E a Vida Continua escrita por CorujinhaGreyy


Capítulo 3
Peônias


Notas iniciais do capítulo

Anjos, me desculpem pela demora e por ter comido uma palavrinha com farinha no capitulo anterior. Boa leitura!



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POV- Grover

– Luce! – Thomas repreende a garotinha a puxando por seu braço e a passa para Elena, Luce se contorce.

– Me solta Elena!

– Nós nem o conhecemos Luce, ele pode ser muito bem outra criatura tentando nos devorar. – A voz de Elena soa protetora e alarmada, realmente essas ações me fazem crer que Thomas e Elena dariam a vida por essa garotinha fofa. Luce se mexe fazendo com que Elena vire, posso ver a adaga de bronze celestial brilhando em sua cintura.

– Onde conseguiu essa adaga? – pergunto meio inquisidor, eles sabem se são semideuses?

– Meu pai me deu pouco antes de morrer – Elena me responde baixando o olhar e soltando o bracinho de Luce que parou de se mexer, percebo que tocar neste assunto a entristece. – disse que me protegeria até que achasse meu lugar... olha nós realmente não deveríamos confiar em você, ok?

– Até que achasse seu lugar? – oh, ela realmente não sabe se é semideusa? Seu pai sabia? Se sabia, porque não lhe contou?– ele não te disse nada mais? Não acha que esse lugar pode ser o acampamento?

– E você não acha que pergunta demais? – Thomas se intromete, ele está irritado. Ok, agora tenho certeza que os três se sacrificariam um pelo outro.

– Thomas, ele parece legal. – Luce diz distraída brincando com uma peônia branca que deve ter pego no canteiro que está logo atrás dela - por que a gente não pode ir com ele?

– Porque não Luce. Onde conseguiu essa peônia? - diz Thomas franzindo a testa – não há nenhuma peônia naquele canteiro. – aponta para o canteiro de rosas e orquídeas.

– Mas não peguei no canteiro, estava aqui perto dos espinhos. É bem bonita não é? Sr. Grover, o senhor sabia que são minhas preferidas? – diz me dando um sorrisinho com covinhas nas bochechas, um perfeito anjinho. Se eles realmente são semideuses me pergunto de quem ela seria filha. Provavelmente de Hipnos, Dionísio ou Afrodite para ter essa carinha tão inocente.

Senhor? Estou com uma cara velha agora? Acho que deveria começar a usar alguns produtos Ivone...

– Não Luce, eu não sabia.

Thomas olha desconfiado para as mãos de Luce avaliando a peônia.

– Espera aí... Grover. É isso? – balanço a cabeça afirmativamente - se o senhor não sabia que eram as preferidas de Luce, não foi você que a deixou aí. – aponta para a flor. – Da onde veio essa peônia então?

Pois é, parando bem pra pensar... pelo Olimpo, seria possível? Não vejo como, mas... será? Não, é só uma garotinha, não seria possível!

– Primeiro, por favor parem de me chamar de senhor. Não me vejo como um velho de 90 anos. E segundo, os Anciões do Casco Fendido... – sou interrompido por Elena.

– Anciões do quê?

– Do Casco Fendido. É um conselho de...

– Tá bom, ok. Não precisa mais. Você sabe da onde veio a peônia ou não? – esse garoto é tão brusco! Ares ou Atena lhe seriam graves opções...

– Se você me permitir concluir... bem, como eu ia dizendo, os Anciões do Casco Fendido creem em uma pequena lenda sobre os espinhos que eu lancei no monstro que Elena cortou a garganta. Eles creem que a pessoa mais digna, e somente ela, poderia transformar os espinhos no que quisesse. Mas a raiz da questão é que a pessoa não deve desejar diretamente aos espinhos e aliás nunca deveria sequer ter sabido sobre os espinhos. Até aí tudo bem, só que essa pessoa também nunca deveria ter desejado o mal da pessoa que mais fez mal a ela no mundo, em momento algum, e apesar de tudo, ela teria de ser boa o suficiente para perdoar quem lhe fez mal. – Olho para Luce, será que ela já sofreu? Já a maltrataram? O espinheiro só dá algo para quem REALMENTE sofreu mas teve o ótimo coração para perdoar e em momento algum enquanto sofria desejou o mau de seu carrasco. Mas quem seria o monstro que machucaria essa criança tão inocente?! Sinto raiva ao imaginar alguém batendo nesse anjo de olhos verdes– você estava pensando em algo Luce?

– Estava pensando sobre o cheiro das peônias e, se no lugar que você disse ser seguro para nós teriam elas. – Explicaria, mas... já a fizeram mal e mesmo assim ela perdoou? Realmente sinto vontade de saber a história dessa criança. Luce está mais calma e um pouco triste. Thomas está sentado e Luce vai até ele, se aconchegando em seus braços.

Está frio e beirando às nove da noite.

Merda, os três devem estar cansados, famintos e com frio. Como não pensei nisso antes? Grande guardião!

Luce se aconchega melhor nos braços de Thomas, ele a segura deitada em seu colo beijando sua testa e murmurando algo doce enquanto ela caí gradativamente no sono. Em algum momento, Elena se senta ao lado de Thomas e desembaraça carinhosamente os cabelos negros e lisos de Luce com os dedos. Isso a coloca em um sono que espero somente sonhos bons e bonitos. Perco a noção do tempo, penso que podem ter se passado somente 5 minutos desde que todo o processo de por a pequena para dormir começou, mas quando olho para o relógio da praça que não está muito longe já se passou meia hora. Estou observando Elena e Thomas que estão olhando para Luce, ela dorme tranquilamente. Os dois olham um para o outro por algum tempo, como se estivessem discutindo via pensamentos. Vez por outra olham para Luce e para mim, como se nos medindo, e então retornam o olhar um para o outro. Após um tempo Elena assente.

Thomas cuidadosamente põe Luce no colo de Elena e se levanta, realmente vejo o quanto de amor há entre os três.

Thomas caminha até mim e começa devagar e cautelosamente.

– Sr. Underwood, você poderia nos levar a esse tal lugar?


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo está com o ponto de vista do Leo e do Percy, espero que curtam ^-^



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