Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 10
The Night


Notas iniciais do capítulo

TRADUÇÃO; A Noite
Hey galerinha, esteva morrendo de saudades de vocês. Minha demora tem dois motivos: rescrever um capitulo enorme e a volta as aulas que trouxe quatro provas (todas para esse mês), ciências, geografia, matemática e historia. Não tá fácil para ninguém :(
Capitulo mega gigante para vocês!
Dedicado as belíssimas flores do nosso jardim, Pangurou & Lauuh Jô, que recomendaram a fic, suas lindas!!!!!!!!! Quem quer seguir o exmplo delas? O/



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POV´s “?” (quem adivinha quem é?)

– Eu te odeio sabia? – falei discutindo com Josh

– Grande merda. Como eu me importasse com a opinião de patricinhas mimadas – ele me encurralou em um dos armários do colégio

– Me solta idiota

– Ou o que? – ele pôs toda sua força contra mim

– Você está me machucando – disse entredentes

– Essa é a intenção – Josh sorriu maliciosamente

– Vai me bater? – perguntei receosa

– Vontade não me falta, cabelo de foar.

– Vai se ferrar idiota

– Vou ferrar você primeiro – engoli seco

– Josh. Me. Solte – disse pausadamente.

– Não – ele riu debochado – preciso te ensinar uma lição antes. Só assim você nunca mais vai se meter onde não é chamada.

– Eu não fiz nada – menti

– Escutar atrás da porta não conta, né? – falou com a voz carregada de sarcasmo

– Esquece isso seu idiota – falei olhando para baixo – eu não estava ouvindo atrás da porta – menti de novo – estava passado e acabei ouvindo uma parte da conversa. Só isso, nada de mais.

– Por acaso eu tenho cara de idiota? – olhei para os lados – Audrey, se não quiser ser morta agora, é melhor dizer tudo que você ouviu.

– Já disse que não ouvi nada – realmente eu não tinha ouvido quase nada da ligação, apenas uma pequena parte que dizia “Sr. Williams, não se preocupe, farei o que me foi mandado”, mas eu darei esse gostinho de vitoria ao idiota.

– Se não me disser exatamente o que escutou, eu vou acabar com esses dentinhos brancos – um frio me percorreu pela espinha. Seu tom era sério, Josh não estava de brincadeira.

– Agrediria uma mulher? – tentei parecer firme, mas minha voz saiu como uma covarde amedrontada.

Ele percebeu meu medo e sorrio de lado, um sorriso perverso diga-se.

– Meu pai matou minha mãe quando eu era apenas uma criança, na minha frente, vi seu sangue escorrendo e o vermelho ganhando vida. Eu não tenho escrúpulos.

Josh não parecia estar triste ou com saudades da mãe, nem ao menos pena. Tinha um sorriso maléfico nos lábios, o que me fez – novamente – engolir seco.

Ele passou seu dedo indicador em meu pescoço, arranhando com a unha e depois com as costas da mão. Subiu seu olhar até meus olhos e depois se direcionou até meu ouvido,

– Duvida que eu te mate agora? – sussurrou rouco.

Não tive tempo de responder, ainda bem, pois a resposta seria; “Não, eu não duvido, só, por favor, não me mata”.

– Sai de cima dela agora – ouço o rosnado de Clary

Ele faz o que Clary pediu – rosnou– e se afasta de mim com as mãos para cima e um sorriso malandro.

– Não posso fazer nada se sua irmãzinha vive se atirando em cima de mim. Até mais Audrey – deu ênfase em meu nome, geralmente ele me chamava com apelidos maldosos.

– Maninha você estar bem? Se aquele descarado te fez algo, eu juro que arrebento a cara do moleque – a voz de Clary me tira do transe.

– To – digo simplesmente.

– Ótimo. Tenho uma proposta para te fazer, vem comigo, vou contar tudo na aula da professora Brigs.

– Mas a velha vai dar matéria de prova

– E quem se importa?

OBS: Quem disse “POV´s da Audrey”, acertou! Vamos continuar na cabeça da loura

[...]

“Como é difícil ser eu” – repetia mentalmente – “e as pessoas tornam essa tarefa ainda mais complicada” – completei.

Eu não sou dramática, Okay? Sou realista, o que é completamente diferente!

Como assim minha querida irmãzinha, Clary, resolve fugir de uma hora para outra para balada? Ahã? Me expliquem!

Tinha que ter me avisado com uma semana de antecedência, no mínimo.

Como um ser humano consegue marcar um banho com sais minerais e ervas no spar (ser linda como eu exige sacrifícios), comprar roupas, sapados e acessórios a minha altura (o que é praticamente impossível de se achar) e ainda ter a sorte de achar um horário no cabelereiro, tudo em um – misero – dia? Impossível é o que se diga.

– Anda logo Audrey. Estamos atrasadas. Eu já estou pronta faz meia hora, e você ainda nem se vestiu– minha doce irmãzinha (ironia aqui), Clary, praticamente gritava olhando para o relógio.

– A culpa é sua – acuso secando os cabelos com a toalha – você me avisou sobre essa droga hoje de manhã. O que você queria? Que eu estivesse pronta em duas horas – coloco a mão no peito indignada.

– Menos que isso na verdade. Eu estou pronta em uma hora – reviro os olhos – agora anda logo.

– Você sabe muito bem o quanto é difícil ser eu. Qual desses? – falei com dois vestidos ainda nos cabides em um em cada mão.

– Aham, claro, não tem coisa mais complicada no mundo do que ser uma patricinha fútil que despreza a todos e passa o dia todo fazendo compras à custa do dinheiro da mãe, que você nem valoriza – fala com a voz carregada de ironia.

Ignoro o comentário – que mais poderia se uma facada no peito – de Clary e volto a focar nos dois vestidos.

– Preto ou rosa?

– Tanto faz. O rosa

– Nossa, quanto mau gosto – faço uma careta – o preto é muito mais bonito

– Então para que pediu opinião?

– O que você escolhesse eu descartaria. Não me teve a mal, mas você não é lá essas coisas quando o se trata de moda

Observo Clary dos pés à cabeça

– Mas hoje você não está tão mal assim, da para o gasto...

– Mais um comentário e eu te deixo aqui. Termina logo. To esperando lá em baixo – diz mal humorada saindo.

– Affe. Estresse dá rugas – suspiro alto voltando atenção (dessa vez total) para a roupa.

Decido por fim que nenhum dos vestidos é o ideal para minha primeira balada, sim, vocês ouviram bem, eu nunca fui a uma balada antes. Clary vive indo escondido da Mamis. Hoje – por um milagre – me chamou para ir junto.

Vasculho meu closet até achar um conjunto lindo de emojis, lindo é pouco, a saia e cropped estampados com carinhas do WhatsApp, era no mínimo, divino!

Coloco uma maquiagem carregada e passo chapinha em 20min, anos de pratica, babies.

– Merda, Audrey – ouço alguém esmurrar a porta – anda logo.

– Prontinho – digo saindo – o que achou?

– Da para o gasto – ela me olha dos pés a cabeça – vamos logo

[...]

– Maninha você tá de matar – dou uma voltinha enquanto meu irmão gêmeo baba por mim – assim eu fico com ciúmes – ele faz carinha de cachorro pidão

– Relaxa Cody – dou um beijinho estralado em sua bochecha – você e o Papis são os únicos homens da minha vida, por enquanto – sussurro a ultima parte.

– Comé que é? Olha aqui Aud...

– Chega de ciúmes e brincadeirinhas infantis, vocês falam as merdas que quiserem quando agente voltar – Clary me arrasta até a porta – juízo maninho – ela fala antes de bater a porta

– Juízo – ele berra

– Vocês e essa mania irritante de ficar falando “juízo” – digo revirando os olhos

[...]

Chegamos a “Bad Blood”, uma nova boate que abriu faz alguns dias. O lugar estava repleto de adolescentes bêbados dançando, luzes coloridas e muita bebedeira.

– Para onde você está indo? – perguntei quando vi Clary se afastar

– Pegar uma bebida – fala como se fosse óbvio.

Pera aí, desde quando ela bebe?

– Você bebe? – pergunto surpresa.

– Às vezes, só em festas, como agora – ela vai até o bar – uma vodka de limão – ela pediu ao barman.

O cara anota o pedido em uma comanda e servi a bebida. Ah nem pense nisso Clary, não quero ter uma irmã bêbada para cuidar, vim aqui para me divertir, não para ser babá de bêbada.

– Nem pense nisto mocinha – digo puxando a bebida do balcão, antes que ela a pegasse.

– Não enche

– Quem não vai encher a cara é você. Nada vai me fazer te devolver esse... esse.... esse veneno – me enrolo e instantaneamente coro

– Veneno? – ela ri debochada – como pode ser tão ingênua, em filhote de gente?

Estou me sentindo um verdadeiro ET aqui. Todos esses adolescentes enchendo a cara e eu não “permito” minha irmã tomar uma vodka... É oficial, sou uma extraterrestre.

Uma extraterreste que estar certa! Beber é errado é trás grandes consequências para nossa saúde

– Clary... eu... eu – tento falar, mas as palavras não saem. Merda de palavras, quando eu mais preciso, vocês me traem

– Você o que, filhote de gente? Eu não sei você, mas eu não vim aqui para ficar papeando – ela toma em um só trago toda a vodka.

Uau

– Eu quero ir embora – digo por fim.

Ela arqueia a sobrancelha

– Isso é assustador não é? – praticamente grita por conta do som da musica.

– Demais. Beber é errado, você não sente vergonha disso?

– Relaxa Aud – ignora minha pergunta anterior – de primeira é assim mesmo. Eu venho aqui para esquecer meus problemas, por isso bebo, para esquecer, não por prazer.

– Isso soou tão profundo – “mesmo sendo completamente estupido e errado” completo mentalmente

– Porque é. Agora seja quem você não pode em casa. Faz o que te der na telha. Se divirta, ou fica aqui olhando a morte da bezerra. Eu vou dançar e você deveria fazer o mesmo.

– Como? Eu tenho dois pés esquerdos, você sabe disso! E outra, dançar sozinha não rola, né? – faço careta e ela dá um peteleco no meu nariz.

Clary e suas manias estranhas... Vá entender. Eu não perco meu preciso tempo com isso.

– Não precisa saber dançar, idiota, só se mexe com o ritmo da musica. E desde quando eu preciso de um cara, para dançar? Isso é uma coisa que eu sei fazer sozinha, não sei você.

– Mas...

– Você estar de matar nesse look, mana. Vai conseguir um gato fácil, é só usar seu charme, para não dizer outra coisa – murmura a ultima parte – eu sei dançar, não preciso de um homem para isso, nem para nada. Cuidado com esses cafajestes.

– Nunca entendi esse seu ódio por homens – digo.

– Nem precisa – fala seca – já perdi tempo demais nesse bar. Faça o que quiser, a vida é sua afinal.

Ela se levanta do balcão do bar e vai à pista de dança.

Fico hesitante entre fazer o mesmo, ou continuar aqui, fazendo um monte de nada em uma boate.

Opção dois

– Hey gatinha

– Vai se ferrar Josh

Esbravejo ao ver o garoto sentar ao meu lado

Viro a cara

– A gatinha tá na TPM? – zomba – qual é Aud, vir para uma boate para ficar de cara amarada e sozinha?

– Não é da sua conta. E não me chame de Aud, só meus amigos me chamam assim – falo sem encara-lo.

– Só seus amigos? Se liga gata, ninguém te suporta, só sua irmã, aquela sim merece uma medalha por te suportar – ele diz e eu sinto um aperto no peito

Maldita queda pelo cafajeste, sim, eu tenho uma quedinha por um cara que me odeia, ou melhor, o cara que mais me odeia na face da terra.

Josh Carter, 16 anos, bad-boy, misterioso, não tem muitos amigos – não por falta de opção – tem todas as garotas aos seus pés, mas quase não fica com nenhuma. Todos querem namorar, ficar ou serem amigos dele. Faz parte dos “Fireworks”, grupinho de populares do colégio.

Josh sempre me desprezou, pegava no meu pé e me irritava com minha aparência “nanica”, “cabelo de foar”, “olha se não é um dos anões da branca de neve”, “Nessi” (monstro do lago Nese). São apenas alguns dos apelidos que ele costuma me chamar, de inicio nós não dizia nada, fingia de desentendida, mas os comentários só pioraram, comecei a revidar. Quando menos esperei já estava apaixonada pelo maior babaca do mundo.

Vocês viram hoje o quanto ele foi babaca, cretino e agressivo. Quero socar a cara de alguém.

– Te odeio – digo com nó na garganta

– É mutuo. Você vai se virar para me encarar ou vai ficar de costas? É tão covarde a esse ponto? Não me surpreende em nada

– Vai se lascar – sinto algo em meus olhos... Oh merda.

Lágrimas, estupidas lagrimas.

Viro e encaro seus olhos castanhos, é como viajar em um mar de chocolate.

– Tava chorando? Não é que a cabelinho de foar arrumou esse ninho hoje? Passou quantas horas passando chapinha nessa moita? – ele tenta pegar em meu cabelo, eu bato em sua mão.

– Para Josh – pisco os olhos e as lagrimas descem

– Sabe o que me dar muito prazer? – balanço a cabeça negativamente – ver idiotas como você chorarem.

– Tchau Josh, obrigada por estragar minha noite – tento me levantar, mas Josh retém meu pulso – me solta, ou eu grito.

– E quem vai te ouvir? Estamos em uma boate – ele se levanta e sussurra em meu ouvido – você vai vir comigo sem dar um pio, ou eu te quebro.

Minha espinha gelou.

– Eu vou chamar a policia – falo me debatendo.

– Faça isso e eu vou te dar um soco de quebrar todos esses dentinhos brancos.

Paro de me debater. O medo passa por minhas veias. Meu corpo adormece de tamanho é o meu medo.

Josh me envolve em um “abraço” – quem nos visse (algum funcionário da boate) pensaria que ele é só mais um idiota pegando uma “vadiazinha” qualquer – e me arrasta para área dos banheiros.

– Por que está fazendo isso Josh? – as lagrimas percorrem meu rosto e caem sem pena. – vai me matar agora?

Era inútil gritar e me debater, ele me mataria de qualquer jeito, quem sabe até uma morte mais dolorosa, quem sabe coisa pior acontecesse antes.

Ele observa ao redor para ver se não tem ninguém próximo. Ótimo, vou ser morta pelo meu colega/inimigo/paixão platônica na minha primeira balada.

– Quem dera se fosse só a morte Audrey. Você passara por coisa muito pior antes disso. Desejará a morte.

– Por que está fazendo isso? Virou um serial Killer?

– Só sigo ordens. Agora cale essa merda que você chama se boca. Sou seu sequestrador, não seu amiguinho.

– Sequestrador? – perguntei confusa

– Não achou que eu te mataria em uma boate não é? Além de tudo é burra. Quero ser bem pago por ter que aguentar você.

– Não me chama de burra, isso me machuca – isso foi oficialmente a coisa mais estupida que uma vitima disse ao seu sequestrador.

– Certas coisas te machucaram muito mais que palavras – engulo seco – e eu terei prazer de acompanhar tudo de perto.

– Teria coragem de matar uma mulher?

– Meu pai matou minha mãe quando eu era apenas uma criança, na minha frente, vi seu sangue escorrendo e o vermelho ganhando vida. Eu não tenho escrúpulos.

Fico calada

“Apaixonada pelo meu sequestrador/assassino” isso parece titulo de livro, ou aquelas fanfic´s que eu leio no meu tempo livre. A diferença é que isso aqui é vida real, não uma historia fictícia.

– Estou com muito medo – murmuro

Vejo Josh arquear a sobrancelha, droga, ele ouviu.

– Só fica coma matraca trancada, antes que eu lhe mate agora.

– Eu nunca fiz nada a ninguém – falo chorando, sinto alguém me apertar, de forma nada delicada, contra seu peito.

– Shiu – ele sussurra ríspido – eles já estão chegando para te levar.

– Você não vai junto?

– Não. Tenho mais trabalho a fazer aqui

– Sequestrar mais pessoas inocentes? – digo fungando

– Não te interessa

– Minha família está envolvida? – pergunto aflita.

– Parte dela – sinto uma facada do meu coração.

Clary, ela está aqui.

[...]

POV´s Geral

Clary rodopiava na pista de dança, sentindo seu vestido vermelho girar junto com ela. A garota dançava sozinha, não precisava de um “estupido homem” – como falava – para isso. Tinha dois pés e duas pernas, isso já é o suficiente para saber dançar, um par não era necessário.

– Gatinha tá a fim de ficar comigo? – um garoto ruivo se aproximou – eu sou ruivo, você é ruiva, rola uma química.

– Cai fora Mané – Clary disse sem ao menos parar de dançar para prestar atenção

– A gatinha tá se fazendo de difícil – ele se aproximou mais da ruiva e depositou um beijo em sua nuca.

– Escuta aqui seu idiota, mais um passo e eu chuto suas bolas – rosnou.

– OK, Ok. Nada de pegar a gatinha raivosa – ele levantou as mãos em rendição.

– Vaza

O garoto saiu a protestos e resmungava o quanto a garota era chata e “ela nem é tão bonita assim”. Clary nem ouviu os resmungos por conta da música alta que tocava e agitava cada vez mais cada célula de seu corpo.

A ruiva rolou os olhos pela Bad Blood. Seus olhos verdes focalizaram em louro que dançava eufórico com uma ruiva. Ela estreitou os olhos e logo percebeu de quem se tratava, Cody.

POV´s Clarissa ‘Clary’

– O que você está fazendo aqui? – berro por conta da musica alta

– Dançando? – começou a rir da minha pergunta obvia

– Isso é obvio. Quero saber o que você veio fazer na Bad Blood.

– Relaxa maninha. Eu nem bebo, não tenho idade para isso – fala irônico.

– Não quero saber se você bebe ou não, isso é problema seu – falo fria – você é muito novo para estar aqui. Volta para casa agora – digo autoritária.

Cody para de dançar e me olha incrédulo

– Você só é dois anos mais velha que eu. Além disso, você arrastou a Aud para esse pedaço de inferno.

– Tenho meus motivos para ter trazido ela aqui, ela estava mal– me justifico.

– Tá, eu também to mal então – ele rir e volta a dançar.

– Deixa de ser mané. O problema dela não tem a ver com tédio em casa

– O problema se chama “sou idiota demais fico dando bola para um cara que me detesta” – ele imita a voz da Audrey

– O problema dela não é o Josh – merda, falei demais

– Eu nem disse o nome do garoto

– Vai se ferrar Cody. Mamãe vai surtar quando chegar em casa e não te vir. Pode até passar mal de preocupação – falo começando a ficar nervosa, qualquer coisa que afeta minha mãe me da calafrios – volta agora Cody, não vou pedir novamente.

– Assim você polpa saliva. Clary, você vive surtando por qualquer coisa que envolva a Carly, quer ser a filha perfeita e blá blá blá, mas é só a velha virar as costas para tu encher a cara.

Isso doeu para caramba, não só no meu orgulho, mas principalmente em minha alma.

– Vai se divertir com essa vadiazinha, que eu tenho mais o que fazer.

– Está falando comigo, florzinha? – a ruiva de farmácia resolveu abrir a boca

– Eu falei “vadiazinha”, mas se a carapuça serviu...

– Não sabia que gostava de se referir a se mesma em uma frase – esse foi o pior fora que eu já escutei. Não deem esse fora em quem pessoas que te odeiam, eles vão rir de você.

– Também não sabia que cadelas falavam – ponto para mim

A ruivinha de farmácia fecha a cara e passa o baço no pescoço do meu – idiota ao quadrado – irmão.

– Cody lindinho, vamos para outro lugar, mais reservado – fala com certa malicia na voz.

– Te vira Clary, ou devo dizer filinha perfeita – ele some na pista de dança, junto com a vadiazinha.

– Vai se ferrar – grito inutilmente.

Vou até o bar, qual é, nem me olhem com essa cara. Eu estou triste, deprimida, cansada e quero esquecer a conversa nada agradável com Cody. Quero esquecer que eu faço de tudo para Carly me notar, mas para ela serei sempre – e apenas – uma criança que ela adotou aos dois anos por pura pena e alguns meses depois descobriu que estava gravida de gêmeos, por isso só ficou comigo por piedade.

– Um drink, por favor – peço ao “cara do bar” como eu sempre me refiro ao barman.

– Você não parece ter dezoito – ele me olha de cima a baixo.

– E você não parece trabalhar aqui legalmente – sorrio irônica

– Qual sabor do drink?

– Frutas vermelhas

– Só um?

– Não pare de trazer drinks até que eu mande – ele faz um sinal positivo e sai.

Um, dois, três, quatro... Tomei tantos até perder a conta, já estava meio – muito – bêbada, mas ainda não o suficiente para esquecer meus problemas.

– Mais um – falo grogue despencando da cadeira

– Garota, você não estar se aguentando em pé.

– E você se importa?

– Me importo com meu emprego, se você se ferrar por estar bêbada eu me ferro por ter te vendido.

– Vai se foder – grito

– Sozinho é que não dar – ele me olha maliciosamente

– Nojento.

– Vem cá belezinha. Sou o Caio, tenho dezessete e uma casa com pais viajando – ele se aproxima e agarra meu braço.

Tento sair do lugar, mas não consigo, minhas pernas parecem ser feitas de gelatina. Caio tenta me beijar, por sorte consigo me esquivar.

Sinto algo diferente em meu corpo, como se ele amolecesse, um formigamento percorre por todos os lugares. Sinto minhas pálpebras pesarem e meu corpo ir ao encontro do chão.

– Gracinha, achou mesmo que aqueles drinks que eu te dei eram mesmo drinks? Se prepare para sofrer até a morte – ele sussurra em meu ouvido e agarra meu corpo.

[...]

POV´s Geral

Flashback

Casa dos Shay:

Cody Shay assistia televisão tranquilamente, enquanto comia pipocas de microondas.

Já era a decima vez que assistia o mesmo reality show, suspirou cansado, aquela noite estava mesmo um saco!

Desligou a teve e se dirigiu a cozinha, onde “caçava” mais porcarias para comer. Cody se decidiu por um pacote de M&M, ele amava aquelas bolinhas de chocolate coloridas.

Voltou para sala e tornou a ligar a teve, zapeava pelos canais impaciente nada lhe agradava, ou melhor, o problema não estava na televisão, e sim em sua mente. Ultimamente certa garota de olhos penetrantes dominava por completo seus pensamentos.

– Droga – ele murmurou quando suas bolinhas de chocolate caíram no chão.

Cody abaixou-se e pegou as bolinhas.

– Regra dos dez segundos – sorriu travesso colocando as bolinhas coloridas em sua boca.

Din-don

A campainha tocou

– Quem é o desavisado que vem na casa das pessoas há essa hora? – resmungou caminhando até a porta.

– Jennifer? – indagou com os olhos arregalados quando abriu a porta e deu de cara com a ruiva.

– Eu mesma – falou entrando – como vai você, louro?

Jennifer Mourou, ou como gostavam de chama-la, Jennifer Perfeição, Cody já era apaixonado pela garota desde que tinha dez anos, a ruiva era considerada perfeita; alta, magra, logos cabelos ruivos com enormes cachos nas pontas, olhos verdes penetrantes, além de ser incrivelmente sedutora. A garota era de fato "perfeita".

– E-eu vou bem – gaguejou.

– Nervoso em me ver, Cody? Sempre achei que fosse um conquistador nato – a garota passou vagarosamente seu dedo pela mandíbula do garoto.

Sua mandíbula trincou.

– E eu sou – disse confiante enquanto se aproximava – o que acha de ser conquistada por mim? – sussurrou de maneira sexy no ouvido da ruiva

– Quem sabe? – ela gargalhou e se distanciou um pouco, ainda próximo do garoto. – depende da sua perseverança, eu não sou nada fácil.

Era a mais pura verdade. Jennifer, apesar de ser considerada “perfeita”, tinha namorado apenas uma vez na vida com um moreno, John, o namoro durou dois anos, romperam, pois John mudou de cidade com a família.

– Eu não desisto fácil.

– Quem sabe essa sua perseverança não valha a pena afinal? Mas por enquanto o que acha de nos irmos à nova boate que abriu há alguns dias?

Cody parou por um estante, se saísse e não voltasse antes que sua mãe chegasse estaria seriamente encrencado, mas quem se importava com uma mera bronca, sabia que Carly nunca os castigara, quando tinha a garota mais bela do colégio, do qual era apaixonado há anos, em sua companhia em uma balada? Cody realmente não se importava, não pensou nenhuma vez nas consequências.

– Claro. Espera por um estante, vou trocar de roupa.

– Tudo bem – esboçou um sorriso

Quando percebeu que Cody já estava em seu quarto, respirou fundo e disse para se mesma.

– Coragem Jennifer. Às vezes é preciso sacrificar certos ideais por causas maiores – a ruiva disse em um suspiro cansado enquanto enrolava as pontas do cabelo no dedo.


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Notas finais do capítulo

Gente, antes de ir ver o próximo capitulo deixe um comentário. Eu me esforcei muito e estou em período de avaliações! Assim que você termina de comentar você já é direcionado ao próximo!
Bjs



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