Secrets and Lies escrita por PandaRadioativo
Notas iniciais do capítulo
Hey! Voltei!
Gente, demorei a postar, mas aqui está o capítulo.
LEMBREM-SE:
Fichas nas NOTAS FINAIS do primeiro capítulo!
Quem quiser mandar a ficha:
—Mandar por MP
— Ficha Completa!
A FIC É INTERATIVA TEMPORÁRIA!!!!
AINDA HÁ MAIS TRÊS VAGAS!!
Obrigada e...
BOM CAPÍTULO!!
"A vida é como a lua:
Repleta de fases distintas."
Eu acordo com o barulho. A chuva torrencial ainda está caindo. Mais batidas pesadas à porta do casarão.
– Jen. - chamo baixo. - Jen?
Ela não acorda. Dou de ombros. Normal. Mais batidas à porta. Me levanto, acendendo a luz do quarto. Jen resmunga:
– Já vou levantar, senhora Kipps. Só mais cinco minutinhos... - Vira para o lado e puxa os cobertores até a cabeça.
Abri a porta e mergulhei na escuridão. Eu não enxergava nada. Fiquei vagando na escuridão por um bom tempo. Poderiam ter sido segundos, minutos ou horas. Então, as cores voltaram e eu me vi sentada em minha cama, suando frio, com Jen acordada ao meu lado. Um sonho.
– Você... Também sonhou?
Ela sussurrou. Afirmei com a cabeça.
– Batidas estranhas... - mais batidas pesadas à porta do casarão. - Como essas e...
Prendemos a respiração ao mesmo tempo.
– Não foi um sonho, foi? - disse Jen, tentando não parecer amedrontada. Fracassou.
Neguei com a cabeça. Aquilo tinha sido bem real.
Tremendo, me levantei, seguida por uma Jennifer totalmente amedrontada. Acendo a luz, já segurando a maçaneta fria. Abro a porta e meu coração dispara. Não sei se foi susto ou felicidade. Marshall estava parado à porta.
– Ouviram também?
Assentimos.
–O que está acontecendo?
– Eu não sei Jen. - ele disse, acendendo a luz do corredor do casarão. - Eu só sei que mais ninguém acordou. E não parecem que vão acordar tão cedo.
– Vamos ver o que é. - eu disse. Eles me olharam, quase incrédulos. - Qual o problema? Quero saber o porquê de só nós estarmos acordados no meio da noite.
Um trovão cortou o ar, fazendo Jen pular de susto. Mas enfim, eles concordaram.
Descemos as escadas do casarão, acendendo todas as luzes. Chegamos ao Salão de Entrada, onde a porta altiva de mogno estava trancada. Duas velhas gárgulas de pedra guarneciam a porta.
Ouvimos mais batidas à porta.
– Abra, Arya. A ideia foi sua.
Fuzilei All com o olhar, mas logo me voltei para a porta.
– Eu não tenho a chave.
Disse, ainda encarando a porta.
– Essa aqui? - All caminhou até mim e estendeu a chave. Eu estava perplexa demais para fazer perguntas. Peguei a chave da mão fria de All. Acredite, mais fria do que o normal. Girei a chave na maçaneta e abro a porta.
A chuva ainda cai. Mas, não era isso que me preocupava. Parada na porta havia um homem, de vestes escarlates, um grande livro sob o braço e, aconchegado no bolso da veste, um pequeno ratinho albino, cuja cabeça estava para fora, olhinhos atentos e curiosos. O ratinho pulou da veste do desconhecido e entrou no orfanato. Se sacudiu inteiro, se secando da chuva. Mas logo ele foi crescendo, cada vez mais. As patas deram lugar à pernas e braços, o pêlo albino se revelou um belo cabelo ruivo, e, logo estava
parada à nossa frente uma garota, de mais ou menos a minha idade, de vestes pretas.
– Olá. Perdoem-me a invasão. Sou Marfin Mayson. - a garota fez uma breve reverência. Ela olhou em volta. - Creio que os assustamos com essa chegada repentina, não é? Bom, desculpem, é típico de Guardiões, como Dimitry.
A garota não parava de falar e eu estava um pouco atordoada. O tal Dimitry adentrou no Salão.
– Acho que lhes devo uma ótima explicação para acordar vocês no meio da noite, não é mesmo? - eu consegui assentir com a cabeça. - Há algum lugar confortável, onde ninguém possa nos incomodar?
Subimos até o segundo andar, onde entramos na biblioteca.
Dimitry se sentou em uma poltrona, e Marfin se acomodou sobre uma mesa. Eu, All e Jen puxamos cadeiras.
Mal sabíamos que ali era como e onde nossas vidas começariam.
Dimitry, sentado na poltrona, retirou o capuz, revelando um rosto jovem, mas severo, cabelos prateados e olhos sábios.
– Eu sou Dimitry. Guardião e Buscador.
– Suponho que mereçam mais que isso, Dimitry. - disse Marfin. Dimitry deu um sorrisinho.
– Bem, tem razão, Marfin. Bem, vocês dois são muito especiais. - ele apontou para mim e Marshall. - Por isso, têm uma vaga em um lugar especial.
– E Jennifer? - perguntou Marshall.
– Ah, ela é só mais um ser Não Mágico. - lágrimas brotaram nos olhos azuis dela. - Mas... Podem levá-la junto, para aprender a ser um Ser Mágico.
O rosto dela se encheu de vida novamente.
– E como é esse lugar? - ela perguntou.
– Bem. - começou Dimitry, acendendo a lareira com um estalar de dedos. - É como um Acampamento de ano inteiro. Há dormitórios, salas de aula, uma biblioteca, bosques, uma floresta... Irão passar quatro anos lá, sendo que, os anos letivos são divididos por: Primeiro ano, Bruxo Iniciante. Segundo ano, Bruxo Avançado. Terceiro ano, Feiticeiro Primário. E por fim, quarto ano, Feiticeiro Secundário. E então, têm uma espécie de formatura que legaliza o 'status' de Feiticeiro.
Era muita informação para meu pequeno cérebro entender.
– O ano letivo vai começar logo. - disse Marfin, com o mesmo tom alegre. - Vocês vão? Aceitam?
Encarei All e Jen.
– Eu aceito. - disse a Dimitry. Marfin sorriu. - E levo Jen comigo, se ela aceitar.
Jen fez que sim com a cabeça, e tinha um olhar sonhador.
– Eu também vou. - disse Marshall.
– Perfeito! Partimos amanhã. Não se preocupem com malas, está tudo pronto no quarto. Encontrem-me bem cedo no Circo Abandonado, ou se por alguns motivos forem se atrasar, venho buscá-los aqui no casarão. Marfin vai ficar para cuidar de tudo com a velha Kipps. Boa noite.
E então, pisquei os olhos e ele tinha simplesmente desaparecido.
Marfin nos acompanhou até os quartos e, não sei por que, me deu um aperto no coração deixá-la com Marshall... Mas ele já havia esquecido o dia anterior. 'Aquele dia'.Aqueles dez segundos.'
Me deitei na cama, idealizando o tal lugar. Por fim, adormeci.
Mas claro que não tive tanto tempo de paz.
A senhora Kipps entrou no quarto, seguida por um ratinho albino.
– LEVANTEM-SE JÁ! - ordenou. Eu e Jen pulamos da cama.
– Bom dia senhora Kipps.
Nem disse, baixinho, tentando manter a cabeça erguida.
– Bom dia nada! -ela devolveu, rancorosa. - Espero que se mandem logo daqui. Andem! Andem!
Marfin nos ajudou com as malas. Encontramos Marshall no corredor, e quando chegamos à porta, Marfin perguntou:
– Como aguentam essa megera?
– 'Temos' que aguentar. - All respondeu.
Descemos as escadas, e encontramos Dimitry parado à porta.
– Vamos, vamos! Achei que a velha senhora Kipps não os acordaria a tempo! - Ele sorriu, e só agora mostrou o que era o livro que carregava sob o braço. - Terão um desses um dia. São encantamentos importantes, mas isso deixaremos para a escola.
– Vamos logo! - exclamou Marfin, batendo palmas de animação.
– É... - disse Dimitry, fazendo sinal para que saíssemos do casarão. Paramos em círculo na frente do mesmo. Com um gesto de mão, Dimitry fechou as portas e janelas do orfanato. Ele sorriu, talvez até um pouco sombriamente. Ele sorriu para todos. - Apenas precaução para que seres Não Mágicos que não foram convidados, não sejam intrometidos. Agora, deem as mãos.
– Ah qual é?! - All reclamou, baixo. - Acho que não temos mais cinco anos de idade.
– Tem razão. - era Marfin que falava agora. Seu olho brilhou em uma faísca negra como breu. De seu punho, faixas de tecido preto se desenrolavam e desciam para o chão, como cobras. Seu olho brilhou ainda mais intensamente. Assim que chegaram perto de Marshall, se enrolaram em seus pés e o puxaram. Ele caiu, com um grito. Os olhos de Marfim voltaram à sua calmaria verde. Marshall massageou a cabeça, e o ajudei a levantar.
–Acho melhor parar com isso, rapaz. - disse Dimitry, com uma risada cavernosa e alta. All fechou a cara, já voltando para seu lugar no círculo.
Desta vez, demos as mãos, sem contestar Dimitry.
– Próxima parada... - começou Marfin, animada. Mas ela não chegou a terminar a frase.
Mergulhamos em uma escuridão, semelhante à do meu sonho. A única diferença era que, em círculos dispostos na escuridão, haviam lugares, como uma pintura. Deixamos para trás a Bolha do Orfanato. Passamos por Nova York, por Moscou e vários outros pontos do mundo. E por lugares que eu não conhecia. Lugares que, mesmo daqui, pareciam mágicos. Florestas, de um tom prateado, quase translúcidos. Um oceano vermelho, com chamas de fogo dançando sobre a superfície.
Meus pés tocaram o novo chão. Me sentia zonza.
– É normal. - sussurrou Marfin.
– Chegamos. - disse Dimitry.
– Arya? - disse Jen, com um leve toque de dor na voz. - Já pede soltar minha mão agora.
Abri os olhos de súbito é soltei a mão de Jen. A claridade desse novo lugar era diferente. Tinha um toque... Mágico.
Mas agora, eu teria de aprender à lidar com a magia, se quisesse fazer parte desse novo mundo. E eu iria aprender.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Fichas?
Reviews?
Gente, de verdade, obrigada por lerem!!!