Love is the Cure escrita por Lover


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo. Espero que gostem.



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— Stiles. – a voz doce de Lydia sussurrou. – Quem voltou?

Stiles tremia por inteiro. Seu corpo estava congelando, por mais que a temperatura da sala não estivesse abaixo dos vinte graus.

— Ele. – Stiles sussurrou, apertando ainda mais os punhos, deixando marcas de unhas em sua palma da mão. – Ele voltou, Lydia. Ele voltou.

A menina não pode entender.

Tudo ao seu redor começou a girar. Lydia fechou os olhos com força. O cenário a sua volta mudou; em vez de estar na enfermaria segurando a mão de Stiles, estava agora na floresta, cercada de árvores.

Começou a ouvir um ruído distante, como passos se aproximando. Os passos ficavam cada vez mais altos, cada vez mais próximos. E então pararam.

Lydia girou os calcanhares, procurando por qualquer sinal de vida na floresta escura. Ali estava, há apenas alguns metros da menina, um vulto escuro.

Era claramente a silhueta de uma pessoa, de estatura média.

— Stiles? – chamou, tentando manter a calma. – Stiles, é você?

A pessoa – ou o que quer que fosse – soltou um riso de deboche. Era uma risada baixa e meiga. Lydia a reconheceu imediatamente.

— Allison? – Lydia sussurrou, mesmo sabendo que era impossível que a amiga estivesse a sua frente.

A silhueta deu um passo a frente. Seu rosto clareou, possibilitando Lydia de reconhecê-la.

Era, definitivamente, Allison. Olhos castanhos escuros vidrados, pele clara e pálida e cabelos negros cacheados. Ela segurava um arco e flecha armado, mirado para o peito de Lydia.

— O caos está vindo novamente, Lydia. – Allison sussurrou. – O caos, o conflito e a dor. – a menina sussurrou lentamente, deliciando cada palavra, como se sentisse prazer em dizê-las.

Lydia sentiu como se algo crescesse em seu peito; um sentimento diferente de tudo que já havia sentido: ódio, angústia, tristeza.

Allison ajeitou a flecha novamente e puxou mais o cordão do arco.

— Adeus, Lydia.

E então Allison disparou a flecha.

Foi como se tudo ocorresse em câmera lenta. Lydia sentia como se tivesse todo o tempo do mundo para desviar da flecha, ou agarrá-la se quisesse. Mas ela sabia perfeitamente o que precisava fazer.

Ela gritou.

* * *

— Lydia! – Stiles agarrou o braço da banshee, trazendo-a de volta para a realidade.

Lydia olhou o ambiente em seu redor. Ela estava na enfermaria do colégio, segurando a mão de Stiles com muita força.

— Ei, está tudo bem. – Stiles deslizou o dedão por suas bochechas rosadas.

— Mas... – sussurrou Lydia, confusa. – O que aconteceu?

— Você estava gritando, Lydia.

* * *

— O que houve? – Malia entrou no jipe desajeitadamente, sentando-se no banco de trás junto a Scott e Kira.

Stiles, que segurava a mão de Lydia, largou-a instantaneamente.

— Nós temos um problema. – Stiles se virou para trás, encarando Malia, Scott e Kira, sentados no banco de trás.

— Dirija. – Lydia, sentada ao lado de Stiles no banco da frente, bufou, ressentida.

Stiles agarrou o volante e dirigiu para o local combinado.

* * *

O Nemeton continuava idêntico, exatamente do mesmo jeito que estava quando Stiles esteve ali pela última vez.

A árvore cortada possuía um poder inexplicável, o que foi um dos motivos que levou Derek Hale querer enterrar a caixa de tramazeira com o espírito do Nogitsune naquele lugar.

Scott correu para perto da árvore, se agachando diante dela.

— Não está mais aqui. – o lobo disse. – Posso sentir.

— Mas tem que estar... – Stiles bufou. – Onde mais estaria?

Scott se aproximou do local onde a caixa estava enterrada e remexeu com as mãos.

— Está remexido. – anunciou para o grupo. – Alguém roubou a caixa.

* * *

— Obrigado pela carona. – Lydia agradeceu, pouco depois de Malia descer do jipe de Stiles.

Stiles a encarou.

A menina com quem sempre sonhou estava ali, bem a sua frente. Ele podia avançar e beijar seus lábios macios. Mas ele não podia. Havia esperado a vida toda por essa garota, ela nunca lhe deu atenção.

Agora ele estava feliz por estar com Malia. Mas, por mais que odiasse admitir, Malia nunca seria igual Lydia, por mais linda que fosse. Stiles não se sentia completo; ele precisava dela.

— Está frio, não? – Lydia comentou, tirando-o de seus pensamentos.

— Está mesmo. – Stiles umedeceu os lábios com a língua.

Stiles se afastou do banco e tirou a jaqueta de couro, depositando-a sobre os ombros da ruiva.

Ela sorriu em resposta. O sorriso que Stiles sempre sonhou em receber.

* * *

— Obrigada pela carona, de novo. – Lydia sorriu.

Ela avançou, depositando um beijinho na bochecha de Stiles. Seu corpo todo se arrepiou, como se tivesse recebido um choque elétrico. De algum jeito, a menina o provocava, e ele não sabia como não se sentir encantado por ela.

Então ela agarrou a bolsa e saiu do carro.

* * *

Ao chegar em casa, Stiles atirou as roupas em cima da cama e rumou em direção ao banheiro.

Depois de uma ducha quente, se sentia revigorado. Mas seus pensamentos sempre voltavam a Lydia e o beijo que ela deu em sua bochecha.

Stiles agarrou a toalha e a amarrou em sua cintura, andando até o quarto.

— Uau. – Stiles pulou ao ouvir a voz de Malia, sentada em sua cama. – Você é gostoso.

Stiles sentiu suas bochechas ruborescerem.

— Meu pai te deixou entrar? – o menino indagou.

— Não. – Malia riu. – Por isso que eu usei a janela.

Ela se levantou da cama, jogando a jaqueta para longe.

— Eu quero lamber você todinho.

— Não passe vontade, então. – Stiles correu em direção a menina, atacando sua boca macia.

* * *

As batidas na porta despertaram Stiles.

Ele agarrou uma bermuda qualquer e vestiu, jogando um cobertor sobre a Malia deitada em sua cama.

— Já volto. – deu-lhe um beijo na testa e caminhou até a porta.

Girou a maçaneta da porta e arregalou os olhos em ver Lydia para diante dele.

— Lydia. – sussurrou. – O que faz aqui?

O olhar da menina percorreu todo seu corpo.

— Desculpe interromper. – ela mordeu o lábio. – Não era minha intenção.

Ela encarou o chão, envergonhada de pensar que realmente teria alguma chance com o menino. Afinal, ela havia humilhado ele por anos.

— Não. – Stiles se empolgou um pouco. – Não interrompeu nada. – Lydia não pode deixar de sorrir.

— Diga para o seu pai que eu já comi. – Malia gritou de dentro do quarto. – Agora volte pra cá!

O queixo de Lydia caiu. Ela se sentiu humilhada e incrivelmente triste. Seu peito doeu. Ele estava na cama, com Malia.

— Bom... – a banshee encarou o chão. – Tome sua jaqueta.

Ela o entregou a jaqueta, que era apenas uma desculpa para ir até a casa do menino, e saiu andando pelo corredor, com o coração partido.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam, por favor.



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