Oi...-Cumprimentou Lindsay afastando-se da amiga.

— Oi...-Respondeu Stella, e antes que ambas adultas dissessem qualquer coisa,  veio Lucy correndo em direção a elas e pulou em cima de Stella feliz por ver a madrinha ali. Todos na sala riram, menos Lindsay que estava pronta para repreender a menina pelo ato.

— Lucy, não faça mais isso na tia Stella, pode machucar o...-E claro, a mulher teve que medir suas palavras antes que falasse besteira na frente dos que não sabiam o “segredo” de Stella.

A grega repreendeu a amiga com o olhar, que não foi deixado despercebido de Clarisse, a menina se intrigou no momento em que sua tia falara para Lucy não machucar “o”, não foi Stella, foi outra coisa em questão, e Clarisse iria fazer de tudo para descobrir, sua mãe estava escondendo algo dela que sua tia sabia e ela realmente odiava ser a última a saber das coisas que aconteciam em sua volta. Clarisse pigarreou chamando atenção das duas adultas para que elas soubessem do que ela queria falar. E parecia que Stella e Lindsay não foram atentas para perceber que esse deslize deixou a menina curiosa, até mesmo Adam estava intrigado com isso.

— Então, vocês irão me dizer ou eu terei que investigar?-Perguntou a menina, claro usando tom de ironia para isso. Nesse momento Stella só confirmou: Clarisse era mesmo igual ao seu pai.

As mulheres ficaram sem entender, olharam uma para outra e ai a ficha caiu. Clarisse havia percebido o deslize de Lindsay que, sem querer entregou a amiga, Lindsay pediu desculpas para Stella com o olhar, mas a grega não se importou. Colocando a filha da amiga no chão, Stella se aproximou de Clarisse e a encarou por alguns segundos.  

— Então tá, querida!-Concordou Stella. Se ela não conseguira falar para Mac, talvez fosse mais fácil falar primeiramente para Clarisse... Pelo menos pensava assim. – Acontece que, eu iria contar-lhe amanhã, mas já que...-Suspirou. – Eu contarei agora.-Afirmou ela decidida do que tinha que fazer. – A 2 meses atrás, como você sabe, seu pai foi me visitar em Nova Orleans, eu estava sozinha, e ele...-Sorriu triste. – Eu sempre fui apaixonado pelo seu pai, então naquele momento finalmente aconteceu.-Adam arregalou os olhos para essa novidade que ele ainda não sabia, nem ao menos desconfiava. Lindsay sorriu enquanto Lucy olhava para a mãe sem entender. – Eu só fiquei com ele e durante esse tempo eu não fiquei com mais ninguém, foi ele, e é ele.-Falou Stella, como se estivesse preparando Clarisse para a verdade ainda, mas a menina estava muito confusa do que Stella estava falando. – Nunca pensei que seria possível, mas foi, Clarisse, eu estou grávida!- Falou finalmente, e a última parte falou com uma certa rapidez, com medo da reação de Clarisse.

A menina não dissera nada, ficou paralisada e de boca aberta, tentou até falar alguma coisa, mas nada saia. Adam ficou surpreso também, arregalou os olhos assim que entendeu o que Stella falou no final de seu “discurso”, e ele não poderia acreditar, estava feliz é claro, mas ainda era difícil de acreditar.

— Você já contou para o meu pai?-Foi a primeira coisa que veio na cabeça de Clarisse e ela usou. Ela não sabia o que estava sentindo de verdade naquele momento, mas estava feliz que teria um irmãozinho da pessoa que era como um mãe para ela, e estava nervosa também, Stella grávida, ela nunca pensou que fosse possível.

— Eu irei contar amanhã.-Avisou Stella. – Pensei em fazer uma surpresa para vocês, mas queria prepara-los primeiro. Sinto muito querida.-Lamentou mordendo o lábio inferior com medo que Clarisse dissesse qualquer coisa a mais.

A menina ainda estava paralisada, não tinha nenhuma reação ou nada inteligente para falar no momento. Ainda era inacreditável, as coisas vêm acontecendo tão rápido que ela não está conseguindo pegar. Só uma reação sua tiraria essa insegurança de Stella, como ela não dissera nada só deixou a mãe ainda mais nervosa e ansiosa.

— Oh meu Deus, você não gostou!-Exclamou Stella insegura, como nada saia da boca de sua filha, ela deduziu que a menina não gostara da ideia de ter um irmãozinho. Eles estavam perdidos, era assim que a grega pensava. Se Clarisse não gostasse da ideia de ter um irmãozinho então ela não sabia o que iria fazer com o bebê sozinha... Ok, ela estava se precipitando demais, mas como poderia não deduzir algo assim se Clarisse ainda não disse nada além de ter perguntando se ela contara para o pai da gravidez.

— Não!-Exclamou Clarisse. – Meu Deus, não!-Continuou a menina. – Hei, você ama o meu pai, ele te ama, eu amo vocês dois e confio muito em você.-Afirmou ela se aproximando de Stella e segurando os braços de Stella assim como fez outro dia. – Eu só fiquei surpresa, nada de mais.-Confortou ela. – Eu amei saber que você me contou antes que o papai e a vovó, e que eu terei um irmãozinho ou irmãzinha!-Falou animada. E ela estava mesmo animada com a ideia de ter alguém mais novo para cuidar.

Stella fez uma careta quando Clarisse dissera que ela soube antes que a avó, a mulher só foi a segunda pessoa a descobrir o seu segredo. Agora Adam, Lindsay, Lucy e Clarisse sabiam, só faltava uma pessoa que ainda não tinha descoberto e que era mais importante do que qualquer outro.

— Na verdade, sua avó já sabe.-Avisou Stella com uma careta.

Clarisse abriu a boca surpresa.

— Mas, eu... Pensava que...-Sua voz foi suave, fez com que os adultos rissem e até mesmo Lucy riu da prima.

— Eu tive o privilegio de ser a primeira a saber!-Provocou Lindsay gritando para Clarisse. Stella revirou os olhos e a menina caiu para trás sentando no sofá.

Clarisse odiava ser a última a saber... Mas ela não foi a última, mesmo assim estava odiando o fato de não ter sido a primeira a saber. Foi só drama da parte dela mesmo, pois estava amando a ideia de ter uma irmãzinha (estava convicta de que seria uma menina).          

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Mac Taylor – “Se o que você está fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo.” Charles Chaplin.


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Notas finais do capítulo

Tentei fazer algo “fora do normal” nessa fic, tipo: tentei fazer um capítulo divertido. Não sei se ficou, mas está ai, prontinho e revisado ;) E finalmente aconteceu, eu juro que iria fazer com que Stella falasse com Mac em primeiro lugar, mas eu não encontrei o momento ali, assim que eu encontrar um gancho eu prometo, Mac saberá, e talvez possa ser no próximo capítulo!! E então, o que vocês esperam que o bebê Smacked seja? ♥
Espero que tenham gostado do capítulo!!

Gente, eu estou tão abalada, foram tantas notícias tristes só essa semana :( Primeiro o acidente do ônibus aqui no Brasil, depois lá nos Estados Unidos assassinam uma jovem cantora, Christina Grimmie em Orlando, e então o massacre na boate gay também em Orlando :( Pow, quantas vidas foram perdidas né, quantas famílias estão devastadas por terem perdido pessoas tão especiais, jovens, eram apenas jovens, assim como eu, e bem, podia ser velhos ou sei lá o que, eu ficaria indignada do mesmo jeito que estou agora.
Eu só queria prestar minhas homenagens para essas pessoas que perderam suas vida...
:'(

#PrayForWorld