Heaven's Got A Plan For You (em Hiatus) escrita por Paixão Anormal


Capítulo 20
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Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo ficou meio ruim -na minha opinião- porque eu não sei descrever pessoas bêbadas, então...



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–Gatinho! O que você está fazendo com essa vagabunda!?
–x-

Castiel (ON)
Me virei e encarei Debrah. Eu mereço!
–Oi Debrah...
–E-Essa piranha te obrigou a fazer isso? -ela fez um choro falso
–Não chame ela assim! -falei entredentes somente para a minha "namorada" escutar
A morena andou em minha direção, enlaçou os braços em meus pescoço e sussurrou:
–Um dia você será só meu...
A empurrei com força.
–Nunca! Eu nunca vou gostar de você! Arg... Eu não sei o que eu tinha na cabeça antigamente...
–Não são todos que acham isso. -ela falou olhando para algo atrás de mim
Virei-me e pude ver a loirinha saindo da boate com uma expressão... trise? Eu vou matar essa vagabunda que quer afastá-la de mim.
–Debrah, considere-se uma pessoa sem vida.
–Nunca, você não contará o meu plano a ela, ou a mesma sofrerá as consequências.
–FODA-SE! SAI DA MINHA VIDA SUA DESGRAÇADA, JÁ NÃO BASTA ESTRAGAR O MEU MUNDO?, OH NÃO, É CLARO, VOCÊ É DEBRAH, QUER ESTRAGAR O MUNDO DELA TAMBÉM. PRESTA ATENÇÃO, VOCÊ. NÃO. PRESTA! -gritei pausadamente- É UM LIXO HUMANO, UMA VERGONHA PRA HUMANIDADE! AGORA SAI DA MINHA FRENTE, EU TENHO ALGUÉM PRA DAR A ATENÇÃO QUE MERECE. -todos nos olhavam e só agora notei que estávamos no meio de uma roda
Empurrei um moleque para passar e saí da boate. Nenhum sinal dela... DROGA!
Onde ela iria, onde ela iria, onde ela iria...
Para o parque, talvez...
Andei uns 4 quarteirões até chegar no parque. Olhei por todos os cantos, mas nada de encontrá-la.
Talvez ela estivesse naquele lugar atrás do meu quintal que eu fico quando quero pensar...
Corri até lá o mais rápido possível, já estava arfando quando cheguei e me deparei com...
NADA!
Merdaaaa! Por que Cristal, por quê?
Ela não voltaria pra casa, o pai e a madrasta fariam um questionário e eu duvido muito que ela gostaria de ouvir.
Andei pelo meu jardim pensando em um lugar em que a loirinha pudesse estar até que...
Cristal (ON)
Ele parou de me beijar quando ouvimos a última voz que eu gostaria. Debrah.
Meu deus que voz irritante... E que apelido é esse? Gatinho? Por acaso ela é o PiuPiu dos Loney Tunes pra falar "Eu acho que vi um gatinho?" -ok, comparação horrível, mas...
Castiel virou-se bruscamente e a encarou.
–Oi Debrah... -ele falou
–E-Essa piranha te obrigou a fazer isso? -ela fez um choro falso. Piranha!?
O ruivo murmurou algo e ela andou em sua direção, agarrando seu pescoço com uma expressão um tanto apaixonada. Debrah sussurrou algo e eu não quis mais ver aquilo. Okay Castiel, essa foi a forma mais clara e torturante que você podia me informar que eu fui usada!
Saí da boate e andei pelas ruas sem rumo, até que uma ideia veio em minha cabeça. Tá, eu sei que não deveria fazer isso, mas quem liga? Meu mundo está desabando. Mamãe está em coma, o marido dela que eu nunca gostei a fez prisioneira e acertou sua cabeça com um pé de cabra, eu estou começando a achar que estou me apaixonando por um ruivo babaca que me dá falsas esperanças e meu pai nunca está em casa...
Andava pelas calçadas enquanto lágrimas insistiam em cair dos meus olhos. O asfalto levemente esburacado iluminado pela luz fraca dos postes de luz só me fazia pensar mais e mais na minha vida. Se agora eu tivesse pelo menos uma música para me desconcentrar do desastre que eu sou... Mas agora eu já estou andando em caminho à solução. A solução por meras seis horas, mas que depois se transformaria em um grande problema.
Virei a esquina e entrei no beco que tanto conhecia. Já podia ver as luzes amareladas do casebre e a madeira desgastada das paredes. Pessoas saiam do estabelecimento vagarosamente, fazendo a madeira ranger sob seus pés.
Olhei para a direita e vi um casaco razoavelmente grande caído no chão. A roupa estava em bom estado. Provavelmente pertencera a um homem com renda suficiente para mandar escreverem o seu nome atrás do agasalho com temática de futebol. "Alex" li, antes de vestir. Isso me ajudaria a não chamar a atenção dos homens tarados que lá ficam, já que meu vestido não é um dos mais comportados.
Entrei na casinha e pude ver o senhor do balcão me olhar. Bom sujeito.
Sempre que tinha problemas vinha aqui, na "Pequena Taverna". Na época em que eu visitava o papai, mamãe ainda estava namorando com o Josh, foi uma fase difícil.
Sentei-me no balcão e encarei Louis, o senhor que mencionei assim que cheguei. Ele retribuiu o olhar.
–Oi Louis.
–Olá Cristal, o que te traz aqui?
Não sei se já falei, mas ele sempre me ajudou no quesito conselhos.
–Decepções, problemas, tristeza, rejeição... O que mais posso falar?
–E você realmente quer beber?
–Quero. -ele balançou a cabeça negativamente- Ah Louis, eu tento não beber muito...
–Eu sei que o meu trabalho é servir vocês, mas poxa, eu te conheço há tempo suficiente para ter afeto, você é como uma netinha pra mim, não posso deixar que faça isso...
–Por favor Louis...
–Não!
–Louis, eu. quero. beber! -falei pausadamente
–Mas você não vai.
–Claro que vou! Quem é você pra me dizer o que eu posso ou não, hein? Me passa logo essa dose de vodka porra!
Ele abaixou a cabeça. Merda, acho que o magoei... Não, não, ele não...
–L-Louis... Não foi isso que eu quis dizer... É-É que... -ele virou de costas e encheu o copo de vodka
–Aqui senhorita. -ela falou quase como um sussurro
–Louis, pare com isso, você sabe que eu não estava falando sério...
–Vou pedir para o meu colega atender a senhorita, meu expediente acabou. -e ele se virou e foi embora
–MERDA! -gritei
Virei o copo, mas senti que não estava satisfeita. Olhei para o homem que veio me atender.
Um cara de meia-idade, cabelos pretos e curtos, braços excessivamente fortes com uma âncora tatuada do lado direito me encarava esperando o pedido ser feito.
–Me passa o resto da garrafa, aí. -falei
Ele me entregou a vodka e eu coloquei o gargalo da garrafa na boca. Tomava gole seguido de gole, até terminar.
Paguei e saí.
Estava a caminho de casa. Me sentia feliz, sem problemas. O álcool ainda não tinha surtado total efeito.
Tirei o salto. Nossa, como é boa a sensação dos pés livres!
Ui, minha cabeça deu um giro agora...
Incrível como o asfalto das ruas de Los Angeles parecem um arco-íris, não é?
Cheguei na rua da minha casa eu acho, e olhei meus pés. Quantos dedos eu tenho mesmo?
Na janela da casa que eu passava em frente tinha um adesivo de sol colado, ele acabou de sorrir para mim.
Já estava em frente da casa ao lado da minha quando um garoto veio em minha direção. Um garoto ou uma garota? O cabelo comprido parece de uma garota, mas continuo achando que é um garoto, e muito bonito.
Ué, por que ele tá agarrando meus braços agora?
Calma, eu acho que conheço ele de algum lugar, mas de onde era mesmo?
–Cristal, você tá bêbada?
–Como é o seu nome mesmo? -cambalei. Nossa, isso foi péssimo, me sinto um passarinho caindo do ninho.
–Castiel! Você bebeu né? -ele olhou para minha mão. Ou será que foi para o meu pé?- Ah, nem sei porque ainda pergunto! -ele retirou a garrafa de mim
–Ei! Devolve isso, é meu!
–Cara, você não tá bem...
–Claro que não né, você roubou minha garrafa!
–Vamos pra casa, você precisa urgentemente de água gelada...
–Ah não, eu quero conversar com o Maxi!
–Maxi é seu cachorro Cristal...! -ele me pôs sobre os ombros como um saco de batatas e me trouxe para dentro de uma casa
–Pronto! Agora você fica deitada aí enquanto eu vou pegar uma blusa pra você.
Me sentei e olhei ao redor. Esse lugar é diferente... Eu já estive aqui antes?
O garoto voltou e ele tá me levantando agora.
Estamos subindo as escadas e ele tá me empurrando. Ai, que brutalidade...!
Chegamos em um...
Tem água gelada caindo em cima de mim agora. Já notaram como é divertido engolir água?
Ah... A água parou...
Ele me deu uma toalha.
Comecei a me secar e olhei ao redor.
Calma aí, onde eu tô mesmo? O que o Castiel tá fazendo na minha frente? Hm, mas que eu me lembre eu gosto dele...
–Castiel?
–Ah, pelo menos um pouco menos bêbada...
–E-eu não to bêbada!
–Ta sim, mas pelo menos sabe quem eu sou!
Meu vestido está todo molhado e ele está me entregou uma camiseta.
Por que eu to achando as coisas tão engraçadas?
Tem um casaco escrito "Alex" jogado no chão. Por que será?
O ruivo saiu do banheiro e deixou uma calcinha ao lado da pia.
Me vesti e eu acabo de descobrir que as camisas do Castiel são ótimas!
Castiel (ON)
Coloquei a Cristal embaixo da água gelada por uns 5 minutos, enquanto ela brincava de engolir as gotas.
Quando ela saiu já estava um pouco menos bêbada, ao ponto de me reconhecer, mas não de lembrar o que aconteceu na boate.
Entreguei a ela uma camisa minha -que ficaria grande o suficiente nela- e uma calcinha da minha mãe. Eu queria entender o por que da minha mãe deixar as peças íntimas aqui mas as outras roupas não... Coisa de maluco!
Me deitei na cama e liguei a TV enquanto ela não voltava.
Estava procurando um canal bom, quando a porta foi aberta e ela apareceu, com a minha camisa, que não cobria nem 1/4 das coxas -me dando a ótima visão de suas pernas- e o cabelo molhado, deixando-a totalmente sexy.
Okay, ela está com um olhar... malicioso? Confere a parte em que eu falei que ela ainda estava meio bêbada.
Ai Jesus, o que eu fui fazer com a minha vida?


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Notas finais do capítulo

Oi Oi Oi
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