Cerca de meia hora depois Regina desceu muito bem arrumada cheia de papeis e pastas nas mãos passando pela sala e indo em direção a cozinha onde avistou Emma bebendo algo.

– Aonde você vai tão linda e cheia de coisas? – A loira disse ao levantar o olhar e deixar a xícara em cima do balcão andando até ela.

– Trabalhar Emma. Ainda sou a Prefeita dessa cidade.

– Claro, mas... Por que tão bonita?

Regina olhou Emma com um sorriso nos olhos.

– Está com ciúmes?

– Não. É só que... Eu... Regina, sua sem graça! Apenas se cuide OK?!

– Eu sou apenas sua Emma. Sua e do Henry! - Ela saiu jogando beijos no ar para a Salvadora e chegando à sala encontrou Henry lendo no sofá. Depositou um beijo em sua testa e saiu.

Emma se direcionou até a sala com a xícara em mãos novamente e sentou ao lado de Henry que estava sorrindo pra ela.

– O que foi garoto? –Ela perguntou antes de terminar de beber seu café e deixar a xícara na mesinha ao lado.

– Achei bonitinho o lance dos ciúmes.

Henry a olhava com ar de deboche. Emma pegou a primeira almofada e atacou o menino que revidou. Passaram as próximas horas assim, brincando, conversando e assistindo filmes. Emma olhava para seu filho e não podia acreditar que agora tinha uma família.

Mais tarde Regina ligou para Emma ir buscá-la na prefeitura, ela aproveitou para deixar programar de deixar Henry com seus avós. Antes de sair reparou que havia algumas garrafas de cidra de maçã nos armários e com a ajuda de Henry ela escolheu alguns discos e enfeitaram o ambiente como puderam. Emma chegou à casa de Mary Margaret e David dez minutos antes do combinado e seus pais conseguiam ver o tamanho da felicidade que ela deixava refletir em seus olhos. Mesmo que estivessem felizes também por vê-la tão radiante eles não conseguiam deixar de se preocupar, pois o motivo pra tanta alegria era a temida Rainha Má, aquela que havia destruído suas vidas e os aprisionado em uma maldição por 28 anos! Mary Margaret tentou conversar com ela algumas vezes sobre esse assunto, mas sempre que tentava Emma defendia Regina dizendo que acreditava que ela realmente havia mudado. Então ela decidiu não interferir na relação das duas e proibiu David de fazer o mesmo.

Emma se despediu dos pais e de seu filho se direcionando ate o carro onde entrou e deu partida desejando estar logo com Regina em seus braços.

Chegando ao escritório da Prefeita Emma entrou e se direcionou até a sala da mesma sem ser anunciada e a encontrou totalmente concentrada em algumas dezenas de papeis que havia em cima da mesa. A loira encostou-se ao vão da porta e cruzou os braços observando Regina por cerca de minutos antes de a Prefeita notar sua presença ali.

–Emma! Não vi você chegar... – Deu seu melhor sorriso e logo deixou o semblante sério novamente. –Como sempre, entrando sem ser anunciada!

– Oi pra você também! –Ela sorriu e se direcionou até a mesa de Regina, deixando as mãos pousar sobre a mesma e se inclinou até seus lábios se encontrarem num beijo calmo e rápido. - Deixei Henry nos meus pais.

– O que? Por quê? Emma... Eu estou tão cansada, o dia foi corrido!

– Eu vou fazer você relaxar Srta Mills, não se preocupe! Vamos?

Regina deu uma última olhada nos papeis e logo se levantou abraçando Emma pela cintura enquanto seguiam em direção à porta. Assim que saíram ela trancou a porta e foram em direção ao carro de Emma. Regina fez uma leve careta fazendo a loira parar a analisa-la.

– O que foi? Não vai dizer que ainda implica com meu fusca?!

–Não. – Ela soltou uma breve risada. – O problema é que eu também vim de carro. Mas sem problemas, ele está estacionado. Vamos logo!

Entraram no carro e Emma deu partida enquanto Regina deitava sobre seu ombro o que era um tanto desconfortável, mas Emma não ligava, sua Rainha podia fazer o que quisesse com ela, e permitir que Emma cuidasse dela era o maior presente que a Salvadora poderia receber.

– No que está pensando, Emma?

– Na minha vida daqui pra frente, Prefeita. Com você, com Henry... Como xerife...

– Espera ai... Como Xerife? Qual o problema com isso? Você tem seu pai pra te ajudar, Emma... Acredito que ele goste bastante de exercer esse papel na cidade. E nem existem tantos casos assim para serem tratados por aqui.

– Meus pais tem um bebê agora, Regina. Com certeza ele ficará até mais tranquilo, se não ele, Mary Margaret vai com certeza!

As duas riram e Regina deu um leve beijo na bochecha de Emma, fazendo-a corar e estremecer. Chegando à mansão da Prefeita, Emma saiu do carro e correu até o lado do passageiro para abrir a porta para Regina.

– Como você está galanteadora hoje, Srta Swan. Estou louca para ver o final disso tudo.

– Não só vai ver como vai sentir Majestade! - Emma disse no ouvido de Regina, fazendo- a vibrar e sentir arrepios involuntários.

Elas entraram na luxuosa mansão e logo Regina pôde notar algumas velas, taças e sua cidra de maçã. O ambiente estava impecável e perfumado, um perfume que contrastava com o de Emma. Ela fechou os olhos e a loira percebendo que tinha acertado na escolha do ambiente se direcionou até o aparelho de som na sala e colocou um disco para tocar. Logo a música calma e intensa invadiu o local. Regina sorriu, era sua musica favorita.

Emma a puxou para o centro da sala, colocando os braços da Rainha sobre seus ombros e depositando os dela na cintura de Regina. Elas começaram a dançar no ritmo da música, algumas vezes errando os passos o que fazia com que rissem uma da outra, mas sem nunca desviar o olhar de amor e carinho.

– Se lembra disso, querida? -Emma quebrou o silencio e continuou - A primeira vez que nos vimos... Você, Henry, a cidra e a música.

– Sim, sempre gostei de ouvir essa música, ela me acalma. Deixa tudo claro... E como eu poderia me esquecer da primeira vez que Vi seus lindos olhos verdes, Srta Swan? - As duas riram.

Regina tomou a iniciativa pegando Emma pelo braço e fazendo-a sentar em frente à mesa de centro na sala onde estavam as taças e a cidra. Abriu lentamente a garrafa e serviu a bebida nas duas únicas taças que ali estavam. Esticou a mão e ofereceu a Emma. Ela estava fazendo de propósito, repetindo cada gesto como da primeira vez. Serviram-se do liquido levemente avermelhado e logo após o sabor passar por todo o centro da boca de ambas, Regina se aproximou de Emma mais uma vez encarando seus olhos.

– A única diferença de hoje para Aquele primeiro encontro é que nós não fizemos isto... - Regina nem sequer deixou a loira perguntar sobre o que ela estava falando e puxou-a pelas golas da blusa dando-lhe um beijo intenso e cheio de amor. Suas línguas entraram em conflito, se desejavam procurando intensificar mais e mais aquele sabor que só o beijo das duas poderia ter. Regina tinha lábios carnudos, seu beijo era molhado e quente. Emma por sua vez era mais intensa e rápida, seu desejo fazia com que sua língua procurasse se aprofundar mais e mais no interior da boca de sua Rainha. Pararam para recuperar o fôlego algumas vezes, sempre cultivando o olhar de paixão que uma tinha pela outra.

– Acho que devemos ir pra cama, Salvadora...

– Eu tenho certeza! - Ambas sorriram e Emma se levantou auxiliando Regina a se levantar também e abraçadas foram em direção ao quarto.

– Regina, antes de abrir essa porta eu preciso te falar algo - Ela estava ouvindo atentamente, com o sorriso no rosto que Emma mais adorava. - O que eu quero falar é que, eu quero te agradecer na verdade, por estar comigo, por termos o nosso Príncipe... Por essa nova vida. Enfim, eu nunca fui boa com palavras então vamos logo com isso. Regina Mills, Minha Rainha - Emma disse colocando o joelho no chão - Você aceita se casar comigo?

Em um gesto rápido Emma retirou uma pequena caixa vermelha aveludada do bolso de sua jaqueta e abriu revelando um par de alianças douradas que traçavam uma fina linha vermelha cintilante e em ambas havia um pequeno strass transparente. Era a aliança mais linda de todas! Regina estava em lagrimas, lagrimas de felicidade entre sorrisos bobos e desenfreados.

– É claro que eu quero Emma Swan! Eu aceito ser sua esposa aqui ou qualquer outro Reino, para sempre!

– Então vamos juntas, Vossa Majestade...

Pegaram as alianças e vestiram em seus dedos. Sorrisos de orelha a orelha e lágrimas de alegria ainda estavam presentes na face de cada uma. Emma pegou a mão de Regina e beijou a aliança e Regina fez o mesmo.

– Agora, quem vai carregar quem até a cama?

– Ahh, Emma... Como você consegue estragar o clima!

As duas riram e se beijaram novamente com muito amor. Entraram no quarto principal da mansão e Regina percebeu que estava iluminado também apenas com algumas velas. Havia pétalas de rosa pela cama e ao redor.

– Emma... Isso é lindo! É tudo pra mim?

– Tudo isso e muito mais.

Emma virou Regina pela cintura para que ficassem uma de frente para a outra. Passou a mão em seus cabelos enquanto roçava seu rosto lentamente no da morena que a essa altura estava imitando os movimentos. Emma estava louca de desejo, mas queria mexer com Regina até ela implorar por cada gesto, cada toque. Então começou a beijar seu pescoço lentamente, passando a língua em alguns pontos, subindo novamente e se aproximando dos lábios de Regina, ela não os beijou, apenas deu uma leve mordida no seu lábio inferior enquanto passava as mãos por toda a extensão das costas de sua amada.

– Srta Swan, se não te conhecesse bem diria que você está me provocando.

–Diga o que você quer para esta noite, Majestade!

– Quero você! Quero ser sua... Deixe-me te sentir. Beije-me!

Emma a beijou com amor, depositando toda a sua vontade naquele beijo. Sua língua procurava tocar cada parte do interior da boca de Regina e quando suas línguas se encontravam Emma propositalmente depositava mordidas e chupões nela, fazendo Regina gemer, o que aumentava sua vontade sobre ela.

– Me leve para a cama, Swan. Ande logo com isso!

– Está certo. Hoje eu vou te levar para outro reino minha Rainha.