Além do seu Olhar escrita por Miimi Hye da Lua, Incrível


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy, Voteiii! (rimou kkkk)
Notas iniciais não são muito interessantes, então... Aproveitem o cap ;)
#Incrível



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— Eu quero saber por que ou o quê você tanto olha em mim — disse fingindo estar séria.

— Nada. Como já disse, sou uma pessoa muito observadora — respondeu tranquilamente, com um sorriso no rosto.

— Então por que não observa as outras pessoas?

— Três motivos: 1- Porque você é mais interessante. 2- Seu amigo fica com uma cara de raiva ilária. E 3- eu adoro as caretas de desdém que você faz quando fico te olhando.

— Ei! Eu não olho com desdém, apenas olho daquela maneira pra ver se você desvia o olhar — disse inocentemente.

— Se você diz... — Falou divertido. — O fato é que eu não tenho nenhum tipo de obsessão por você. Pode ficar tranquila.

Por alguns instantes o encarei com olhos desconfiados mas decidi que ele falava a verdade.

— Okay... — disse.

— Não precisava me seguir como uma agente do FBI pra me perguntar isso — ri. — Ou você queria ter a oportunidade de passear com minha pessoa? — disse com um sorriso maroto, cruzando os braços.

— O que? Como se eu fosse querer sair com você — respondi com uma risada.

— Isso magoou, Violetta — disse, fingindo estar ofendido, colocando as mãos sobre o peito.

— Me chame de Vilu — falei, sem pensar.

— Tudo bem, Vilu. Que tal passearmos um pouco para que eu mostre quão bom pode ser estar em minha companhia?

— Pode ser, contanto que se comporte — disse fingindo estar séria.

— Sim, mamãe — disse com voz aguda.

— No que eu fui me meter? — falei arrependida.

— Vamos lá, vai ser divertido!

Caminhamos pelo parque, conversando sobre a parceria do Studio com o You Mix. Aquilo realmente ajudaria e muito o Studio, sem contar que poderiamos garantir as nossas carreiras na música.

Conversando com Leon, notei que ele era uma pessoa interessante, pra falar a verdade. Parecia mais maduro do que a idade aparentava (exceto quando estava fazendo brincadeiras e zoações) e mantinha uma muralha que escondia tudo sobre sua vida pessoal, coisa que eu queria conhecer, mas não me pergunte o por quê.

Em um certo ponto, eu vi um carrinho de sorvetes e meus olhos brilharam. Leon, ao notar, fez questão de me comprar um sorvete e, após uma breve discusão sobre quem pagaria, eu aceitei.

Sentamos num banco de madeira, que dava de frente para um lago.

— Quer experimentar?

— Acho que não, eu não curto limão. E você? Quer um pouco do meu? — perguntei.

— Não, obrigado. Eu sou alérgico a morango.

— Uau, finalmente uma informação sobre Leon Vargas — sorri satisfeita.

Ele, apenas sorriu levemente e voltou sua atenção ao sorvete, como se não gostasse da ideia de eu saber algo sobre ele. Não entendia o porque de ele não querer que ninguém soubesse algo sobre a vida dele. Para nos deixar no mesmo patamar, decidi falar um pouco sobre mim.

— Me dá um pouco do seu sorvete? — Pedi.

— Mas você não acabou de dizer que não gostava de limão? — Pergutou confuso.

— Não conteste, Vargas!

— Ta bom, pega — ri.

Com a colher, peguei um pouco de seu sorverte e coloquei em minha boca. Peguei um pouco do meu sorvete de morango e fiz o mesmo, misturando os sabores em minha boca.

— O que está fazendo? — Perguntou com um sorriso.

— Criando um sabor. E esse daqui ficou bom. Eu e meu pai faziamos isso quando eu era pequena.

— Ah... Não fazem mais?

— Não. Ultimamente ele anda sem tempo. Como sempre fomos só nós dois é estranho dividi-lo com a namorada dele — suspirei.

— E a sua mãe?

— Bem, ela... Morreu quando eu tinha quatro anos — disse tristemente.

— Sinto muito — fala encomodado.

— Tudo bem. Não sofro por isso. Apesar de não a ter conhecido muito, sinto ela muito presente em mim quando canto.

— É por isso que canta tão bem — sorriu.

— Acho que as pessoas exageram com relação a isso. Eles acham que só porque Maria Saramego é minha mãe, eu tenho uma voz perfeita.

— Não é exageiro. A sua voz é muito bonita. Sinceramente, ela me encanta. Não é só pela voz, mas você tem paixão quando canta — disse realmente sincero.

— Obrigada. Você também canta muito bem — elogiei. — Onde aprendeu a tocar?

— Praticamente sozinho. Quando eu era pequeno, meu pai resolveu que devia ocupar cada segundo do meu tempo livre com alguma atividade. Joguei futebol, volei e basquete e, quando eu pedi pra aprender algum instrumento e deixar os esportes de lado ele disse: "quer aprender? Mostre que tem capacidade para criar uma música sozinho e eu pago seu professor". Então criei uma música, mas não quis aprender com um professor, gostei da liberdade de ser meu próprio professor — disse orgulhoso de si mesmo.

— Uau! — Disse surpresa. — E a sua mãe não achava que você devia brincar?

— Eu nunca conheci minha mãe também, ela morreu no meu parto — disse sem se abalar.

— Então você foi criado por seu pai? Ou era uma daquelas crianças que trocava de babá à cada mês? — brinquei.

— Não, não era — ri. — Foi só meu pai que cuidou de mim. Ele é um cara diferente. Mas nunca o vi como um filho vê o pai, sabe? Ele me parece mais um tutor.

— Entendo. Bem... Não entendo no sentido literal da palavra, porque meu pai é daqueles que quer me manter completamente protegida do mundo, ele é super protetor. Mas nas horas certas é muito divertido e carinhoso.

Por alguns segundos ele ficou me olhando com olhos indecifráveis, imerso em pensamentos.

— Leon? Tudo bem? — perguntei.

— Han... Sim, eu... Estou. Só me lembrei que vamos ficar atrasados logo-logo — sorriu.

— Então acho melhor irmos — sorri de volta.

Não queria sair dali. Queria continuar a conversar com Leon e descobrir mais sobre ele além de contar mais coisas sobre mim. Sentia a necessidade de nos conhecermos.

Contra minha vontade, voltamos ao Studio falando sobre assuntos aleatórios.

Chegando lá, encontro um Tomás me esperando na porta do Studio, com uma cara não muito feliz e os braços cruzados sobre o peito. Sabia que lá vinha mais um ataque de ciúmes.

— Agente se fala depois — me despedi de Leon, que adentrava o Studio enquanto eu caminhava em direção a Tomás.

— Beleza. Temos que combinar pra sair um dia mais tranquilamente.

— Claro — respondi meio evergonhada.

Suspirei e olhei fixamente para Tomás enquanto me aproximava dele. Talvez, se eu fingisse que nada havia acontecido ele deixasse de querer implicar sobre isso.

— Oi, Tomás! — disse com um sorriso encantador.

— Não me venha com essa de "oi, Tomás". Por que você saiu com ele? — perguntou irritado.

Droga! Havia usado meu melhor sorriso mas ele realmente parecia estressado.

— Qual o problema? Leon é um cara legal — disse calmamente.

— Legal? Pra mim ele é muito estranho e sem dúvida esconde alguma coisa. Não devia andar com caras assim.

— Na verdade, pra você eu não posso andar com nenhum cara, não é Tomás? — perguntei com um sorriso.

— N-não... É claro que você pode sair com outros caras — gaguejou enquanto ficava vermelho de vergonha.

— Claro! Se eu quiser que depois eles levem um xingo de você — ri.

— Ei! E o rodo? — mudou de assunto.

— Que rodo? — disse confusa.

— O que você ia comprar pro seu pai.

— Ah, sim — me lembrei de minha mentira. — A loja estava fechada.

— E tem só tem uma loja que vende rodo na cidade inteira? — ergueu uma sobrancelha.

— Não, é que... — olhei pros lados em busca de socorro. Focalizei o relógio em seu pulso e fingi ver as horas. — Nossa, Tomás! Estamos atrasados, vem!

— Mas Violetta...

Agarrei sua mão apesar dos protestos dele. Por sorte eu havia escapado de dar aquela resposta. Fomos correndo para a aula de Beto.

Quando entramos na sala de música, Beto já havia começado a aula mas não nos repreendeu pelo atraso de 2 minutos.

Durante a aula, Leon e Cami conversavam. Ela, com um sorriso maior que a cara. E ele, com um sorriso simpático. Desde o inicio da semana, os dois conversavam bastante, e aquilo não me agradou muito. Novamente não me pergunte o por que.

Terminando a aula, fomos para a aula de dança. Após alguns gritos de Gregório você realmente se sente irritada, mas por sorte fomos dispensados logo.

Então eu voltei pra casa com alegria pois meu pai havia prometido que sairiamos juntos para uma noite da pizza pai e filha. Infelizmente essa alegria acabou assim que eu coloquei os pés em minha casa, encontrando Jade no sofá.

Jade era baixa, com cabelos pretos até os ombros e olhos verdes. Sempre usava sempre roupas sofisticadas e salto alto. De primeira vista, ela parecia um amor, mas depois de alguns minutos conversando com ela, você notaria a sua arrogância, egoísmo e superficialidade.

"O que está fazendo aqui?" pensei em perguntar, mas achei que não era uma boa ideia. Então, simplesmente sorri falsamente para ela.

— Onde está o papai? — perguntei sem me importar em lhe dar um "oi".

— Está se arrumando — disse.

— Pra que? — perguntei confusa. Em poucas horas ele devia sair comigo.

— Vamos sair pra jantar.

— Não vão não. Ele prometeu que sairía comigo — disse, começando a me irritar.

— Pois é, garotinha. Parece que mais uma vez ele te trocou por mim — sorriu provocativamente.

A encarei com uma espressão irritada, me preparando psicológicamente para falar um monte de coisas pra ela. A maioria dos dias ela ficava com meu pai, e nos únicos dias em que eu podia estar com meu pai, ela fazia de tudo para atrapalhar.

— Oi, Vilu! — disse papai descendo as escada.

— Você vai sair com ela? — perguntei nervosa.

— Han... Sim — disse confuso.

— E a noite da pizza?

— Verdade... Havia me esquecido disso. É que a Jade me convidou hoje e eu nem me lembrei da nossa noite.

Tinha que ser...

— Bem... Podemos fazer outro dia, meu amor. Você não se importa, não é? — sorriu.

— Claro que me importo, mas parece que você não! Espero que se divirta e não se incomode em fazer a noite da pizza em outro dia, porque eu não quero mais! — gritei.

Subi as escadas correndo, sem responder aos gritos de meu pai. Adentrei meu quarto e tranquei a porta, me jogando em minha cama e abraçando uma almofada.

Jade, já estava me cansando. Parecia que tudo o que ela fazia era pra me provocar. Ela queria mandar na minha casa e em mim, sem dúvida. Mas eu nunca deixaria ela tomar o lugar da minha mãe.

No dia seguinte, eu acordei com a decisão de não falar com meu pai. Sai do quarto com um sorriso no rosto.

Descendo as escadas, vi que meu pai estava sentado no sofá, prestando atenção em alguns papeis enquanto tomava café. Olga, tirava o pó com um espanador.

— Bom dia, Olginha — disse sorridente assim que terminei de descer as escadas.

— Bom dia, minha menininha — disse no mesmo tom. — Está cedo, já vai pro Studio?

— Sim. É que não tenho nada de interessante para fazer aqui em casa — provoquei meu pai que me olhava confuso e irritado.

— Tudo bem, então. Pelo menos leve uma fruta.

— Pode deixar — sorri caminhando em direção a cozinha.

Após pegar uma maçã na cozinha, fui para o Studio, a comendo no caminho. Chegando lá, me sentei num dos bancos próximos à entrada. Estava um pouco cedo, mas já haviam algumas pessoas adentrando o Studio ou conversando ali fora, mesmo.

— Oi, Vilu! — Fran se sentou ao meu lado.

— Oi, amiga. Cadê o Diego? Me surpreende que você não esteja com ele.

— Engraçadinha. Ele ainda não chegou.

— Ah...

— E o Leon? Me surpreende que você não esteja com ele — devolveu com um sorriso.

— O que tem o Leon?

— Não se faça de desintendida, Vilu. Alguma coisa está acontecendo entre vocês — disse de uma vez, sorrindo maliciosamente.

— Não está acontecendo nada, Fran.

— Até parece. Ele não para de olhar pra você. E ontem, você tinha que ver como o Tomás ficou vermelho porque você não tirava os olhos do Leon conversando com a Cami! — riu.

— Eu não fiz isso! — protestei.

— Fez sim.

— Fran! — repreendi.

— O que? — perguntou inocentemente. — A culpa não é minha se você está começando a gostar do Leon.

— Não estou começando a gostar do Leon. Isso é ridículo.

— Prove que é — disse desafiadora.

— Gente, preciso da ajuda de vocês! — disse Cami animadamente, atrapalhando nossa conversa.

— Essas amigas de hoje em dia... Nem falam mais um "oi, tudo bem?", só querem a nossa ajuda — disse Fran, fingindo estar decepcionada.

— Oi, gente! Tudo bem? Podem me ajudar? — se retificou, Cami.

— Oi, Cami. Claro! O que precisa? — perguntei com um sorriso.

— Isso é principalmente pra você, Violetta — disse e eu fiquei desconfiada.

— Então a Vilu ajuda — disse Fran. — Mas eu também, é claro.

— Okay. Conta, Cami — disse.

— Podem me ajudar a conquistar o Leon? — pediu.

Nesse momento eu gelei, enquanto Fran me olhava com um sorriso nos lábios.

— O... O que? — gaguejei confusa.

— É perfeito, Vilu. Você é muito amiga dele! Se você falar com ele sobre mim ou algo do tipo, acho que sem dúvida ele te ouviria — disse Cami, animada.

— É... Acho que sim — disse pensativa. — Mas acho que não é bom eu fazer isso, Cami.

— Por que não?

Tentava encontrar uma desculpa boa o suficiente para não ter de aceitar aquilo. Não queria juntar Leon e Cami.

— Porque acabei de me tornar amiga do Leon. Fica chato eu chegar nele já tentando encontrar uma namorada pra ele — justifiquei.

— Não vejo qual é o problema, Vilu. Cami é nossa amiga e está pedindo ajuda pra ficar com um garoto que ela gosta. Eu aceito, Cami — disse Fran.

— Você aceita, não é Vilu? — pediu Cami, com olhos clementes.

— Você aceita, não é Vilu? — disse Fran, com olhos divertidos.

— Aceito — suspirei.

— Obrigada, obrigada! — disse Cami nos abraçando.

— De nada — eu e Fran dissemos.

— Eu vejo vocês depois! — falou Cami se afastando.

— Francesca! — disse, assim que Cami estava longe o suficiente. — Por que me fez aceitar essa ideia sem nexo da Cami?

— Porque eu quero uma prova de que você não gosta do Leon. Quer provar? Então faça de tudo pra que Leon fique com Cami. Duvido que você vá conseguir isso sendo que é você que quer ficar com o Leon — sorriu vitoriosamente.

— Pois eu aposto que consigo juntar os dois e quem sabe até ser madrinha de casamento — brinquei com um sorriso provocativo.

— Okay. Eu aposto que você vai tentar juntar os dois só que o Leon vai querer ficar com você, assim como você vai querer ficar com ele — estendeu a mão.

— Apostado — disse, pegando sua mão. — Se eu ganhar, você vai ter que... Que... Que beijar o Diego na frente de todo mundo do Studio.

— Ah, mas isso eu já quero — rimos.

— Okay, você vai ter que... Comer queijo durante um mês. Só queijo — enfatizei o "só". Ela odiava queijo com todas as forças dela.

— Tudo bem, eu sei que vou ganhar. E quando eu ganhar... — enfatizou o "quando" — você vai ter que ser minha serviçal durante um mês.

— Folgada — disse com uma risada.

— Eu sei! — disse sorrindo.

Por algum tempo, ficamos conversando sobre outros assuntos, esperando o horário da aula começar. Fran, podia ser bem irritante quando queria, mas era muito legal e engraçada, naturalmente.

— Acho que está na hora de trabalhar, Vilu — disse Fran gesticulando com as sobrancelhas.

Olhei para onde ela indicava e vi Leon conversando animadamente com Diego, enquanto caminhavam para a entrada do Studio.

— Tudo bem. Vou ser o melhor cupido que esse mundo já teve! — disse me levantando.

— Eu acho que não — riu.

— Vai ver que sim. Observe e aprenda, minha cara Francesca.


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Notas finais do capítulo

Vilu Cupida kkkkk Veremos no que isso dá.
Bom, por hoje é só, povo. Até a próxima ;)



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