Mr. Darcy em minha vida escrita por hatake
Notas iniciais do capítulo
Para minhas queridas leitoras...
Quando Hannah acordou na manhã seguinte Darcy estava a sua espera para correrem juntos.
— Acordou cedo Darcy. Bom dia!
— Bom dia. – estava com um semblante sério.
— Dormiu bem?
— Vamos correr? Não quero me atrasar.
— Tudo bem.
Os dois correram por alguns quilômetros até pararem para descansar. Sentaram-se embaixo de uma árvore e após alguns minutos em silêncio Darcy disse:
— Com quem você estava ontem Hannah?
— Com um representante de um cliente da empresa. Por que?
— Você voltou tarde para casa.
— O clima estava tão bom que nem percebemos o tempo passar.
— Esse representante... É um homem?
— Sim.
— Jovem?
— Sim.
— Solteiro?
— Mas que droga é essa Darcy? Onde você quer chegar?
— Você ficou interessada nele? – os olhos de Darcy estavam tempestuosos.
— Não é da sua conta. – disse Hannah antes de voltar a correr de volta para casa.
— Droga... – Darcy praguejou antes de ir atrás de Hannah.
Darcy estava confuso. Tudo o que deseja era que Hannah fosse feliz. Mas será que ela não poderia ser feliz solteira? Maldição! É claro que não. Todos precisam de um companheiro. Alguém para se apoiar. Alguém que vai lhe abraçar quando o dia não for bom... Alguém que vai lhe fazer uma boa massagem quando estiver muito cansado... Alguém que vai lhe beijar... Que vai lhe olhar com desejo e...
— Aish! – resmungou em voz alta.
— Tudo bem aí Darcy?
Hannah parou de correr e se virou para trás.
— Continue correndo. – o semblante de Darcy não parecia nada bem. Era uma mistura de dor com raiva, muita raiva.
— Ok! – Hannah voltou ao seu caminho.
Eu preciso me acalmar... Eu preciso me acalmar... Eu preciso... matar... Eu vou matar o idiota que ousar chegar perto da minha mulher. Minha? – Darcy deu uma risada sarcástica – Eu mesmo fiz questão afastá-la. Darcy, Darcy... Não era isso que você queria? Que ela encontrasse alguém e fosse feliz? Mas precisava ser tão rápido? E se não for uma pessoa boa... É isso! – a face de Darcy se iluminou – Eu preciso saber se é um bom homem. Se não for, como eu posso deixá-lo com a Hannah? Preciso protegê-la contra esse idiota. Eu vou protegê-la.
— Seus pais ligaram. – disse Darcy a alcançando.
— Sério? Por que ligaram para você?
— Acho que não conseguiram falar com você.
— Hum... Desliguei meu telefone ontem para a reunião. O que eles queriam?
— Como não poderão vir no dia da sua festa de aniversário virão almoçar conosco no domingo.
— Hum... Tenho que pensar no que cozinhar.
— Não se preocupe com isso. É seu aniversário. Eu vou cozinhar.
— Sério?
— Uhum.
— Obrigada!
— Já pensou no que vai querer de presente?
— Hum... Para falar a verdade não. Não é como se eu quisesse algo em especial. Qualquer coisa serve.
— Vou pensar em algo então.
— Ok, obrigada!
Terminaram o caminho em silêncio.
— Hannah? – Darcy chamou ao entrarem em casa.
— Sim?
— Vocês vão se ver novamente?
Não era preciso ser um gênio para saber de quem Darcy perguntava.
— Provavelmente. Somos a engenharia de ambas as partes.
— Eu quis dizer por motivos pessoais.
Hannah pensou um pouco. James era um homem atraente. E beijava maravilhosamente bem. Mas no dia anterior quando saíram do restaurante não combinaram nada.
— Eu não sei. – respondeu sincera.
— Você gostaria? – o olhar de Darcy se estreitou.
Hannah também não sabia, mas Darcy não precisava saber disso.
— É claro.
Darcy soltou um suspiro profundo.
— Ele beija maravilhosamente bem. – completou entrando em seu quarto.
Hannah assustou-se com o estrondo na porta. Darcy entrou em seu quarto e fechou a porta com força. Hannah nunca o vira tão transtornado, nem mesmo quando ficou sabendo sobre Jane Austen e o livro. Raiva, decepção, desespero, dor... Era possível ver todos esses sentimentos em sua face.
— Beija maravilhosamente bem? – ele falou cada palavra cuidadosamente. Era possível ver a força que fazia para se conter. Suas mãos estavam fechadas em punho e Hannah podia ver os nós brancos.
A mente de Hannah estava em branco. Nunca poderia imaginar Darcy agindo dessa maneira.
— Responda. – Darcy gritou.
O corpo paralisado de Hannah voltou a funcionar com o grito de Darcy.
— O que você pensa que está fazendo Darcy? Saia daqui agora. – gritou.
— Responda. – o tom era baixo dessa vez, mas tão gelado que para Hannah foi como se mergulhasse em um lago congelado.
— Eu não vou responder porcaria nenhuma. – disse mais calma – Que direito você acha que tem para entrar no meu quarto dessa maneira e me interrogar?
— Responda Hannah. Só... Só responda. – Hannah estava brincando com fogo, era possível ver o controle se esvaindo a cada palavra.
— Sai daqui Darcy.
— Eu não vou sair enquanto você não me responder.
— Que tipo de pergunta é essa?
— Uma bem simples. Só responda. Ele beija maravilhosamente bem?
— Darcy, eu...
— Droga Hannah! – Darcy gritou novamente – Me responda de uma maldita vez.
Sem saber o que fazer Hannah apenas assentiu com a cabeça.
— Sim? – o tom de Darcy saiu estrangulado.
Hannah concordou.
— Você se sentiu bem com o beijo dele? Você quer beijá-lo novamente?
Darcy não podia se controlar. Cada palavra saia da sua boca sem que se desse conta. Sentia raiva, ciúme, tristeza.
— Acho melhor pararmos por aqui Darcy. Já fomos longe demais.
— Você acha? – respondeu irônico.
Os dois se encararam em silêncio por alguns segundos até que Darcy disse:
— Longe demais foi você beijando outra boca que não fosse a minha. Longe demais foi você ao me dizer que beijou outro como se estivesse falando do tempo.
Hannah estava sem reação. Só podia ouvir as palavras de Darcy em silêncio.
— Longe demais... – Darcy continuou - Longe demais está você agora. – disse antes de caminhar em direção a Hannah.
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