Elijah Mikaelson e eu. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 23
Amara e eu.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624094/chapter/23

P.O.V. Amara.

É nesses momentos que vemos os milagres da genética.

Ambos os meus pais tem cabelos e olhos escuros, mas eu sou loira de olho azul.

Todo mundo pergunta se eu sou adotada, mas eu não sou. E quando estou com os meus tios as pessoas acham que sou filha deles porque tanto o meu tio Klaus quanto a minha tia Caroline são loiros de olhos claros. E o mesmo acontece com a minha prima e meus pais já que a Hope tem cabelos e olhos escuros. Mas, a Hope é meio adotada então ela pegou essas características da mãe biológica dela.

–Fala filha.

–Tem certeza que eu não sou adotada?

–Cem por cento. Você saiu de dentro de mim loirinha de tudo.

–Como?

–Provavelmente eu sou azão azinho e o seu pai também. É única explicação lógica.

–E se eu sou filha de outra pessoa e essa outra pessoa ficou com sua filha?

–Mesmo que tenha sido, o que eu duvido você sempre será a minha garotinha. Pra sempre.

–Te amo mamãe.

–Também te amo querida. Mais que a minha própria vida.

–Já sei! Amanhã é sábado e se nós saíssemos para fazer um dia de mãe e filha?

–Ótima ideia querida.

–E no domingo eu vou sair com as minhas amigas.

–Não querida, você sabe que o papai gosta de reunir a família no domingo.

–Mas, eu quero muito ir pra Califórnia.

–Califórnia? Que diabo é isso de ir pra Califórnia menina?!

–É que nós vamos passar a semana na casa da Rachel.

–E a aula?

–É feriado mãe!

–Por mim, você pode ir, mas conversa com o seu pai antes.

–Valeu mãe!

Felizmente meu pai me deixou ir pra casa de praia da minha amiga. Minha mãe e eu fomos fazer compras e fomos no salão de beleza da colega dela a Cleide.

–Menina, você se deu bem! Arrumou um marido granfino, teve uma filha linda e eu aqui fazendo cabelo e unha pra viver.

Eu e a filha da dona Cleide somos amigas. O nome dela é Maria, a Maria e a mãe dela também nasceram no Brasil que nem a minha mãe.

Maria fala que eu tenho muito de brasileira em mim, a ginga, a inteligência e um pouquinho de malandragem. O seu João, marido da dona Cleide me ensinou a fazer gato na televisão do vizinho, Maria me ensinou a sambar e eu ensinei minha mãe. Mamãe falou que o que nós chamamos de Soccer eles chamam de futebol porque lá não tem futebol americano.

O povo brasileiro não gosta de futebol americano, nem de basebol. Essas coisas não fazem sentido pra eles que nem o desenho dos Simpsons que a minha mãe detesta. Ela não entende as piadas porque a cultura dela é diferente da nossa. Ela odeia o verão daqui e o inverno ela acha pior ainda.

Minha mãe nunca entra no mar e nem na piscina, ela fica todinha encapotada no inverno e no verão. Ela me ensinou a cantar o samba do Ernesto uma música de um gênero chamado samba de raiz, segundo ela esse é samba bom e o que nós americanos chamamos de samba na verdade é pagode.

Minha mãe me ensinou sobre MPB, Elis Regina, Cassia Eller, Marisa Monte, Tim Maia, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Cazuza. Me contou a história deles. Me falou dos Mamonas Assassinas que ela aprendeu a ouvir esses artistas com a minha avó Eduarda.

–Você não é apenas parte americana, parte brasileira Amara. Possuí o melhor de ambos.

O jeito que ela fala o meu nome soa diferente de quando o meu pai e o meu tio falam. Ela me ensinou a falar português, a cantar em português.

A fazer vários sotaques diferentes e o que eu acho mais engraçado é o das pessoas do nordeste. Acho muito engraçado.

–Um dia, vou levar você pra conhecer o Brasil. Pra conhecer a minha antiga casa, o Rio de Janeiro onde eu nunca estive, nós vamos andar de bondinho, ir ao pão de açúcar e ver o Cristo.

–Mãe?

–Fala querida.

–O que é o Brás?

–É um bairro que fica em São Paulo.

–Você já esteve lá?

–Não. Já estive em São Paulo, mas não no Brás.

–Onde mais você já esteve?

–Em Campinas, em Salvador, São João Del Rei, em Portugal, na Argentina e aqui.

–Você é viajada ein mãe?

–O seu pai com certeza é mais viajado que eu. Ele já esteve até do outro lado! Capaz dele ter ido até pra China.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elijah Mikaelson e eu." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.