Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 1
Bad Blood


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...



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Ponto de vista de Sam:

Sabe quando a sua vida tá um porre e a sorte resolve te sacanear de novo? Pois eu digo que sim. No momento aqui estou eu – sentada no balcão da cozinha bebendo todas – triste, magoada, entre outros adjetivos não muito agradáveis, mas principalmente, com muita, muita, muita raiva mesmo.

Flashback ON:

– Soca, chuta, vai, vai, anda logo, vaiiiiii soca para direita, para esquerda não idiota, eu disse DIREITA, vai, vai – eu berrava em quanto assistia a luta, praticamente saltava do sofá.

Pinnnnnn – o telefone começou a tocar

Eu apenas ignorei, estava assistindo uma luta, de fato, era um momento sagrado, nenhuma pessoa idiota, inconveniente. Quem é o ser humano que liga para alguém às 4h da tarde de um domingo? Esse é um dia sagrado, e não se liga para alguém em um dia sagrado, bem, ao menos que seja uma emergência, e nada é mais importante que a minha luta, certo? Claro (obvio) que está!

Fingi que não escutei nada

Pinnnnnn

Ignorei

Pinnnnn

Coloquei a almofada na cabeça tapando os ouvidos – sem desviar a atenção da luta (claro).

Pinnnn

Fechei os olhos e contei carneirinhos em minha mente, uma hora aquilo iria parar, não é? NÃO É?

– Ah dane-se

Caminhei com passos fundos e raivosos até a mesinha ao lado da teve – onde ficava o telefone fixo

– Alô – atendi impaciente

– Alô, com quem eu falo? – uma voz feminina soou do outro lado da linha

– Com quem EU falo?

– Com Clarisse Singer

– Bom para você. É só isso? – fiz menção de desligar

– NÃO – ela berrou. Fez uma pausa para se recompor – desculpe, eh um assunto delicado senhora.

– Senhorita – corrigi – mas prefiro só Sam

– Senhorita Sam...

– SÓ SAM, SAM, sabe falar S-A-M, Sam.

– Desculpe Sam. Mas eu gostaria de falar com o Senhor Douglas.

– Doug? – indaguei impaciente – o que você quer com ele?

– Eh um assunto bem delicado, só posso falar com ele, somente ele.

– Ah então o problema é seu. No momento ele não se encontra. Ligue mais tarde, ou melhor, não liga mais.

– senhorita, por favor, precisa entender.

– caramba você é surda ou finge ser? Sam, SAM. Olha, eu já perdi muito do meu tempo com você. Minha luta já tá acabando.

– Não desligue. O assunto é muito importante, e delicado, somente ele pode resolver. Pode deixar recado – pareceu um pouco receosa ao completar – se não for pedir demais.

– Que é pedir demais é mais fala logo o que você quer.

– Informe que a senhora Clarisse Singer, sua ex-mulher ligou, o assunto é de urgência, sobre nossa filha, Annie.

Deixei o telefone cair da minha mão, me ajoelhei no chão lentamente, com uma expressão indecifrável no rosto, eu não sabia o que pensar, estava com raiva? Tristeza? A única coisa que minha mente conseguia processar era “o que está acontecendo comigo?”.

Levantei-me do chão, me arrastei até o sofá, já que era a mobilha mais próxima no momento.

Eu senti uma facada no coração, isso é normal? Descobrir que seu namorado tinha uma esposa tem uma filha e nunca nem tocou no assunto?

Sequei minhas lagrimas na manga do meu casaco da Nike, levantei do sofá, caminhei até onde o telefone estava caído, reuni todas as forças inexistente em mim mesma e retomei a ligação.

– DANE-SE – berrei e escutei um ‘bipe’ ela desligou.

Passei as mãos pelo meu cabelo respirei com raiva, olhei para um belo vazo cheio de rosas vermelhas – que Doug tinha me dado de presente do dia dos namorados, anteontem – peguei ele e joguei com toda força contra a parede.

O estrago foi gigante, uma parte da pintura da parede já não existia mais, mas quem se importa? Eu mesma não.

Mas aquilo não era o suficiente.

Pratos

Talheres

Porta retratos

...

Tudo arremessado contra a dura parede de concreto.

Aporta se abre, Doug entra com uma vodca na mão, mas deixa cair, assim que ver tudo que está acontecendo.

Eu tendo um ataque de nervos.

O vidro quebrado se espalha por toda a sala, mas o que são alguns cacos de vidro comparado aos cacos de um coração partido?

Esse cara tem um sangue ruim!

Continua?


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Notas finais do capítulo

O Flashback ainda não acabou, devo continuar?



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