Secrets and Lies escrita por PandaRadioativo


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

Hey, espero que gostem!
A nova contagem de capítulos foi inspirada na contagem da fanfic "Con²ecting... Vírus! Vírus! - The Marauders" de LiaAzeiDeTona.

!!!FICHA POR MP!!!

A fic é interativa! Apenas 4 vagas. Ficha nas notas finais do capítulo.



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"A magia verdadeira é aquela

que está no coração."

~J.K.Rowling~

Encarei a paisagem monótona do inverno de Circus Vyll (uma cidadezinha esquecida nos Estados Unidos) pela janela do meu quarto.

– Almoço pronto.
Disse minha colega de quarto, (Jennifer Gage) entrando novamente no quarto, que por uma infeliz coincidência era de um tom cinza monótono.
– Estou morrendo de fome.
Ela me olhou confusa.
– Não me diga que a senhora Kipps deixou você sem café da manhã. O que você fez?
–Nada! - eu disse, revirando os olhos. - Você sabe que não fiz nada dessa vez, Jen. Você sabe que ela adora fazer isso com quem ela odeia.
– Eu sei. Mas você sabe que a senhora Kipps te odeia e sabe que a Molly entrega a todos, não é?
– É...
Parei de encarar os pinheiros congelados para encarar os olhos extremamente azuis de Jen.
–Arya, você precisa parar de se meter em encrenca.
– Se a idiota da Molly Williams Kipps deixasse...
Ah, esqueci de apresentá-la. Molly era sobrinha da senhora Kipps, e só estava aqui porque é extremamente mimada.
– Vamos. Tem uma certa pessoa que ia te esperar...
Fiz uma cara feia para Jen.
– Vou falar só mais uma vez, Jen: Eu. E. Marshall. Somos. Só. Amigos.
Ela riu como se acreditasse nisso, mas eu sabia que ela só estava zoando. Marshall tem cabelos pretos e olhos azuis. É o único que posso dizer sinceramente que se importa comigo.
Descemos a escadaria do orfanato o mais silenciosamente possível. A senhora Kipps não gostava do som dos sapatos ecoando no mármore do casarão. Enfiei as mãos nos bolsos, para que a senhora Kipps não visse minhas longas unhas pintadas de preto. Lá, ou se pintava as unhas de branco ou não se pintava. E as unhas deveriam ser extremamente curtas. Além de que meus olhos eram vermelhos como rubis e meu cabelo castanho era curto. Senhora Kipps me odiava desde que cheguei aqui com cinco anos. Meus pais morreram em um acidente de carro na Suíça. Eu estava no carro também, mas não lembro de nada, a não ser da batida.
Desde então, Jen e All são meus únicos amigos. E acho que, como deu para perceber, Molly W. Kipps era minha inimiga mortal.
Me sentei com Jen em uma das mesas redondas do salão do orfanato. O salão era grande e comportava várias mesas redondas com no máximo cinco lugares. Mas eu era estranha e ninguém queria ser sentar comigo. Exceto Jen e All. Por isso, ninguém senta com eles também. All deve ser um ano mais velho que eu.
– Olá Arya, olá Jen.
Sorrimos gentilmente. A senhora Kipps passou perto de nós. Me lançou um olhar severo, como em todas as manhãs, parecia suspeitar de algo. Na mesa ao lado, Molly sorria ironicamente para mim. Óbvio que não era coincidência.
– Deixe-me ver suas mãos, senhorita Vennice.
Engoli em seco. Que droga.
Tirei as mãos dos bolsos do uniforme e as estendi à frente do meu corpo. Ela olhou abismada. Mas não por causa do esmalte. Mas sim porque não havia esmalte. As unhas estavam curtas e naturais, como se eu nunca houvesse pintado-as na vida. Ela saiu de perto de nós, olhos flamejantes de raiva, assim como os de Molly. Minhas mãos tremiam por causa do acontecido.
– O que aconteceu aqui?
Perguntou All.
– Eu não faço ideia.
Respondi.
O almoço foi até que animado. All disse que recebeu uma carta. Quando perguntei de quem, ele disse:
– Não vou contar e pronto.
Deve ser de alguma família dos arredores que ainda lembram de Circus Vyll.
Depois disso, Jen subiu para o quarto, para escrever um pouco. Escrever deixa ela em um tipo de calmaria.
All não gosta muito da luz do sol. Ele gosta do inverno pois o sol quase não aparece. Vi ele pegar um guardanapo e tirar uma caneta do bolso. Logo, ele passou o bilhete para mim.
"Vamos ao Circo abandonado?"
Comecei a rir silenciosamente.
Rabisquei uma resposta.
"Ok"


O Circo abandonado nada mais é que a estrutura de lona de um Circo que outrora fora montado na floresta em frente ao orfanato. A senhora Kipps nos levou lá uma vez, antes de fecharem. Depois disso, eu e All vamos lá sempre que podemos. Ele gosta de fingir ser mágico. E eu me sinto como se pudesse fazer aquilo de verdade e talvez até melhor. Mas eu sou só uma órfã estranha que ninguém quer adotar. Já All... Ele conseguiria uma família fácil, mas o orfanato só fica com as crianças até os dezessete anos. All já tem dezesseis. Ele não merece viver aqui nesse lugar monótono até ser enxotado para fora, viver sozinho e sem uma família para quem voltar à noite. Ele merece uma família feliz, um lar alegre, um pai, uma mãe e irmãos.
Eu também mereço, de certa forma. Mas quem vai querer adotar uma garota estranha com olhos de rubis? Ninguém. E é isso que eu odeio.

Todos do orfanato saímos para os jardins. Senhora Kipps nos deixou ficar lá. Jen ficou fazendo as lições de Filosofia na biblioteca. Encontrei Marshall na entrada do orfanato. Eu me sentia como se quebrasse todas as regras que a senhora Kipps tentava nos fazer seguir. Mas era um sentimento até que bom, comparado ao susto daquela tarde. Eu ainda não sei como fiz aquilo.
Entramos na floresta, ainda mais fria que o jardim. A neve acumulada nas agulhas da árvore caiam sobre meus ombros e o capuz de moletom de All.
Meus dedos tremiam com o frio.
– O inverno é lindo não é?
Disse All, olhando para mim com um sorriso bobo no rosto.
– Depende. Lindo naquilo que é formado com ele. Mas horrível naquilo causado por ele.
– Não entendi o raciocínio.
Olhei para a neve fofa sob meus pés.
– Ah, deixa pra lá.
Nos embrenhamos mais na floresta e os pinheiros me cutucavam como que para chamar minha atenção. Eu podia jurar que ouvia pessoas falarem, todas juntas. Mas conclui que era apenas a droga do vento de Circus Vyll.
Ao longe, coberto com uma fina camada de neve, estava a estrutura do circo.
A lona vermelha e branca balançava ao vento, sua ossada de metal estava a mostra, o picadeiro estava claramente podre e as arquibancadas estavam em uma situação semelhante.
Mas eu nunca me cansava daquilo.
Ao entrarmos, vemos o que outrora foi uma corda bamba, uma caixa de papelão de onde uma simpática bailarina saia e dançava pelo picadeiro, arrancando sorrisos por onde passava com seu delicado vestido rosa e maquiagem chamativa.
Eu conseguia imaginar todas aquelas pessoas nas arquibancadas, dividindo baldes de pipoca e rindo.
Mas essa realidade acabou. Agora, o lugar era frio, e os únicos ali eram eu e All. Claro, além dos ratos e visitantes indesejados.
Me sentei no picadeiro, vendo All fingir ser mágico outra vez. E ele chegava perto, e mais perto. Até que tirou um buquê de flores do capuz do moletom e me entregou.
Flores reais. Então ele começou a fazer cócegas em mim. E eu comecei a rir
A rir muito. Eu já tinha chegado ao ponto de deitar no chão, quando aquilo ficou cansativo. De uma hora para a outra. All percebeu que já não tinha graça e me deixou respirar, mas era como se fôssemos metal e imã. Aquilo pareceu uma eternidade, mas logo não havia mais espaço entre mim e ele, e acabamos nos beijando. Acho que foram os melhores dez segundos da minha vida. Era como se mais nada estivesse acontecendo. Mas como disse, dez segundos. Ouvi alguma coisa perto de nós e acabei por afastar All rápido demais.
Ouvi um baque surdo e um "ai", como um sussurro.
E lá, postados à frente da "porta", estavam Molly, Katrina e Tiffany. Elas riam muito e apontavam para nós. Senti algo dentro de mim que falava:
"Vamos. Ataque. Acabe com isso."
E com um aceno de cabeça, as três voaram pelo picadeiro.
Segurei a mão de All e o puxei de volta para o casarão. Eu não sabia se ria pelo que tinha feito, ou se chorava pela vergonha que Molly tinha me feito passar. Eu só sei que estava chateada. Na pressa, o lindo buquê de perdeu na floresta.
Acabei nem por me despedir de All e ir direto para o quarto e me trancar lá. Eu só queria ficar sozinha.

– Abre a porta, Arya.
Disse Jen. Sua voz mostrava preocupação. - Molly já contou o que aconteceu à senhora Kipps. Ela vai chegar logo...
– Saia dai, Gage. - Ouvi a voz esganiçada da senhora Kipps. Ouvi também o barulho de Jen sendo jogada ao chão. A senhora Kipps bateu na porta e disse, tentando ser gentil:
– Abra a porta. Quero falar sobre o *acontecido* de hoje.
– Se vai me expulsar daqui, expulse logo, assim eu morro congelada lá fora e talvez vocês fiquem feliz.
Foi o que respondi. Mas as lágrimas caiam sem cessar e tudo saiu enrolado e sem sentido.
Por fim, acabei me levantando e abrindo a porta. Deu de cara com o rosto enrugado da senhora Kipps e seus olhos flamejantes. Só o que ela disse foi:
– Meu escritório. Amanhã.
E foi embora, com Molly e as outras atrás.
Jen entrou no quarto e me abraçou. Sei que podia confiar nela, mas acho que não queria contar o que tinha acontecido.
– Não vai acontecer nada, ok? Confie em mim.
Jen tinha o dom de me acalmar nessas situações. Era isso que eu gostava em sua amizade.


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Notas finais do capítulo

Nome:

Status: [Bruxa(o) 1° e 2° ano, Feiticeira(o)3° e 4° ano]:

Idade: [Bruxo (1°,2°) 15/16/17
Feiticeiro (3°,4°) 17/18/19]:

Obs*: As idades adicionais [17/19] são pra casos de repetição de ano. AVISE caso seu personagem tenha repetido.

História do Personagem:

Sobre a Família [opcional]:

Melhores amigos [opcional]

Características físicas:

É tímido? Corajoso? Inteligente? Se não, o que é?

Trairia à todos por Poder? Se sim, que tipo de poder?

Mataria para conquistar seu objetivo?

Bem ou Mal?

É híbrido? De que "criaturas"?

Algum poder especial?

Algum segredo?

Alguma mentira?

Arya ou Marshall?

*********

Alguma dúvida?

Obrigado. ;-)
********
Desculpem os erros se houver algum.Espero que tenham gostado!



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