Porque o amor é lindo. escrita por Oniguirii


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

A classificação está +13 apenas pelas piadinhas que surgem aqui e ali, porque pra mim, era Livre... Ou seja, não existe putaria aqui! OIAEHIOEAO A fic está bem doce e espero que, divertida. Espero que gostem e vamos lá! 8DD

Fic em comemoração ao aniversário do loiro, porque ele é um lindo e merece um Daiki todo fofo e apaixonado *cof cof* ♥ OAEIHIOAEHIOAEHIE



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– Inferno...! – claro que, com tantos dias para brigarem, eles tinham que escolher exatamente a véspera do aniversário do loiro. Afinal, pouca merda é para os fracos. – Saco... - Aomine jogou-se no sofá e bufou fortemente.

Qual o problema daquele loiro afinal?! Custava alguma coisa ouvi-lo até o final? Bem... Para o loiro realmente devia custar seus dois rins, seu pâncreas, seu estômago e... E mais todo o resto dos seus órgãos, visto que ele só ouvia as duas primeiras palavras da boca de Daiki e deduzia todo o resto viajando de uma maneira tão absurda que até o maior roteirista de Hollyw**d teria inveja de sua imaginação.

Irritado até a ponta dos cabelos, resolveu fazer aquilo que fazia de melhor e que, depois do sexo, era a única coisa que o acalmava. Colocou uma roupa mais confortável e relativamente leve já que, apesar do verão já estar totalmente presente, de noite era bem fresquinho. Calçou seu tênis na entrada de seu apartamento e lá se ia, correndo com uma bola de basquete debaixo dos braços e já se aquecendo, fortemente, pois sabia que precisava espairecer e MUITO.

Não tardou a chegar na quadra pública mais perto de sua residência e pelo horário avançado, embora o dia ainda não tivesse se findado, também não era de se estranhar não haver ninguém mais que sua própria sombra ali. Horas se passaram e nem notou. A bola quicou no chão algumas vezes diminuindo sua força gradativamente e voltou aos seus pés num rolar lento... Abaixou-se para pegá-la e suspirou pesadamente enquanto se levantava. Apesar de não mais enfurecido, não significava que estava de bem com a vida. Olhou para os céus e mais um suspiro longo e terrivelmente pesado deixou seus lábios.

Não queria estar assim com o loiro…

… Não queria, mesmo.

Pegou seus pertences que tinha jogado por aí por atrapalhá-lo na hora de jogar e viu a hora em seu celular. Por mais insensível que ele pudesse parecer, Aomine não era tão monstrengo assim. Já havia passado da uma da manhã... Já era o aniversário daquele modelo metido à besta…

– Saco.

Pensou... Pensou muito em ligar para o rapaz... Mas estavam brigados… Nossa. Que vontade insana de bater sua cabeça contra o muro, agora. A contra gosto, voltou para casa... Ou não. Até tentou voltar para casa... Mas apesar de tudo… Queria MUITO ver aquele com quem já dividia anos de sua vida…

– Porra...!

Sentimentos são lindos, mesmo, não?

Guiado pela fofurice de todo ser perdidamente apaixonado que não admite, admitindo, não querendo estar perdidamente apaixonado, mas já estando perdidamente apaixonado, cahan, Daiki correu. Alucinadamente, como uma fera meses sem comer perseguindo sua presa… Ok… Não foi um exemplo muito bonito pro momento, mas hm.

O loiro não morava assim tão longe de si e consequentemente, não era necessário a utilização de qualquer meio de transporte que não fosse seus próprios pés. E a cerca de quinze minutos, lá estava ele frente à porta do outro. O ar saía forte por seus lábios e o coração batia à mil.

… E agora?

Segurou o batente com suas mãos e engoliu seco encarando aquele pedaço sem vida de madeira. O olhar baixou e os olhos se fecharam apoiando leve sua testa na porta... Suspirou.

Ambos tinham a chave da casa um do outro, mas a luz estava apagada… Era óbvio que ele não estaria ali. Kise tinha amigos. Kise era muito requisitado. Ainda mais em seu aniversário… Embora, de uns longos anos pra cá, essa data fosse exclusividade de Daiki.

Porcaria de brigas.

O ar derrotado deixou seus lábios e bateu forte sua cabeça contra a porta que, para seu espanto, se abriu. O lugar estava totalmente escuro e com toda a certeza isso não era bom sinal. Kise era deveras desmiolado, mas NUNCA sairia de casa e largaria a porta aberta… Receoso, entrou silente no lugar. A sala era pouco iluminada pela claridade da rua que adentrava pelas frestas da cortina, mas nada havia lá. Abriu devagar a porta dos cômodos, e um a um, com extrema cautela, averiguou seu interior... E nada… Faltando apenas um lugar, o quarto do loiro, seu coração parecia uma bomba em contagem regressiva tamanha era a ansiedade misturada com a expectativa que o consumia naquele momento.

Bateu leve na porta com os nós dos dedos e... - … Kise…? - chamou-o amuado, mas não houve resposta. Engoliu seco e ainda mais receoso, girou a maçaneta… A porta se abriu e lentamente o quarto lhe era revelado.

Escuro.

Seus dedos deslizaram pela parede e a luz fez-se presente assim que o interruptor foi pressionado. A coberta de qualquer jeito sobre a cama, a cadeira pouco afastada da escrivaninha e a janela fechada… Nada fora do normal.

O que havia dado naquele loiro pra sair de casa e não trancar a porta, então?

Daiki sentou-se na cama do rapaz para avaliar, mais uma vez em sua mente, como ele havia encontrado todos os cômodos da casa e não adiantava… Não havia vestígio algum de anormalidade por ali… Até… O armário de Kise tomar sua atenção.

"Convívio" é uma coisa realmente assustadora.

Kise nunca deixava seu armário desarrumado. Como modelo, aquele lugar sempre fora seu único espaço realmente impecável e não importava o dia da semana ou quão cabulosa havia sido sua agenda no mês. A porta estava fechada, mas com um pedaço mínimo de pano à mostra...

Hm… Aomine tinha aprendido a Skill do Takao, é?... Enfim.

Por conta desse pedacinho, abriu o armário e apesar de todo o clima tenso que pesava absurdamente sobre sua cabeça, foi inevitável rir.

Kise ainda guardava aquilo?

Nostálgico, suas mãos pegaram o pedaço de papel e riu ainda mais.

Como aquilo era… Nostálgico.

… Er.

Nem se recordava de quando exatamente havia dado àquilo a Kise, mas… Ah, ahan. Até parece. Lembrava-se, sim. Afinal, havia sido o primeiro aniversário do loiro que passaram “juntos”. Aomine não sabia da data, mas Momoi, sempre Momoi. A guria chegou toda contente no amigo de infância falando do aniversário do loiro e Daiki “Ahn... E?"... Pois é. Não tinha se importado realmente com isso, até, chegar ao vestiário da Kiseki no Sedai e até mesmo o Murasakibara ter algo de presente ao loiro. Fora, claro, aquele olhar de raios dourados, que chegava a doer de forma fulminante, sobre si com a expectativa infantil de ganhar alguma coisa daquele ser fenomenal que despertou-lhe esse interesse pelo esporte, ainda hoje, tão amado por ambos. E Daiki, sendo quem era… Não tinha preparado nada, dur. Mal se lembrava de seu próprio aniversário, o que dirá dos demais. E bem, sem outra escolha aparente e principalmente, sem pensar em mais nada, saiu do lugar com seu ar indiferente de costume e correu para sua sala.

Uma criança fofa e cabeça oca que só pensava em basquete… O que mais poderia lhe vir a cabeça?

Ao final da aula, Kise não teve nem tempo de pensar em como se livrar de convites indesejados por conta do seu aniversário. Mal o sinal bateu e antes que qualquer um o segurasse ali, Aomine apareceu na porta. - Oi, Kise! - berrou. - Chegae! - sacudiu a cabeça para o lado direito logo saindo do lugar sendo rapidamente seguido por um loiro todo confuso que acreditava, piamente, que iria apanhar (que exagero, Daiki era uma graça naquela época) e levado ao ginásio do colégio... - Tome. - Daiki.

Kise olhou seu “presente” e apesar de ter, de fato, achado aquilo absurdamente infantil, não pôde conter sua felicidade. Kise acabava de ganhar vinte tickets que lhe "davam direito" à um “1 on 1 com direito à dez revanches”, cada.

Mas era uma fofura, mesmo.

Naquela época, Aomine ainda se gabou. “Foda esse presente, ahn?!”, na maior esnobação, na maior inocência… Hoje… Se tivesse um buraco, Daiki se jogaria inteiro ali. O que ele tinha na cabeça pra fazer algo tão vergonhoso assim?!

Crianças… Tão gracinhas.

Voltando a realidade, Daiki recordou-se que Kise nunca havia usado aquilo. Nem mesmo, naquela sua sombria fase. Todavia… O rapaz olhou melhor aquele papel e estava… Meio rasgado… Seu cenho franziu e contou os papéizinhos… Dezenove…

Instantaneamente, seu olhar estupefato se direcionou à porta e da mesma maneira que chegou ali, voou de volta para sua casa.

– Ele não…!

Casa escura. Casa trancada. Casa vazia…

Pensamentos num turbilhão, um estalo fez-se ouvir (sua mente, mais uma vez) e lá se ia ele correndo outra vez pelas ruas. Sorte ele não correr como um mamute, porque com toda a certeza, o Japão inteiro já teria acordado com o tanto que ele já havia corrido nesse curto espaço de tempo.

Seus músculos doíam, o ar lhe faltava e o suor escorria… Mas mesmo assim, só diminuiu o passo quando aquele que tanto precisa ver entrava, finalmente, em seu campo de visão. Arfava como um cachorro depois de correr por três horas atrás de uma bola estúpida e putaquepariu, como sua lateral abdominal doia.

*lembrete mental de Daiki: nunca mais correr feito louco depois de comer*

Caminhou uns dois, oito passos aleatórios tentando colocar sua respiração pesada no compasso certo e finalmente, silente, embora com a respiração ainda levemente acelerada; caminhou até o loiro.

Kise estava deitado no chão, de barriga pra cima, olhos fechados e apesar de tudo, parecia não ter notado a presença de Daiki ali. E se aproveitando disso, Aomine deitou-se na direção contrária a que o outro estava, deixando apenas sua cabeça ao lado da do loiro. Puxou sua camisa passando ela toda por seu rosto para livrar-se do suor e enfim, relaxou.

Os céus estavam sem nuvens e as estrelas brilhavam forte mantendo sempre seu destaque praxe e encantador. O frescor muito mais do que satisfatório da brisa que corria por ali, vez ou outra brincando com algumas poucas, ainda resistentes da estação passada, folhas; refrescava de forma mágica, Daiki…

Fôlego recuperado, num solavanco, Aomine virou seu corpo e ficou sobre Ryouta, sem tocá-lo. Sem acordá-lo, sem ruído algum. Apoiado em suas mãos e joelhos, apenas olhava o rapaz sereno, dormir.

*lembrete dois: encher o loiro de porrada por dormir na rua, correndo um risco tremendo de ser violentado, esfaqueado e morto por um psicopata tarado assassino de modelos loiros, lindos e gostosos*

Os olhos azuis percorriam preocupados, mas deveras aliviado por tê-lo encontrado; cada mínimo pedaço daquele belo rapaz e inevitavelmente, notou o rastro já seco de uma fina lágrima… Queria muito acreditar não ser o responsável por aquilo… Mas ora, francamente. Até Daiki se achou idiota por querer acreditar nisso.

– Tsc. - seus olhos se desviaram por um segundo e pôde, enfim, ter alguma “boa descoberta”. Na sua mão direita, Kise segurava o ticket.

...

Daiki até fechou os olhos, porque sentiu uma vertigem fortíssima e uma dor imensa em seu peito com tamanha fofura num só ser. Assim como ele, Kise era um homem. Um homem maduro e orgulhoso… Extremamente, orgulhoso…. Muito, muito, muito, muito orgulhoso. Absurdamente! E pouco a pouco o peito se estufou de confetes, purpurinas e borboletas, despertados por aquele pedacinho de papel que, a cada segundo, engrandecia em importância para si. Seus olhos se abriram e a figura adormecida da personificação da perfeição refletia em seu mais profundo interior através de suas escuras safiras, fazendo Daiki sentir-se cada vez mais insignificante e idiota...

Foda-se tudo.

Foda-se, tudo.

Ah, como sentiu falta daqueles lábios macios… Daquele gosto… Daquele toque e de toda essa sensação gostosa que só esse loiro maldito conseguia despertar nele… Vício é uma bosta, mesmo… Mas pior do que isso, foi Kise acordando e se levantando, no susto, com tudo… A cabeçada foi inevitável.

Kise sentou contorcendo-se e Daiki rolou para o lado direito do rapaz, deitando e também, se contorcendo. - Ai, caralho… - resmungo uníssono e ambos massageando a área, agora, latejante.

– Caralho, Aominecchi! Qual o seu problema?!

– Meu? Qual o seu problema?! - ênfase no “seu”. - Você tem noção de que horas são?!

– Eu é que pergunto!! - ok. Agora a raiva era tipo, assustadora no loiro. - Onde você estava?! - Daiki até se intimidou. - Você não tem coração, Aominecchi!

… Sabem… Kise era o Deus da Luxúria, mas quando seus sentimentos… Seus verdadeiros sentimentos vinham à tona… Ele era simplesmente…

– Adorável… - o sussurro saiu sem querer…

– 'Cê 'tá me tirando, Aominecchi?! - berrou a plenos pulmões e como resposta, Daiki apenas deslizou seus dedos interferindo o curso desajeitado que as lágrimas teimavam mais uma vez trilhar naquele rosto agraciado por mãos divinas e obviamente, fazendo o loiro se assustar com o toque repentinamente suave. Apesar do contato, no momento, indesejado, Kise não era cego. E por mais puto que estivesse, nunca, seus olhos deixariam de notar aquele momento único qual Daiki tirava sua máscara de Ogro T-rex e transpassava de maneira simples, tudo aquilo que sentia naquele exato momento.

Kise também era, um tolo apaixonado.

Levemente corado, Ryouta desviou o olhar por um instante assim como sua mente de toda a porcaria que os havia separado naquele dia e totalmente constrangido sua mão subiu lenta, mas cheia daquilo que não mais se continha dentro de si... - Naa... Aominecchi...? - inseguro, tocou leve a mão de Daiki, ainda em seu rosto.

– Aa. - adorando o carinho que recebia em sua mão.

Kise o encarou e mais uma vez, aquele olhar de bobo apaixonado de Daiki, derretendo suas estruturas. Todavia, antes que pudesse dizer aquilo que estava ainda a se preparar para tanto, sentiu a mão de Daiki sobre sua outra mão e o rapaz pegar seu ticket, fazendo assim, Kise enrubescer instantaneamente e pegar o ticket de volta. - Eu te amo. - ... E arregalar ainda mais seus olhos dourados por palavras incomuns deixarem aqueles lábios de maneira tão... Simples...

Brigar, nunca é uma coisa boa. Contudo, feliz ou infelizmente, serve, às vezes, para conseguirmos enxergar aquilo que, vez ou outra, se perde no tempo ou é chutado indevidamente de seu lugar de mérito...

Enfim, Kise voltava a enxergar aquilo que não mais estava a reconhecer como tal.

Aominecchi.

A única pessoa que o havia conquistado.

De N maneiras.

Por N motivos.

Ternamente, segurando o rosto do loiro entre suas mãos, Daiki sorriu. - Feliz aniversário, Kise. - de forma simples. De forma encantadora... À sua maneira. - Obrigado por ter nascido.

– Aominecchi... - os olhos a transbordar seus mais profundos sentimentos. A alma a se desmanchar. O coração a se, ainda mais, apaixonar.

O beijo tranquilo e cheio de ternura se misturava com o clima ameno e apenas proliferava a paz e a doçura daquele momento… Momento esse, infelizmente, quebrado por um gato atrapalhado que passava por ali e esbarrou naquele objeto. A bola bateu contra Kise e tomado pela atenção de ambos, o gato fugiu.

Apronta e sai correndo... Bem típico.

Entreolharam-se e riram mais uma vez. Kise passou a manga de sua blusa em seu rosto e logo sorriu radiante, levantando-se com a bola na mão.

– Meu presente. - estendeu-lhe o ticket.

Os olhos marejados, o rosto levemente avermelhado e aquele sorriso que não conseguia ser mais encantador, apenas por falta de espaço.

Daiki riu de lado e se levantou pegando o ticket.

– Aa.

A noite seria longa, mas muito longe de acabar... Ainda mais, da maneira desgraçada que havia começado.

O amor faz milagres e é uma coisa linda, mesmo.

Feliz aniversário, Kise.

Dezoito de Junho de XXXX

(12.06.2015)




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Notas finais do capítulo

Amoures, me perdoem! Ahahahah, eu achava que dava pra programar postagem de novas histórias, mas tipo, nem dá! AHHAHAHAHA Dae acabei deletando e hoje fui "restaurar", mas achei que fosse datar o dia de hoje, mas também não foi e acabei por realmente postar uma nova história... Desculpem se apareceu um monte de "nova história" minha xDD

EEEEEEEEEEEEEEEE fim! OIAEHOIAEHOIAH A melhor coisa de uma oneshot é isso, não é mesmo? Não terei meu block praxe no último capítulo e não vou demorar 28652562874 anos pra postá-lo... Ç^Ç (Love Letter, me perdoem!!! Ç__Ç Mas tive que pedir socorro pra Liga dos Betas e a fic está sendo betada, então, só mais um pouquinho, tá? xD)

Enfim! OIEAHOIAE, espero que tenham curtido e como dito é uma comemoração simples e nossa, como eu senti muita falta de não escrever um Lemon ahahha Manolo, travo demais e sofro muito, porque gente, é tudo putaria! Não vai ficar muito diferente um do outro... Mas NECESSITO que fique diferente e dae me fodo... OAEIHOAIHEHIAO

Amores! Muito obrigada pela companhia e espero vê-los na próxima!

Kisses no kokoro e até lá! ;D