Oi diário!

Bom, Filch saiu furioso da sessão reservada ao me devolver o bilhete.

–Por quê você veio?

–Pra te salvar, óbvio

–Foi Snape que te deu isso?

–Sim. Eu pedi pra ele permissão pra pegar um livro de poções na sessão reservada. Ele caiu direitinho.

–Melhor sairmos daqui antes que apareça mais alguém

–Tá. Pega logo a capa da invisibilidade.

Nos cobrimos e saímos da biblioteca em direção ao nosso dormitório. Mas vi Severo falando furiosamente com Quirell.

–Você deve resolver em que lado você está, Quirell.

–Severo, por favor, por favor...

Severo virou a cabeça pra nós. Ergueu as mãos como se quisesse pegar uma coisa no ar. Os dois saíram dali. Corremos por um corredor que não reconhecemos, e vimos um espelho que tinha uma linguagem desconhecida na borda. Harry se aproximou.

–Olhe! São os meus pais! São os meus pais! Olhe!

–Harry, eu não estou vendo nada.

–Fique onde estou.

Fiquei no lugar dele e vi, com meus próprios olhos, uma visão.

Era eu e Harry, como estávamos ali, mas...se beijando. Mas estávamos mais velhos, óbvio.

Esse espelho não deve mostrar o futuro, pois os pais de Harry estão mortos.

–Está vendo eles?

–Não Harry, eu vejo outra coisa. Eu acho que esse espelho mostra o que mais desejamos.

–O que você vê?

–Eu...eu me vejo...erguendo a taça do quadribol. Ganhamos o...campeonato das casas.

–Não, você está mentindo. Anda, Mione, prometo não contar pra ninguém.

–Vejo que vocês, assim como vários outros, descobriu os prazeres do Espelho de Ojesed.

Dumbledore estava parado, nos observando.

–Você Harry, deve ver seus pais parados do seu lado não?

–Sim, senhor

–E Hermione, conte-nos o que você vê.

Olhei pra baixo.

–Me mande uma mensagem pelos olhos. Prometo não contar pra ninguém.

Mandei uma mensagem pelos olhos contando o que vi no espelho.

–Sério? Nossa...por isso que não queria contar pro Harry, não é?

–Sim senhor

–Conte quando se sentir mais confortável.