Secrets and Lies escrita por PandaRadioativo


Capítulo 2
E002t01


Notas iniciais do capítulo

Hey! Voltei!
Gente, demorei a postar, mas aqui está o capítulo.

LEMBREM-SE:
Fichas nas NOTAS FINAIS do primeiro capítulo!

Quem quiser mandar a ficha:
—Mandar por MP
— Ficha Completa!

A FIC É INTERATIVA TEMPORÁRIA!!!!

AINDA HÁ MAIS TRÊS VAGAS!!

Obrigada e...

BOM CAPÍTULO!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624178/chapter/2

"A vida é como a lua:
Repleta de fases distintas."

Eu acordo com o barulho. A chuva torrencial ainda está caindo. Mais batidas pesadas à porta do casarão.
– Jen. - chamo baixo. - Jen?
Ela não acorda. Dou de ombros. Normal. Mais batidas à porta. Me levanto, acendendo a luz do quarto. Jen resmunga:
– Já vou levantar, senhora Kipps. Só mais cinco minutinhos... - Vira para o lado e puxa os cobertores até a cabeça.
Abri a porta e mergulhei na escuridão. Eu não enxergava nada. Fiquei vagando na escuridão por um bom tempo. Poderiam ter sido segundos, minutos ou horas. Então, as cores voltaram e eu me vi sentada em minha cama, suando frio, com Jen acordada ao meu lado. Um sonho.
– Você... Também sonhou?
Ela sussurrou. Afirmei com a cabeça.
– Batidas estranhas... - mais batidas pesadas à porta do casarão. - Como essas e...
Prendemos a respiração ao mesmo tempo.
– Não foi um sonho, foi? - disse Jen, tentando não parecer amedrontada. Fracassou.
Neguei com a cabeça. Aquilo tinha sido bem real.
Tremendo, me levantei, seguida por uma Jennifer totalmente amedrontada. Acendo a luz, já segurando a maçaneta fria. Abro a porta e meu coração dispara. Não sei se foi susto ou felicidade. Marshall estava parado à porta.
– Ouviram também?
Assentimos.
–O que está acontecendo?
– Eu não sei Jen. - ele disse, acendendo a luz do corredor do casarão. - Eu só sei que mais ninguém acordou. E não parecem que vão acordar tão cedo.
– Vamos ver o que é. - eu disse. Eles me olharam, quase incrédulos. - Qual o problema? Quero saber o porquê de só nós estarmos acordados no meio da noite.
Um trovão cortou o ar, fazendo Jen pular de susto. Mas enfim, eles concordaram.

Descemos as escadas do casarão, acendendo todas as luzes. Chegamos ao Salão de Entrada, onde a porta altiva de mogno estava trancada. Duas velhas gárgulas de pedra guarneciam a porta.
Ouvimos mais batidas à porta.
– Abra, Arya. A ideia foi sua.
Fuzilei All com o olhar, mas logo me voltei para a porta.
– Eu não tenho a chave.
Disse, ainda encarando a porta.
– Essa aqui? - All caminhou até mim e estendeu a chave. Eu estava perplexa demais para fazer perguntas. Peguei a chave da mão fria de All. Acredite, mais fria do que o normal. Girei a chave na maçaneta e abro a porta.
A chuva ainda cai. Mas, não era isso que me preocupava. Parada na porta havia um homem, de vestes escarlates, um grande livro sob o braço e, aconchegado no bolso da veste, um pequeno ratinho albino, cuja cabeça estava para fora, olhinhos atentos e curiosos. O ratinho pulou da veste do desconhecido e entrou no orfanato. Se sacudiu inteiro, se secando da chuva. Mas logo ele foi crescendo, cada vez mais. As patas deram lugar à pernas e braços, o pêlo albino se revelou um belo cabelo ruivo, e, logo estava
parada à nossa frente uma garota, de mais ou menos a minha idade, de vestes pretas.
– Olá. Perdoem-me a invasão. Sou Marfin Mayson. - a garota fez uma breve reverência. Ela olhou em volta. - Creio que os assustamos com essa chegada repentina, não é? Bom, desculpem, é típico de Guardiões, como Dimitry.
A garota não parava de falar e eu estava um pouco atordoada. O tal Dimitry adentrou no Salão.
– Acho que lhes devo uma ótima explicação para acordar vocês no meio da noite, não é mesmo? - eu consegui assentir com a cabeça. - Há algum lugar confortável, onde ninguém possa nos incomodar?
Subimos até o segundo andar, onde entramos na biblioteca.
Dimitry se sentou em uma poltrona, e Marfin se acomodou sobre uma mesa. Eu, All e Jen puxamos cadeiras.
Mal sabíamos que ali era como e onde nossas vidas começariam.
Dimitry, sentado na poltrona, retirou o capuz, revelando um rosto jovem, mas severo, cabelos prateados e olhos sábios.
– Eu sou Dimitry. Guardião e Buscador.
– Suponho que mereçam mais que isso, Dimitry. - disse Marfin. Dimitry deu um sorrisinho.
– Bem, tem razão, Marfin. Bem, vocês dois são muito especiais. - ele apontou para mim e Marshall. - Por isso, têm uma vaga em um lugar especial.
– E Jennifer? - perguntou Marshall.
– Ah, ela é só mais um ser Não Mágico. - lágrimas brotaram nos olhos azuis dela. - Mas... Podem levá-la junto, para aprender a ser um Ser Mágico.
O rosto dela se encheu de vida novamente.
– E como é esse lugar? - ela perguntou.
– Bem. - começou Dimitry, acendendo a lareira com um estalar de dedos. - É como um Acampamento de ano inteiro. Há dormitórios, salas de aula, uma biblioteca, bosques, uma floresta... Irão passar quatro anos lá, sendo que, os anos letivos são divididos por: Primeiro ano, Bruxo Iniciante. Segundo ano, Bruxo Avançado. Terceiro ano, Feiticeiro Primário. E por fim, quarto ano, Feiticeiro Secundário. E então, têm uma espécie de formatura que legaliza o 'status' de Feiticeiro.
Era muita informação para meu pequeno cérebro entender.
– O ano letivo vai começar logo. - disse Marfin, com o mesmo tom alegre. - Vocês vão? Aceitam?
Encarei All e Jen.
– Eu aceito. - disse a Dimitry. Marfin sorriu. - E levo Jen comigo, se ela aceitar.
Jen fez que sim com a cabeça, e tinha um olhar sonhador.
– Eu também vou. - disse Marshall.
– Perfeito! Partimos amanhã. Não se preocupem com malas, está tudo pronto no quarto. Encontrem-me bem cedo no Circo Abandonado, ou se por alguns motivos forem se atrasar, venho buscá-los aqui no casarão. Marfin vai ficar para cuidar de tudo com a velha Kipps. Boa noite.
E então, pisquei os olhos e ele tinha simplesmente desaparecido.
Marfin nos acompanhou até os quartos e, não sei por que, me deu um aperto no coração deixá-la com Marshall... Mas ele já havia esquecido o dia anterior. 'Aquele dia'.Aqueles dez segundos.'
Me deitei na cama, idealizando o tal lugar. Por fim, adormeci.
Mas claro que não tive tanto tempo de paz.
A senhora Kipps entrou no quarto, seguida por um ratinho albino.
– LEVANTEM-SE JÁ! - ordenou. Eu e Jen pulamos da cama.
– Bom dia senhora Kipps.
Nem disse, baixinho, tentando manter a cabeça erguida.
– Bom dia nada! -ela devolveu, rancorosa. - Espero que se mandem logo daqui. Andem! Andem!
Marfin nos ajudou com as malas. Encontramos Marshall no corredor, e quando chegamos à porta, Marfin perguntou:
– Como aguentam essa megera?
– 'Temos' que aguentar. - All respondeu.
Descemos as escadas, e encontramos Dimitry parado à porta.
– Vamos, vamos! Achei que a velha senhora Kipps não os acordaria a tempo! - Ele sorriu, e só agora mostrou o que era o livro que carregava sob o braço. - Terão um desses um dia. São encantamentos importantes, mas isso deixaremos para a escola.
– Vamos logo! - exclamou Marfin, batendo palmas de animação.
– É... - disse Dimitry, fazendo sinal para que saíssemos do casarão. Paramos em círculo na frente do mesmo. Com um gesto de mão, Dimitry fechou as portas e janelas do orfanato. Ele sorriu, talvez até um pouco sombriamente. Ele sorriu para todos. - Apenas precaução para que seres Não Mágicos que não foram convidados, não sejam intrometidos. Agora, deem as mãos.
– Ah qual é?! - All reclamou, baixo. - Acho que não temos mais cinco anos de idade.
– Tem razão. - era Marfin que falava agora. Seu olho brilhou em uma faísca negra como breu. De seu punho, faixas de tecido preto se desenrolavam e desciam para o chão, como cobras. Seu olho brilhou ainda mais intensamente. Assim que chegaram perto de Marshall, se enrolaram em seus pés e o puxaram. Ele caiu, com um grito. Os olhos de Marfim voltaram à sua calmaria verde. Marshall massageou a cabeça, e o ajudei a levantar.
–Acho melhor parar com isso, rapaz. - disse Dimitry, com uma risada cavernosa e alta. All fechou a cara, já voltando para seu lugar no círculo.
Desta vez, demos as mãos, sem contestar Dimitry.
– Próxima parada... - começou Marfin, animada. Mas ela não chegou a terminar a frase.
Mergulhamos em uma escuridão, semelhante à do meu sonho. A única diferença era que, em círculos dispostos na escuridão, haviam lugares, como uma pintura. Deixamos para trás a Bolha do Orfanato. Passamos por Nova York, por Moscou e vários outros pontos do mundo. E por lugares que eu não conhecia. Lugares que, mesmo daqui, pareciam mágicos. Florestas, de um tom prateado, quase translúcidos. Um oceano vermelho, com chamas de fogo dançando sobre a superfície.
Meus pés tocaram o novo chão. Me sentia zonza.
– É normal. - sussurrou Marfin.
– Chegamos. - disse Dimitry.
– Arya? - disse Jen, com um leve toque de dor na voz. - Já pede soltar minha mão agora.
Abri os olhos de súbito é soltei a mão de Jen. A claridade desse novo lugar era diferente. Tinha um toque... Mágico.
Mas agora, eu teria de aprender à lidar com a magia, se quisesse fazer parte desse novo mundo. E eu iria aprender.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fichas?
Reviews?

Gente, de verdade, obrigada por lerem!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Secrets and Lies" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.