You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 5
O lugar do futuro


Notas iniciais do capítulo

Entre uma correria e outro, encontrei um lugarzinho para escrever.
Gente, apenas de me basear em duas pessoas reais, crio uma história minha. Quando as mães, a mãe da garota A sempre a apoiou, a mãe da garota, quando a filha assumiu o namoro, disse que suspeitava que existia mais que amizade entre elas.



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Era segunda feira e as duas tinham voltado para o colégio. Os primeiros horários eram de química e segundo Clara não rolava a menor química entre ela e a matéria, a morena estava sentada, com a cara emburrada, Marina se concentrava na aula, como sabia que amiga apesar de muito inteligente, era impaciente, a branquinha prestava atenção dobrada, porque quando voltavam para casa, ela virava a professora particular da morena.

No intervalo, Clara devorou o lanche e saiu para se encontrar com o professor e artes e a coordenadora, enquanto Marina foi para a biblioteca, já que Gisele estava passando a manhã no museu com a turma. Clara entrou no teatro do colégio, o professor já estava por lá, era um rapaz jovem, amigo de todos e muito empolgado, já a coordenador tinha na faixa de 45 anos, possuía dois filhos, sabia ser dura e compreensiva ao mesmo tempo.

Pedro: E aí Clarinha, pronta para realizar o primeiro trabalho como direto mesmo?

Clara: Nervosa um pouco, mais feliz. Ah, esqueci de falar, eu e Marina usamos as peças do ano passado, as filmagens como aplicação para escola de artes em San Francisco e se vocês pudessem escrever uma carta de recomendação seria muito bom e ficaria agradecidas.

Roberta: Será um prazer, vocês são alunas excelentes e talentosas, tenho certeza que conseguem. E já estou ansiosa para o número que Marina fará nas audições.

Pedro: Eu também. Nem é favoritismo, mas ela é uma atriz maravilhosa.

Clara: Ela é assim em tudo que faz.

Pedro: É.... Mas, vamos logo decidir isso.

Clara: Eu estive pensando e acho que apesar de Dona Flor ser uma obra muito boa, o lado sexual é muito explorado. - Ela sabia que Marina ganharia fácil as audições, pois era disparado a melhor atriz do colégio e tentava evitar cenas romântica entre a amiga e qualquer outra pessoa.

Roberta: Eu ia apontar justamente isso.

Pedro: Mas vamos lembrar que não dá para ficar evitando mais cenas de mais intimidade, no caso, ao menos as cenas de beijos. - Até antes do último ano, todas as cenas de beijos eram retidas das peças, alguns pais não gostavam, mas com a última turma, que era de formando, ficava mais fácil fazer isso acontecer.

Roberta: No máximo beijos. Dona Flor é pesada para eles, não quero confusão com os pais.

Clara: Nesse caso, Lucíola deve ser cortada também.

Roberta: Isso.

Pedro: Estão tirando minhas indicações.

Roberta: Foram indicações boas, mas depois de analisar, não dá para fazer, porque se tirarmos as cenas mais sexuais, acho que tira parte da essência da peça.

Pedro: Ficamos com duas.

Roberta: Que ao meu ver, são mais fáceis de fazer que as outras.

Clara: Vamos a votação?

Pedro: Sim. Voto no Bonde.

Clara: Bonequinha. - Olharam para coordenado.

Roberta: Clara, avise sua turma, faremos Bonequinha. - Ela sorriu, sabia que Marina vibraria com a notícia.

Após se despedir dos professores, ela saiu sorridente atrás da amiga, o intervalo na tinha acabado ainda. Marina lia encostada na instante, até ver uma sombra formar em frente ao livro:

Marina: Você. - Falou revirando os olhos.

Cadu: Você sabe se esconder gatinha.

Marina: Não deveria esta com a namorada?

Cadu: Esta com cólica, em casa. Coisas de mulher. - Deu de ombro. - Mas, sabe que eu prefiro sua companhia. - Tentou abraçá-la, que girou o corpo e desviou.

Marina: E eu prefiro que fique longe.

Cadu namorava Bruna, mais assediava Marina sempre que podia. Ela não tinha a menor paciência com o garoto que achava que conseguia tudo apenas sorrindo.

Cadu: Sabe, eu acabei de votar em você como candidata para rainha do baile e sei que vai ganhar. Junto comigo.

Marina: Deveria ter votado na Bruna, ela é sua namorada.

Cadu: Você deveria ser minha namorada.

Marina: Dispenso.

Cadu: Mas, vou me assegurar de que pelo menos você dance uma vezinha comigo no baile. Coisa de rei e rainha.

Marina: Não vai acontecer. Tenho amor demais ao meu pé para dançar com alguém tão sem jeito. - Ela tentou sair, mas ele a segurou pelo braço prendendo o corpo dela no dele.

Cadu: Não acha que vai sair me dá um beijinho né? - Tentou se aproximar dela e a ouviu uma voz brava.

Clara: Mantenha distância Duarte. - A morena chegou com cara de pouco amigos.

Cadu: Olha Fernandes, meu papo é com a Marina, não com você.

Clara: Se afasta ou vai perder a língua e não terá como continuar o papo com ela, nem com ninguém.

Cadu: Ela é sua amiga, mas você não é dona dela. E não é porque ela é sua amiga, que tem que ser sapata como você. - Foi na direção da morena.

Marina: Vê lá como fala com a Clara. - Marina se colocou no meio dos dois.

Cadu: Mulher que é sapatão e homem eu trato da mesma forma, deveria te dá uma surra. Mas, não quero pegar uma suspensão. Se cuida Fernandes. - Foi saindo da biblioteca.

Marina: Não suporto ele.

Clara: Eu mesmo ainda. - Virou para amiga. - Vem, tenho uma notícia para você. - Saíram juntas em direção a sala de aula.

O próximo período, foi aula de Biologia e antes que começasse, Clara pediu para falar. Ela levantou da carteira e foi a frente:

Matias: Que desperdício, hein? - Disse assim que a morena.

Professora: Matias, olha como fala. Mais uma dessa e esta fora da minha classe. Prossiga Clara.

Clara: Meu aviso é breve. A peça anual que faremos é Bonequinha de Luxo. Ainda estamos trabalhando na adaptação do roteiro. Mas a audição para os papéis acontecerá na sexta, as aulas serão suspensas para a turma. Escolham um texto de preferência para interpretarem.

Laerte: Clarinha e quem não tem interesse em estar na peça? - O primo perguntou.

Clara: A participação da turma é obrigatória, mas mesmo assim existem um número de papéis e talvez não tenha para todos, então tudo depende do seu desempenho nas audições. - Virou para a professora. É só isso. - Ela retornou ao seu lugar e seguiram para o fim das aulas.

DURANTE A NOITE

Marina lia enquanto Clara entrou pela varando do seu quarto.

Marina: Ei Romeu!

Clara: Romeu?

Marina: É essa mania de pular a varanda do meu quarto, quando você tem as chaves da porta da frente, da cozinha e do meu quarto.

Clara: E da varando do seu quarto. Mari, é mais fácil eu pular a varando do que dá uma volta para entrar pela frente ou pela cozinha, fora o que terei que andar dentro de casa, subir escadas, pegar um corredor gigante, é mais fácil subir pela varando do seu quarto. - Disse deitando na cama e se enviando nos lençóis. - Sabe, quando eu estava com Brenda, morria de saudades do dormir aqui. Odeio dormir sozinha.

Marina: Eu lembro suas crises de choro quando era pequena para não dormir sozinha. Eu também senti falta de dormir contigo. - Deixou o livro de lado e passou a mão nos ombros de Clara.

Clara: Hoje eu consegui falar com uma brasileira que vive em San Francisco. Ela se mudou esse ano, acho que em abril desse ano. O nome dela é Vanessa Carvalho, esta fazendo direito lá.

Marina: Como conheceu a Vanessa?

Clara: Em um site de contos lésbicos que leio. - Marina olhou para ela um pouco surpresa. - Olha, a literatura lésbica ainda precisa ganhar mais espaço e escritoras. Enfim, a Vanessa mora em um tipo casa/prédio.

Marina: Casa/prédio? Nunca ouvir falar.

Clara: Era uma mansão, só que a família faliu, aí a casa foi reformada e transformada em uma casa com seis lofts. Cada loft tem sua sala, cozinha, banheiro e suíte tudo no mesmo ambiente e um anexo com área de serviço. Mas, a grande sala da casa, foi preservada como área de convivência para os morados se socializarem, a mesma coisa com a cozinha principal da casa e da área de serviço principal, todos podem usar em conjunto, tem também uma piscina para todos com cozinha externa caso queiram fazer um churrasco. Eu falei com minha mãe e ela gostou. - Clara pegou o celular e mostro as fotos do local para Marina. - Se você gostar, entro em contato para Vanessa e peço para ela reservar um ou dois lofts para gente.

Marina: Por que dois?

Clara: Talvez, você queira um só para você.

Marina: Sabe que será inútil se pegarmos dois. Você pula a varanda para vir dormir comigo. Melhor pegar um só. Quem mais mora lá?

Clara: Tem um casal que mora lá faz tempo, os dois são médicos residentes. Tem ela que se mudou esse ano e tem uma garota que também é brasileira que esta lá um tem uma ano, acho que o nome é Flávia. Aí no caso tem três disponíveis.

Marina: Percebi que eles mudam a decoração. Tem esse minimalista, que eu gostei, é bem claro...

Clara: Branco demais me incomoda. Eu prefiro o rústico ou o praiano.

Marina: Ficamos com o praiano. Fiquei curiosa pra saber os outros.

Clara: Segundo Vanessa o dela é dela é executivo, já que ele trás lugar para um tipo de escritório. O dos médicos é zen. E o da Flávia é estilo japonês.

Marina: O nosso tem vista para o mar.

Clara: Sim. O nosso e o zen ficam de frente para o mar. O zen e o rústico pega uma visão lateral, para o mar e para cidade. O japonês e executivo ficam com vista para cidade.

Marina: Espera um minutinho. - Marina saiu com o celular de Clara na mão, passou alguns minutos e voltou. - Pronto, minha mãe também gostou. Fala com a Vanessa amanhã e reserva o nosso. Se não for problema reservar por tanto tempo.

Clara: Ela disse que não. Que eles fazem um contrato e a gente paga uma quantia para reserva, se eu não me engando é o valor de um aluguel e meio. Mas, deixa eu mandar logo uma mensagem para ela. - Clara teclou algumas coisas no celular. - Pronto, falei para reservar o praiano que amanhã nossas mães ligam confirmando.

Ela pôs o celular na mesinha e as duas adormeceram. Os dias da semana foram passando e Marina preparava ansiosa para sua audição para peça anual. Os alunos iam entrando por ordem alfabética, Bruna voltou sorridente de lá, Cadu também. Marina viu Laerte entrar com cara de poucos amigos. Ela ficou concentrada esperando sua vez. Quando entrou, viu Clara sentada em uma das cadeiras da frente do auditório, Pedro ao lado dela e Roberta ao lado de Pedro:

Roberta: Muito bem Marina, comece quando se sentir a vontade. - Falou a coordenadora.


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Notas finais do capítulo

Beijos
Tentarei fazer o possível para atualizar Love o mais breve possível.



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