Sob um olhar mais Severo escrita por Céu Costa


Capítulo 17
Noite de Natal


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui estamos. Nossa, o Eric foi um tanto agressivo no capítulo anterior, não acharam? Pensar todas aquelas coisas horríveis. Tadinho do Neville, tão fofo, só apanhou nesse ano letivo, e o Eric ainda fala aquelas coisas horríveis dele! Na boa, ele não tem cara de mafioso mandante de cartel do crime né, por favor!
Enfim, já me prolonguei demais, respirem fundo,e eu tenho um presentinho de natal pra vcs no final do capítulo...... um pov do Harry!
Feliz natal suuuuuuuuuuuper atrasado, feliz ano novo suuuper atrasado, e Accio Capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624030/chapter/17

Pov Belle

Eu observei atentamente aquela pequena cena perfeita.

O quarto grande e verde estava totalmente escuro. Depois de brincarem a noite toda com seus novos brinquedos, Haylee e Ben adormeceram no chão, ali mesmo, sobre o tapete azul, cada um ao lado de seu presente de natal: uma casa de férias da Barbie, e um enorme avião motorizado. Meus dois bebês. Peguei um de cada vez e os deitei em suas respectivas camas. Tão lindos... nem perceberam o peso da conversa lá embaixo. E eu estou aliviada que finalmente acabou e que a (monstra) Tia Josepha foi embora.

Mas os estragos ficaram, né. Eu até posso ouvir algumas das muitas frases que ela disse.

" - Cada Scolfh tem a missão, ou a maldição, de cuidar para sempre do seu protegido. - ela disse - Eu tive a minha, e falhei. Mas você ainda pode ter êxito."

Eu tirei do bolso o objeto que ela fez questão de pedir emprestado. Era o colar que o Draco me deu, como presente de chá de bebê. O objetivo do colar sempre foi guardar memórias. E, agora, ele guarda uma.

" - Mas, eu ainda não entendo. - eu disse, incrédula - Se é tão importante, por que eu não posso ver primeiro?

– Essa é a memória mais importante. Eu guardei ela por muitos anos, mantendo cada detalhe, juntando cada pequena lembrança. - ela contou - Mas ela não é sua.

– Essa parte eu entendi, - eu a cortei - é só que, ela é minha protegida. Sei lá, só acho que seria mais seguro que eu visse primeiro, para, não sei, estar preparada para o que possa ter aqui.

– Ela não é sua, Izabelle. Mas você vai saber o que tem aí, quando chegar a hora. - ela disse."

Olhei atentamente para o líquido no frasco. Era brilhante, fluido, transparente. Não sabia que uma memória poderia ser algo tão bonito.

" - E, mais uma coisa, Izabelle. - ela disse, por fim - Eu enfeiticei o colar dela por uma razão: proteção. De ambos os lados. Posso ter errado em fazer isso, já que, pelo que me contou, não dá mesmo para separar aqueles dois.

Eu revirei os olhos. Sempre que ela pode, fala da Sophie com desprezo.

– Mas, a partir de agora, eu vou parar de interferir. - ela confessou. Eu duvido, mas enfim... - Mantenha a memória segura, Izabelle. A Sullen não sabe nem pode saber da existência dessa memória até chegar a hora. E isso não são ordens minhas, porque essa memória não é só minha. Essa memória também pertence à Maxime. E ela, eu respeito."

Tantas coisas passam pela minha mente. Mas a única coisa que eu estou pensando é: como é que eu vou esconder um segredo desse tamanho da minha melhor amiga? Ainda não sei, mas vou ter que dar um jeito. É que eu só não sei se consigo. Não por muito tempo.

Olhei rapidamente para a porta do quarto dos bebês. Eric estava parado lá, olhando para mim, de pijama.

– Não vem para a cama? - ele perguntou, sério.

– Não com você. Vou para o quarto de hóspedes. - eu suspirei.

– Ainda está zangada comigo. - ele disse, depois de um tempo.

– Não seria bem essa a palavra que eu usaria. - eu sussurrei. - Estou surpresa, confusa, e sim, furiosa.

Ele olhava para mim atentamente.

– Eu não sabia que você pensava todas aquelas coisas. Fez o Neville parecer uma pessoa horrível. Fez Sophie parecer minha dona e mandante, e fez parecer para o meu pai que eu tinha entrado para uma gangue anarquista com delírios de dominação mundial. - eu falei - Você realmente pensa tudo aquilo?

Ele apenas ficou quieto.

– Não acredito! Você pensa! - eu me espantei - Dentre todas as pessoas do mundo, eu juro que não esperava isso de você!

– E o que você esperava que eu pensasse? - Eric retrucou - Você passa o tempo todo com ela! Age como se me esquecesse, ou ignorasse, tanto faz. E as coisas que vocês fazem para esse tal de Longbottom, são, no mínimo, assustadoras!

– Salvar pessoas é assustador para você? Não seja médico! - eu o empurrei, caminhando pelo corredor. - Nem curandeiro!

Eu parei, pensando. Todas as coisas que ele disse para o meu pai, nem sequer eram verdade.

– Eu não aceitei nada. Não entrei pra Armada. E nem a Sophie. - eu disse.

– Eu... - Eric sussurrou - não sabia.

– Eric, - eu suspirei - acho que tem algo que eu preciso deixar claro. Sophie é minha protegida. Eu tenho que cuidar dela, e ficar perto dela, essa é minha missão. É algo que eu tenho que fazer. É o que a minha família faz. E se você não pode entender isso, eu acho que então, você não é o homem certo para mim, afinal. Preciso de alguém que me entenda. De alguém que esteja disposto a me ajudar, a estar comigo, alguém que saiba que eu preciso proteger ela até que ela complete a sua missão. E se você não pode ser essa pessoas, eu sinto dizer, que não preciso de você.

E então, decidida, eu entrei no quarto de hóspedes. Acho que essa foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer.

****

Pov Harry

Eu vejo a cena nitidamente. Sophie está sentada em uma cadeira, em uma sala escura. Ela parece cansada. Na verdade, eu diria exausta. Mas ela parece nem se importar. Ela só quer continuar.

– Está pronta? - Snape parou na frente dela, olhando-a.

– Estou. - ela disse.

– Concentre-se. - ele falou.

Snape apontou sua varinha para a cabeça dela, e então conjurou.

Eu comecei a ver imagens soltas, desconexas, mas todas se referiam a ela. Eram... lembranças. Vi Madame Maxime sorrir, enquanto declarava em voz alta "Noble!". Então, as mangas das roupas azuis da Sophie começaram a se tingir de um vermelho muito vivo, e ela, pequena, sorria, enquanto os outros alunos aplaudiam. Vi a avó da Sophie cantar parabéns, e ela, assoprava um bolo enorme e azul, e então seu primo, Nico, a empurrava, e ela caía de cara no bolo, iniciando uma guerra de glacê. Vi Sophie e Nico se abraçando e rindo, enquanto diziam "amigos para sempre", e isso era encantador. Vi Sophie abraçar o Remo Lupin, e ele acariciava os cabelos dela, dizendo que estava tudo bem. Vi Sophie e Belle rindo, enquanto Hermione corava, envergonhada, e batia nelas com um livro. Vi Sophie me abraçar, e Hermione também. Vi Sophie e Eric conversando. Vi Sophie e Draco conversando. Vi Sophie abraçar o Draco e o consolar. Vi ele consolá-la, muitas vezes.

E então, vi algo que eu não esperava ver.

Era uma noite de verão. Eu estava deitado na grama, olhando as estrelas. Ela estava deitada do meu lado. Estava tão bonita... Sorria para mim. Ela se levantou, e começou a correr, e eu corri atrás dela. O céu estava cheio de estrelas, o jardim era cheio de vasos com flores variadas. Mas ela era quem me roubava a atenção.

Meu pé prendeu em um dos vasos, e eu me desequilibrei. Tentei me segurar nela, mas Sophie acabou caindo no chão, e eu caí sobre ela. Ela ria... Aquele sorriso encantador. De repente, ela parou de sorrir. Ficou apenas me olhando. Um olhando para o outro. Ela me hipnotizava, eu estava encantado. Ela fechou seus olhos azuis, e eu fecheis os meus. Um impulso forte me atraía para ela. Meus lábios tocaram os dela. Era quentes e doces, eu senti meu corpo todo formigar. Então era assim. Essa era a sensação de beijá-la. Era bom demais.

– Harry... - ela sussurrava.

Abri meus olhos, irritado por ter acordado. Era o sonho mais perfeito que eu já tive. Sentia minha cicatriz formigar de um jeito engraçado. Ela também estava pensando em mim.

Senti um incômodo nas minhas costas. Tenho quase certeza de que foi isto o que me acordou. Não queria ter sido acordado, mas agora, não há volta. Tentei tocar meu bolso da calça, na tentativa de descobrir o que estava me incomodando, e encontrei um objeto esférico.

– Foi você então!... - eu sussurrei, olhando mais atentamente para ele.

O pomo de ouro que Alvo Dumbledore deu para mim como herança. Ele brilhava, reluzente, como se tivesse sido acabado de ser fabricado. Recostei minha cabeça novamente no travesseiro e fiquei admirando ele. Tão pequeno, tão brilhante... era dourado e reluzente, como os cabelos loiros dela.

Eu comecei a sentir novamente as sensações do meu sonho. Seus olhos brilhantes me olhando... seu sorriso encantador... Era quase como se eu pudesse ouvir a voz dela sussurrando... Harry... Harry...

Num impulso involuntário, levei o pomo até meus lábios, na esperança de sentir a mesma sensação outra vez. A sensação dos lábios dela. Mas o toque dele era frio e duro, e eu fiquei muito frustrado.

Só o afastei de meu rosto, suspirando. Não é ela. É só um pomo idiota. Não acredito que beijei uma bolinha! Não conte isso pra ninguém!

De repente, inscrições douradas começaram a aparecer.

"Abra no feixo"

– HERMIONE! - eu gritei, me levantando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai, gente, que capítulo tenso! Como será que vão ficar as coisas entre a Belle e o Eric? Acham que eles deveriam ficar juntos, ou cada um pro seu canto?
E esse pov fofo do Harry, heim? O que acham que é?
Comentem, please! Me deem seus comentários de natal! ♥♥♥♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sob um olhar mais Severo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.